Programa da Band prova: corrupção no País é endêmica.

Rubens Furlan, o prefeito de Barueri, que tentou censurar o programa CQC.

Quem assistiu esta noite, no programa Custe o que Custar – CQC, da tevê Bandeirantes deve ter ficado arrepiado com o festival de malandragem que assola o País. Funcionários de uma escola não hesitaram em furtar um aparelho receptor de TV, de plasma, doado à escola, em dezembro do ano passado, com a complacência da diretora da escola, do secretário de Educação de Barueri e finalmente do Prefeito, que determinou ao seu jurídico que interviesse, solicitando à justiça o cancelamento da matéria. O Prefeito, um bipolar perfeito, como se pôde notar na matéria, alegou que lutou 34 anos na vida pública para reestabelecer a democracia no País e dar o direito “a babacas sem talento”, como o pessoal do CQC, de denunciar ações corruptas. O Brasil não tem jeito mesmo se continuar com esse tipo de democrata no poder.

Simon quer povo na rua e constituinte com mandato limitado

Raro exemplo de político sério, Simon quer pressão popular por uma constituinte

O senador Pedro Simon (PMDB-RS) pediu nesta quinta-feira (3), no Plenário, que o PMDB responda às acusações de que políticos do partido estão envolvidos nas denúncias de corrupção no governo do Distrito Federal. Ele pediu também que a sociedade “acorde” e vá às ruas para cobrar dos políticos explicações sobre o escândalo.

O caso veio à tona com a Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal, em cujo inquérito há transcrições de diálogos do governador José Roberto Arruda (DEM) decidindo com seus assessores a destinação de recursos provenientes de propinas.Vídeos mostram políticos, governantes e parlamentares do Distrito Federal embolsando maços de dinheiro vivo.

Pedro Simon leu em plenário carta endereçada à presidente em exercício da Executiva Nacional do PMDB, Iris de Araújo, em que pede providências do partido.

– Pela Direção Nacional, o PMDB precisa dar uma cabal satisfação à opinião pública brasileira, cada vez mais perplexa com o que ouve e vê em imagens e palavras eloquentes pelo conteúdo e despudoradas pelo que mostram – leu o parlamentar, afirmando que não basta aos políticos do PMDB citados nas gravações negarem as acusações.

Para Simon, as denúncias de corrupção no Distrito Federal são uma “espécie de gota d’água que transbordou”, e a sociedade tem que acordar e entender sua responsabilidade de cobrar explicações, caso contrário, “nada vai acontecer”, pois os políticos, segundo explicou, contam com a “impunidade”.

– O que estou propondo é o povo ir para a rua, é o povo cercar o Congresso, é o povo ir para os aeroportos, é o povo cobrar dos políticos, cobrar de mim e de todos nós, exigir e cobrar da justiça – afirmou Simon.

Para Simon, a impunidade existente no Brasil “tem a ver com tudo isso que está acontecendo em Brasília” porque nenhum político jamais foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal.

Simon pediu também uma assembléia constituinte, com membros de mandato limitado à edição de uma nova constituição, para fazer uma reforma política radical.