Que bonito isso! Uma família só de gente honesta e exemplos de cordialidade.

segunda ex-mulher de Jair Bolsonaro, Ana Cristina Siqueira Valle, conquistou uma significativa evolução patrimonial enquanto esteve casada com o político.

Ela comprou, com Bolsonaro, 14 apartamentos, casas e terrenos, de acordo com levantamento da revista Época, feito com base em quase 40 escrituras de compra e venda e 20 registros em cartórios no Rio de Janeiro e em Brasília.

Antes de se relacionar com Bolsonaro, Ana Cristina era casada com um coronel da reserva do Exército. Ela se envolveu com o até então deputado federal em 1997, com quem ficou até 2008. No período, o casal somou um patrimônio de R$ 3 milhões na data de separação, cerca de R$ 5,3 milhões em valores corrigidos pela inflação, acrescenta a reportagem.

Nem sempre um mar de rosas.

A separação litigiosa de Jair Bolsonaro (PSL) e da ex-mulher dele foi além da disputa pela guarda do filho do casal e incluiu acusações de furto de cofre, ocultação de bens e relatos de “comportamento explosivo” e “desmedida agressividade” do hoje Presidente da República.
As informações constam de um processo de cerca de 500 páginas obtido pela revista Veja e revelado em setembro de 2018.

No documento, Ana Cristina Siqueira Valle acusou seu ex-marido de ocultar milhões de reais em patrimônio pessoal na prestação de contas à Justiça Eleitoral em 2006, quando foi candidato a deputado federal.

Ana Cristina também acusou o ex-marido de furtar US$ 30 mil e mais R$ 800 mil -sendo R$ 600 mil em joias e mais R$ 200 mil em dinheiro vivo- de um cofre que ela mantinha em uma agência do Banco do Brasil, em 26 de outubro de 2007. O caso resultou em um boletim de ocorrência registrado na 5ª Delegacia de Polícia Civil, no mesmo dia.

A ex-mulher também disse no processo que a renda mensal do deputado na época chegava a R$ 100 mil. Para tal, Bolsonaro recebia “outros proventos” além do salário de parlamentar -à época, segundo a Veja, de R$ 26,7 mil como parlamentar e outros R$ 8.600 como militar da reserva. Ela não especificou quais seriam as fontes extras.

As acusações descritas no processo incluem o caso revelado em 2018 pela Folha de S.Paulo sobre a disputa da guarda do filho do casal, Jair Renan.

Ana Cristina afirmou em documentos obtidos junto ao Itamaraty que ela sofria ameaças de morte de Bolsonaro. Em 2009, ela teria fugido para a Noruega por medo do deputado. A narrativa de Ana Cristina foi confirmada à Folha por brasileiros que conviveram com a ex-mulher de Bolsonaro naquele país.

A disputa de guarda entre o ex-casal acontecia em paralelo ao desenrolar do caso do cofre. Segundo a revista Veja, enquanto a ex-mulher o acusava de furto, o deputado dizia que Ana Cristina tinha sequestrado Renan.

Na campanha, Ana Cristina, ex-servidora da Câmara Municipal de Resende (RJ), usou o sobrenome Bolsonaro e foi candidata a deputada federal pelo Podemos. Na campanha, negou as acusações e disse apoiar a candidatura de Bolsonaro ao Planalto e considerou “superado” o episódio na Noruega.

Ana Cristina também reagiu de forma negativa à reportagem da Folha que revelou as ameaças de morte relatadas por ela ao Itamaraty.

Em vídeo divulgado nas redes sociais, a ex-mulher do deputado chamou o jornal de “sujo” e se colocou à disposição de Bolsonaro, para ajudá-lo a se tornar o Presidente do Brasil.

A separação oficial de Bolsonaro e da ex-mulher ocorreu em 2008, depois de dez anos juntos.

Questionada pela revista Veja, Ana Cristina se esquivou de comentar as informações da reportagem. Ela também não explicou sobre como resolveu o litígio com Bolsonaro e passou a apoiá-lo publicamente. “Quando você está magoado, fala coisas que não deveria”, limitou-se a dizer à revista.

Sobre as joias, a ex-mulher afirmou: “era coisa minha, que juntei. Coisas do meu ex-marido, joias que ganhei do Jair”.

Questionada sobre por que não atendeu às convocações para depor na polícia, Ana Cristina respondeu: “Não lembro. Fiquei quieta”. Por quê? “Não me sentia à vontade. Iria dar um escândalo para ele e para mim. Deixei para lá”, disse à revista Veja.

Outra mãe carinhosa 

Rogéria, mãe desvelada ou laranja?

Acossado pelas investigações acerca de um esquema de “rachadinha” e pela contratação de funcionários fantasmas em seu gabinete no Rio, o vereador Carlos Bolsonaro comprou um apartamento à vista em Brasília e que não está registrado em seu nome.

Segundo reportagem da revista Crusoé, o imóvel, que custou R$ 470 mil, está registrado em nome da mãe, Rogéria Bolsonaro.

A compra do apartamento veio  após a quebra dos sigilos bancário e fiscal de quatro ex-assessores do parlamentar no âmbito do inquérito que apura a existência de um esquema de “rachadinha” no gabinete do irmão, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), quando este era deputado estadual pelo Rio de Janeiro.