Dino aponta continuação do orçamento secreto “mesmo com a troca na presidência da Câmara”

Hugo Motta, também conhecido como Hugo Moita, continuou favorecendo as maracutaias e negociatas da Câmara após a saída do inoxidável Arthur Lira.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino afirmou, em decisão tornada pública nesta sexta-feira (12), que há fortes indícios de que o chamado “orçamento secreto” continua operando na Câmara dos Deputados, mesmo após a mudança no comando da Casa.

Segundo o Magistrado, os elementos reunidos pela investigação apontam para a permanência de um esquema de direcionamento irregular de emendas parlamentares, em desacordo com decisões anteriores da Corte que declararam a inconstitucionalidade desse mecanismo.

A decisão, tomada no âmbito de uma representação da Polícia Federal, tem como base um conjunto amplo de depoimentos, documentos e dados telemáticos analisados pelo STF. No despacho, Flávio Dino destaca que as provas indicam a atuação continuada de Mariângela Fialek, conhecida como “Tuca”, ex-assessora do ex-presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL), como figura central na operacionalização das emendas, inclusive após a posse de Hugo Motta (Republicanos-PB) na presidência da Casa .

De acordo com o ministro, os elementos colhidos ao longo da apuração revelam que a servidora “permaneceu no exercício da função” relacionada ao controle e à organização das emendas, mesmo com a troca de comando na Câmara. Para Dino, esse dado é especialmente relevante porque sugere a continuidade de práticas consideradas ilegais pelo STF, contrariando o processo de reconstitucionalização das emendas parlamentares determinado no julgamento da ADPF 854.

A investigação reúne depoimentos de parlamentares de diferentes partidos, entre eles os deputados Glauber Braga (Psol-RJ), José Rocha (União Brasil-BA), Adriana Ventura (Novo-SP) e Fernando Marangoni (União Brasil-SP), além do senador Cleitinho (Republicanos-MG). Em comum, os relatos descrevem um modelo centralizado de distribuição de recursos, com envio de listas de emendas sem identificação clara de autores, beneficiários ou critérios objetivos. Em um dos trechos destacados na decisão, o ministro resume que há “indícios extremamente robustos de que não só a Câmara dos Deputados continua o processo de esguio às decisões do STF, como de que a Representada [Mariângela Fialek] mantém um papel relevante nesse processo, mesmo com a troca na presidência da Câmara”.

Os depoimentos também apontam para a concentração de grandes volumes de recursos em determinados estados e municípios, notadamente em Alagoas, reduto político de Arthur Lira. Segundo as investigações, parte dessas emendas teria sido direcionada por comissões temáticas que sequer contavam com parlamentares do estado beneficiado, o que, na avaliação do relator, reforça a suspeita de interferência indevida da antiga cúpula da Câmara na alocação dos recursos.

Além das oitivas, a Polícia Federal obteve autorização judicial para a quebra de sigilo de dados telemáticos de Mariângela Fialek. A análise desse material, segundo Flávio Dino, confirmou que a investigada exerceu, por um longo período, papel estratégico no controle do orçamento secreto, desde a fase das chamadas emendas de relator até as atuais emendas de comissão. O ministro ressalta que os registros demonstram uma atuação “contínua, sistemática e estruturada” na gestão desses recursos, com pouca ou nenhuma transparência.

Com base nesse conjunto probatório, Dino autorizou medidas cautelares de busca e apreensão em endereços ligados à investigada, bem como a quebra de sigilo de dados telefônicos e telemáticos. Ele também determinou o afastamento de Mariângela Fialek de qualquer atividade relacionada à proposição, tramitação ou destinação de emendas parlamentares na Câmara dos Deputados, até a conclusão das investigações.

Por Guilherme Levorato, do Brasil 247, editado.

Operação da PF desmonta esquema que causou prejuízo de R$ 22 mi em obras envolvendo emendas parlamentares.

A Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (CGU) fecham o cerco nesta sexta-feira (28) para apurar irregularidades em contratos de pavimentação firmados pelo Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (DNOCS) e financiados por emendas parlamentares.

Segundo a PF, auditorias realizadas pela Controladoria-Geral da União (CGU) identificaram indícios de superfaturamento, execução parcial ou inexistente dos serviços, medições fraudulentas e favorecimento indevido de empresas contratadas.

Com esses indícios, as equipes iniciaram as investigações que fazem parte da Operação Fake Road. “Os elementos colhidos apontam para a atuação de servidores públicos e representantes de empresas privadas, em possível organização criminosa voltada ao desvio de recursos públicos, com prejuízo estimado em mais de R$ 22 milhões”, detalhou a PF. 

A operação, que busca cumprir 11 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), ocorre nas cidades de Fortaleza (9) e Natal (2). As medidas incluem ainda pedidos de bloqueio judicial de bens e valores, indisponibilidade de imóveis e veículos, busca pessoal e veicular, bem como a quebra de sigilos bancário, fiscal, telefônico e telemático dos investigados.

Aproximadamente 50 policiais federais estão empregados na operação que tem por finalidade coletar novas provas e assegurar a interrupção de eventuais práticas ilícitas.

Alvo de investigação contra desvios na saúde da BA e PI escondeu celular na cama dos filhos após vazamento de operação

Mulher é apontada como cunhada de um dos ex-secretários de saúde presos na 2ª fase da operação. Investigação aponta desvio de mais de R$ 12 milhões dos cofres públicos.

Do g1.globo.com/bahia

As pessoas investigadas pelo esquema que desviou mais de R$ 12 milhões de verbas da saúde pública na Bahia e no Piauí foram informadas sobre a primeira fase da operação contra o grupo antes dela acontecer. É o que apontam investigações encaminhadas para a Justiça no pedido de prisão dos suspeitos.

A segunda fase da “Operação USG”, que deu cumprimento a esses mandados, prendeu nove pessoas, na quarta-feira (19), em Formosa do Rio Preto, cidade do oeste baiano, onde alguns dos envolvidos moram, e em cidades do Piauí. Eles utilizavam clínicas de fachada e contratos superfaturados para justificar pagamentos por serviços médicos que nunca foram realizados.

Hildjane Leite Souza

Segundo o documento compartilhado com o g1, após o vazamento da primeira fase da operação, em 2024, uma das suspeitas chegou a esconder o celular pessoal na cama dos filhos, embaixo da coberta, para que as informações contidas no aparelho não fossem descobertas.

A mulher foi identificada como Maria Raquel de Araújo Santos. Ela é cunhada de João Rocha Mascarenhas, cirurgião-dentista que já ocupou o cargo de secretário de saúde de Formosa do Rio Preto. Na mesma ação, ela também ocultou um computador em outro imóvel.

João Rocha Mascaranhas

A investigação aponta ainda que, cerca de15 dias antes da operação, outro integrante do grupo fez pesquisas na internet sobre o departamento policial envolvido na ação e sua delegada titular.

Os elementos são citados no documento como provas da força do grupo criminoso no município e do perigo que a liberdade dos envolvidos representa para a conclusão do caso.

Quem são os presos

Um dos presos na operação é o vereador de Formosa do Rio Preto, Hildjane Leite Souza (PSD), de 50 anos. Além de vereador, o suspeito é enfermeiro e atuou duas vezes como secretário de saúde do município.

O ex-secretário de saúde João Rocha Mascarenhas também foi preso na operação. Ele assumiu o cargo em 2022, após a saída de Hildjane.

As investigações apontaram que a esposa dele, identificada como Marina Araújo Santos Mascarenhas, também integrava o esquema. Ela está em prisão domiciliar, pois é mãe de menores de 12 anos.

Também presa, Maria Raquel de Araújo Santos é irmã de Marina Araújo, ela é apontada como sócia-administradora de uma empresa que mantinha contratos com a Secretaria de Saúde de Formosa do Rio Preto. Assim como a irmã, ela está em prisão domiciliar por conta dos filhos.

O médico Epifânio João da Cruz Neto, marido de Maria Raquel, também é investigado e foi preso na operação. Ele é apontado como um dos autores dos exames fraudulentos de USG.

Outras quatro pessoas foram presas e são apontadas como integrantes do esquema criminoso. São elas:

  • Ferdnan Pinheiro Rodrigues – sócio oculto de uma empresa envolvida no esquema milionário;
  • Thaiana Raniere Souza da Cunha – sócia laranja de Ferdnan;
  • Raimunda Eliane Soares – ex-secretária de Formosa do Rio Preto;
  • Wagner Olímpio Rocha – médico.

g1 tenta contato com as defesas e aguarda os posicionamentos da Câmara de Vereadores e da Prefeitura de Formosa do Rio Preto.

Relembre operação

Polícia Civil (PC) deflagrou a primeira fase da “Operação USG” em dezembro de 2024 e cumpriu mandados de busca e apreensão nas casas de médicos e ex-secretários municipais de saúde de Formosa do Rio Preto e em cidades do Piauí.

Na mesma ocasião, também foram cumpridos mandados em clínicas particulares, hospitais municipais e na Secretaria de Saúde de Formosa do Rio Preto, que suspendeu contratos com quatro empresas investigadas.

Nas investigações, foram identificados:

  • exames incompatíveis, como ultrassonografia transvaginal em pacientes homens;
  • pagamentos por serviços médicos não prestados à população;
  • plantões que nunca foram realizados;
  • lista fraudulenta de pacientes “fantasma”;
  • número de exames destoante da realidade;
  • utilização de empresas de fachadas para repassar recursos.

A partir dos documentos apreendidos, foi declarada a segunda fase da operação neste ano e, na terça-feira (18), nove pessoas foram presas.

Além das prisões, os trabalhos desta etapa incluíram o bloqueio de contas bancárias e o sequestro de bens pertencentes aos investigados e a três clínicas utilizadas na estrutura operacional do grupo.

 

Nove são presos em operação que mira desvios na saúde na BA e PI.

Por g1 BA e TV Oeste

Nove pessoas foram presas pela Polícia Civil da Bahia, nesta terça-feira (18), durante a segunda fase da Operação USG, que investiga um esquema de desvios de verbas da saúde pública. 

A investigação apontou que um grupo criminoso formado por médicos, ex-secretários municipais de Saúde, agentes políticos e clínicas desviou mais de R$ 12 milhões dos cofres públicos.

Mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos nas casa dos investigados, em Formosa do Rio Preto, no oeste da Bahia e em uma cidade do Piauí. Os trabalhos desta etapa incluem também o bloqueio de contas bancárias e o sequestro de bens pertencentes aos investigados e a três clínicas utilizadas na estrutura operacional do grupo.

As apurações identificaram que o grupo criminoso utilizava clínicas de fachada e contratos superfaturados para justificar pagamentos por serviços médicos que nunca foram realizados.

Entre as principais irregularidades apontadas pela Polícia Civil estão:

  • lançamentos de exames incompatíveis com a realidade do município
  • plantões fictícios
  • listas de pacientes com dados inconsistentes
  • emissão de notas fiscais destinadas a mascarar atendimentos inexistentes

A deflagração desta nova fase ocorre após a análise de documentos e mídias apreendidos na primeira etapa da Operação USG, realizada em dezembro de 2024, que revelou elementos suficientes para aprofundar as apurações e identificar a participação de novos envolvidos.

Cerca de 80 policiais participam da operação por meio do Draco-LD, da DECCOR, da 11ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Barreiras/BA) e das equipes da Polícia Civil do Piauí.

PF cumpre mandados contra governador do Republicanos que ‘impedia investigações’ sobre desvios.

Bolsonaristas oferecem gado em troca de votos indígenas no Tocantins — Brasil de FatoA herança maldita da corrupção: o Governador afastado e o ex-presidente condenado.

Ações autorizadas pelo STF visam impedir destruição de provas por Wanderlei Barbosa, do Tocantins, afastado desde setembro.

A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (12/nov) a Operação Nêmesis, cumprindo 24 mandados de busca e apreensão em Palmas e Santa Tereza do Tocantins, com o objetivo de desarticular uma rede suspeita de obstruir investigações sobre desvios de recursos públicos durante a pandemia de Covid-19.

Entre os alvos, segundo matéria na Veja, destaca-se o governador Wanderlei Barbosa (Republicanos), que já enfrentava afastamento do cargo desde setembro.

As ações, autorizadas pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), visam impedir a destruição de provas e identificar novos envolvidos em um esquema que envolveu emendas parlamentares e contratos superfaturados para fornecimento de cestas básicas.

Agentes da PF durante cumprimento de mandado de busca na Operação Nêmeses — Foto: Polícia Federal/Divulgação

De acordo com as apurações, os suspeitos teriam utilizado veículos oficiais e influência de cargos públicos para remover documentos sensíveis, frustrando o andamento das investigações em curso na Corte Especial do STJ.

A PF identificou indícios de que tais manobras ocorreram logo após a segunda fase da Operação Fames-19, em 3 de setembro, quando Barbosa foi temporariamente afastado por seis meses.

Movimentação de carros oficiais e particulares em frente à casa da sogra do Governador, em fotos da PF.

Durante as buscas desta manhã, agentes apreenderam celulares e outros materiais que podem esclarecer a extensão da obstrução, incluindo a possível ocultação de ativos desviados.

O contexto atual remete diretamente à Operação Fames-19, iniciada em 2020 para combater fraudes em licitações emergenciais.

Naquele período, o estado de emergência sanitária facilitou contratos sem concorrência plena, permitindo o desvio estimado em R$ 73 milhões apenas em compras de cestas básicas e frangos congelados.

Wanderlei Barbosa, então vice-governador e responsável pela Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social (Setas), é apontado como possível mandante do esquema, que envolveria propinas de R$ 550 mil e lavagem de dinheiro via aquisição de imóveis de luxo, como a pousada Pedra Canga, ligada à família do político.

A primeira-dama Karynne Sotero, os filhos Rérisson Castro e o deputado Léo Barbosa, além de ex-secretários como Thomas Jefferson e o coronel Wander Araújo, e a deputada Cláudia Lelis, também figuram como alvos recorrentes nessas ramificações.

Em nota oficial, Barbosa expressou estranheza com a timing da operação, alegando que aguarda julgamento de habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF) para retornar ao cargo.

Ele reiterou disponibilidade para colaborar e confiança na Justiça, negando qualquer irregularidade e argumentando que, na época dos fatos iniciais, atuava como vice sem poder de ordenar despesas.

A defesa de outros investigados, como Thomas Jefferson, classificou as acusações de absurdas, enfatizando que ações foram estritamente laborais.

O histórico de instabilidade no Tocantins agrava o cenário. Barbosa assumiu o governo em 2021, sucedendo Mauro Carlesse, afastado por suspeitas semelhantes de corrupção.

Fames-19 já havia revelado, em sua primeira fase, o uso de emendas parlamentares para remunerar empresas fantasmas, com crimes como peculato, corrupção passiva, frustração de licitação e formação de organização criminosa.

Em outubro de 2025, reportagens detalharam como o esquema se estendia a compras de gado e pagamentos pessoais, com depósitos fracionados em espécie para Barbosa.

Esses elementos explicam a escalada para a Nêmesis, que busca não só provas concretas, mas também mapear a rede de influência que perpetuou as fraudes mesmo após o fim da pandemia.

As investigações prosseguem sob sigilo, com a PF incentivando denúncias via e-mail ou WhatsApp.

Especialistas em compliance público destacam que casos como esse reforçam a necessidade de auditorias independentes em emendas, especialmente em estados com histórico de trocas frequentes de liderança.

Enquanto o STJ analisa os próximos passos, o afastamento de Barbosa completa dois meses, deixando o Tocantins sob interinidade e sob escrutínio nacional sobre governança em tempos de crise.

Com edição do URBS Magna e O Expresso.

 

STF forma maioria para tornar réus deputados do PL envolvidos em corrupção

Os indiciados

O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria de votos para tornar réus dois deputados federais e um suplente do PL pelos crimes de corrupção passiva e organização criminosa.

Os parlamentares Josimar Maranhãozinho (PL-MA) e  Pastor Gil (PL-MA), além do suplente Bosco Costa (PL-SE), são acusados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de cobrarem propina para a liberação de emendas parlamentares.

De acordo com a PGR, entre janeiro e agosto de 2020, os acusados solicitaram vantagem indevida de R$ 1,6 milhão para liberação de R$ 6,6 milhões em emendas para o município de São José de Ribamar (MA).

O julgamento ocorre no plenário virtual da Primeira Turma da Corte. Até o momento, o relator, ministro Cristiano Zanin, e os ministros Alexandre de Moraes e Cármen Lúcia votaram para transformar os acusados em réus.

Segundo Zanin, há “indícios suficientes” para o recebimento da denúncia da Procuradoria. Além disso, o ministro ponderou que, nesta fase processual, cabe ao Supremo apenas analisar o preenchimento das acusações formais da acusação.

“Não se exige, para este juízo de admissibilidade, prova completa do crime e de sua autoria, bastando a fundada suspeita quanto aos imputados e a prova da materialidade dos fatos. O recebimento da denúncia, pois, não implica julgamento antecipado nem conduz à conclusão sobre culpabilidade”, escreveu Zanin.

O julgamento virtual está previsto para ser finalizado no dia 11 de março. Faltam os votos dos ministros Flávio Dino e Luiz Fux.

Defesas

A defesa do deputado Josimar Maranhãozinho declarou ao Supremo que as acusações da PGR contra o parlamentar se “mostram frágeis e desfundamentadas”.

Os advogados de Bosco Costa defenderam a rejeição da denúncia por falta de provas. A defesa afirmou ao Supremo que a acusação está baseada  em “diálogos de terceiros e anotações manuscritas desconhecidas de Bosco”.

A defesa de Pastor Gil defendeu a ilegalidade das provas obtidas na investigação por entender que o caso deveria ter iniciado no STF, e não na Justiça Federal do Maranhão. Os advogados também acrescentaram que a denúncia é baseada em “hipóteses e conjecturas”.

STJ prorroga afastamento de juízas envolvidas na Operação Faroeste

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) prorrogou por mais um ano, nesta quarta-feira (1º), o afastamento de todas as magistradas investigadas na Operação Faroeste. A decisão, proclamada pela Corte Especial, foi tomada por unanimidade, seguindo o voto do relator, ministro Og Fernandes.

As juízas Maria da Graça Osório Pimentel Leal, Maria do Socorro Barreto Santiago, Marivalda Almeida Moutinho, Ilona Márcia Reis e Lígia Maria Ramos da Cunha Lima estão afastados de seus cargos desde dezembro de 2019.

De lá para cá, o afastamento das magistradas tem sido renovado de período em período, sempre com a argumentação de que, apesar das apurações estarem avançando, elas ainda não foram encerradas.

A Operação Faroeste investiga um esquema de venda de sentenças relacionadas a mais de 300 mil hectares de terra, especialmente na região Oeste da Bahia. Segundo as investigações, as decisões judiciais favoreciam um grupo de grileiros de propriedades liderado pelo empresário Adailton Maturino.

Bahianotícias

Muito grave: Bolsonaro é investigado por chefiar esquema de Caixa 2 no Planalto.

De Rodrigo Rangel, em sua coluna no portal Metrópoles, editado.

Quem diria? O campeão das rachadinhas quando parlamentar e poderoso comprador de 107 imóveis, 51 dos quais em “moeda corrente nacional” acumulou expertise durante anos para administrador um denso esquema da Caixa 2, operado em dinheiro vivo, que pagaria contas as mais estranhas à administração pública e provavelmente financiaria o esquema de atos anti-democráticos, que culminaram com o terrorismo de 8 de janeiro.

“Áudios com a voz de Bolsonaro reunidos pela investigação indicam que o presidente controlava e tinha ciência de tudo.”

Investigações que correm no Supremo Tribunal Federal (STF), obtidas pelo Metrópoles, conectam o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) à suposta existência de um ‘caixa 2’ dentro do Palácio do Planalto e o ligam à realização de atos antidemocráticos.

De acordo com a reportagem publicada pelos jornalistas Rodrigo Rangel e Sarah Teófilo, um homem de confiança de Bolsonaro gerenciava o suposto ‘caixa 2’, que funcionava com dinheiro vivo proveniente de saques feitos a partir de cartões corporativos da Presidência e de quartéis das Forças Armadas.

O dinheiro era usado, entre outras coisas, para pagar um cartão com despesas pessoais da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro – criado no nome de uma amiga dela, Rosimary Cardoso Cordeiro, funcionária do Senado – e para pagar contas pessoais do clã presidencial.

As investigações estão sob o comando do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).

Entenda

O tenente-coronel do Exército Mauro Cesar Barbosa Cid – conhecido como “coronel Cid” – é o personagem central das investigações. Homem de confiança de Bolsonaro, ele era:

  • Ajudante de ordens do ex-presidente até o final do mandato;

  • Guardião do celular de Bolsonaro, atendendo ligações e respondendo mensagens;

  • Responsável por tarefas corriqueiras da família, como pagar as contas – a mais sensível, no caso;

Ele também era encarregado de pagar contas pessoais da família de Michelle.

Muitas das operações realizadas pela equipe de Cid era com dinheiro em espécie, na boca do caixa de uma agência bancária localizada dentro do Palácio do Planalto.

Durante as investigações, os policiais identificaram que o modus operandi de Cid era parecido com o apurado nas rachadinhas que envolviam o atual senador Flávio Bolsonaro, filho 01 do ex-presidente. As ações envolviam:

  • Dinheiro manejado à margem do sistema bancário;

  • Saques em espécie;

  • Pagamentos em espécie;

  • Uso de funcionários de confiança nas operações.

A partir daí, os investigadores começaram a enxergar fortes indícios de lavagem de dinheiro. Além dos saques a partir de cartões corporativos, Cid supostamente recebia valores provenientes de saques feitos por militares ligados ao tenente-coronel e lotados em quartéis de fora de Brasília.

Os detalhes dessas transações estão mantidos sob sigilo absoluto.

Conexão com atos golpistas

As investigações acessadas pelo Metrópoles também indicam que o “coronel Cid” funcionava como um elo entre Bolsonaro e vários radicais que desejavam que a militância bolsonarista atacasse as instituições democráticas.

Um dos contatos frequentes de Cid, inclusive, era o blogueiro Allan dos Santos, foragido nos Estados Unidos que teve prisão decretada em 2021.

No material obtido por policiais, como uma série de áudios, fica claro que Bolsonaro tinha conhecimento e controle de tudo que Cid fazia – tanto nos pagamentos com dinheiro vivo, quanto na interlocução com bolsonaristas extremistas.

Inclusive, o próprio ex-presidente aparece como interlocutor em mensagens que Cid mantinha em seu aplicativo – com o qual conversava com os radicais.

O que dizem os envolvidos?

Interlocutores de Jair Bolsonaro e de Michelle Bolsonaro admitiram ao Metrópoles que houve “confusão” com os valores em espécie, mas negam que contas pessoais do clã e de parentes de Michelle fossem pagas com os saques corporativos do governo.

De acordo com eles, Cid precisava lidar com os valores em espécie, já que:

  • Muitas das despesas “tinham valor ínfimo”;

  • Portanto, precisavam ser pagas diretamente a fornecedores que “prestavam serviços informalmente”;

Não foi explicado o motivo pelos quais tais fornecedores precisavam receber em espécie em vez de transferência bancária, por exemplo.

Não houve resposta sobre:

  • Pagamento dos boletos, especialmente os do cartão cedido pela amiga de Michelle;

  • Contas de familiares da ex-primeira-dama;

O Metrópoles também entrou em contato com Rosimary, a amiga que cedia o cartão para Michelle. Ela, no entanto, se recusou a dar explicações, afirmou não ter sido notificada sobre as investigações e disse que trata-se de “um assunto pessoal” sobre o qual só falará com seu advogado.

The Guardian expõe Bolsonaro sob acusações de corrupção: “aumenta pressão”.

The Guardian expõe Bolsonaro sob acusações de corrupção: “aumenta pressão”

O jornal inglês mostra ao mundo as reportagens brasileiras sobre o presidente brasileiro, que já era acusado de má condução da pandemia e agora revelam que ele estava envolvido em peculato, no esquema das rachadinhas. Veja o texto, em tradução livre.

“O presidente brasileiro ficou sob mais pressão depois de ser pessoalmente implicado em um suposto esquema de corrupção envolvendo a suposta apropriação indébita de salários de sua força de trabalho.

Jair Bolsonaro, um populista de extrema direita que admira Donald Trump, assumiu o cargo em janeiro de 2019 prometendo “libertar para sempre a pátria do jugo da corrupção”.

Na segunda-feira, no entanto, um importante site de notícias brasileiro publicou uma série de relatórios que ameaçavam minar fatalmente a já tênue alegação de Bolsonaro de ser um conservador de vida limpa. O UOL alegou que suas reportagens, chamadas de “vida secreta de Jair” , sugeriam que ele havia presidido um esquema de peculato conhecido como rachadinha durante seus quase 30 anos como legislador da Câmara dos Deputados, entre 1991 e 2018.

Uma matéria do UOL trazia gravações de áudio, obtidas de uma fonte não identificada, nas quais Andrea Siqueira Valle, irmã da segunda esposa de Bolsonaro, supostamente discutia como seu irmão foi demitido do emprego na Câmara de Bolsonaro. “O André causou muitos problemas porque o André nunca devolveu a quantia certa de dinheiro que tinha que ser devolvido, entendeu? Ele deveria devolver 6.000 reais, mas André entregaria apenas 2.000 ou 3.000. Isso continuou por muito tempo, até que Jair disse: ‘Chega – livre-se dele porque ele nunca me devolve a quantia certa’ ”.

No Brasil, a prática ilegal e supostamente difundida pela qual os políticos exigem uma fatia dos salários de seus funcionários é conhecida como rachadinha , uma gíria que pode ser traduzida como “ repartição de salários” ou “ cashback ”. O filho do senador de Bolsonaro, Flávio Bolsonaro, há muito é perseguido por alegações semelhantes de que ele supervisionou tal esquema durante seu tempo como deputado estadual no Rio.

Em uma segunda gravação obtida pelo UOL, a mulher identificada como ex-cunhada de Bolsonaro diz: “Não é nada que eu saiba. Há muito que eu poderia fazer … para ferrar com a vida de Jair. É disso que eles têm medo ”.

As revelações – que o advogado de Bolsonaro rejeitou como sendo baseadas em “fatos inverídicos e inexistentes” – geraram novos apelos para o impeachment de um presidente que já enfrenta a crescente ira pública por sua resposta anticientífica à pandemia de Covid, que matou quase 525.000 Brasileiros. Três manifestações anti-Bolsonaro em massa foram realizadas desde o final de maio, a mais recente no sábado, quando milhares de dissidentes saíram às ruas após alegações de negociações duvidosas envolvendo a compra de vacinas Covid .

“A gestão de Bolsonaro na presidência está se tornando cada vez mais insuportável”, tuitou Vem Pra Rua, grupo de direita que teve papel fundamental no impeachment de 2016 da então presidente Dilma Rousseff.

Leonardo Sakamoto, colunista do UOL, afirmou que as gravações forneceram fortes evidências de que Bolsonaro presidiu “um esquema mafioso” e a presidência foi capturada por um “conglomerado do crime”.

O advogado de Bolsonaro, Frederick Wassef, disse aos jornalistas : “Nenhum esquema de ‘reembolso’ jamais existiu nas câmaras do congressista Jair Bolsonaro ou de qualquer um de seus filhos”.

Bolsonaro está sofrendo um período terrível, mesmo para os padrões turbulentos de sua presidência de dois anos e meio, que os críticos dizem ter infligido danos históricos ao meio ambiente, à saúde pública e à reputação internacional do Brasil.

Em março, seu principal rival político, o ex-presidente esquerdista Luiz Inácio Lula da Silva, voltou ao cenário político, com as pesquisas sugerindo que Lula derrotaria Bolsonaro nas eleições presidenciais do ano que vem.

Em abril, o Senado lançou um inquérito parlamentar sobre a resposta de Covid de Bolsonaro, com suas audiências televisionadas cimentando nas mentes dos eleitores a responsabilidade do presidente pelo caótico – e, alguns agora suspeito, corrupto – tratamento da emergência sanitária. No final de junho, o inquérito ouviu alegações explosivas de que Bolsonaro não agiu depois de ser alertado de suspeitas sobre um acordo de 1,6 bilhão de reais (£ 232 milhões) para importar a bala Covaxin da Índia.

Bolsonaro negou qualquer irregularidade e na semana passada tentou se distanciar das denúncias de corrupção no ministério da saúde, declarando: “Não tenho como saber o que se passa nos ministérios”.

Nos protestos de sábado, no entanto, muitos manifestantes carregaram cartazes denunciando o que chamaram de impacto humano mortal da suposta corrupção dentro da administração de Bolsonaro.

“Quem você perdeu por causa de um dólar?” disse um pôster, em referência a alegações distintas de que um funcionário do ministério da saúde pediu propina de US$1 pela compra de injeções da AstraZeneca.

O cartaz de outro manifestante dizia: “Bolsonaro atrás das grades agora!”

Maurício Machado, garçom de 43 anos que aderiu ao comício, disse: “Ele é corrupto. Ele é um negador. Não sou psiquiatra, mas talvez ele seja psicopata ”.

Apesar dos crescentes apelos pelo impeachment de Bolsonaro – ao qual o partido de direita New acrescentou sua voz na segunda-feira – os especialistas dizem que esse continua sendo um resultado improvável. As avaliações de Bolsonaro estão despencando, mas ele intermediou uma base de apoio robusta, embora caprichosa, no Congresso, incluindo o presidente da câmara baixa, Arthur Lira, que precisaria aprovar os procedimentos de impeachment.

“O impeachment não depende da oposição. O impeachment depende de Arthur Lira ”, disse Maria Cristina Fernandes, colunista do jornal Valor Econômico. “E Arthur Lira não deu sinais de querer fazer nada.”

Editado por Urbs Magna

 

Orçamento secreto de Bolsonaro: compra de trator vira obsessão no Congresso.

PARCERIA | Governo e bancada federal viabilizam 42 patrulhas para a agricultura familiar - MinutoMT - A notícia em primeiro lugar

A farra do orçamento secreto faz com que, adquiridos por preços maiores do que os do mercado, os equipamentos sempre deixem um “troco” para os parlamentares que fizerem a indicação. Que bom que a corrupção acabou!

A compra de máquinas pesadas virou uma obsessão do atual Congresso. No orçamento secreto de R$ 3 bilhões de recursos do Ministério de Desenvolvimento Regional que o governo terceirizou para deputados e senadores no final do ano passado, ao menos R$ 271,8 milhões foram para aquisição de tratores, retroescavadeiras e equipamentos agrícolas.

Os tratores foram os itens mais requisitados. As máquinas são destinadas a prefeituras para auxiliar nas obras em estradas nas áreas rurais e vias urbanas e nos projetos de cooperativas da agricultura familiar.

O esquema montado pela equipe do presidente Jair Bolsonaro para se aproximar do Congresso jogou nas mãos de um grupo de deputados e senadores os recursos do ministério comandado por Rogério Marinho (sem partido-RN).

Destinados geralmente a prefeituras de redutos dos parlamentares, as máquinas e equipamentos saíram na maioria das vezes acima do preço de referência estabelecido pelo próprio ministério, em cartilha válida para 2021.

São dezenas de motoniveladoras, retroescavadeiras, carretas agrícolas, pás carregadeiras e caminhões, entre outros itens. Os autores das indicações são 37 deputados e cinco senadores. Entre eles, estão o presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) e o ex-líder do governo na Câmara Vitor Hugo (PSL-GO).

Dos recursos do “planilhão”, o Ministério do Desenvolvimento Regional liberou R$ 2,8 milhões para a compra de quatro motoniveladoras em convênios indicados por Vitor Hugo. Pela tabela do governo, o custo dessas quatro máquinas sairia por R$ 500 mil a menos.

Do total de gastos com compras de máquinas e equipamentos agrícolas que a reportagem conseguiu rastrear, 361 itens têm valores acima dos preços de referência do governo, considerando a tabela deste ano. Não foi possível, porém, obter informações sobre uma boa parte das aquisições que serão feitas pelos órgãos vinculados ao ministério. A falta de detalhamento ocorreu especialmente nas compras da Companhia de Desenvolvimento do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) e do Departamento Nacional de Obras contra as Secas (Dnocs).

Nos últimos dez anos, a ação orçamentária que inclui a compra de maquinários deu um salto em valores aplicados. O gasto passou de R$ 484 milhões em 2010 para R$ 4,5 bilhões em 2020, segundo ano de mandato de Bolsonaro. Pelo menos R$ 1 bilhão foi para a compra de equipamentos, incluindo tratores, no ano passado.

Dos R$ 132 milhões de compras de máquinas pesadas previstas no planilhão passíveis de análise, 81% do montante, isto é, R$ 107,1 milhões, foram para contratos identificados com preços acima da tabela do governo.

Parlamentares indicam preços e modelos

O deputado Charles Fernandes (PSD-BA), por exemplo, chegou a indicar até o CNPJ e o telefone para contato de uma associação beneficente à qual queria destinar uma retroescavadeira no interior da Bahia. O parlamentar escreveu que o item deve ser comprado por R$ 300 mil, o que supera em R$ 50 mil o preço de referência.

Por sua vez, o presidente da Câmara, Arthur Lira, pôde direcionar R$ 30 milhões só para o Dnocs. Com esse valor, o órgão está adquirindo 44 tratores agrícolas a preços superiores aos R$ 100 mil previstos na cartilha do ministério. No total, os itens custarão R$ 1,6 milhão a mais do que a referência.

Os documentos demonstram que Lira ainda direcionou recursos para o governo de Mato Grosso (a 2.300 quilômetros em linha reta do seu reduto eleitoral) comprar seis carretas agrícolas, por preço total de R$ 138.060. Pela tabela do governo, as máquinas custariam R$ 60 mil. No total, Lira manejou R$ 114 milhões do orçamento secreto de Bolsonaro. No caso dos recursos do orçamento secreto, além do sobrepreço, parte dos convênios foi assinada pelo governo federal mesmo com pendências legais.

Motoniveladoras

Máquina usada para nivelar terrenos, a motoniveladora foi um dos itens mais caros nas listas de compras indicadas por parlamentares. Com a “cota” do deputado Nelto (Podemos-GO) serão compradas quatro máquinas desse tipo por R$ 723 mil cada, quando o preço de referência é R$ 470 mil. O plano de compra nessas condições está aprovado pela Sudeco. O Estadão localizou a aprovação para a compra da mesma máquina, no mesmo dia, por R$ 584 mil cada.

Fora do acordo para os políticos operarem o orçamento secreto, o Estadão encontrou vários registros de compras de tratores e máquinas agrícolas que seguem o preço de referência. Um convênio do Ministério do Desenvolvimento com o município de Nanuque (MG), por exemplo, registra a compra de uma motoniveladora no valor de R$ 462 mil, pouco menos que a referência, de R$ 470 mil.

Joalheiro famoso e cantora da Timbalada envolvidos na Operação Faroeste.

Original da Folha, editado

Carlos Rodeiro

Na varanda de seu apartamento, que fica em um dos bairros mais caros de Salvador, o joalheiro Carlos Rodeiro ergue o celular, liga a câmera e dá um giro de 360 graus para mostrar as pessoas ao seu redor: “Está bombando, está bombando, está bombando”.

Na festa, que aconteceu em um sábado de Carnaval, os convidados bebericavam uísque ou espumante sentados em torno de uma mesa de centro repleta de arte sacra ou debruçados na sacada com vista para a baía de Todos-os-Santos.

O regabofe se repete em praticamente todos os Carnavais, quando empresários, artistas, políticos, desembargadores e outras personalidades do mundo jurídico da Bahia vão ao encontro do joalheiro.

Com relação próxima com grande parcela do poder na Bahia, Rodeiro se tornou personagem da Operação Faroeste, depois de ter sido alvo de mandados de busca e apreensão da Polícia Federal.

Principal operação do Ministério Público Federal contra venda de decisões judiciais, a Faroeste se ramifica em investigações que envolvem outros Poderes e ajudou a desmontar um suposto esquema de vendas de decisões por meio de advogados que operavam para interessados.

Com a primeira fase deflagrada há menos de um ano e meio, a operação teve origem em uma disputa de terras na divisa da Bahia com o Piauí e o Tocantins e se expandiu com a ajuda de delações premiadas.

Até fevereiro de 2021, oito desembargadores já haviam sido afastados do Tribunal de Justiça da Bahia por decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça), além de outros três juízes. Três desembargadoras estão presas
preventivamente, e uma quarta está em prisão domiciliar.

Carlos Rodeiro foi alvo de busca e apreensão sob suspeita de que suas joias eram um meio de lavar dinheiro do suposto esquema de venda de sentenças e também de que subornava autoridades.

Em seu celular, os investigadores encontraram diversas conversas com a então
procuradora-geral de Justiça do Ministério Público da Bahia, Ediene Lousado.

Isso indicaria, na interpretação do Ministério Público Federal, “que ela defenderia seus interesses e receberia joias e empréstimos, uma vez que, ante a magnitude do cargo ocupado, não se revela crível que a autoridade máxima do parquet faça assessoria jurídica pro bono para ele”.

Ediene, por exemplo, intermediou a relação de Carlos Rodeiro com o secretário da Fazenda da Bahia, Manoel Vitório. Ainda entregou, em uma viagem para Brasília, um colar de Rodeiro de presente para a então procuradora-geral da República Raquel Dodge.

Para a investigação, uma “sistemática que aparenta possível tentativa de cooptação da máxima autoridade do Ministério Público brasileiro, responsável, em última instância, pelo desfecho da Operação Faroeste”.

“Raquel amou o presente! Depois te mando as fotos”, disse Lousado antes de enviar uma imagem com Dodge usando o colar. Depois, Lousado pede a Rodeiro que lhe faça uma transferência bancária porque estava “precisando muito”.

“O áudio do gerente hoje me assustou. Meu limite já caiu, cartões atrasados e demais compromissos também. Td pq [Tudo por que] não posso pegar empréstimo, sequer vender minhas férias ao banco posso, por causa do cargo e da licitação.”

Rodeiro, aponta o material apresentado pelos investigadores, pediu a Lousado que interviesse em um processo ligado a um advogado investigado na operação.

Amanda

Além do joalheiro, as investigações também miraram personagens do meio artístico baiano, incluindo Amanda Santiago, ex-vocalista da banda Timbalada. A cantora é filha da desembargadora Maria do Socorro
Barreto Santiago, que está presa desde 2019. Em dezembro, ela também foi alvo de busca e apreensão no âmbito da Operação Faroeste.
Amanda, segundo as investigações, é suspeita de ser receptora de recursos ilegais destinados à desembargadora, que é ex-presidente do Tribunal de Justiça da Bahia.

O Ministério Público Federal diz que Socorro usava suas filhas “como vias de captação de vantagens indevidas, demonstrando preocupação com a incorporação de bens em seu nome”.

Os investigadores usam, para provar isso, relatórios financeiros, trocas de mensagens em aplicativos de celular e informações sobre ligações telefônicas trocadas com outros suspeitos.

Segundo relatório do COAF (órgão federal de inteligência financeira), Amanda Santiago teve movimentações suspeitas de aproximadamente R$ 8 milhões “numa conjuntura de absoluta incompatibilidade financeira, visto que sua renda declarada é de R$ 1.000”.

Amanda esteve na linha de frente da Timbalada entre 1999 e 2007, e dividiu os vocais com cantores como Ninha e Denny. Depois que deixou a banda, ainda seguiu por um tempo em carreira solo.

Logo após ser alvo de operação, no ano passado, disse em vídeo que iria provar a sua inocência.

“A minha família é inocente, eu sou inocente, minha mãe é inocente. Eu digo isso porque minha mãe já está numa preventiva há mais de um ano e já apresentamos provas e perícias para provar a inocência dela e a minha impressão é a de que não estamos sendo ouvidos”

Pode confirmar: vestiu fantasia de Louro José, é corrupto.

O ex-deputado Alexandre Baldy (PP) foi mais um a votar “contra a corrupção” no impeachment de Dilma. Em 2017, chegou a ser ministro de Temer, outro que o trem não pega.

Baldy, apoiador de primeira hora do Jajá das Milícias.

Abaixo: eles até tentaram fazer sucesso na TV com um quarteto que cantava músicas populares da Alemanha dos anos 40, mas acabaram brigando e trocando unhadas e cuspidas. Os golpistas de 2016 vão acabar todos na cadeia.

Ainda bem que acabou a corrupção. Agora temos a chance de comprar a Petrobras a preço de banana.

Quando a ex-presidente Dilma Rousseff foi acusada de corrupção, aprovando como membro do Conselho da Petrobras a compra da Refinaria de Pasadena, os golpistas diziam que a petroleira brasileira tinha pago o dobro do preço real da indústria. Mais tarde, Pasadena foi vendida pela Petrobras com um lucro de 600 milhões de reais. Agora, o Governo que está apoiando fortemente o desmonte da Petrobras, desativou e vendeu, por preço de sucata, três plataformas de petróleo, plenamente operacionais, pelo preço de um apartamento no Rio de Janeiro. Mas o plano é mais amplo: a Petrobras vai paralisar 25 plataformas na riquíssima Bacia de Campos.

Que beleza, agora temos certeza que “corrupção nunca mais”!

As plataformas vendidas foram a P-07, a P-12 e a P-15, que haviam sido “descomissionadas” pela empresa. O plano de desmonte foi acentuado durante a pandemia do coronavírus e o governo nem mais disfarça a intenção de vender a companhia por completo, como demonstram falas cada vez mais à vontade do ministro da Economia, Paulo Guedes.

O site de leilões — especializado em venda de carros batidos e sucatas de seguradoras — entregou P-15 por US$ 750 mil; a P-07 por US$ 370 mil; e a P-12 por US$ 330 mil, valores considerados irrisórios para o patrimônio envolvido.

Crime contra o País

Para o Sindipetro-NF, a FUP e demais sindicatos, a venda é um crime contra o povo brasileiro, assim como todo o conjunto de entregas do patrimônio do País que estão sendo realizadas e ainda estão programadas. Como tem advertido partidos progressistas e movimentos sociais, todo este desmonte precisa ser interrompido e, no futuro, quem comprou estes ativos nestas condições ilegítimas correrá o risco de ter que devolver ao Brasil.

Como apontam inúmeros estudos, do Ineep e de centros de pesquisa universitários, a Petrobrás está caminhando no sentido oposto ao das grandes petroleiras do mundo, inclusive privadas, que buscam se fortalecer em todas as partes da cadeia produtiva, não desprezando nenhuma possibilidade de lucro.

As plataformas que estão sendo entregues a preço de banana pela Petrobrás na Bacia de Campos, mesmo com produções menores e em águas “rasas”, poderiam continuar em operação, sem prejuízo algum, e gerariam empregos, renda para a região e lucro para o País.

Antes de terem suas operações paradas para que fossem vendidas, as plataformas entregues na semana passada produziam cerca de 25 mil barris diários de óleo (15 mil na P-07; 7 mil na P-12; e 3 mil na P-15).

Tucanato em pânico: Alckmin é indiciado por corrupção.

ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) foi indiciado pela Polícia Federal nesta quinta-feira (16) por suspeita de três crimes: lavagem de dinheiro, caixa 2 eleitoral e corrupção passiva.

Além dele, o ex-tesoureiro do PSDB Marcos Monteiro e o advogado Sebastião Eduardo Alves de Castro também foram indiciados.

Alckmin está sendo investigado inquérito que investigava, no âmbito eleitoral, as doações da empreiteira Odebrecht. Ele começou a ser investigado em 2017, depois da colaboração premiada.

Além das colaborações, a PF obteve cópia do sistema de informática da empreiteira, análise de extratos telefônicos, obtenção de conversas por Skype.

Alckmin foi governador do estado de São Paulo entre 2001 e 2006 e de 2011 a 2018.

Polícia em alerta no Brasil: 90 membros do PCC fogem de prisão paraguaia na fronteira

A entrada do túnel e a fachada da prisão paraguaia.

Cerca de 90 membros do PCC (Primeiro Comando da Capital) fugiram na madrugada deste domingo (19) de uma prisão em Pedro Juan Caballero, no Paraguai, de acordo com a imprensa do país. A facção brasileira tem forte atuação no tráfico de drogas no país vizinho.

De acordo com a mídia paraguaia, os detentos fugiram por um túnel que liga um dos pavilhões, voltados a presos da facção criminosa brasileira, à área externa da prisão.

A ministra da Justiça local, Cecilia Pérez, ordenou a destituição do diretor da penitenciária e de outros funcionários. “É categórico que houve corrupção”, disse Cecilia à rádio ABC Cardinal.

Em uma das celas do presídio foram encontrados cerca de 200 sacos de terra, retirada para que o túnel fosse feito.

Jornais do país afirmam também que a Polícia Federal brasileira também foi avisada.

Torre da Pituba: delatores entregam corrupção e apontam beneficiados.

Por Jairo Costa Júnior, na Coluna Satélite, do Correio

A força-tarefa da Lava Jato no Paraná concentrou esforços para rastrear o fluxo financeiro da Mendes Pinto Engenharia, empresa mineira suspeita de operar propina referente à construção da Torre Pituba, megaempreendimento que abrigou até outubro passado a sede da Petrobras no estado. Segundo apurou a Satélite, o interesse do Ministério Público Federal (MPF) sobre a Mendes Pinto cresceu após as novas delações firmadas por três alvos da 56ª fase da Lava Jato, a Operação Sem Fundos, deflagrada em novembro de 2018. Entre eles, Marcos Felipe Mendes Pinto, herdeiro da empresa e, de acordo com o MPF, responsável por parte dos repasses destinados a petistas baianos e dirigentes do fundo de pensão da estatal (Petros), que bancou a obra.

Baú aberto

Filho do empresário Paulo Afonso Mendes Pinto, já morto, Marcos Felipe revelou detalhes sobre a distribuição de valores a partir de 2010 e nomes de supostos emissários, além de datas e locais de encontros para entrega de dinheiro, tarefa coordenada pelo próprio pai.

Banco clandestino

Instalada em um cubículo no centro de Belo Horizonte, a Mendes Pintos Engenharia venceu a licitação para gerenciar a obra por R$ 69 milhões, mas depoimentos e indícios coletados pela Lava Jato apontam que se tratava de um contrato de fachada.

Para a força-tarefa, o negócio foi firmado apenas com objetivo de triangular repasses ilícitos desviados por meio do superfaturamento do edifício de 22 andares, estacionamento com 2,6 mil vagas e heliponto, onde foram investidos mais de R$ 1 bilhão em recursos do Petros.

Os novos delatores confirmaram ao MPF que 10% do contrato – R$ 6,9 milhões – foram divididos igualitariamente entre o PT da Bahia, o comitê nacional do partido e dirigentes da Petrobras e do fundo de pensão da estatal, conforme documentos divulgados ontem pelo site O Antagonista.

Vinte dos 27 vereadores de Uberlândia vão para a cadeia por desvio de verbas.

Prédio sede do Legislativo.

Do Estado de Minas

Câmara Municipal de Uberlândia, no Triângulo mineiro, vive uma situação inusitada, a maioria de seus vereadores, 20 dos 27 parlamentares, estão presos ou com prisão decretada pela Justiça. Grande parte ( 17)  por meio de operação deflagrada nesta segunda-feira. Três já haviam sido detidos em outubro passado.

Os parlamentares eleitos em 2016 são alvo de operação do Ministério  Público de Minas Gerais  (MPE) que  investiga desvio de  dinheiro  público – por meio de  verba de gabinete, contratação irregular  de empresa de segurança, de limpeza e de uma gráfica.

O valor total do prejuízo aos cofres públicos ainda não foi divulgado. Só na gráfica, estima-se que o prejuízo gire em torno de R$ 4 milhões.

Bagunça e perplexidade

Na manhã desta  segunda-feira, a reportagem do Estado de Minas conversou  com dois  funcionários da Câmara de Uberlândia, que tem  cerca de 500 servidores, que resumiram como estava o ambiente  na Casa: ‘ bagunça’, disse um, e  ‘ de perplexidade’, completou o outro.

Um dos funcionários contou  que por volta das 6h desta segunda-feira um grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do MPE, esteve no gabinete do presidente da Câmara MUnicipal, Hélio Ferraz (PSDB), conhecido como o Baiano, e  ”levou  tudo do gabinete”, se referindo a computadores, documentos e  outros objetos  apreendidos.

A sede do Legislativo municipal, segundo esse funcionário ouvido pela reportagem, não foi o único local alvo de busca e apreensão na manhã de hoje. Os demais mandados foram cumpridos nas casas dos vereadores, onde eles foram presos, e de outros envolvidos na suspeita de corrupção.

Ao todo foram expedidos pela Justiça 40 mandados de prisão – as identidades dos demais envolvidos, além dos vereadores, não foram divulgadas – e 42 mandados de busca e apreensão.

Segunda operação

A operação  do MPE nesta segunda-feira é o desdobramento de outra realizada em outubro deste ano, batizada de O Poderoso Chefão, que resultou na prisão dos vereadores Alexandre Nogueira (PSD), Juliano Modesto (suspenso do SD) e Wilson Pinheiro (PP), que permanecem afastados dos cargos. Suplentes assumiram as cadeiras desses três vereadores.

Segundo as primeiras informações do Ministério Público Estadual (MPE), Nogueira e Modesto são novamente alvos da operação de hoje. Nogueira estava em liberdade, sob uso de tornozeleira, desde a última sexta-feira (13), data em que a Câmara de Uberlândia entrou em recesso (férias). O Legislativo só voltará a funcionar em 2 de fevereiro do ano que vem.

Abala-se o Evangelistão: Malafaia é indiciado pela PF por corrupção e lavagem de dinheiro. E o veredito da Justiça, onde está?

Mais uma defecção no reino do bolsonarismo

A Polícia Federal indiciou o pastor Silas Malafaia por lavagem de dinheiro no inquérito da Operação Timóteo, que apura um suposto esquema de corrupção nas cobranças de royalties da exploração mineral. Isso aconteceu em fevereiro de 2017. Em março de 2018 a Procuradoria Geral da República anunciou que iria investigar o Pastor.

O indiciamento se deu em dezembro de 2016 – dia em que Malafaia foi alvo de condução coercitiva (quando a pessoa é levada a depor) – e revelado pela revista “IstoÉ”. O G1 confirmou a informação da revista.

Corre o sagrado ano de 2019. Ninguém sabe onde foi parar o Inquérito proviniente da Operação Timóteo. Malafaia continua sua pregação contra líderes LGBT e já arrumou uma ruma de processos por homofobia, intolerância e difamação.

Conheça a história

De acordo com a PF, Silas Malafaia recebeu um cheque de R$ 100 mil de um dos escritórios investigados e depositou em uma conta pessoal.

À época da operação, a PF informou que havia “indícios robustos” de que o pastor e os demais investigados se associaram ao esquema, “praticando uma série de delitos contra a administração pública, especialmente lavagem de dinheiro”.

Na prática, o indiciamento significa que o delegado responsável pelo caso vê indícios concretos de que o investigado cometeu determinado crime. Ao ser formalizado, com base nas evidências colhidas durante a apuração, o indiciamento é enviado pela PF ao Ministério Público.

Uma vez nas mãos do MP, o relatório da PF é analisado pelos procuradores que, caso considerem haver provas suficientes contra o indiciado, são os responsáveis por apresentar denúncia à Justiça.

Moro foi corrupto, diz desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo.

A jornalista Maria Carolina Trevisan, da coluna Universia, entrevistou o desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo Alfredo Attiê, presidente da Academia Paulista de Direito, sobre o vazamento de mensagens.

A troca de mensagens publicada pelo Intercept Brasil neste domingo (9) revela uma relação promíscua entre o então juiz Sergio Moro e o procurador da força-tarefa da Lava Jato Deltan Dallagnol.

As conversas evidenciam influências de Moro na Lava Jato e antecipação de informações de Dallagnol ao ex-juiz, transparecendo um esforço conjunto para condenar, sobretudo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Essa é a avaliação do desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo, Alfredo Attiê, presidente da Academia Paulista de Direito.

Para ele, o caso é “extremamente grave” e coloca o sistema Judiciário em descrédito, no Brasil e no mundo.

O jurista afirma que é importante que o presidente Jair Bolsonaro se pronuncie, no sentido de preservar a legalidade, e que os órgãos de controle investiguem imediatamente a ação de Sergio Moro.

O ex-juiz Moro diz não ver nada de mais.

Veja a íntegra da entrevista clicando aqui.

Kassab era freguês da JBS, assim como mais duas centenas de políticos

A Polícia Federal identificou pagamentos na quantia de R$ 23 milhões da JBS a empresas ligadas ao ex-ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, do governo Michel Temer, Gilberto Kassab (PSD). A informação foi divulgada hoje (4) pela Folha. 

O valor consta no relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), no inquérito que investiga repasses de R$ 58 milhões feitos pelos irmãos Joesley e Wesley Batista a Kassab e a seu partido. 

Kassab trabalha atualmente como secretário da Casa Civil de São Paulo, no governo João Doria (PSDB), mas está licenciado para se defender das suspeitas de recebimento de propina pela JBS. 

Polícia de Israel recomenda indiciamento de Netanyahu por corrupção

Foto Reuters

De Luís Nassif, no jornal GGN e jornal El País, com edição de O Expresso.

O primeiro-ministro rejeita acusação de fraude e suborno por supostamente favorecer a principal empresa de telecomunicações do país

A Polícia de Israel recomendou neste domingo o indiciamento do primeiro-ministro do país, Benjamin Netanyahu, por fraude e suborno. A decisão deverá ser tomada pela Procuradoria-Geral. Netanyahu é suspeito de beneficiar o conglomerado de telecomunicações Bezeq, o que poderia ter gerado milhões de dólares ao grupo, em troca de uma cobertura favorável no site de notícias Walla. Para a esposa do primeiro-ministro, Sara Netanyahu, os investigadores recomendam a acusação de “obstrução” da Justiça.

Entre 2012 e 2017, o primeiro-ministro e seu entorno “interferiram no conteúdo publicado pelo site de notícias ‘Walla’ e tentaram influir na nomeação de pessoas”, explicou a Polícia. O objetivo era a publicação de “fotos e artigos positivos e suprimir o conteúdo crítico contra o primeiro-ministro e sua família”, indica a nota, que resume as conclusões da investigação.

Netanyahu rejeitou as conclusões. “Tenho certeza de que neste caso as autoridades competentes, após terem examinado a questão, chegarão à mesma conclusão: não houve nada porque não há nada”, escreveu o primeiro-ministro numa declaração.

Durante a reunião semanal do Governo neste domingo, os ministros do Likud (direita), o partido de Netanyahu, expressaram seu apoio ao chefe de Governo. “Muito obrigado, mas vocês têm que levar esse assunto mais a sério do que eu”, respondeu ele. Na oposição, o líder dos trabalhistas, Avi Gabbay, pediu a renúncia de Netanyahu.

Em fevereiro, a Polícia recomendou o indiciamento do primeiro-ministro em outros dois casos. No primeiro, suspeita-se de que Netanyahu e alguns membros de sua família tenham recebido até um milhão de shekels (cerca de um milhão de reais), além de charutos, champanhe e joias por parte de pessoas muito ricas em troca de favores financeiros ou pessoais. No segundo caso, os investigadores acreditam que o primeiro-ministro tentou fechar um acordo com o dono do jornal Yediot Aharonot, um dos mais importantes de Israel, para conseguir uma cobertura mais favorável sobre sua gestão.

Um velho adágio popular preconiza: Deus os cria, o Diabo os separa e eles por si só vão se encontrando. Será que o Netanyahu conhece o Queiroz?

Jusmari, ex-prefeita de Barreiras é multada pelo TCM

18 de abril de 2018

O Tribunal de Contas dos Municípios, nesta quarta-feira (18/04), julgou procedente denúncia apresentada contra a ex-prefeita de Barreiras, Jusmari Oliveira, por causa da realização de despesas, de forma fragmentada, com o claro objetivo de burlar o indispensável processo licitatório.

Além disso, ela contratou, em processo com dispensa de licitação, empresa de ônibus para o transporte escolar por quase R$ 1 milhão, e também uma empresa de montagem de estrutura metálica para evento agropecuário por R$ 600 mil.

O conselheiro Fernando Vita, relator do parecer, determinou a formulação de representação ao Ministério Público Estadual para que seja apurada a prática de crime contra a administração nos três casos, que ocorreram entre os anos de 2009 e 2011. A gestora foi multada em R$20 mil.

A denúncia foi apresentada ao TCM, à época dos fatos, por um cidadão de Barreiras, José Roberto Araújo Batista.

A então prefeita, notificada insistentemente, preferiu não se pronunciar nos autos do processo que foi instaurado. Posteriormente, uma equipe de técnicos do TCM fez uma inspeção in loco e comprovou todas as denúncias.

A primeira, a fragmentação de despesas em inúmeras aquisições de bens – produtos os mais diversos, desde materiais para manutenção em semáforos até a compra de computadores, sacos de lixo e vassouras -, gerando prejuízo aos cofres municipais.

A ex-prefeita, segundo relatório apresentado pelo conselheiro Fernando Vita, ainda privilegiou indevidamente a empresa “Viação Cidade de Luís Eduardo” contratada sem licitação, já em 2009, por R$686 mil, em razão de suposta “situação de emergência” sob a alegação de que ela já havia prestado serviços ao município e teria apresentado o menor preço, embora no processo não conste a proposta da contratada, tampouco de outras empresas concorrentes.

Em razão de injustificada “inação da administração denunciada”, no que se refere à adoção de providências para a realização de licitação para a contratação do transporte escolar, constata-se, segundo o conselheiro relator, “que a incúria e desídia no tocante ao dever de promover licitação persistiu ao longo do exercício de 2009”.

E com isto, a empresa, além de ter o contrato prorrogado seguidamente, ainda foi beneficiada com o aditamento que reajustou de R$626.259,34 para R$919.443,61 o contrato – o que representou um acréscimo da ordem de 74% sobre o valor original, “sem que tenha sido produzido nos autos do processo de dispensa licitatória quaisquer justificativas para tais alterações”.

Além disso, os técnicos do TCM que analisaram as denúncias apresentadas contra a gestora, comprovaram “a ilegalidade – já agora no exercício de 2011 – da contratação por dispensa de licitação da empresa Vercelencio Moreira de Oliveira & Cia para a prestação de serviço de montagem, manutenção e desmontagem de estruturas metálicas destinadas a evento agropecuário em Barreiras, no valor global de R$ 600 mil.

Além da ausência de licitação, os técnicos ficaram intrigados, no caso, porque na cláusula segunda do contrato foi estabelecido o pagamento da contraprestação através de uma parcela de R$300 mil e mais duas de R$100 mil, totalizando R$500 mil – valor inferior ao pactuado no contrato.

Os prefeitos e o mecanismo de corrupção que trava o desenvolvimento do País.

A entrevista de ontem, no programa do Pedro Bial, com o controverso diretor de cinema José Padilha, deu uma ideia de como funciona realmente o Mecanismo de corrupção no País, nos três níveis federativos, Governo Federal, governos estaduais e prefeituras municipais.

José Padilha é um homem de posições políticas um tanto diáfanas, o que não o credencia para assuntos tão graves como este da corrupção no País. Contra ele a esquerda tem o fato, grave, de ter colocado na boca de Lula palavras proferidas por Romero Jucá. A falta gerou prejuízos para a rede Netflix, que financiou o filme, com uma debandada de assinantes. Pedro Bial, é claro, não tocou no assunto sensível, pois a Globo também financia filmes e séries e tem milhões de assinantes

Mas em algo ele está profundamente certo: o mecanismo tem grandes e pequenas engrenagens. E não será Lula na cadeia que interromperá o movimento da máquina de arrecadar dinheiro público para aplicar, de maneira indevida, nas campanhas eleitorais.

Ontem mesmo tivemos a notícia de que o prefeito Zito Barbosa, de Barreiras, teria cogitado pagar um escritório de advocacia os honorários relativos aos precatórios do FUNDEF que carreou algo em torno de 170 milhões de reais para a educação da Barreiras. A informação circulou nos meios oposicionistas e pode não ter um fundo de verdade.

No entanto, em Luís Eduardo Magalhães, o prefeito Oziel Oliveira chegou a assinar um contrato de honorários advocatícios com valor fixo de quase 10 milhões de reais, anulado depois que a Oposição na Câmara Municipal denunciou a tentativa. No caso os honorários chegavam a 30% da verba de precatórios a ser recebida, que gira em torno de 35 milhões de reais. Os objetivos do prefeito, primários, secundários e terciários, ficaram bem claros na denúncia da Câmara de Vereadores de Luís Eduardo.

Também o ex-prefeito, Humberto Santa Cruz, havia outorgado procuração a um escritório de Salvador, sem valor de honorários fixos, para agilizar a liberação dos precatórios.

Mesmo que agora se saiba que os recursos do Fundo de Educação estão vedados para o pagamento de honorários advocatícios, a oportunidade deixou os gestores excitados.

Mas a nível municipal isso são fatos isolados: a falta de transparência nas ações dos prefeitos, a dificuldade em se obter detalhes de contratos, as dispensas de licitações, as licitações em série, os preços absurdos de algumas aquisições de serviços e mercadorias pelas prefeituras, demonstram que o mecanismo gira de maneira constante suas engrenagens. É na ponta debaixo, nas prefeituras, que as pequenas engrenagens giram mais rápido. Apesar das grandes verbas terem sido negociadas e continuarem sua marcha insana em Brasília, nos venerandos palácios dos governos do Estado, é nas prefeituras, na ponta em que serve ao contribuinte segurança, educação e saúde, que se sente com mais intensidade que o mecanismo se apropria com insondável apetite do dinheiro público.

Cruzamento do listão de Furnas com Lava-Jato frita Aécio Neves e Bolsonaro

Aécio Neves, Eduardo Cunha, Jair Bolsonaro, José Serra e Geraldo Alckmin, entre outros, constam nas denúncias que constam em processo da Lista de Furnas reaberto no STF.

Reaberto no Supremo Tribunal Federal (STF) após o pedido de investigação da Procuradoria Geral da República (PGR), o julgamento do escândalo conhecido como ‘Lista de Furnas’ coloca entre os investigados os principais líderes tucanos.

Mas expõe, pela primeira vez no âmbito das denúncias de corrupção, o deputado Jair Messias Bolsonaro (PP-RJ). Ele e o presidiário Eduardo Cunha (PMDB-RJ) estão citados no documento. O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, também é citado no escândalo.

A ‘Lista de Furnas’ trata-se de uma prova, assim considerada segundo laudo do Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal, do esquema de propina montado junto às empresas do setor elétrico brasileiro.

Vazada para o jornalista mineiro Marco Aurélio Flores Carone, a matéria foi publicada no site de notícias novojornal.com, hoje reduzido a uma sombra do que era, no ano 2000.

Após a publicação da denúncia contra os políticos citados, Carone foi preso por nove meses, em Minas Gerais. Posteriormente, a Justiça o absolveu, após um calvário de sofrimento na prisão.

Ao sair do presídio mineiro, Carone decidiu contar à Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados quais eram as denúncias que ele pretendia fazer contra o senador Aécio Neves (PSDB).

Segundo Carone, o hoje presidente nacional do PSDB e senador da República liderava o esquema de corrupção no segmento que engloba as elétricas Cemig, de Minas Gerais, e Furnas, do sistema Eletrobras. O depoimento foi suspenso no último minuto.

Da redação do Correio do Brasil

Arábia Saudita prende 11 príncipes e dezenas de ex-ministros

O rei e seus príncipes

A BBC está noticiando que um novo comitê saudita anticorrupção deteve 11 príncipes, quatro ministros e dezenas de ex-ministros. Parece que os denunciados estavam envolvidos com fatos das enchentes de Jeddah de 2009 e o surto do vírus Mers que surgiu na Arábia Saudita em 2012.

As detenções aconteceram horas após a formação do novo comité anticorrupção.

É liderado pelo Príncipe Herdeiro Mohammed bin Salman e tem o poder de emitir mandados de prisão e proibições de viagem, informou a estatal Saudi Press Agency (SPA) .

Fazendo uma analogia: Geddel Vieira Lima, Eliseu Padilha, Moreira Franco, Eduardo Cunha, Alexandre de Moraes, Romero Jucá, Henrique Meirelles, José Serra, Gilberto Kassab e Blairo Maggi são ou foram ministros ou eram soberbos príncipes?

Eu acho que príncipe mesmo, de cavalo branco e espada, só Aécin Neves da Cunha.

No Brasil de hoje, o samba enredo de amanhã.

Pelo visto nas manchetes de hoje, o mundo político brasileiro será dividido entre quatro grandes categorias: delatores, delatados, prisioneiros e ex-prisioneiros.

Mas não pense o leitor incauto que isso acaba assim: a corrupção grassa nos três níveis federativos da República e o sistema de auto alimentação. Corruptos flagrados caem atirando e o fato gera mais integrantes das quatro categorias.

A história recente do Brasil ainda vai virar samba enredo na avenida.

Só temos uma saída: a Justiça forte, imparcial e sumária

Uma empresa como a Eletrobrás, em que já se investiu R$ 400 bi, vai ser vendida por R$ 20 bi. A receita da empresa nos últimos 12 meses é de R$60 bilhões. E o lucro líquido de R$ 8,7 bilhões.

“Um povo que não conhece a sua história está condenado a repeti-la”, disse há cerca de 50 anos Ernesto Che Guevara (a frase original é de Edmund Burke). Temer está repetindo o que se fez com a Vale do Rio Doce e um monte de empresas estatais.

A frase preferida dos privacionistas é que as estatais servem apenas como cabide de empregos e fontes de corrupção.

Será que pensam que nunca vai se extinguir a corrupção no País? É só adotar o modelo chinês, com a execução sumária dos corruptos.

Meu velho Pai sempre dizia: a corrupção acaba quando o primeiro for executado em praça pública.

Um serzinho corrupto como Sérgio Cabral, que está indiciado em 14 processos, já era pra estar nesta hora com o pescocinho comprido na ponta de uma corda.

Almerinda, a corrupção lá fora e a corrupção no nosso quintal

Almerinda, sonsa, pero no mucho

Salve, meu caro periodista, diz Madame Almerinda, a proxeneta dos espíritos, ungida pelas forças do além, numa ligação de vídeo do whatsapp:

-Veja bem. Você gosta muito de apontar os corruptos do País, mas não sabe separar, por grau de gravidez (ela queria dizer gravidade).

-Como, Madame? Ainda não entendi.

-Pois é: a corrupção sempre existiu na Nação. Só que até agora só foi condenado o povo do PT. Nada de PMDB, PSDB, PP e nanicos. Antes a propina vinha dos investimentos na Petrobrás. Hoje vem do fatiamento da empresa, que está sendo entregue por merrecas aos estrangeiros.

-Fico mudo. Os argumentos de Almerinda são irrefutáveis.

-Aqui no nosso quintal temos outro exemplo. A oposição reclamava que Humberto pagava aluguel demais. Pois foi só assumir o Palácio da Avenida Barreiras, que Oziel manteve os aluguéis de Humberto e ainda aumentou muito. Diziam também que Humberto tinha pessoal demais na Prefeitura. Pois Oziel tem mais. Diziam que Humberto pagava demais pelo lixo e pelo transporte de estudantes. Pois tudo isso aumentou e muito.

-Então, Madame? O que tudo isso significa?

-Isso significa o seguinte: corrupção tem duas fases. Aquela que os nossos adversários cometem e aquela que nós cometemos quando estamos no poder. Entendeu, agora?

-Sim, começo a entender…

-E, você meu preclaro escrevinhador, vai ver muito mais quando começarem a abrir a caixa preta dessas compras com inexigibilidade de licitações.

-Credo, Madame, vou desligar. A Senhora está muito azeda hoje. Vai acabar estragando a minha amizade com o Oziel.  Outra coisa: gostei da nova cor do seu cabelo, esse acaju misturado com tons azulados. A Senhora anda arrasando corações, hein Madame?

Desligou. Madame não gosta que eu fale de suas aventuras amorosas rocambolescas.

Tem muita gente esperando vagas nos presídios entre os políticos

Olha a tucanada aí reunida, na cúpula do PSDB, todos ladrões e ajudando Temer a ficar no poder para roubar mais um pouco. A foto é do Estadão.

Em menos de 60 dias à frente da Prefeitura de São Paulo, o Prefeito João Dólar já incentivou a AMBEV a apresentar preços maiores para sua ação no Carnaval, com vistas, óbvio, a uma propina de retorno. Pode? O cara já entrou na Prefeitura com o firme propósito de roubar.

Hoje o Ministério Público Federal denunciou também a Máfia da CPTM que pagou valores absurdos para reformar de trens, dando um prejuízo aos paulistas de R$487 milhões.

Outra notícia: a farra dos cargos comissionados. O Governo de Goiás, aparece na frente com +de 10 mil cargos; a Bahia com quase 10 mil cargos; o quebrado Rio de Janeiro com mais de 8.000 cargos e São Paulo com 7.000 e poucos cargos.

No Rio de Janeiro, onde os servidores ficam até 90 dias sem receber salários, o prejuízo mensal é de mais de R$28 milhões.

Ainda tem muito corrupto que precisa passar uma temporada na cadeia para perder o bronzeado.

A pantomima do TSE prossegue: Temer e Dilma devem ser salvos

Brasília – O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) retoma o julgamento da ação em que o PSDB pede a cassação da chapa Dilma-Temer, vencedora das eleições presidenciais de 2014 (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

O plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) iniciou na manhã de hoje (9) o quarto dia de julgamento da ação em que o PSDB pede a cassação da chapa Dilma-Temer, vencedora das eleições de 2014. A expectativa é que a decisão  saia ainda nesta sexta-feira. O relator, ministro Herman Benjamin, deve finalizar a leitura de seu parecer sobre a ação e , após o voto do relator, cada ministro terá cerca de 20 minutos para proferir o voto.

Na primeira parte de seu voto, lida ontem (8), o relator afirmou que a campanha da chapa praticou abuso de poder político e econômico por ter recebido propina como doação eleitoral. Ele ponderou, no entanto, que os crimes atribuídos à chapa vencedora também foram praticados por outros partidos. Os advogados de Dilma e de Temer confiam na absolvição.

Após Herman Benjamin, os ministros deverão votar na seguinte ordem: Napoleão Nunes Maia, Admar Gonzaga, Tarcisio Vieira, Rosa Weber, Luiz Fux, e o presidente do Tribunal, Gilmar Mendes.

Agora, as 11h16m, o relator é incisivo:

“Não importa se os recursos foram efetivamente para compra de tempo de rádio e televisão o que importa é que esses recursos foram pedidos e recebidos de forma ilícita”, diz Herman Benjamin. Isso já é o suficiente para a cassação da chapa, diz o relator.

O concorrente de Dilma Rousseff no pleito de 2014, Aécio Neves, deverá ser preso esta semana entrante por denuncias de corrupção, propina, tráfico de influência e outros quetais. Donde se conclui que não existem pleitos lícitos, nos últimos 30 anos, nos três níveis federativos, Governo Federal, governos estaduais e prefeituras. Caixa 2, propina, desvio de recursos públicos, licitações fraudulentas já fazem parte do cotidiano do brasileiro. 

Se estes recursos fossem aplicados em educação, saúde e pesquisa científica, o País já teria dado o seu salto para o futuro, firmando-se como quinta economia do mundo e em franco desenvolvimento.

Lástima vivermos em meio a essa alcateia de lobos vorazes, que só pensam em enriquecimento ilícito e preservação das sinecuras do poder.

Como conviver com as graves acusações contra o Primeiro Mandatário da República, sabendo que ele tomou o poder em processo conspiratório e desestabilizante? 

 

Os diálogos entre os canalhas depois da visita noturna ao Jaburu

Áudio divulgado pelo Estadão revela mais um detalhe sórdido nas relações que Michel Temer mantinha, secretamente, com o empresário Joesley Batista, da JBS.

O “homem da mala” Rodrigo Rocha Loures orienta Joesley a usar seu nome, Rodrigo, ao identificar-se na entrada do Palácio do Jaburu, residência oficial (por enquanto) de Michel Temer.

Era a senha para libertar a entrada para os “embalos da garagem” que antecediam a “festa da mochila”.

Basta a leitura do diálogo, que você pode ouvir no trecho que selecionei e coloco ao final do post, nem é preciso comentar. As conclusões são inevitáveis.

Loures pergunta a Joesley. “A conversa com ele (Temer) foi boa lá aquele dia?”

Joesley: “Muito boa, muito boa. Eu tava precisando ter aquela conversa lá com ele. Primeiro, brigado.”

Loures: “Imagina.”

Joesley: “Super, super discreto ali, bem, é, também dei meu nome nada. Entrei, entrei direto na garagem, desci, fui ali naquela salinha ali.”

Loures: “Protege você, te deixa à vontade, dá para fazer sempre assim. Quando for, quando você chegar e o cara pergunta, teu nome é ‘Rodrigo’. O menino… como aqueles militares ali da portaria não são controlados por nós, a gente nunca sabe quem vai estar naquela posição. O Comando fica trocando esses caras. Quando você chega, a placa do (inaudível). Diz: ‘O ‘Rodrigo’ vai chegar aí com o carro tal’. O menino que está na porta sabe nada.”

Joesley: “Funcionou super.”

Loures: “Ele queria acho que também falar com você, te ouvir, não é? E da outra vez, ele perguntou naquele dia, ele falou assim: ‘mas ele te disse o que é?’. Eu falei: ‘Presidente, nem disse, nem eu perguntei, porque (inaudível)’. Daí ele até disse assim: ‘é, então, mas diga a ele que se ele quiser falar, que ele pode falar com você’.”

Joesley: “Isso.”

Rocha Loures: “‘Ele só vai falar se ele quiser falar. Então, tem que deixar o Joesley à vontade’.”

Joesley: “Agora eu estou autorizado, porque ele me autorizou.”

 Joesley aponta a Rocha Loures quem eram seus interlocutores no Planalto.

Joesley: “Então, primeira coisa que eu fui falar com ele era exatamente isso. (Inaudível) Eu disse assim: ‘Michel, eu falava (inaudível) com o Eduardo. Aconteceu o que aconteceu com o Eduardo, enfim, aí eu fui falar com o Geddel. Aí eu tava falando com o Geddel, tudo bem, aí aconteceu o que aconteceu com o Geddel, que eu falava com o Padilha aí, acho que hoje o Padilha está voltando, mas…”

Rocha Loures: “Voltou já.”

Joesley: “Isso, aí o Padilha estava naquela situação. Pô, eu tenho que achar com quem que eu falo. Aí ele falou: ‘Pode falar com o Rodrigo, o Rodrigo é da minha mais alta confiança. Tudo’. Então, pronto. Falei, então: ‘Então, pronto, agora eu tô em casa’. Aí, então, foi ótimo, foi conversa. Falei, então, o seguinte: ‘não vou ficar te enchendo o saco, vou falar tudo com o Rodrigo que eu precisar, nós vamos tocando. Se em algum momento tiver alguma coisa que eu ache que é importante, aí eu venho’.”

Loures: “Aí vocês se encontram.”

Joesley: “Isso.”

O resumo do mar de lama que inunda os porões da República

2 ex-presidentes (Lula e Dilma) e 1 presidente da República (Michel Temer)

16 governadores de Estado

167 deputados federais por 19 partidos

179 deputados estaduais em 23 estados

Um número ainda não especificado de Senadores da República

1.829 políticos na soma absoluta da corrupção

Apostando em um futuro bom relacionamento com prováveis candidatos que fossem eleitos em 2014, a J&F (holding controladora do grupo JBS) destinou mais de R$ 500 milhões para ajudar a eleger governadores, deputados estaduais, federais e senadores de todo o país, segundo os delatores.  Em um dos depoimentos que prestou ao Ministério Público Federal (MPF), com quem firmou acordo de delação premiada já homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o diretor de Relações Institucionais e Governo da J&F, Ricardo Saud, entregou um levantamento detalhado em que aponta todos os candidatos financiados pela empresa.

De acordo com Saud, o total em dinheiro repassado por meio de “pagamentos dissimulados” alimentou as campanhas de 1.829 candidatos. Destes, 179 se elegeram deputados estaduais em 23 unidades da federação e 167, deputados federais por 19 partidos.

O delator não deixa claro quais pagamentos foram feitos via caixa 2 e quais foram doações oficiais. No depoimento, divulgado após a retirada do sigilo da delação, ele dá a entender que os valores citados se referem apenas às campanhas de 2014. Em outro depoimento, o dono da JBS, Joesley Batista, também afirmou que a maioria das doações feitas pela empresa tratava-se de propina disfarçada por contrapartidas recebidas.

“Doamos propina a 28 partidos”, contou Saud, admitindo que os mais de R$ 500 milhões destinados a agentes públicos para as eleições de 2014 formavam um “reservatório de boa vontade”. “Era para que eles não atrapalhassem a gente”, afirmou.

O delator cita ainda que foram distribuídas “propina para 16 governadores eleitos e para 28 candidatos ao Senado que disputavam a eleição, a reeleição ou a eleição para governador”, acrescentou. Segundo ele, os governadores eleitos pertenciam ao PMDB (4), PSDB (4), PT (3), PSB (3), PP (1) e PSD (1).

Ao entregar a documentação aos procuradores, Saud enfatizou a importância do “estudo” que fez por sua própria conta. “Acho que, no futuro, isso aqui vai servir. Aqui estão todas as pessoas que direta ou indiretamente receberam propina da gente.” Os documentos liberados pelo STF não trazem a lista de todos os nomes que fariam parte deste levantamento aponta por Saud.

A partir desse pressuposto, confirmada a íntegra da delação e processados todos, as eleições gerais deveriam contemplar também os estados, na intenção precípua de se manter um mínimo de respeitabilidade nos executivos e legislativos estaduais implicados. O povo não vai perdoar a permanência de corruptos em todos os níveis da Federação.

Saiba Mais

Relator do pacote anticorrupção se revela também um corrupto!

A vestal dos bons costumes, o inquisidor da pureza política, acusador de Dilma Rousseff e figura exponencial do DEM vem a público dizer que também se corrompeu com dinheiro da JBS. Cadeia para todos!

O deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS), relator na Câmara do projeto que reúne uma série de medidas de combate à corrupção, confirmou nesta sexta-feira (19) o recebimento de caixa 2 da JBS. Ele foi um dos políticos gaúchos citados pelo diretor da empresa Ricardo Saud à Polícia Federal durante a Operação Lava Jato.

Em entrevista à RBS TV, Lorenzoni assumiu o erro, mas disse que o valor era inferior aos R$ 200 mil citados por Saud. Ele afirma que, na ocasião, não tinha como declarar o valor na Justiça Eleitoral.

“Cabe-me, sim, com altivez, como um homem deve fazer, que assumi meu erro e pedir desculpas ao eleitor. A verdade tem que ser o caminho para o Brasil se reencontrar com aquilo que o Brasil quer, um Brasil limpo e correto, e quero dizer que essa responsabilidade será assumida diante do Ministério Público e do Judiciário”, afirmou.

Segundo o delator e confirmado pelo deputado, o dinheiro foi entregue pelo presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Antônio Jorge Camardelli, no dia 12 de setembro de 2014.

Contatado pela reportagem, Antônio Jorge Camardelli não se posicionou. Do G1.globo.com, editado por O Expresso.

O Brasil quer eleições diretas, com veto à candidatura de qualquer participante do atual Congresso. Na sequência queremos também eleições diretas para os tribunais superiores e Ministério Público, em cima de listas elaboradas pelas instituições jurídicas a partir de nominata de juízes e promotores de carreira.

Estamos tratando de latrocínio qualificado, continuado e de latrocidas impunes

R$70 milhões para Lula, R$80 milhões para Dilma, R$500 mil por semana para Temer, R$400 mil por mês  para Cunha, “empréstimos” para Aécio Neves, pagos pelo conglomerado JBS, o maior do mundo no ramo de carne e derivados e interesses diversos como energia e banco.

Se somar esses valores com aqueles detectados na Operação Zelotes, no desmonte da Petrobras e no BNDES, do exagero no pagamentos de juros aos bancos nacionais e estrangeiros, do Caso Banestado de evasão de divisas,  chegamos à conclusão, clara e concisa, do porque de  nossa Educação, Saúde e Segurança não atingirem parâmetros mínimos do mundo civilizado e porque está sobrando mês no nosso salário.

Ainda está fora disso a roubalheira não denunciada das aplicações eletivas dos fundos de pensão, o próximo capítulo da novela.

Some-se a isso ao crime nos estados e principalmente nas prefeituras, além de legislativos estaduais e municipais, onde governadores, prefeitos, deputados e vereadores roubam cada um a sua parcela dos cofres públicos, em licitações viciadas, locações de prédios e veículos cujo dinheiro retorna em até 50% aos bolsos dos autorizantes.

Assaltaram a Pátria. E foi à mão armada. E estão matando os brasileiros por isso. O típico latrocínio qualificado com todas as agravantes.

Todos na cadeia sem mais tardar.

Temer contrata, com dinheiro do contribuinte, a babá do filho. Pode?

A contratação de Leandra Brito como assessora da Presidência para desempenhar o papel de babá do “Michelzinho”, temporão presidencial, é emblemática neste País em que pequenos furtos são permitidos.

Os R$ 5 mil  mensais que o patrão de D. Leandra tira do Erário para pagá-la são, de fato – uma gotícula perto do que dele vaza para nutrir os meninos do dinheiro: no Orçamento deste ano, prevê-se para eles um “leitinho” de R$ 1,356 trilhão – 47% de toda a despesa do poder público brasileiro.

Dilma: quando quis acabar com a corrupção na Petrobras, perdeu a base de apoio no Congresso

Ex-­presidente fala sobre Moreira Franco: “O gato angorá tem uma bronca danada de mim porque não o deixei roubar. Chamei o Temer e disse: ‘Ele não fica'”

Dilma Rousseff, em entrevista a Maria Cristina Fernandes, do jornal Valor Econômico, publicado nesta sexta, 17:

“Se não achasse importante o combate à corrupção, não teria sancionado a lei da delação premiada, não teria respeitado a Polícia Federal, não teria respeitado o Ministério Público, nem nomeado ministros [do Supremo Tribunal Federal] que tivessem uma inequívoca biografia”.

Mais adiante a ex-Presidente afirma:

“O combate à corrupção no Brasil mais uma vez virou uma arma ideológica. Enquanto as investigações estavam sobre o PT, ou alguém do PT, não havia problema em vazamento, não havia problema em 500 mil pesos e mil medidas. Agora tem. Uma coisa que, visivelmente, em qualquer país do mundo, seria caso de quebra da segurança nacional, que é gravar o presidente sem autorização do Supremo, tudo isso foi permitido. Agora, quando chega ao PMDB ou PSDB, é criminalização da política”.

A jornalista acrescenta à fala de Dilma que foi em seu governo que aconteceu a nomeação de Graça Forster para a Presidência da Petrobras, que afastou os diretores suspeitos e cerceou os contratos por eles geridos, decisão que começou a corroer a base de apoio ao governo no Congresso montada pelo antecessor.

Brasil cai no ranking da corrupção no mundo

Nani e a corrupção endêmica
Nani e a corrupção endêmica

De 2015 para 2016, o Brasil caiu mais três posições no índice de Transparência da Corrupção, produzido pela Transparência Internacional. É o segundo ano consecutivo que o país perde posições no ranking. A TI é uma organização da sociedade civil que trabalha mundialmente com o combate à corrupção.

Agora o Brasil ocupa a posição 79 dentre 176 países em ranking. No ano passado, o Brasil caiu sete posições no índice em relação ao ano anterior, e ocupou o 76° lugar entre 168 países analisados pela organização não governamental. O índice é produzido desde 1995.

O ranking leva em consideração a percepção que a população tem sobre a corrupção entre servidores públicos e políticos. Quanto melhor um país está situado no ranking, menor é a percepção da corrupção por seus cidadãos. A pontuação do ranking vai de 0 (extremamente corrupto) a 100 (menor percepção de corrupção).

A 79ª colocação do Brasil é compartilhada com outros três países. “A turma do Brasil” ainda é composta por Belarus, China e Índia. A nota do Brasil, no entanto, subiu de 38 pontos em 2015 para 40 pontos em 2016. Cabe ressaltar que mais países foram incluídos no índice do ano passado.

A pontuação brasileira está abaixo da média global do índice: de 43 pontos. Para a Transparência Internacional a baixa pontuação indica corrupção endêmica no setor público de um país. Leia todo o conteúdo no site do Contas Abertas.

Servidores roubam até na compra de tornozeleiras eletrônicas. Pode?

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O Ministério Público do Rio de Janeiro já apurou que as fraudes na licitação e desvios em contratos de serviços de monitoramento de presos com tornozeleiras, deram prejuízo demais de R$ 12 milhões. As fraudes aconteceram na Secretaria de Administração Penitenciária do Estado, onde cinco pessoas são acusadas.

Quatro ex-funcionários públicos manipularam os termos aditivos ao contrato original. Segundo o MP, em 2012 e 2013, a renovação anual foi obtida com a apresentação de pesquisas de preço fraudadas. O consórcio recebia R$ 660 por tornozeleira já a concorrência oferecia R$ 240,95 e R$ 450.

Sexta-feira, 13: um ministro e um ex-ministro de Temer envolvidos com a Justiça

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Um imóvel do ex-ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima (PMDB), é alvo de investigação da Polícia Federal na manhã desta sexta-feira (13). Desdobramento da Operação Catilinárias, deflagrada em 15 de dezembro de 2015, a Operação Cui Bono cumpre sete mandados de busca e apreensão para apurar um esquema de fraudes na liberação de créditos junto à Caixa Econômica Federal entre 2011 e 2013. Geddel foi vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa nesse período.

Além de Salvador, a PF realiza buscas e apreensões em endereços residenciais e comerciais no Distrito Federal e em cidades do Paraná e São Paulo, determinadas pelo juiz da 10ª Vara da Justiça Federal no Distrito Federal.

O esquema investigado seria composto por Geddel, pelo vice-presidente de Gestão de Ativos, um servidor da Caixa, empresários e dirigentes de empresas dos ramos de frigoríficos, de concessionárias de administração de rodovias, de empreendimentos imobiliários, além de um operador do mercado financeiro.

Em 2015, quando a investigação teve início, policiais federais encontraram um aparelho celular em desuso na residência do então presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha.

Após perícia, a PF extraiu uma intensa troca de mensagens entre Cunha e Geddel, que indicavam a possível obtenção de vantagens pelos investigados em troca da liberação de créditos junto à Caixa para grandes empresas.

A suspeita é de que indique a prática dos crimes de corrupção, quadrilha e lavagem do dinheiro, então os policiais passaram a investigar o caso, que tramitava no Supremo Tribunal Federal (STF). Agora, com o afastamento dos investigados dos cargos e funções públicas que exerciam, o STF encaminhou inquérito a Justiça Federal do Distrito Federal.

Ministro da Agricultura na berlinda: Justiça determina bloqueio de bens de Blairo Maggi

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A Justiça de Mato Grosso mandou bloquear até R$ 4 milhões dos bens do ministro da Agricultura, Blairo Maggi, e de mais oito pessoas. Todos são acusados pelo Ministério Público de usar dinheiro público para comprar uma vaga de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado.

As supostas negociações para compra da vaga no Tribunal de Contas do Estado foram em 2009.

Segundo o Ministério Público, o então governador Blairo Maggi teria participado ativamente de reuniões para garantir o acordo. O empresário Júnior Mendonça, acusado de ser o operador do esquema, fechou acordo de delação premiada.

Júnior Mendonça contou aos investigadores que Blairo Maggi se reuniu várias vezes com o então conselheiro do Tribunal de Contas Alencar Soares Filho, que aceitou se aposentar do cargo em troca de R$ 4 milhões.

O dinheiro, segundo Júnior Mendonça, foi desviado dos cofres públicos: um total de R$ 12 milhões que seriam usados para pagar o conselheiro e depois tentar comprar outras vagas no tribunal.

Segundo Júnior Mendonça, Éder de Moraes, que na época era secretário de Fazenda, também participava do esquema. Os dois foram pessoalmente ao gabinete do conselheiro Alencar Soares honrar o compromisso do governador Blairo Maggi

Na sentença, o juiz cita trechos da ação sobre a participação de Blairo Maggi no esquema:

“Ele concordou com a pretensão espúria de Éder de Moraes e Sérgio Ricardo, participou de reuniões e ordenou devolução de dinheiro, tendo também ordenado pagamentos, retardando e depois concretizando compra de vaga do TCE, inicialmente segurando e depois forçando a aposentadoria antecipada de Alencar Soares, com o firme propósito de abrir a oportunidade de ingresso de protegidos, em negociata realizada na surdina”.

Com a aposentadoria de Alencar Soares Filho, em 2012, o ex-deputado estadual, na época do PR e aliado de Blairo Maggi, foi nomeado para o cargo.

Na decisão, o juiz Luiz Bortoluzzi Júnior acolheu pedido de liminar determinando o afastamento de Sérgio Ricardo de Almeida do cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do estado até a sentença final da ação. Ele também determinou o bloqueio de bens de até R$ 4 milhões nas contas bancárias e aplicações financeiras de nove denunciadas por envolvimento no esquema.

O ministro Blairo Maggi disse que está com a consciência tranquila, que vai prestar todos os esclarecimentos à Justiça e que ficou surpreso com a decisão.
Sérgio Ricardo de Almeida negou ter praticado qualquer ato ilícito. Disse que a indicação para o Tribunal de Contas foi pública, com votação dos deputados e seguindo trâmites legais, e que vai recorrer da decisão.

A defesa do ex-secretário Éder de Moraes disse que ainda não recebeu a notificação oficial da Justiça. Do globo.com.

Blairo Maggi é o segundo maior produtor de soja do País, com 5% da produção brasileira. Seu primo, Iraí Maggi, que chegou a ter um contrato de compra e venda de 100 mil hectares de lavoura na Fazenda Estrondo, aqui no Oeste baiano, é o maior produtor individual do País e em todo o Mundo.

Indiciado fazer cara de espanto ajuda na hora do depoimento?

O que mais me espanta nessa espiral de denuncias de corrupção, é exatamente o espanto com que os denunciados encaram seu nome jogado no ribeirão fedorento que cruza por baixo das instituições. Denunciados, eles ficam simplesmente de queixo caído, indignados com o vazamento da delação.

-Como? Caixa 2 agora é crime? Isso são verbas de campanha legalmente repassadas! Depositadas em paraísos fiscais? Não acredito. Essas contas numeradas não me pertencem. Minha vida sempre foi um livro aberto e por isso estou quebrando o meu sigilo bancário e fiscal.

Esse malandro do Malafaia, que por dever de ofício devia chamar-se apenas “Mala”, discursava indignado com a sua condução para depoimento.

Não se entende porque.

Será que ele acredita que como pretenso religioso estaria acima de qualquer suspeita?

A condução coercitiva tem base exatamente nisso: que o conduzido seja surpreendido e não possa mascarar indícios de culpa.

Ou como se diz lá no interior do Rio Grande do Sul, para dar um baita cagaço e deixar falando fininho.

aeciu

Agora só falta uma denuncia formal do queridinho da foto. Mas esse parece ter as costas quentes com Janot, ministros do STF e com o Califa de Curitiba.

Senta lá, Aécio, que se essa merda toda virar, tua vez vai chegar.

Será que essa fruta é fresca. Ah, é, sim! Ou aécin!