Paulo Guedes admite “repique” de contágio do Coronavírus

Por Thaís Barcellos e Amanda Pupo, do Estadão

O ministro da EconomiaPaulo Guedes, afirmou nesta segunda-feira, que está havendo repique de contágio do novo coronavírus, mas negou que já haja uma segunda onda da pandemia no Brasil. O ministro participou da abertura do webinário Firjan – Visão Saneamento. Segundo ele, se houver uma segunda onda no Brasil, o governo agirá com a mesma “determinação”, mas é preciso ter “base empírica”.

“Parece que está havendo repiques. São ciclos, vamos observar. Fato é que a doença cedeu substancialmente. As pessoas saíram mais, se descuidaram um pouco. Mas tem características sazonais da doença, estamos entrando no verão, vamos observar um pouco. Nós que não somos especialistas…”, disse em evento promovido pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).

O Brasil tem 169.205 mortes por coronavírus confirmadas até as 8h desta segunda-feira (23), segundo levantamento do consórcio de veículos de imprensa a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde.

Na domingo, às 20h, o balanço indicou: 169.197 mortes, 181 em 24 horas. Com isso, a média móvel de mortes no Brasil nos últimos 7 dias foi de 484. A variação foi de +43% em comparação à média de 14 dias atrás, indicando tendência de alta nas mortes por Covid.

Em casos confirmados, desde o começo da pandemia 6.070.419 brasileiros já tiveram ou têm o novo coronavírus, com 18.276 desses confirmados no último dia. A média móvel nos últimos 7 dias foi de 29.976 novos diagnósticos por dia, uma variação de +71% em relação aos casos registrados em duas semanas.

Guedes ainda repetiu que a retomada da economia no Brasil está forte, ocorre em “V” (quando a recuperação é intensidade semelhante à queda) e disse que as economias do País e da China foram as que retomaram mais rapidamente do choque provocado pela covid-19.

Nordeste tem o maior número de casos de contaminação pelo Corona Vírus

Número de testes no Brasil não chega a 10% daqueles realizados na Rússia.

Os números da pandemia no Brasil e no mundo. Nossos vizinhos, inclusive a desorganizada Venezuela, tem se mostrado mais eficientes no tratamento do Corona. Nada comparável à Rússia, que tem a maior taxa de testes por milhão de habitantes e está logo abaixo do Brasil em número de casos de contaminação. 

A Região Nordeste registra um total de 300.568 casos de infecção pela covid-19, seguida pela Região Sudeste com 298,257 casos. No Norte do país, somam 175.875 casos. No Centro-Oeste, 38.658 casos. E no Sul, 37.156.

O Estado de São Paulo, o mais populoso e com maior número de contaminações, concentra 172.875 mil casos, 10.581 mortes.

A incidência da doença é de 404,7 casos por 100 mil habitantes, e a taxa de mortalidade é de 20,3 casos no mesmo universo. A letalidade da doença é de 5% das contaminações.

O Brasil conta hoje com 8.318 casos graves da doença, enquanto 379.245 pessoas recuperaram a saúde depois da infecção.

O País conta com apenas 7.055 testes por milhão de habitantes, enquanto a Rússia, terceira em número de contaminações, realiza 99.869 testes também por milhão de habitantes (146 milhões de habitantes).

Estes números dão uma ideia de quanto pode ser grave a sub-notificação no Brasil, que segundo as pesquisas da UFPel e IBOPE alcança um número de 7 vezes maior que os casos notificados. Se essa estatística se replicar de fato para todo o País, teríamos 5,9 milhões de contaminados, cerca de 278% a mais que os Estados Unidos, que está testando 77 mil pessoas em cada milhão de habitantes.

Da mesma maneira, a Índia, que tem apenas 321.626 casos notificados em uma população de mais de 1.379 bilhão de habitantes, poderia potencializar uma das maiores populações contaminadas, pois testa apenas 3.900 pessoas por milhão de habitantes.

O total geral de casos de contaminação no mundo só tem aumentado, com 7,860,730, apesar do número diário de mortes estar recuando, para um total de 432,200.

Vizinhos mais eficientes

Na Argentina, existem atualmente 30 mil casos e apenas 815 mortes em uma população de 45 milhões de habitantes. Os argentinos estão testando pouco, 5.054 por milhão de habitantes, num total de 228 mil testes, frente aos 1.49 milhão de testes realizados no Brasil.

A vizinha Venezuela, apesar da economia desorganizada e problemática, tem apenas 2.904 casos e 24 mortes atribuídas ao Corona, apesar de já ter testado mais de 1,06 milhão de testes – 37.511 por milhão – numa população de 28,4 milhão de habitantes, depois de receber importante ajuda médica e de equipamentos dos chineses.

E o Paraguai, dividido por fronteira seca com o Brasil, tem apenas 11 mortes depois de 1.261 casos, apesar de realizar 46 mil testes – 6.539 por milhão – em uma população total de 7,12 milhões de habitantes.

Esse é o motivo pelo qual os paraguaios fecharam as fronteiras, abrindo inclusive valas com retro-escavadeiras na longa fronteira seca (436 km) para não permitir a passagem de brasileiros.

Corona Brasil: aumento de 21.704 casos e 892 óbitos, contagem parcial.

Os governistas de todas as latitudes estão comemorando uma eventual diminuição na notificação de casos e de óbitos. A verdade é que nos sábados e domingos existe uma sub-notificação maior, com a ausência das informações de algumas secretarias de Saúde. Isso acaba se refletindo nos levantamentos de terça e quarta-feira, que, assim, apontam para novos recordes.

O Brasil tem 42.055 mortes por coronavírus confirmadas até as 13h deste sábado (13), aponta um levantamento feito pelo consórcio de veículos de imprensa a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde.

O consórcio divulgou na sexta-feira (12), às 20h, o quinto balanço, com os dados mais atualizados das secretarias estaduais naquele momento. Depois desse balanço, seis estados (GO, MG, MS, PA, PE e TO) e o DF divulgaram novos dados.

Veja os dados atualizados às 13h deste sábado (13):

  • 42.055 mortes
  • 832.866 casos confirmados

(Na sexta, 12, às 20h, o balanço indicou: 41.901 mortes, 843 nas últimas 24 horas; e 829.902 casos confirmados. Desde então, houve atualizações em DF, GO, MG, MS, PA, PE e TO.)

Os dados foram obtidos após uma parceria inédita entre G1, O Globo, Extra, O Estado de S.Paulo, Folha de S.Paulo e UOL, que passaram a trabalhar de forma colaborativa para reunir as informações necessárias nos 26 estados e no Distrito Federal.

Bahia

Bahia registra 35.788 casos confirmados de coronavírus (Covid-19), o que representa 19,14% do total de notificações no estado. O boletim epidemiológico ainda contabiliza 15.279 pessoas recuperadas, 1.069 óbitos e 19.440 indivíduos monitorados pela vigilância epidemiológica e com sintomas da Covid-19, o que são chamados de casos ativos.

​Os casos confirmados ocorreram em 352 municípios do estado.

Barreiras

Neste sábado, 13, Barreiras teve o primeiro óbito provocado pela Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus.

A paciente, uma idosa de 74 anos, com histórico de Hipertensão Arterial Sistêmica – HAS e obesidade, estava internada desde o dia 09 de junho, no Pronto Atendimento Coronavírus, com diagnóstico positivo para Covid-19 em estado moderado. Com o agravamento, a paciente foi transferida para o HO, e na manhã desse sábado após complicações, a paciente não resistiu e veio a óbito.

Luís Eduardo Magalhães

O Município teve a notificação de mais nove casos no dia de hoje.

Os casos se referem: seis pacientes do gênero feminino, 23, 33, 39, 43, 58 e 65 anos; três pacientes do gênero masculino, 34, 37 e 40 anos. Cinco destes pacientes foram testados em clínica particular.

Os pacientes apresentam sintomas que não indicam necessidade de internação hospitalar e permanecem em isolamento domiciliar obrigatório, monitorados e acompanhados pelo serviço de Telemedicina e pela Vigilância Epidemiológica. Um dos pacientes encontra-se hospitalizado Hospital do Oeste, na cidade de Barreiras.

Corona: 21 pessoas ficam doentes a cada minuto no Brasil. Uma delas vai morrer.

Brasil tem 1.261 mortes por coronavírus em 24 horas, revela consórcio de veículos de imprensa; são 41.058 no total. Levantamento feito por jornalistas de G1, O Globo, Extra, Estadão, Folha e UOL junto às secretarias estaduais de Saúde mostra ainda que houve 30.465 novos casos de Covid-19 em um dia; são 805.649 no total.

O Brasil teve 1.261 novas mortes registradas em razão do novo coronavírus nas últimas 24 horas, aponta levantamento feito pelo consórcio de veículos de imprensa junto às secretarias estaduais de Saúde. Com isso, são 41.058 óbitos pela Covid-19 no país até esta quinta-feira (11). Veja os dados, consolidados às 20h:

  • 41.058 mortes ; eram 39.797 até as 20h de quarta-feira (10), uma diferença de 1.261 óbitos

  • 805.649 casos confirmados; eram 775.184 até a noite de quarta

Os dados foram obtidos após uma parceria inédita entre G1, O Globo, Extra, O Estado de S.Paulo, Folha de S.Paulo e UOL, que passaram a trabalhar de forma colaborativa para reunir as informações necessárias nos 26 estados e no Distrito Federal.

O objetivo é que os brasileiros possam saber como está a evolução e o total de óbitos provocados pela Covid-19, além dos números consolidados de casos testados e com resultado positivo para o novo coronavírus.

Pelo terceiro dia consecutivo, houve mais de mil mortes e mais de 30 mil novos casos em um intervalo de um dia. O Nordeste tem mais casos que o Sudeste. São 285 mil casos confirmados nos nove estados, contra 281 mil em Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo.

 

Pandemia já causou 40 mil mortes, diz consórcio de jornalismo

Mais de 40 mil pessoas morreram no Brasil após serem contaminadas com a Covid-19, desde março.

Segundo dados compilados pelo consórcio entre Folha, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo, G1 e UOL, o país registrou 40.276 mortes, em balanço divulgado às 13h desta quinta-feira (11). O levantamento é feito com a coleta de dados das Secretarias de Saúde dos estados.

O Brasil chegou à marca menos de três meses após o primeiro óbito por um infectado de Covid-19, no dia 17 de março, em São Paulo. Com mais de 10 mil mortes, o estado do Sudeste concentra um quarto dos óbitos de contaminados com o novo coronavírus.

O Brasil é o segundo país no mundo em número de casos de Covid-19, atrás dos EUA, segundo o agregador de dados da Universidade Johns Hopkins. Em relação ao total de mortes, ocupa a terceira posição. Se for mantido o ritmo diário de crescimento de óbitos, pode ultrapassar em breve o Reino Unido, segundo da lista, que registrava mais de 41 mil até esta quarta-feira (10).

A iniciativa do consórcio de veículos de compilar e divulgar os dados sobre Covid-19 é uma resposta a atitudes recentes do governo Jair Bolsonaro, que ameaçou sonegar dados, atrasou boletins, retirou informações do ar, deixou de divulgar totais de casos e mortes e divulgou informações conflitantes.

Após determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, o portal do Ministério da Saúde que reúne dados sobre a epidemia voltou a informar nesta terça o total de mortes e casos acumulados até o momento. As informações haviam sido tiradas do ar na sexta (5).

A pasta também voltou a divulgar os totais em seu balanço diário. Segundo boletim desta terça, foram contabilizados 1.272 novos óbitos e 32.091 casos nas últimas 24 horas, totalizando 38.406 mortes e 739.503 pessoas infectadas.

Números de Alagoas e Santa Catarina, que não haviam sido informados na segunda (8), foram reincluídos na contagem.

Da Folha Press e BNews.

40 mil mortes e o que se vê são autoridades, em todos os níveis federativos, se eximindo de culpa e justificando sua ação.

Covid-19: Brasil já é o primeirão em números de mortes diárias. Viva o Brasil!

Enquanto governadores de quase todo o Brasil flexibilizam as regras de isolamento, o País registrou nos últimos sete dias a maior média de óbitos provocados pelo novo coronavírus em todo o mundo.

Com isso, deixa para trás Estados Unidos e Reino Unido, países que tiveram os maiores números absolutos de mortes até agora.

Ontem, o Brasil chegou a 775.184 casos e 39.797 mortes por covid-19, revela o levantamento feito por um consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL e o Estado de S. Paulo fazem parte. Os números têm como base os boletins de secretarias estaduais de saúde.

Na última semana o Brasil registrou 7.197 mortes pela covid-19, média de 1.028 por dia, segundo números da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Os EUA, que encabeçam a lista de óbitos pela pandemia, registram no mesmo período 5.762 mortes, média de 823 por dia. Já o Reino Unido, que ocupa o segundo lugar na lista de óbitos, contabilizou nos últimos sete dias 1.552 mortes, média de 221 por dia.

Massacre também entre indígenas

Na última terça-feira (9), o governo federal divulgou que 2.086 indígenas estão contaminados por coronavírus e 82 morreram. Os dados foram anunciados por Robson Santos, Secretário Especial de Saúde Indígena do Ministério da Saúde, que agradeceu a providência divina, ao dizer que os números poderiam ser piores.

O levantamento da Apib mostra que 2.886 indígenas foram contaminados entre abril e junho. Ao todo, 256 morreram, sendo 89 óbitos somente nos oito primeiros dias de junho. A divergência entre os dados, está no método.

O governo federal decidiu não contabilizar os indígenas não aldeados, ou seja, que estão em áreas demarcadas e nas zonas rurais, excluindo os que vivem em áreas urbanas e em territórios que estão em conflito.

Morre no Hospital do Oeste a sétima vítima do Corona vírus.

A Secretaria da saúde de Santa Rita de Cassia confirmou a morte da paciente que estava internada na UTI do Hospital do Oeste desde o dia 27 de maio.

A mulher de mais de 80 anos faleceu nesse sábado (6 ) por volta do meio-dia, quando o quadro se agravou devido a doença.

Na UTI especializada do HO, que tem capacidade atualmente para 5 pessoas, continua uma paciente da cidade de Jaborandi.

Está é a sétima pessoa da Região Oeste a morrer  depois de contaminada por COVID-19. Já tivemos mortes em Santa Maria da Vitória, Cristópolis, Barra, Buritirama, Mansidão, Luís Eduardo Magalhães e Santa Rita de Cássia.

Brasil registra novo recorde de mortes, quase uma por minuto.

As secretarias estaduais de Saúde confirmam no país 607.777 casos do novo coronavírus (Sars-CoV-2), com 33.781 mortes.

Indicadores estrangeiros apontam para 615 mil casos e 34.039 mortes.

Além de passar a marca de 600 mil infectados, o Brasil ultrapassou o número de óbitos da Itália por Covid-19. Nesta quinta, a Itália aparece com 33.689 mortos no balanço global da universidade Johns Hopkins.

Somos agora o terceiro país com mais vítimas pela doença, atrás apenas de EUA e Reino Unido.

O balanço do Ministério da Saúde na quarta-feira (3) registrou 1.349 novos óbitos, número recorde de vítimas anotadas em um dia, totalizando 32.548 mortos e 584.016 casos. Mas nem pra isso o MS serve mais. Os dados não são confiáveis, pois já foi detectado que o Governo está retardando o registro de dados para não alarmar a população.

Foto AP: índios estão morrendo aos magotes no grande interior.

A par disso, nossa atenção deve se voltar para o grande Interior do País, onde a doença agora se espalha com vigor, aterrorizando a população. ?Desprovido a recursos, o Interior, onde vive bem mais que a metade da população, não tem para onde correr.

As 28 Regiões Metropolitanas e Aglomerações Urbanas que superam 1 milhão de habitantes em 2019 somavam 99,8 milhões de habitantes. Reunidas, as 27 capitais superam os 50 milhões de habitantes, representando, em 2019, 23,86% da população total do País.

Se 100 milhões vivem nas capitais e grandes cidades, então temos 112 milhões que vivem no interior e pagarão um preço alto demais nesta pandemia. Fruto da ação nefasta do Governo Central, negativista e despreocupado, e de gestores de saúde despreparados para enfrentar o grande problema.

Líderes de partidos no Senado pedem para que brasileiros adiem protesto pró-democracia

“Adiaremos à ida às ruas, pelo bem da população, até que possamos, sem riscos, ocupá-las, em prol da população”, diz a nota, em referência a pandemia de coronavírus.

NURPHOTO VIA GETTY IMAGES

Líderes de diferentes partidos do Senado Federal pediram, por meio de nota, para os brasileiros em oposição ao governo do presidente Jair Bolsonaro não irem às ruas no próximo domingo por causa da pandemia do novo coronavírus. A nota é assinado por líderes da Rede, do PSB, do PDT, do Cidadania, do PSD e do PT.

“Nosso pedido parte da avaliação de que, não tendo o país ainda superado a pandemia, que agora avança em direção ao Brasil profundo, saindo das capitais e agravando nos interiores, precisamos redobrar os cuidados sanitários e ampliar a comunicação com a sociedade em prol do distanciamento social”, diz trecho da nota, antecipada pela Folha de S.Paulo.

“Adiaremos à ida às ruas, pelo bem da população, até que possamos, sem riscos, ocupá-las, em prol da população”, completa.

A nota ressalta “a escalada autoritária do governo federal”, mas enfatiza que é dever “preservar a vida e segurança dos brasileiros, não dando ao governo aquilo que ele exatamente deseja, o ambiente para atitudes arbitrárias”.

Os líderes que “ainda não é o momento, em respeito às famílias de vítimas do Coronavírus e também daqueles que até hoje tem respeitado e com razões, baseado nos melhores estudos científicos, o isolamento como a melhor alternativa de combate à covid-19”.

“Continuaremos firmes na oposição das mais diversas formas que a situação pandêmica nos permite.”

Assinam a nota os senadores: Randolfe Rodrigues (Rede), Eliziane Gama (Cidadania), Weverton Rocha (PDT), vice-líder Jaques Wagner, (PT), Veneziano Vital do Rego (PSB) e Otto Alencar (PSD).

Brasil registra novo recorde de mortes, quase uma por minuto.

As secretarias estaduais de Saúde confirmam no país 607.777 casos do novo coronavírus (Sars-CoV-2), com 33.781 mortes.

Indicadores estrangeiros apontam para 615 mil casos e 34.039 mortes.

Além de passar a marca de 600 mil infectados, o Brasil ultrapassou o número de óbitos da Itália por Covid-19. Nesta quinta, a Itália aparece com 33.689 mortos no balanço global da universidade Johns Hopkins.

Somos agora o terceiro país com mais vítimas pela doença, atrás apenas de EUA e Reino Unido.

O balanço do Ministério da Saúde na quarta-feira (3) registrou 1.349 novos óbitos, número recorde de vítimas anotadas em um dia, totalizando 32.548 mortos e 584.016 casos. Mas nem pra isso o MS serve mais. Os dados não são confiáveis, pois já foi detectado que o Governo está retardando o registro de dados para não alarmar a população.

A par disso, nossa atenção deve se voltar para o grande Interior do País, onde a doença agora se espalha com vigor, aterrorizando a população. ?Desprovido a recursos, o Interior, onde vive bem mais que a metade da população, não tem para onde correr.

As 28 Regiões Metropolitanas e Aglomerações Urbanas que superam 1 milhão de habitantes em 2019 somavam 99,8 milhões de habitantes. Reunidas, as 27 capitais superam os 50 milhões de habitantes, representando, em 2019, 23,86% da população total do País.

Se 100 milhões vivem nas capitais e grandes cidades, então temos 112 milhões que vivem no interior e pagarão um preço alto demais nesta pandemia. Fruto da ação nefasta do Governo Central, negativista e despreocupado, e de gestores de saúde despreparados para enfrentar o grande problema.

O povo de Barreiras não está nem aí para o “Coronga”

Nem 72 casos confirmados de contaminação por Corona Vírus, nem centenas de casos suspeitos e a baixa testagem proporcionada pela Secretaria de Saúde de Barreiras evitaram que a população afluísse aos bares da cidade neste sábado à noite.

O povo está alheio aos princípios de isolamento social e espera pela confirmação de um surto, desconhecendo inclusive a baixa infraestrutura hospitalar da Capital do Oeste.

Barreiras confirma mais 12 casos de Corona Vírus. Um aumento de 22% em apenas um dia.

Como afirmamos ontem, com base na pesquisa da UFPel e Ministério da Saúde, a base de contaminados estava em torno de 1.200 pessoas em Barreiras.

Hoje o boletim técnico confirma nossa expectativa: de 1.561 casos notificados, retirando-se os 422 já descartados, temos 1.139 casos, assintomáticos ou não, curados ou em processo de cura.

No entanto, é emblemático o número de confirmações, que em 24 horas aumentou em 12 para 65. Um aumento de 22% no número de confirmações em apenas um dia.

Destes 12 (doze) casos, 11 (onze) foram detectados através de Teste Rápido e 01 (um) através de RT-PCR, sendo 08 (oito) contatos com casos confirmados de Barreiras, 01 (um) contato com caso confirmado de Luís Eduardo Magalhães e 03 (três), sintomáticos. 

Vai vendo: Barreiras está no início do processo do Corona e está com tudo liberado.

Me ajuda na soma aí: 53 confirmados, mais 64 esperando os exames, mais 164 em monitoramento.

Agora, multiplica por sete, que é o índice médio de sub-notificação ou sub-testagem encontrado pela pesquisa UFPel, com o apoio do Ministério da Saúde, e teremos uma base de contaminados com um número parecido com 1.200.

Nós próximos 15 dias esses, cuja maioria talvez nem saiba que está contaminada, passarão a virose para quantos outros? É nesse momento que as coisas começam a ficar complicadas?

Vai vendo aí, Sr. Prefeito, e se assegure que essa bomba não detone embaixo da sua cadeira.

O biólogo Átila Iamarino afirmou hoje:

COVID-19 não é gripe. Pra quem precisava de artigo discutindo números, aqui vai: o coronavíus é por volta de 20x mais letal do que a gripe sazonal causada pelo influenza. Lembrando que uma temporada de gripe severa com 2x mais mortes já lota hospitais.

LEM: base de contaminação se expande. Mais 5 casos de Corona Vírus.

A Prefeitura Municipal de Luís Eduardo Magalhães anunciou hoje mais 5 casos positivos de Corona Vírus. Os cinco casos se referem: dois pacientes do gênero masculino, 48 e 08 anos; um paciente do gênero feminino, 37 anos, todos com histórico de contato com caso positivo na cidade de Barreiras. Um paciente do gênero masculino, 62 anos, com histórico de viagem, testado em clínica particular; um paciente do gênero feminino, 33 anos, sem história de viagem ou contato com caso positivo, testado em clínica particular.

Os cinco pacientes apresentam sintomas que não indicam necessidade de internação hospitalar e permanecem em isolamento domiciliar obrigatório, monitorados e acompanhados pelo serviço de Telemedicina e pela Vigilância Epidemiológica, segundo informações de nota oficial.

Como em Barreiras, onde tudo está liberado a partir de hoje, Luís Eduardo Magalhães, mesmo sem a mínima infraestrutura hospitalar, também está correndo sérios riscos. Ninguém para coibir a grande circulação de pessoas, muito menos os ajuntamentos e festinhas particulares à noite.

Tanto o Governador, que errou dizendo que a contaminação está chegando num platô, como Zito e Oziel e respectivos secretários de Saúde, estão errados.

Não chegou a platô nenhum: agora que está começando e a curva de contaminados vai subir de maneira exponencial.

Números da pandemia são trágicos. E a Saúde está aparelhada politicamente.

Brasil registra 807 novas mortes por coronavírus. Total de óbitos é de 23.473. Já próximo dos 30 mil que Bolsonaro promovia quando deputado. Só que ele falava em gente de esquerda. Mas quem está morrendo são pobres, das camadas mais vulneráveis da população.

O número de casos é de mais de 374 mil pessoas. E recém começa a chegar ao interior do País. Há poucos dias, eram menos de 10 os casos no Oeste baiano. Hoje, passam de 100 com folga.

A par disso, o aparelhamento ideológico do Ministério da Saúde preocupa. Não tarda o dia em que os números da pandemia poderão ser considerados sigilosos.

No último sábado (23), o epidemiologista Wanderson Oliveira anunciou sua saída do Ministério da Saúde.

Dessa forma, a pasta perdeu sua principal referência técnica e o profissional que desenvolveu o planejamento do governo brasileiro para o enfrentamento à pandemia. Em contrapartida, de acordo com o jornal O Estado de São Paulo, o ministério deve receber mais 20 militares em cargos estratégicos, que farão companhia a outros 20 já nomeados.

Nenhum dos militares que trabalham no ministério possui formação técnica para atuar na área da saúde, nem mesmo o general Eduardo Pazuello, chefe temporário da pasta, que substituiu dois médicos no cargo, Nelson Teich e Luiz Henrique Mandetta. Quem atua no setor alerta para os perigos das mudanças.

“A subnotificação já afeta os dados hoje, minha preocupação é que passe a haver uma ação deliberada para produzir subnotificação e atraso na divulgação do avanço da epidemia”, explica Leandro Gonçalves, professor do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal Fluminense (UFF).

“Se eles quiserem, eles vão conseguir manejar a narrativa da extensão da pandemia no Brasil. Hoje, caiu o Wanderson da Silva, que é o cara que planejou o enfrentamento à pandemia no Brasil, cai com ele também o planejamento. Virá alguém que irá conduzir de outra maneira. Teremos os balanços diários e a mesma postura de alerta com relação ao vírus? Ou será que vai começar a mudar a narrativa?”, pergunta Gonçalves.

Além de Wanderson Oliveira, o Ministério da Saúde já havia perdido seu secretário-executivo João Gabbardo, que trabalhava na pasta havia mais de 40 anos e que foi exonerado no dia 22 de abril. Para o seu cargo, foi nomeado justamente o general Pazanello, que agora chefia o setor. Em 4 de maio, o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos, Denizar Vianna, também foi demitido.

“Até aqui, as pessoas responsáveis pela divulgação dos dados eram técnicas, que caíram para os militares entrarem. Eles podem dar um jeito de maquiar a cobertura do avanço da epidemia pelo Brasil”, afirma Gonçalves.

A desinformação faz tantas vítimas como a pandemia

A contaminação pelo Corona Vírus se espalhou pelo Oeste baiano nos últimos 15 dias, com o registro de centenas de casos em Barreiras, São Desidério, Luís Eduardo Magalhães, Santa Maria da Vitória e até na longínqua Cocos, no extremo-oeste, quase na divisa com Minas Gerais.

As redes sociais estão em polvorosa. Os comentários são antagônicos, mas apontam para o crescimento do volume de notícias falsas e desinformação.

Veja este quadro publicado pela Secretaria da Saúde de Luís Eduardo Magalhães. Os leitores dizem que um contaminado, apontado ontem pela própria Secretaria, hoje amanheceu como “curado”. Outros dizem que existem 6 casos entre o pessoal de atendimento da UPA-LEM que não foram notificados.

E veja abaixo um print de alguns comentários:

A imprensa alinhada com a Gestão Oziel Oliveira nada questiona. E a imprensa que não se alinha não recebe uma palavra sequer do Secretário de Saúde ou de porta-voz oficial.

Em Barreiras ocorre o mesmo: com o aumento da testagem, proporcionada pelo Laboratório da UFOB, o número de casos explodiu. Mas ninguém sabe o que é verdade.

Melhor ficar com os resultados da pesquisa da Universidade de Pelotas – IBOPE – Ministério da Saúde, que identificou, no Rio Grande do Sul, uma contaminação 900% maior do que a indicada pelas autoridades e, em Manaus, de 1.000% maior.