O Estado e a ORCRIM abandonaram o Brasil em proveito do Sr. Mercado.

Renault: pragmático

Por Carlos Alberto Reis Sampaio

No clássico do cinema “Casablanca”, o chefe da polícia, Renault, profere uma frase emblemática depois de cada atentado terrorista:

– Prendam os suspeitos de sempre.

Depois da pantomima do impeachment de Dilma Rousseff, em que os bandidos julgaram a mocinha, levando-a à forca, a organização criminosa está a serviço do Senhor Mercado, em especial dos fundos abutres que vêm à Colônia buscar rendimentos, que nos Estados Unidos estão beirando o zero.

A principal vítima são sempre os cofres públicos, que hoje pagam mais de meio trilhão de reais de juros da dívida. Sem prejuízo da ação de apanhar mais um trocado na privatização da previdência e da saúde.

O Governo das Temeridades apertou o agronegócio – veja o recente veto de Temer à redução das multas do FUNRURAL; acabou com indústria, que caiu sua participação no PIB de 35 para 12%; lançou às calendas a Ciência e a Tecnologia; abandonou a segurança e a Saúde; e está reduzindo violentamente a prestação de assistência social através do Programa Bolsa Família e do Minha Casa, Minha Vida.

Ganharam os patos da avenida Paulista: quando o petróleo estava a US$120 dólares o barril, pagavam R$2,70 no litro da gasolina. Hoje, com o petróleo a US$50,00, pagam R$4,50 pelo mesmo litrinho.

A ORCRIM manobra perigosamente 24 horas por dia e tem em seu serviço juízes togados; o mesmo congresso, composto pelos mesmos palhaços, e a patuleia desvairada em debate, sem senso, com seu analfabetismo funcional, na condição de inocentes úteis.

Em tempos de vacina fracionada contra a febre amarela, dos espetaculares déficits do Governo da Temeridade, estamos à beira da convulsão social.

A nossa esperança reside apenas no fato macabro de que toda convulsão social é autofágica. Perecerão primeiro os líderes dessa grande avalanche de merda que assola o País. Enquanto isso, que se prendam os suspeitos de sempre, desde, claro, que pertençam à Oposição.

Os membros da ORCRIM permanecem insuspeitos, com suas “corridinhas” a bordo de malas de dinheiro e de afirmações tão incriminatórias como “temos que manter isso” e “tem que ser um que a gente mate antes de delatar”.

As vivandeiras das tropas e a autofagia dos movimentos revolucionários

Se forem confirmadas as previsões das vivandeiras das tropas, teremos uma convulsão

Villas Boas
Villas Boas


social em poucos dias, com todos os acompanhamentos de praxe: tribunais militares sem advogados e fuzilamentos ao amanhecer. Cruz Alta, uma das cidades mais antigas do Rio Grande do Sul e considerada um ninho de chimangos, terá então um filho presidente da República, o atual comandante do Exército, general Eduardo Dias da Costa Villas Boas.

O Militar tem reverenciado a democracia em suas últimas alocuções e a continuidade do regime de eleitos pelo povo.

Mas isso não garante que não sofra grande pressão dos generais da linha dura, geralmente numerosos e com grande contingente sobre o seu comando.

Às vivandeiras, deixo uma lembrança de quem já presenciou um duro golpe militar e outros golpes de endurecimento do regime dentro do chamado movimento de 31 de março: todo movimento de quebra da normalidade é autofágico e os primeiros a comparecerem ao paredão são geralmente os mais exacerbados.

Como constatou uma internauta hoje, nas mídias sociais, já tem panetone nos supermercados e tem gente que ainda não aceitou o resultado das urnas.