Indiciado fazer cara de espanto ajuda na hora do depoimento?

O que mais me espanta nessa espiral de denuncias de corrupção, é exatamente o espanto com que os denunciados encaram seu nome jogado no ribeirão fedorento que cruza por baixo das instituições. Denunciados, eles ficam simplesmente de queixo caído, indignados com o vazamento da delação.

-Como? Caixa 2 agora é crime? Isso são verbas de campanha legalmente repassadas! Depositadas em paraísos fiscais? Não acredito. Essas contas numeradas não me pertencem. Minha vida sempre foi um livro aberto e por isso estou quebrando o meu sigilo bancário e fiscal.

Esse malandro do Malafaia, que por dever de ofício devia chamar-se apenas “Mala”, discursava indignado com a sua condução para depoimento.

Não se entende porque.

Será que ele acredita que como pretenso religioso estaria acima de qualquer suspeita?

A condução coercitiva tem base exatamente nisso: que o conduzido seja surpreendido e não possa mascarar indícios de culpa.

Ou como se diz lá no interior do Rio Grande do Sul, para dar um baita cagaço e deixar falando fininho.

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Agora só falta uma denuncia formal do queridinho da foto. Mas esse parece ter as costas quentes com Janot, ministros do STF e com o Califa de Curitiba.

Senta lá, Aécio, que se essa merda toda virar, tua vez vai chegar.

Será que essa fruta é fresca. Ah, é, sim! Ou aécin!

O poder do tráfico vem da sensação de impunidade que atinge toda sociedade

 

 

Quando todos em uma sociedade transgridem, em maior ou menor grau de gravidade, ou quando todos aqueles que detêm o poder começam a sentir os vapores da impunidade, então esta sociedade está esboroando-se, implodindo em seu próprio arcabouço legal.

O fato emblemático de marginais do Comando Vermelho  abater um helicóptero no Rio de Janeiro, enquanto moradores vaiavam policiais que tentavam invadir uma favela na Cidade de Deus, é sinal de que existe uma falência galopante de valores em nossa sociedade.

Há pouco menos de três décadas, marginais e traficantes sabiam que podiam aprontar todas, menos atirar na Polícia. Hoje, eles vaiam os policiais que estavam sob a mira de fuzis, em situação de flagrante desvantagem, como aparece em vídeo que já viralizou na internet.

O Brasil precisa de uma reforma urgente na sociedade, no judiciário, nos executivos, nos legislativos. Precisa de mais presídios e mais presidiários, para que se perca essa sensação de impunidade nos vários extratos sociais.

Não precisamos de um estado policial, mas a mão pesada da Justiça. Precisamos renovar nossos princípios de cidadania. Precisamos restabelecer a ordem republicana e democrática da Nação. A começar pela extinção de uma classe de privilegiados na Justiça, no Legislativo e no Executivo.

Como afirmou o libertador do povo sul-africano, Nelson Mandela, tudo é considerado impossível até acontecer. Se o Brasil desejar, acaba, em uma década, com o crime em todas as esferas da Nação.

443 deputados implicados na farra das passagens. Vão devolver o dinheiro?

O número de denunciados – 443 ex-deputados – mostra que eram uma prática comum os fatos descritos pelo Ministério Público Federal na investigação sobre a “farra das passagens” ocorrida na Câmara entre 2007 e 2009.

A preços que, na época, chegaram a R$ 70 milhões, foram pagos pela Casa cerca de 160 mil bilhetes aéreos, usados indevidamente em viagens internacionais, muitos deles negociados num esquema criminoso envolvendo assessores e parlamentares.

Um dos implicados é o próprio presidente Michel Temer, que se defendeu com a afirmação de que “não havia regras claras” sobre o o uso de passagens. Fernando Gabeira, que embarcou parentes para o exterior, achava que “a definição era cada um gerir sua cota”.

Estão ainda na lista do MPF três políticos que hoje são governadores: Rodrigo Rollemberg (PSB), do Distrito Federal, Flávio Dino (PCdoB), do Maranhão, e Suely Campos (PP), de Roraima.

Vinte baianos entre os denunciados

Jusmari: entre o plantio de cenouras e a farra das passagens aéreas.
Jusmari: entre o plantio de cenouras e a farra das passagens aéreas.

Por ordem alfabética, são estes os 20 parlamentares da Bahia, muitos deles hoje sem mandato, apontados como participantes da “farra das passagens”:

ACM Neto, Colbert Martins Filho, Fábio Souto, Félix Mendonça (pai), Fernando de Fabinho, Geraldo Simões, João Almeida, Joseph Bandeira, Jusmari Oliveira, Luiz Bassuma, Luiz Carreira, Marcelo Guimarães Filho, Marcos Medrado, Pedro Irujo, Robério Nunes, Roland Lavigne, Sérgio Carneiro, Tonha Magalhães, Uldurico Pinto e Zelinda Novaes.

Janot acusa Collor por 30 crimes de corrupção

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Segundo investigações, o ex-presidente teria recebido ao menos R$ 29 milhões em propinas entre 2010 e 2014 referentes a dois contratos da BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras.

O ex-presidente Fernando Collor de Melo (PTB-AL) é acusado pela Procuradoria-Geral da República de ter recebido ao menos R$ 29 milhões em propinas entre 2010 e 2014 referentes a dois contratos da BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras que, segundo revelaram as investigações da Lava-Jato, também teria sido palco de um esquema de corrupção e loteamento de cargos políticos de maneira similar ao que ocorreu na estatal petrolífera. Do Estadão.

pastor1Como propaga um ditado popular no Rio Grande do Sul, “cachorro comedor de ovelha só matando”. Os cachorros ovelheiros são da raça collie e border collie. De vez em quando, um enlouquece e na brincadeira com as ovelhas, acaba matando-as a dentadas. Quando isso acontece, melhor matar o cachorro, pois o costume ensina que ele volta a cometer o mesmo “crime”.

Foragido da própria Justiça, Prefeito consegue liminar pra fazer campanha eleitoral

Mais uma jabuticaba bem brasileira: o Prefeito de Montes Claros, que foi elogiado pela mulher, deputada, na votação do impeachment, está escondido da Polícia Judiciária. Mesmo assim obteve, através de seus procuradores, uma liminar na Justiça para fazer campanha à reeleição.

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Foragido da polícia, o prefeito afastado de Montes Claros, Ruy Muniz (PSB), conseguiu uma liminar que lhe garante a condição de continuar fazendo campanha enquanto o cancelamento de sua chapa não for julgado em definitivo. A decisão serve como uma espécie de habeas corpus preventivo, garantindo que ele não seja preso até o fim das eleições por conta da legislação eleitoral. 

A prisão de Rui Muniz foi pedida na Operação Tolerância Zero, cujo alvo foi uma organização criminosa para desviar dinheiro da Empresa de Serviços, Obras e Urbanização (Esurb), subordinada à Prefeitura de Montes Claros. De acordo com a investigação, Rui Muniz controlava o esquema, que tinha participação de familiares e funcionários dele, além de servidores públicos e empresários. 
Ele e seu filho, Ruy Gabriel Muniz, são considerados foragidos. 

Um dia antes de Ruy Muniz ser preso pela primeira vez, Raquel Muniz, esposa do parlamentar, o citou como exemplo ao dar o voto favorável ao afastamento de Dilma Rousseff. “Meu voto é pra dizer que o Brasil tem jeito, o prefeito de Montes Claros mostra isso para todos nós com sua gestão”, afirmou.

Para o coordenador das promotorias eleitorais, Edson Resende, o mandado de segurança pode ter sido uma manobra para Muniz adiar sua prisão preventiva decretada na quinta-feira (15). “Talvez ele tenha recorrido como uma estratégia para garantir a condição de candidato e, com isso, manter a liberdade tendo em vista a lei eleitoral”, afirmou. Seu relato foi publicado no Estado de Minas.

Segundo Resende, nos 15 dias anteriores às eleições, candidatos só podem ser presos em flagrante ou por sentença judicial transitada em julgado. Os casos de prisões temporárias, mesmo que já tenham sido decretadas, ficam protegidos. 

O promotor reforçou que já é sabido que Ruy Muniz não conseguirá recompor sua chapa para concorrer, mesmo nas instâncias superiores. “Sem vice não tem jeito. No fim das contas ele garantiu continuar fazendo campanha mas, assim que o tribunal decidir definitivamente, vai ter o registro indeferido porque não existe chapa de um candidato só”, disse. O candidato a vice na chapa, Danilo Narciso (PMDB), renunciou. Edição e foto do 247 – Minas.

Ministério Público deflagra segunda etapa da “Operação Adsumus”

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O Ministério Público do Estado da Bahia deflagrou no início da manhã desta terça-feira, dia 6, a segunda etapa da “Operação Adsumus”. Oito mandados de condução coercitiva estão sendo cumpridos nas cidades de Salvador, Lauro de Freitas e Camaçari para que sejam esclarecidas as atuações dos conduzidos junto às empresas Real Locação, Serv Bahia, Grauthec Construtora Ltda e Oliveira Santana Construções, envolvidas em um esquema irregular de contratação de obras, locação de maquinário e realização de serviços públicos, que causou um dano de mais de R$ 24 milhões aos cofres do Município de Santo Amaro.

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A operação, que tem o apoio da Polícia Rodoviária Federal e da Polícia Civil, cumpre ainda mandados de busca e apreensão e tem também o objetivo de conseguir detalhar os trâmites dos procedimentos licitatórios em Santo Amaro e a aferição do poder de gestão dos conduzidos no cenário criminoso.

No último mês de julho, a “Operação Adsumus” descortinou o nascedouro de uma associação criminosa no seio da Secretaria de Obras de Santo Amaro. De acordo com as investigações, os atos ilegais eram executados por agentes públicos, com a participação de empresas privadas, e uma intensa e ilegal movimentação financeira foi desvendada. Elas eram concentradas pelas empresas Grauthec Construtora Ltda/ Oliveira Santana Construções, Serv Bahia Locações de Máquinas e Equipamentos Ltda/Real Locação de Veículos Máquinas e Equipamentos Ltda e Ayres Materiais de Construção Ltda.

Os resultados da operação serão apresentados em entrevista coletiva às 10h30, na sede do MP, no bairro de Nazaré

Sonegadores devem cinco vezes o buraco fiscal do Governo

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Cerca de 13,5 mil pessoas físicas e jurídicas devem valores acima de R$ 15 milhões e juntas são responsáveis por uma dívida de R$ 812 bilhões aos cofres federais.

O débito desses devedores representa cinco vezes o buraco total no Orçamento federal previsto para 2016 (R$170 bilhões). Entre as empresas devedoras estão as quebradas Varig e Vasp, a Vale, a Carital Brasil (antiga Parmalat) e a Petrobras.

A corrupção brasileira e os seus ilimitados feitos

Foto: Aubrey Gemignani/ NASA
Foto: Aubrey Gemignani/ NASA

Custo da construção e operação da Sonda Juno, nos último cinco anos: US$1,1 bilhão ou R$3,63 bilhões pela cotação de hoje do dólar. Só em 2015 a Petrobras amargou um prejuízo de R$34 bilhões, causado pelos desvios em obras, gestão política da estatal e outros quetais.

Dava pra mandar 10 sondas a Júpiter e ainda era capaz de sobrar um troquinho. Ou construir mais umas 680.000 casas populares.

Está sentindo qual é o custo da corrupção?

A lista dos corruptos de Furnas e o papel da Samarco antes do desastre ambiental

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Por Joaquim de Carvalho, no Diário do Centro do Mundo, onde leitor pode ver a lista completa de corruptos e corruptores.

A lista de Furnas tem cinco páginas e seu conteúdo pode ser separado em duas faces. Nas páginas 1, 2, 3 e 4, estão relacionados os nomes dos 156 políticos que receberam dinheiro para a campanha eleitoral de 2002. Eram todos da base aliada do então presidente Fernando Henrique Cardoso. É o que se poderia chamar de a lista dos corruptos.

No final da página 4 e na página 5, estão relacionados os nomes de 101 empresas, as que deram dinheiro para financiar os candidatos. É o que se poderia chamar de a lista dos corruptores.

Nesta lista , estão fornecedores diretos da estatal Furnas e empresas com as quais o então diretor de Planejamento, Engenharia e Construção, Dimas Toledo, mantinha contatos, como operador que administrava os interesses de seus políticos protetores, rol em que Aécio Neves era o destaque.

Na relação dos corruptores, estão nomes conhecidos como a Alstom e a Siemens, no grupo das fornecedoras de equipamentos, a Camargo Correa, a Odebrecht e a Mendes Júnior, no grupo das empreiteiras, a Baurense, no grupo das prestadoras de serviço, e a Samarco Mineradora, no grupo das grandes consumidoras de energia.

Com o rompimento da barragem da Samarco em Mariana, interior de Minas, na última quinta-feira, a lama que destruiu casas, matou pelo menos uma pessoa e provocou o desaparecimento de outras 13, traz à tona uma relação estreita entre a Samarco e as administrações do PSDB em Minas Gerais e também no Espírito Santo, não só no caso da Lista de Furnas.

Fortuna no Exterior e oito carros de luxo. A casinha de Cunha começa a cair.

Eduardo-cunha-com-a-filha-Barbara-e-a-mulher-Claudia-Cruz-CunhaDeputado tem até uma empresa que se chama Jesus.com, num claro deboche aos evangélicos que o sustentam na política.

Após a comprovação de que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) mantinha contas na Suíça, informações da Procuradoria-Geral da República (PGR) encaminhadas ao Supremo Tribunal Federal (STF) apontam que o parlamentar e sua mulher, Cláudia Cruz, movimentaram milhões no exterior e ainda têm uma frota de carros à disposição no Rio de Janeiro, incluindo um veículo de luxo, no valor de R$ 1 milhão.

Segundo o jornal Folha de S. Paulo, o Ministério Público Federal (MPF) informou que o peemedebista abriu a conta nos anos 1990, após análise de risco que apontava patrimônio de US$ 16 milhões (R$ 62 milhões) na época. As empresas do casal (Jesus.com e C3 Produções) têm oito carros registrados no valor de R$ 18 mil a R$ 430 mil (um Porsche Cayenne 2013).

Para abrir conta na Suíça, Cláudia informou que era dona de casa. A evolução do patrimônio do deputado e da esposa é um dos indícios que justificam a investigação por corrupção e lavagem do dinheiro originário de recursos desviados da Petrobras.

O STF autorizou a abertura de inquérito, que inclui também uma das filhas do deputado, que é dependente de uma das contas da Suíça.

“Há indícios suficientes de que as contas do exterior mencionadas, ao menos em relação a Eduardo Cunha, e de que são produto de crime”.

É o que disse o procurador-geral interino, Eugênio Aragão, em parecer para justificar a abertura do inquérito. De acordo com Aragão, a análise de risco e perfil no banco Merril Lynch, nos EUA, indicam que Cunha tem perfil agressivo há mais de 20 anos.

“Sua fortuna seria oriunda de aplicações no mercado financeiro local e do investimento no mercado imobiliário carioca. Há também referências à sua antiga função de presidente da Telerj. Seu patrimônio estimado à época da abertura da conta, era de aproximadamente US$ 16 milhões”, diz o documento. 

Fazendo a coisa certa

Os vereadores de Mucugê, na Chapada Diamantina, estão devolvendo o dinheiro excedente das verbas destinadas ao legislativo e solicitando que se compre ambulâncias para distritos distantes.

Melhor assim do que utilizar o dinheiro para construir chafarizes, fúteis e desnecessários, como é o caso de Barreiras, ou simplesmente levar para casa, através de licitações inomináveis e enriquecer ilicitamente, como no caso de Luís Eduardo Magalhães.

Vaccari e Renato Duque são condenados por corrupção

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O juiz federal Sergio Moro, da 13ª Vara da Justiça Federal em Curitiba, condenou nesta segunda-feira o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto a quinze anos e quatro meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva, organização criminosa e por 27 operações de lavagem de dinheiro e penalizou o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque a vinte anos e oito meses de reclusão também por corrupção passiva, organização criminosa e lavagem. Essa é a primeira condenação tanto de Vaccari quanto de Duque na Operação Lava Jato, embora eles respondam a outras ações penais por suspeitas de integrarem o escândalo do petrolão. Os dois estão presos no Complexo Médico-Penal em Pinhais, região metropolitana de Curitiba, e podem recorrer da sentença.

No mesmo processo, ainda foram condenados Alberto Youssef (lavagem de dinheiro), Augusto Mendonça (corrupção ativa, associação criminosa e lavagem de dinheiro), Adir Assad, Dario Teixeira e Sônia Branco (associação criminosa e lavagem de dinheiro), Pedro Barusco (corrupção passiva, associação criminosa e lavagem de dinheiro), Mario Goes (corrupção passiva, associação criminosa e lavagem de dinheiro) e Julio Camargo (corrupção ativa, associação criminosa e lavagem de dinheiro). Assad foi condenado a nove anos e dez meses de reclusão em regime fechado. Com Veja, Estadão e Folha Press.

Saem da cadeia depois de 3 anos em regime fechado. Isto não é o importante. O relevante é que só o florescimento da democracia permite que empreiteiros, grandes empresários, políticos e funcionários públicos de alto coturno repousem e reflitam na prisão sobre seus atos. Nos tempos da ditadura, somente inimigos do poder eram detidos, torturados e “desaparecidos”.

Prefeita da Ostentação ainda é procurada pela Polícia Federal

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Ao contrário do que chegou a ser anunciado aqui em O Expresso, a ex-prefeita de Bom Jardim, PI,  Lidiane Leite da Silva, a prefeita da ostentação não foi presa na semana passada pela PF e seus advogados procuram melhores condições para que ela se entregue à Justiça.

A vice-prefeita, Malrinete Gralhada (PMDB), já foi empossada no Fórum da cidade pelo juiz Cristóvão Sousa Barros, titular da 2ª Vara da Comarca. A posse deveria ter sido feita pela Câmara de Vereadores de Bom Jardim na manhã desta sexta-feira, mas o presidente da casa não estava na cidade.

A justiça já havia concedido nesta quinta-feira (27) um mandado de segurança determinando que Malrinete Gralhada assumisse imediatamente a prefeitura da cidade, que está sem gestor desde que a prefeita Lidiane Leite da Silva, de 25 anos, fugiu após ter a prisão decretada pela “Operação Éden”, da Polícia Federal.

prefeita presos

Namorado preso

Seguem custodiados na Penitenciária São Luís I, no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, os acusados Antonio Gomes da Silva, conhecido como “Antonio Cesarino”, e Humberto Dantas dos Santos, o “Beto Rocha”, namorado e principal inspirador dos desvios de verbas públicas cometidos pela ex-prefeita.

Ambos estão presos por força de prisão preventiva decretada nos autos da ação penal que tramita na Tribunal Regional Federal da 1ª Região, em Brasília.

Na prisão desde o dia 20 de agosto após a deflagração da Operção Éden, pela Polícia Federal, Antonio Cesarino e Beto Rocha seguem sem qual quer tipo de privilégio e são tratados como qualquer outro preso, tanto que dividem cela com mais cerca de cinco presos que respondem outros crimes, como tráfico e assalto.

“Estão sem qualquer tipo de privilégio, usam fardamento laranja, consomem a mesma alimentação fornecida aos demais presos, tomam banho de sol duas horas por dia e passam o resto do tempo dividindo a mesma cela, onde não podem manter pertences pessoais e se quer as visitas sociais encontram-se sendo realizadas, já que dependem de prévio cadastro dos visitantes interessados e que preencham os requisitos elencados em lei, o que ainda não foi regularizado”, informou o funcionário que não quis se identificar.

Informações de servidores da Administração Penitenciária dão conta de que o Sistema Penitenciário do Estado do Maranhão atualmente tem capacidade de manter a integridade física dos acusados, não existindo a possibilidade destes serem transferidos do Complexo de Pedrinhas para qualquer outra carceragem, não procedendo as informações veiculadas na mídia de que estes seriam transferidos para o Pavilhão de Prisões do Comando Geral da PM, no Calhau, que é destinado apenas a militares.

Presos há dez dias, em consulta a alguns advogados, e comparando o caso a outros similares, a estimativa é de que a prisão deles ainda perdure por mais outros dez dias, período em que as investigações em curso terão avançado e possivelmente não se subsista mais os motivos que ensejaram a decretação das suas prisões.

Enquanto a ex-Prefeita gastava verbas da Educação, este era o estado das escolas
Enquanto a ex-Prefeita gastava verbas da Educação, este era o estado das escolas
A vice prefeita assume
A vice prefeita assume

E agora Aécio? A festa acabou, a luz apagou, o povo sumiu, a noite esfriou, e agora, Aécio?*

image102-600x450Youssef confirma propinoduto de Aécio

O doleiro Alberto Youssef reafirmou nesta terça-feira (25) durante depoimento à CPI da Petrobras que Aécio recebeu dinheiro de corrupção de Furnas, subsidiária da Eletrobras.

“Eu confirmo (que Aécio recebeu dinheiro de corrupção) por conta do que eu escutava do deputado José Janene, que era meu compadre e eu era operador dele”, disse o doleiro, de acordo com matéria da Reuters.

Aécio não pôde ser imediatamente contatado para comentar o assunto, disse a Reuters.

Em março deste ano, Youssef já havia dito, em depoimento para o juiz Sérgio Moro, recebia de 100 a 200 mil dólares por mês, num esquema que durou quase todo o governo FHC e envolvia a empresa Bauruense e a estatal Furnas.

*Sobre o poema de Carlos Drummond de Andrade, “E agora José”.

 

STF abre inquérito contra o “pelego” Paulinho da Força

O Ministro e o Pelêgo
O Ministro e o Pelego

O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou a instauração de um inquérito contra o deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP), suspeito de corrupção.

De acordo com denúncia da Procuradoria-Geral da República, ele é acusado de comercializar autorizações do Ministério do Trabalho para criar sindicatos, as chamadas “cartas sindicais”, por R$ 150 mil.

A decisão foi tomada pelo ministro Gilmar Mendes, que determinou à Polícia Federal que apure se Paulinho participava do esquema de venda.

Recentemente, Paulinho, que fundou o partido Solidariedade, defendeu os xingamentos feitos à presidente Dilma Rousseff no Itaquerão, no jogo de abertura da Copa do Mundo.

“Quando ela sai e aparece no telão, o povo esculhamba porque vai na televisão pra mentir”, disse, dias depois do ocorrido. “O povo mandou ela para o lugar que tinha que mandar”, defendeu o parlamentar, que apoia o tucano Aécio Neves à Presidência.

O bom dinheirinho à casa torna

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O Ministério Público Federal (MPF) e a Empreiteira Camargo Corrêa fizeram um acordo de leniência. A empresa se comprometeu a devolver R$ 700 milhões aos cofres públicos. A Camargo Corrêa reconheceu a prática de diversos crimes, inclusive formação de cartel, fraude em licitação, corrupção e lavagem de dinheiro.  

A notícia dá uma sensação boa de que nem tudo está errado neste País. Quem sabe esse troquinho não ajuda a pagar os aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que receberão em setembro a primeira parcela da antecipação do 13º salário.

De acordo com o Ministério da Fazenda, a antecipação será dividida em duas vezes, sendo 25% no mês que vem, e o mesmo percentual em outubro. Os 50% restantes serão pagos normalmente em dezembro.

Desde 2006, segundo o Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos da Força Sindical (Sindnapi), a antecipação era paga em agosto.

Nesta sexta-feira (21), o Ministério da Fazenda havia informado que a proposta de parcelamento ainda dependia do aval da Presidente da República, Dilma Rousseff.

Eduardo descobre que o Cunha é mais embaixo.

cunhaPresidente da Câmara será denunciado por lavagem de dinheiro e corrupção passiva. Deputados preparam pedido de investigação que pode resultar em cassação

Os deputados mais críticos ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), estão na expectativa da denúncia que deverá ser oferecida ainda nesta quarta-feira (19), pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. A reunião, chamada pelo PSOL, deverá ocorrer assim que o procurador divulgar a denúncia.

O objetivo da reunião é já preparar um pedido de afastamento de Cunha do cargo, além de uma representação ao Conselho de Ética da Câmara, solicitando investigação por quebra de decoro parlamentar. Caso a investigação ocorra e Cunha seja considerado culpado pelo colegiado, terá seu mandato julgado, podendo chegar à cassação.

“Estamos só esperando a denúncia para que possamos embasar este pedido e já protocolar nesta quinta-feira. Na medida em que a PGR oferece a denúncia, ele passa de uma condição de indiciado para uma condição de denunciado e isto é muito mais concreto”, disse o deputado Ivan Valente (PSOL-SP).

“Além disso, já temos notícias de contas do presidente da Suíça, que também deverão constar em nosso pedido de investigação”, disse Valente, ao iG. “Nós, do PSOL, entraremos como partido, mas vários deputados, de outras legendas, se juntarão a nós. Só estamos aguardando o procurador”, ponderou.

Cunha deverá ser denunciado ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, com base nas acusações feitas pelo empresário Júlio Almeida Camargo, da empreiteira Camargo Correa. Em delação premiada, Camargo confessou ter pago US$ 5 milhões em propina para o deputado.

No depoimento à força-tarefa da Lava Jato, Júlio Camargo revelou que o dinheiro referia-se a propina para facilitar a assinatura de contratos de afretamento de navios-sonda entre a Samsung Heavy Industries e a diretoria de Internacional da Petrobras, em um contrato de US$ 1,2 bilhão. Foto de Gustavo Lima das Câmara dos Deputados. Informe do IG, editado por este jornal.

Temer diz que “importante é o combate à corrupção”

Foto da Folha de São Paulo
Foto da Folha de São Paulo

O vice-presidente do Brasil, Michel Temer (PMDB), afirmou em uma apresentação para investidores e pessoas do meio acadêmico dos Estados Unidos, nesta segunda-feira (20), que o combate à corrupção no país está sendo feito “às claras”.

“O que importa não é a existência da corrupção, o que importa é o combate à corrupção, que está sendo feito às claras, nada subterrâneo”, disse ele, destacando que organismos, como a Polícia Federal, o Ministério Público e o Judiciário, estão trabalhando e funcionando com “toda tranquilidade e independência”. “Estamos passando por um momento de depuração”, afirmou Temer.

350 mil ONGs no País: quem sabe onde vai parar o dinheiro do Governo?

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Por Sérgio Pires*

Alguém aí tem ideia de quantas Organizações Não Governamentais, também conhecidas por ONGs, existem no Brasil? Há quem fale em 450 mil. Mas a própria Associação Nacional das ONGs reconhece 350 mil. Ou seja, 350 mil entidades que não precisam, no geral, prestar contas a ninguém, que recebem vultosas somas de dinheiro público – milhões, milhões e milhões – e que se dizem não ligadas ao governo, ou seja, não teriam porque receber verbas dos cofres públicos.

Há muitas delas que realmente funcionam, que são importantes para setores da comunidade, que ajudam principalmente aquela faixa da população mas carente. Mas há milhares que apenas se aproveitam do país, que são componentes ativos de um sistema nacional de corrupção que está quase fora do controle.

Formam, no geral, uma espécie de super caixa preta, onde entra muita grana, mas ninguém sabe para onde ela vai. Só na Amazônia, segundo estatísticas constantemente divulgadas, inclusive em vários sites da internet, atuam mais de 100 mil ONGs, de todos os tamanhos e defendendo todos os interesses – raramente os do nosso país – e algumas recebem polpudas verbas oficiais, sem dar nada em contrapartida. A não ser para seus padrinhos, que recebem o dinheiro sujo e enchem seus bolsos.

A presidente Dilma Rousseff, depois de tantas escândalos descobertos – como o recente caso do Ministério dos Esportes – tomou a decisão de, durante pelo menos um mês inteiro, impedir o repasse de um só centavo a qualquer uma dessas 350 mil ONGs. Ao fim de 30 dias, muitas delas sumirão, porque não suportam qualquer investigação. Outras tantas serão fechadas na marra.

Vão sobrar ainda umas 250 mil. Se a Presidente fechar a torneira do dinheiro para as ONGs por, pelo menos um ano, estará dando um passo decisivo para acabar com o grosso da corrupção que campeia em seu governo.

*SÉRGIO PIRES é jornalista. Iniciou sua carreira no RS no início dos anos 70 e está em Rondônia há 15 anos. Em 2012, completa 40 anos de profissão, sempre atuando na área do jornalismo. 

O Brasil teria vendido o vexame da Copa (7×1) para a Alemanha

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Informação do FBI, que estão sendo levantadas nos EUA, é o que o presidente da CBF ( Brasil ) preso pela Polícia Americana está envolvido no resultado do jogo entre Brasil e Alemanha. A histórica goleada na semifinal da Alemanha sobre a seleção brasileira pode ter envolvido milhões de dólares, onde cada jogador recebeu sua parte. Dentro de 30 dias será divulgado um balanço que poderá acabar com a vida profissional de muitos jogadores brasileiros reconhecidos pelos torcedores, afirmou o FBI. O esquema pode sobrar até para Rede Globo de Televisão.

“Dane-se o torcedor, vamos garantir o nosso. É melhor um na mão que dois voando” Segundo a FIFA uma frase que vai doer no coração dos brasileiros apaixonados por futebol

Vários e-mails atualmente “denunciam” a venda desta Copa nas redes sociais. Os textos apresentam detalhes distintos, mas quase todos partem do mesmo autor: Gunther Schweitzer, o mesmo homem que denunciou a venda da Copa de 1998. Em alguns textos, Schweitzer é apresentado como diretor de jornalismo dos canais ESPN. Em outros, o nome aparece com o mesmo suposto cargo de 16 anos atrás: diretor da Rede Globo.

Além da troca de favores entre Brasil e Fifa, outra “questão” foi levantada nos últimos dias: a de que Neymar não teria efetivamente se lesionado na partida contra a Colômbia. Sites brasileiros e colombianos divulgaram imagens da chegada do atleta ao hospital de Fortaleza. Nelas, o paciente aparece com o rosto coberto e sem as tatuagens que o atacante possui no braço direito. Houve ainda quem adaptasse a história e afirmasse que Neymar simulou a lesão, pois foi o único que não concordou em vender a Copa à Fifa.

No creo em bruxas, pero que las hay, las hay! Aquele vexame teatral do Brasil tomando 4 golos em alguns minutos não passou pela garganta de ninguém até agora. A Alemanha tinha time para ser campeã, mas não com um vexame como aquele. A conexão político-partidária da CBF só não afundou Dilma na campanha porque os brasileiros atribuíram a culpa aos jogadores.

Em junho, julgamento dos executivos da Lava Jato.

A decisão do Supremo Tribunal Federal de livrar da cadeia e transferir para o regime de prisão domiciliar nove empreiteiros denunciados no bilionário esquema de corrupção e desvios na Petrobras não vai criar obstáculos ao ritmo dos processos da Lava Jato conduzidos pelo juiz federal Sérgio Moro, avalia a força-tarefa responsável pelas investigações. Pelo cronograma, a partir de junho começam a ser expedidas as primeiras sentenças nas cinco ações penais que têm os executivos como réus.

Esta semana a Justiça Federal em Curitiba dará início aos interrogatórios dos 25 dirigentes e funcionários de seis empreiteiras – Camargo Corrêa, Engevix, Galvão Engenharia, Mendes Júnior, OAS e UTC – das 16 apontadas como integrantes de um cartel nos contratos da Petrobras dentro desse primeiro pacote de processos criminais. As ações foram abertas em dezembro de 2014, após denúncias do Ministério Público Federal serem aceitas por Moro.

Na semana passada, o ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef – delatores e peças centrais das investigações – foram os primeiros réus desses processos a serem interrogados pelo juiz. Costa confirmou o esquema de corrupção e cartel na estatal. “Nos contratos envolvendo o cartel, a propina era generalizada”, afirmou.

Refinaria Abreu e Lima, Pernambuco. Exemplo da corrupção na Petrobrás.
Refinaria Abreu e Lima, Pernambuco. Exemplo da corrupção na Petrobrás.

Na opinião dos investigadores, os executivos das empreiteiras têm pouca chance de escapar da condenação pelos crimes de corrupção ativa e lavagem de dinheiro em primeira instância. Alguns respondem ainda por formação de organização criminosa e por uso de documentos falsos.

As acusações tratam da corrupção e dos desvios comprovados pela força-tarefa em contratos apenas da Diretoria de Abastecimento – que era a cota do PP no esquema. Contra eles, foi reunida farta documentação de prova material e técnica, como quebras de sigilos fiscal, bancário e telefônico, que somadas às confissões de delatores e às provas produzidas pela própria Petrobras – dentro de suas apurações administrativas – servirão como base para o julgamento de Moro.

O coordenador da força-tarefa, procurador Deltan Dallagnol, sustenta que há “uma guerra contra a corrupção” em curso. “Este é apenas um pacote das várias denúncias que virão. Estamos em uma guerra contra a impunidade e a corrupção.” Os executivos e as empresas serão acusados formalmente ainda por formação de cartel, fraudes em processo licitatório, itens ainda não inclusos nesse primeiro pacote. “As empresas simulavam um ambiente de competição, fraudavam esse ambiente e em reuniões secretas definiam quem iria ganhar a licitação e quais empresas participavam de qual licitação. Temos aí um ambiente fraudado com cartas marcadas”, afirma Dallagnol.

A Petrobras – tratada como vítima do esquema – reforçou os trabalhos de investigação no mês passado, quando oficialmente passou a integrar o polo ativo dos processos. Com isso, ela virou acusadora formal dos réus, ao lado do Ministério Público Federal.

Até agora, apenas um processo da Lava Jato envolvendo a estatal foi julgado. Nele, que trata da lavagem de dinheiro usada para desviar recursos da obra da Refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco, Costa, Youssef e outros seis réus foram condenados por crimes que integram as cinco ações penais contra os executivos. O ex-diretor de Abastecimento não recebeu perdão judicial e foi sentenciado a 7 anos de 6 meses de reclusão. Deste total serão descontados os períodos em que ficou preso na Polícia Federal em Curitiba e em regime domiciliar, que cumpre desde outubro de 2014.

O esquema – que começou a ser desmontado em março do ano passado – arrecadava de 1% a 3% em contratos da estatal, por meio de diretores indicados pelo PT, PMDB e PP. O prejuízo estimado até agora é de R$ 6 bilhões aos cofres públicos, desviados entre 2004 e 2014. Pelo rito processual, após os interrogatórios dos empreiteiros, o MPF terá prazo para fazer suas alegações finais de acusação e depois os acusados terão tempo para suas defesas – antes que o juiz comece a elaborar suas sentenças.

Os procuradores da força-tarefa da Lava Jato sustentam que a decisão do Supremo não altera as acusações contra empreiteiros e executivos das principais construtoras do País. Para eles, a necessidade de prisão dos réus, incluindo o dono da UTC Engenharia, Ricardo Pessoa – apontado como o coordenador do cartel -, e o presidente afastado da OAS, José Aldemário Pinheiro, o Leó Pinheiro, está mantida.

A 2.ª Turma do Supremo, em decisão apertada (3 a 2), tirou os executivos da cadeia após cinco meses e meio, mas estabeleceu restrições na prisão domiciliar, entre elas o uso de tornozeleiras eletrônicas. Do Correio do Povo.

O País esperou mais de 50 anos por isso, a prisão de empreiteiros, fonte de toda a corrupção nos governos. O PT e a sua sistematização da roubalheira, que, a bem da verdade sempre existiu, foi apenas a gota d’água que extravasou do copo.

Estará mudando o Brasil?

veja

Manchetes de uma sexta-feira agitada:

Tribunal de Contas da União (TCU) multa ex-diretores da Valec por irregularidades na ferrovia norte-sul e pede a sua inabilitação para o exercício do cargo.

Promotoria pede prisão de executivo do cartel de trens de São Paulo.

Governador do Rio Grande do Sul diz que dará calote temporário na dívida com a União.

Lava Jato: Justiça bloqueia 153,9 milhões de reais da Engevix,  empreiteira do ‘clube do bilhão’

Afinal, depois de um longo e tenebroso inverno o Brasil estará mudando? Estamos ganhando em probidade e cidadania, mesmo que sob vara?

Itaberaba: um município pobre que foi sucesso no Fantástico

CAv8LB8WsAA7pL1Está provado, depois da matéria de ontem no Fantástico, em que foi mostrado o iconográfico caso de corrupção em Itaberaba, que, em administração pública, em caso de corrupção, existem três perigos: a ex-mulher, a ex-amante e, agora, os ex-secretários.

Itaberaba é um município pobre, com menos de 70 mil habitantes, onde não deveria caber ações corruptas no Executivo.

Veja os números de 2014:

Receita própria do município: R$ 11.843.741,93 *

Transferência de recursos: R$  96.352.397,39 *

Receita total (própria+transferências): R$ 108.196.139,32

Gastos com Saúde:

R$ 8.064.125,03 *

Gastos com Educação: R$ 35.926.579,34 *

As contas do Executivo foram rejeitadas em 2013 pelo Tribunal de Contas dos Municípios.

A íntegra da reportagem pode ser lida no site globo.com

 

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O preço da democracia corrupta

R$200.000,00 – Duzentos mil reais – Este era o valor pedido por cada um dos renegados para decidir sobre o destino do ensino superior em Luís Eduardo Magalhães. O valor de uma Land Rover Sport que será fabricada no Brasil em breve. Ou de 5 terrenos de 200m² em loteamentos populares.

Para que o caro leitor veja como tem preços reduzidos os ideais democráticos dos representantes do povo.

Rouba-se como sempre, apenas com mais zeros, neste País

Manchete de O Globo:

A Polícia Federal desencadeou nesta terça-feira a operação Alcateia Fluminense, que identificou a participação de auditores da Receita Federal de Niterói suspeitos de desviar mais de R$ 1 bilhão dos cofres públicos. O grupo diminuía impostos federais devidos por particulares. Na operação, foram cumpridos 29 mandados de busca e apreensão e 35 mandados de condução coercitiva entre funcionários públicos, contadores e empresários. Leia mais clicando aqui.

Bons tempos aqueles em que se roubavam milhões no Brasil. Hoje é de bilhão pra fora e estamos conversados. Não tem desconto.

 

 

Na hora do perigo, está assim, oh, de delatores!

baruscoPedro Barusco, ex-gerente da Petrobras e novo delator da Lava Jato, promete contar tudo e devolver US$ 100 mi.

Segundo o jornalista Cláudio Humberto, além dos quase R$ 60 bilhões em contratos com a Petrobras, desde a gestão Lula, outras áreas do governo despejaram R$ 11,5 bilhões nas empreiteiras enroladas no Petrolão.

Só o governo Dilma pagou R$ 6,045 bilhões a empreiteiras acusadas de subornar políticos, sobretudo do PT. Investigada na Operação Lava Jato, a Odebrecht é a mais beneficiada, inclusive pelo suspeitíssimo esquema de financiamento do BNDES para obras no exterior, como os R$ 2,5 bilhões do porto de Mariel (Cuba).

Faça as contas rapidinho: R$71,5 bilhões, que deixaram 3% para os políticos: são R$2,14 bilhões para financiar campanhas (mais o financiamento caixa 2 e o escriturado)  e enriquecimento ilícito. Quer ver com todos os zeros? R$2.140.000.000,00. É ou não muito dinheiro? Eu também quero uma beiradinha!

Todos soltos, todos soltos, até hoje

Artigo de  Élio Gaspari, na Folha de São Paulo, em 19 de outubro

Nos debates medíocres da TV Bandeirantes e do SBT, em que Dilma Rousseff parecia disputar a Presidência com Fernando Henrique Cardoso e Aécio Neves parecia lutar por um novo mandato em Minas Gerais, houve um momento estimulante. Foram as saraivadas de cinco “todos soltos” desferida pela doutora.

Discutia-se a corrupção do aparelho petista e ela arrolou cinco escândalos tucanos: “Caso Sivam”, “Pasta Rosa”, “Compra de votos para a reeleição de FHC”, “Mensalão tucano mineiro” e “Compra de trens em São Paulo”. A cada um, ela perguntava onde estavam os responsáveis e respondia: “Todos soltos”. Faltou dizer: todos soltos, até hoje.

Não foi Dilma quem botou a bancada da Papuda na cadeia, foi a Justiça. Lula e o comissariado petista deram toda a solidariedade possível aos companheiros, inclusive aos que se declararam “presos políticos”. Aécio também nada tem a ver com o fato de os tucanos dos cinco escândalos estarem soltos. Eles receberam essa graça porque o Ministério Público e o Judiciário não conseguiram colocar-lhes as algemas. O tucanato deu-lhes graus variáveis de solidariedade e silêncio.

Pela linha de argumentação dos dois candidatos, é falta de educação falar dos males petistas para Dilma ou dos tucanos para Aécio. Triste conclusão: quando mencionam casos específicos, os dois têm razão. A boa notícia é que ambos prometem mudar essa escrita.

A doutora Dilma listou os cinco escândalos tucanos, todos do século passado, impunes até hoje. Vale relembrá-los.

CASO SIVAM

Em 1993 (governo Itamar Franco), escolheu-se a empresa americana Raytheon para montar um sistema de vigilância no espaço aéreo da Amazônia. Coisa de US$ 1,7 bilhão, sem concorrência. Dois anos depois (governo FHC), o “New York Times” publicou que, segundo os serviços de informações americanos, rolaram propinas no negócio. Diretores da Thomson, que perdera a disputa, diziam que a gorjeta ficara em US$ 30 milhões. Tudo poderia ser briga de concorrentes, até que um tucano grampeou um assessor de FHC e flagrou-o dizendo que o projeto precisava de uma “prensa” para andar. Relatando uma conversa com um senador, afirmou que ele sabia “quem levou dinheiro, quanto levou”.

O tucano grampeado voou para a Embaixada do Brasil no México, o grampeador migrou para o governo de São Paulo e o ministro da Aeronáutica perdeu o cargo. Só. FHC classificou o noticiário sobre o assunto como “espalhafatoso”.

PASTA ROSA

Em agosto de 1995, FHC fechou o banco Econômico. Estava quebrado e pertencia a Ângelo Calmon de Sá, um príncipe da banca e ex-ministro da Indústria e Comércio. Numa salinha do gabinete do doutor, a equipe do Banco Central que assumiu o Econômico encontrou quatro pastas, uma da quais era rosa. Nelas estava a documentação do ervanário que a banca aspergira nas eleições de 1986, 1990 e 1994. Tudo direitinho: 59 nomes de deputados, 15 de senadores e 10 de governadores, com notas fiscais, cópias de cheques e quantias. Serviço de banqueiro meticuloso. Havia um ranking com as cotações dos beneficiados e alguns ganharam breves verbetes. No caso de um deputado, registravam 43 transações, 12 com cheques.

Nos três pleitos, esse pedaço da banca deve ter queimado mais de US$ 10 milhões. A papelada tornara-se uma batata quente nas mãos da cúpula do Banco Central. De novo, foi usada numa briga de tucanos e deu-se um vazamento seletivo. Quando se percebeu que o conjunto da obra escapara ao controle, o assunto começou a ser esquecido. FHC informou que os responsáveis pela exposição pagariam na forma da lei: “Se for cargo de confiança, perdeu o cargo na hora; se for cargo administrativo, será punido administrativamente”. Para felicidade da banca, deu em nada.

COMPRA DE VOTOS PARA A REELEIÇÃO DE FHC

Em maio de 1997, os deputados Ronivon Santiago e João Maia revelaram que cada um deles recebera R$ 200 mil para votar a favor da emenda constitucional que criou o instituto da reeleição dos presidentes e governadores. Ronivon e Maia elegiam-se pelo Acre e pertenciam ao PFL, hoje DEM. Foram expulsos do partido e renunciaram aos mandatos. Ronivon voltou à Câmara em 2002. De onde vinha o dinheiro, até hoje não se sabe.

MENSALÃO TUCANO MINEIRO

Em 1998, Eduardo Azeredo perdeu para o ex-presidente Itamar Franco a disputa em que tentava se reeleger governador de Minas Gerais. Quatro anos depois, elegeu-se senador e tornou-se presidente do PSDB. Em 2005, quando já estourara o caso do mensalão petista, o nome de Azeredo caiu na roda das mágicas de Marcos Valério. Quatro anos antes de operar para o comissariado, ele dava contratos firmados com o governo de Azeredo como garantia para empréstimos junto ao banco Rural (o mesmo que seria usado pelos comissários.) O dinheiro ia para candidatos da coligação de Azeredo. O PSDB blindou o senador, abraçou a tese do “caixa dois” e manteve-o na presidência do partido durante três meses.

Quando perdeu a solidariedade de FHC, Azeredo disse que, durante a disputa de 1998, ele “teve comitês bancados pela minha campanha”. Em fevereiro passado, o Supremo Tribunal Federal aceitou a denúncia do procurador-geral contra Azeredo e ele renunciou ao mandato de deputado federal (sempre pelo PSDB). Com isso, conseguiu que o processo recomeçasse na primeira instância, em Minas Gerais. Está lá.

COMPRA DE TRENS EM SP

Assim como o caso Sivam, o fio da meada da corrupção para a venda de equipamentos ao governo paulista foi puxado no exterior. O “Wall Street Journal” noticiou em 2008 que a empresa Alstom, francesa, molhara mãos de brasileiros em contratos fechados entre 1995 e 2003. Coisa de US$ 32 milhões, para começar. O Judiciário suíço investigava a Alstom e tinha listas com nomes e endereços de pessoas beneficiadas. Um diretor da filial brasileira foi preso e solto. Outro, na Suíça, também foi preso e colaborou com as autoridades.

Um aspecto interessante desse caso está no fato de que a investigação corria na Suíça, mas andava devagar em São Paulo. Outras maracutaias, envolvendo hierarcas da Indonésia e de Zâmbia, resultaram em punições. Há um ano a empresa alemã Siemens, que participava de consórcios com a Alstom, começou a colaborar com as autoridades brasileiras e expôs o cartel de fornecedores que azeitava contratos com propinas que chegavam a 8,5%.

Em 2008, surgiu o nome de Robson Marinho, chefe da Casa Civil do governo de São Paulo entre 1995 e 2001, nomeado ministro do Tribunal de Contas do Estado. Em março passado, os suíços bloquearam uma conta do doutor num banco local, com saldo de US$ 1,1 milhão. Ele nega ser o dono da arca, pela qual passaram US$ 2,7 milhões. (Marinho tem uma ilha em Paraty.) O Ministério Público de São Paulo já denunciou 30 pessoas e 12 empresas. Como diz a doutora, “todos soltos”.

Opinião: “A evasão da ética”

                    por João Guilherme Sabino Ometto*

         dr-ometto É constrangedor para o nosso povo e prejudicial ao ambiente de negócios a informação de que mais de 30 bilhões de dólares em dinheiro ligado ao crime, à corrupção e à sonegação de impostos saem do Brasil a cada ano. Os dados, divulgados pela Global Financial Integrity (GFI), grupo de pesquisa sediado em Washington (EUA) e defensor da transparência financeira, impõem reflexão sobre o que queremos para o presente e o futuro, pois é premente combater esse mal.

 

O artifício mais utilizado para as remessas ilegais é a precificação irregular, ao se cobrar a menos ou a mais por bens e produtos. Há, ainda, o contrabando, a lavagem de dinheiro e as transferências de recursos do crime organizado internacional. Conforme observa a GFI, nosso país tem um sério problema com fluxos financeiros ilícitos. A esse diagnóstico soma-se a corrupção do setor público, crônica em nossa história, estabelecendo-se um cenário negativo para a economia.

Segundo o estudo, as perdas anuais equivalem a 1,5 por cento da produção econômica nacional, drenando dinheiro que poderia ser utilizado para impulsionar o crescimento do PIB e/ou melhorar os serviços públicos. Para que tenhamos ideia mais concreta dos danos representados pela fuga de recursos, fiz um exercício matemático. Os resultados são espantosos!

Ao câmbio oficial do dia 10 de setembro, os 30 bilhões de dólares que perdemos todo ano equivalem a 62,42 bilhões de reais. Com esse montante seria possível realizar quase oito obras como a transposição do rio São Francisco, um dos maiores empreendimentos da engenharia brasileira em todos os tempos, orçado em oito bilhões e duzentos milhões de reais (o custo previsto em 2007 era de R$ 4,6 bilhões, mas houve vários aditivos contratuais, em análise pelo Tribunal de Contas da União).

Por ocasião da Copa do Mundo, foi imensa a polêmica quanto à construção das doze arenas brasileiras, que custaram, somadas, oito bilhões e meio de reais, média de 700 milhões cada. Pois bem, com o dinheiro que perdemos nas remessas ilegais, seria possível construir 89 estádios padrão FIFA.

Este ano, o Governo Federal liberou 24,1 bilhões de reais para o Plano da Safra da Agricultura Familiar 2014/2015. Os recursos evadidos representam quase três vezes esse valor. Poderíamos praticamente ter triplicado as verbas em apoio a um segmento decisivo para a agropecuária, produção de alimentos, fixação das pessoas no campo e geração de trabalho e renda.

Na área do ensino (prioridade ainda não atendida a contento no País), os recursos desperdiçados na ilegalidade possibilitariam multiplicar em 53,8 vezes o orçamento total previsto para 2014 da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo, de 1,16 bilhão de reais. E estamos falando da maior rede educacional do Brasil, com 5,3 mil escolas, 230 mil professores, 59 mil servidores e mais de quatro milhões de alunos.

Em 2010, o Departamento de Competitividade e Tecnologia da Fiesp produziu o estudo “Relatório Corrupção: custos econômicos e propostas de combate”, com base no modelo da Transparência Internacional. Em valores de 2012, o custo anual médio da improbidade corresponde a R$ 60,7 bilhões, algo muito próximo do agora apurado pela GFI, referendando a gravidade do problema.

Temos instituições sólidas, Estado organizado de acordo com padrões avançados da democracia, empresários e trabalhadores com grande capacidade laboral e pautados pela correção de conduta, bem como governantes e parlamentares eleitos pelo voto direto. Contamos, assim, com os elementos necessários para impedir que a minoria desonesta promova a evasão da ética no setor público e na iniciativa privada, pulverizando recursos gerados pelo trabalho de nossa gente.

*João Guilherme Sabino Ometto, 74, engenheiro (Escola de Engenharia de São Carlos – EESC/USP), é vice-presidente do Conselho de Administração do Grupo São Martinho, vice-presidente da FIESP e coordenador do Comitê de Mudanças Climáticas da entidade.

Ou o Brasil acaba com a corrupção ou a corrupção acaba com o Brasil

pATÍBULO

Ao que parece estamos mesmo com uma defasagem violenta de vagas nos presídios e custódias temporárias da segurança em diversos estados e nos estabelecimentos penais federais. Enquanto se notícia a prisão do ex-senador Luiz Estevão, condenado por falsidade ideológica em São Paulo, noticia-se também que após fechar um acordo de delação premiada com a Justiça, o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, preso pela Operação Lava Jato, deve ser libertado da carceragem da Polícia Federal até a próxima segunda-feira (29) para permanecer em prisão domiciliar enquanto não for julgado pela Justiça Federal do Paraná. Dizem que o PC de Dilma receberá segurança privada e tornozeleira em casa.

Pessoalmente, acho que devemos estabelecer três novos parâmetros para a detenção de criminosos do colarinho branco: campos de concentração, julgamento rápido e pena máxima, através de enforcamento, em praça pública.

Parodiando Auguste de Saint-Hilaire (1779-1853), um grande naturalista francês, que asseverou, “ou o Brasil acaba com a saúva, ou a saúva acaba com o Brasil”, posso afirmar que, ou o Brasil acaba com a corrupção ou a corrupção acaba com o Brasil.

PT diz que Souto trouxe Instituto Brasil para o Governo

everaldoO presidente do PT estadual, Everaldo Anunciação, classificou a denúncia de desvio de dinheiro público do Instituto Brasil como eleitoreira e disse que a presidente do instituto, Dalva Sele Paiva, tem raiva de alguns petistas por não terem resolvido pendências e irregularidades do contrato.

O partido entrará com medidas judiciais contra a publicação da revista Veja, assim como contra a autora das denúncias.

Segundo Everaldo, os primeiros contatos do Instituto Brasil com o governo da Bahia aconteceram durante a gestão do ex-governador Paulo Souto, atual candidato ao governo do estado (DEM):

“Foi Paulo Souto quem trouxe este instituto para o governo, por meio de convênio firmado em 2005 com a Secretaria de Combate à Pobreza”, afirmou o presidente do PT.

Além disso, o governo Wagner teria tomado a iniciativa de suspender os pagamentos das prestações do contrato firmado entre a Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedur) e o Instituto.

Constatadas as irregularidades na execução do contrato, o Governo teria bloqueado a terceira prestação, deixando Dalva insatisfeita, segundo informações do partido.

“Este tipo de denúncia apenas deixa claro o desespero que já toma conta dos adversários, ante o crescimento da candidatura de Rui Costa [Governo] e de Otto Alencar [Senado]. Mas nós sabemos perfeitamente de onde isto vem, dos nossos adversários, e o fato de eles terem que recorrer a este expediente apenas reforça nossa confiança na vitória e o nosso ânimo de trabalhar”, concluiu o presidente da sigla. Do Bahia Notícias.

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Corrupção: ou mudamos o País ou mudamos de País.

Um desvio milionário de verba pública foi revelado pela presidente do Instituto Brasil, Dalva Sele Paiva, à revista Veja. A entidade é uma ONG criada por petistas da Bahia e foi escolhida, em 2008, pelo governo do estado, para construção de 1120 casas populares para famílias de baixa renda. Recursos do Fundo de Combate à Pobreza para o projeto somam R$ 17,9 milhões.

O Instituto é investigado pelo Ministério Público desde 2010 e já havia provas de que parte do dinheiro desapareceu. Em entrevista à publicação, a presidente revelou que a entidade foi criada com o objetivo de financiar o caixa eleitoral do PT na Bahia.

Entre os apontados como envolvidos no esquema estão dirigentes locais e o candidato do PT ao governo estadual, Rui Costa, que recebiam entre R$ 3 mil e R$ 5 mil reais por mês. Para desviar os fundos, a entidade simulava prestação de serviço com os recursos recebidos e fiscalização dos próprios petistas. Posteriormente, o dinheiro era repassado para candidatos. Quando um acordo pagava a construção de 1000 casas, por exemplo, apenas 100 eram construídas. Cerca de R$ 50 milhões foram movimentados desde 2004.

Para Dalva, é “impossível” que o governador Jaques Wagner não soubesse dos desvios, apesar de não o acusar. “Vou levar todos esses fatos ao conhecimento do Ministério Público. Quero encerrar esse assunto, parar de ser perseguida. O ônus ficou todo comigo”, disse.

Ontem, um amigo perguntava: “Para onde se olha que não se vê corrupção?” E é verdade. Por mais oportuna e eleitoreira que possa parecer a denúncia de Dalva, para onde se olha vemos prevaricação, concussão e corrupção generalizada, uma matilha imensa de lobos vorazes, sempre em busca de uma nova presa.

Ou mudamos o País ou nos mudamos do País. 

Processo da Petrobras matou Paulo Francis, que viu a realidade que não víamos

Paulo Francis em foto Veja/Abril
Paulo Francis em foto Veja/Abril

Por Carlos Heitor Cony

Durante o escândalo do mensalão, a opinião pública acreditou que, em matéria de corrupção, o poder havia atingido um limite insuperável, para não dizer inédito, na política nacional. Ledo e ivo engano. Em poucos meses, com as sequelas que continuam e que ainda não terminaram, explode uma bomba bem maior e letal para o governo que há mais de dez anos vem sendo manipulado pelo PT.

Desde o início de que, mesmo não sendo a Dinamarca, havia alguma coisa de podre no reino da Petrobras, meu primeiro pensamento foi o calvário de um jornalista, meu amigo Paulo Francis. No programa que então fazia, e gravado em Nova York, ele acusou os sobas que mandavam na maior estatal do Brasil.

Não chegou a citar nomes, falou que o estado maior da Petrobras, engenheiros, diretores e seus respectivos patronos formavam uma quadrilha de bandidos que roubavam descaradamente a empresa, justamente em sua cúpula administrativa e técnica.

Evidente que a “suspeita” do Francis foi desmoralizada pela própria Petrobras, que usando e abusando do dinheiro da fraude, processou o jornalista por calúnia, no foro de um país que tem a fama de ser o mais severo na matéria. A multa chegaria a US$ 100 milhões, mais custas e honorários.

Seus amigos e admiradores, como Fernando Henrique Cardoso, José Serra e outros do mesmo nível procuraram o presidente da empresa para explicar o absurdo do processo e da multa. A Petrobras, com o dinheiro dos outros, venceu a questão.

Paulo Francis entrou em depressão, tal e tanta, que meses depois morreu subitamente. Agora tomamos conhecimento gradativo que um jornalista culto e bem informado tenha feito as acusações que hoje são objeto de uma CPI e de um clamor que atinge não somente a honra da nação, mas a vergonha de todos nós.

Barreiras: segue o mistério do dinheiro encontrado com primo do Senador

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Os R$ 180 mil que estavam apreendidos no Complexo Policial de Barreiras, no Oeste da Bahia, foi depositado na última sexta-feira (12/set) em uma conta da Caixa Econômica Federal localizada no município para ficar à disposição da Justiça Federal. O portal de notícias 180, do Piauí, acompanhou o transporte do valor feito pelo delegado Francisco de Sá.

 

180Ainda preso, Paulo Fernando de Sousa – o carona – disse que o destino final da viagem ocorrida dia 11 seria a cidade de Floriano. A declaração foi feita ao portal perante um agente da Polícia Civil. A versão contraria a dada anteriormente pelo motorista do senador e candidato a governador do Piauí,  Wellington Dias (PT), José Martinho Ferreira de Araújo. Segundo o comissionado do Senado, o valor serviria para comprar uma fazenda em São Miguel do Fidalgo.

 

180 2Ao contrário do que divulgou a imprensa local, a suspeita que paira não é a do dinheiro ter sido sacado de um banco privado no feriado de 7 de setembro, mas a de que no dia a transportadora de valores Prosegur teria entregue a quantia ao motorista do senador – que também é primo do petista, ou entregue a outro que repassou ao parente do candidato a governador. De Fernando Machado, do portal ZDA.

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Salvador: Operação da Polícia Civil investiga desvio de R$120 milhões

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Deflagrada na madrugada de hoje (13), a segunda fase da ‘Operação Prometheus’ resultou em mais duas prisões e no cumprimento de sete mandados de busca e apreensão, quando foram recolhidos documentos, computadores e outros equipamentos de mídia que apontam para um desvio de cerca de R$ 120 milhões.

Coordenada pela Secretaria de Segurança Pública do Estado, por meio da Polícia Civil, a operação conta com o apoio dos promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e de Investigações Criminais do (Gaeco) do Ministério Público baiano, coordenado pelo promotor de Justiça Raimundo Moinhos.

O MP está acompanhando as investigações que, desde o ano passado, apuram um suposto esquema de desvio de verbas públicas envolvendo a Secretaria de Educação do Município de Salvador, um ex-reitor da Universidade do Estado da Bahia (Uneb) e a Organização Não Governamental (ONG) Pierre Bourdieu.

“O que apuramos até agora é que o grupo atuava usando notas falsas para comprovar pagamentos que não eram realizados. O dinheiro, que deveria ser destinado à educação, era desviado para os integrantes do esquema criminoso”, explicou o promotor, ressaltando que, por enquanto, não é possível fornecer informações mais detalhadas, pois as investigações ainda estão em curso.

 

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Washington Post: corrupção elevou custo da Copa no Brasil

Estádio Mané Garrincha, Brasília: o que fazer com ele depois da Copa.
Estádio Mané Garrincha, Brasília: o que fazer com ele depois da Copa.

O portal do The Washington Post publicou, neste dia 12, uma longa reportagem sobre a corrupção nas obras da Copa do Mundo de futebol.

“Esta não é uma história com um bom final. Com pouco mais de um mês, até a Copa do Mundo começar no Brasil, a Associated Press saiu com um relatório contundente hoje descrevendo a corrupção desmedida e disparada dos custos que têm perturbado a preparação do País . Aqui estão as cinco coisas mais tristes e chocantes que aprendemos :

1) Um dos estádios mais caros do mundo tem um futuro fraco. O estádio Mané Garrincha Copa do Mundo em Brasília, uma cidade de cerca de 2,5 milhões de pessoas, custou cerca de US $ 900 milhões em recursos públicos para construir , o que torna o estádio de futebol de segunda maior custo da história . ( O primeiro é Wembley Stadium de Inglaterra em US $ 1,25 bilhão. ) O orçamento deveria ser de US $ 300 milhões, mas a fraude acabou triplicando o preço, conforme a AP informa . Talvez seja um investimento para o time da cidade de Brasília ? Não.  Brasília não tem um grande time de futebol profissional.

2) As discrepâncias de preços são ridículas. Relatório do auditor independente atribuído 4,700 dólares para cobrir os custos de transporte de arquibancadas pré-fabricadas para estádio de Brasília. Mas o consórcio construtor cobrada ao governo US $ 1,5 milhões, informa a AP . Isso é um 318 vezes o custo original. Ou, em termos mais malucos , a 31.000 por cento de aumento.

3) Os políticos e as políticas têm muito a ver com os problemas . Andrade Gutierrez , o conglomerado de construção que foi premiado com participações em contratos que totalizam cerca de um quarto de US$11,5 bilhões do  preço da Copa do Mundo , contribuiu com US$73.180 para as eleições municipais de 2008 de , a AP informa . Em 2012, depois de ter sido conhecido o projeto da Copa do Mundo, as contribuições políticas da empresa subiram para 37,1 milhões dólares . É um aumento de 50.000 por cento.

4) Pelo menos investigadores federais têm segurança no emprego. A Copa do Mundo ainda nem começou e “há pelo menos uma dúzia de investigações federais separadas em gastos da Copa do Mundo “, relata a AP . Isso parece muito até que o AP passa a reportar 40 por cento dos parlamentares brasileiros têm casos criminais pendentes contra eles, de acordo com um grupo de vigilância chamado Congresso em Foco.

5) Alguns brasileiros estão desanimados em sediar a Copa do Mundo . “Isso é um monumento à tristeza nacional e de resíduos”, diz o  guarda de segurança Paulo Rodrigues “Eu não sou contra a Copa , mas estou frustrado com os gastos e a corrupção todos nós sabemos que ela envolve. Quando os políticos constroem uma estrada , mesmo que haja propinas , pelo menos, no final, temos uma estrada. Com este estádio, não temos nada.”

A corrupção no Brasil assusta os estrangeiros por que eles não conhecem o caráter pandêmico dessa doença que ataca os órgãos governamentais, iniciativa privada e organizações do terceiro setor. Nos três poderes constituídos a corrupção ataca: nas pequenas câmaras municipais do interior, nas prefeituras, no governo dos estados, no governo federal, nos tribunais de todas as instâncias, nas forças de segurança de qualquer nível e principalmente nas assembleias e no congresso. Vai chegar um dia que, ao se encontrar um cidadão probo, será exibido em praça pública como raridade.

 

Maluf oferece U$1 milhão, mais uma joia da mulher, para se livrar da prisão

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Ex-prefeito de São Paulo e deputado federal pelo Partido Progressista (PP-SP), Paulo Maluf, de 82 anos, passou as últimas três décadas entoando o mantra “eu não tenho conta no exterior”. Mas para se livrar de uma ordem de prisão preventiva expedida em 2009 pela Justiça americana e voltar a viajar pelo mundo sem correr o risco de ser preso, Maluf fez uma proposta reveladora à Promotoria de Nova York: estaria disposto a pagar uma multa de US$ 1 milhão para encerrar o processo contra ele. Ou seja, mesmo que indiretamente, ele acabou assumindo que tem dinheiro fora do País. No acordo proposto, o ex-prefeito entregaria também à Justiça americana um anel de sua esposa, Sylvia Maluf, avaliado em meio milhão de reais, hoje em poder da Justiça dos EUA. A joia da senhora Maluf, um anel de rubi e diamantes, foi confiscada pelos promotores nova-iorquinos em uma casa de leilão da cidade.

O parlamentar é procurado pela polícia de 190 países e, atualmente, seu nome aparece em uma lista de 18 páginas ao lado de outros 160 criminosos brasileiros, entre os quais assassinos, assaltantes, traficantes de drogas, também perseguidos pela Interpol. Maluf e seu filho Flávio são réus nos Estados Unidos sob a acusação de roubo, fraude e lavagem de dinheiro. O deputado é acusado de desviar recursos públicos de obras quando ele era prefeito da capital paulista entre 1993 e 1996. Em 2007, pai e filho tiveram a prisão decretada em Nova York, porque, segundo promotores paulistas de um total de R$ 758 milhões desviados, US$ 17 milhões teriam passado pelo banco Safra daquela cidade.

A resposta da Justiça norte-americana por ora, é negativa. A não ser que o valor proposto pelo parlamentar seja significativamente aumentado. A procuradoria alega que a proposta é muito baixa, ante o rombo de quase ­R­$ 8­00 milhões deixado por Maluf. Da Revista Isto É, editado por este jornal.

O que se quer saber é onde entra a Justiça do Brasil nessa pendenga. E quais atitudes vem sendo tomadas pela direção do Partido Progressista, base do Governo Federal, sobre denuncias que remontam a duas décadas sobre corrupção de Maluf.

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Irma Fink

Formosa do Rio Preto: Ministério Público diz que Jabes Júnior comprou votos

 

 

 

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Da esquerda para a direita: Jabes Júnior, Neo Afonso e vereador Gillian Rocha.

Por Luís Carlos Nunes, do Oeste Global

O ministério Público da Bahia (MP), em parecer datado de 30 de abril, analisou procedente a denúncia apresentada pela coligação “Formosa de um Jeito Novo com a Força do Povo”, onde o prefeito (já com diploma cassado) Jabes Júnior e o ex-prefeito Neo são acusados por abuso de poder político e prática de captação ilícita de sufrágio (compra de votos) nas eleições realizadas em outubro de 2012.

Segundo o promotor André Garcia de Jesus, o ex-prefeito Neo Afonso aliciou eleitores mediante doações de blocos cerâmicos, cesta básica e sacos de cimento utilizando recursos federais do Fundo de Assistência Social o que teria culminado com a eleição de seu sobrinho Jabes Júnior.

Ainda no documento, para o MP ficou claro e nítido que o número de beneficiários durante o período anterior e posterior é grande e que o programa é irregular, especialmente se levado em consideração que não somente o indivíduo beneficiado foi influenciado, mas também toda a família que recebeu blocos cerâmicos e outros materiais de construção.

A ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) nº 248-23.2012.6.05.0187, segue para as mãos do juiz eleitoral que poderá acatar o parecer e cassar os direito políticos eleitorais de tio e sobrinho, impondo a Neo inelegibilidade por oito anos, pagamento de multa, bem com retirar Jabes Júnior do cargo de prefeito municipal dentre outras penalidades legais.

Assim, vindo a se confirmar a cassação do prefeito Jabes Júnior, o presidente da Câmara de vereadores Gillian Rocha tomará posse imediata como prefeito interino de Formosa do Rio Preto e os segundos colocados nas eleições, Bira Lisboa e Héder Cássio, serão diplomados como prefeito e vice-prefeito efetivos da cidade.

Jabes Júnior além de ser réu em diversos processos de crime eleitoral por compra de votos, consta em sua folha corrida algumas dezenas de processos por improbidade administrativa e é alvo de críticas da sociedade e de organizações sociais.

Câmara votará projeto que torna corrupção crime hediondo

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Por Luciano Nascimento, da Agência Brasil 

Como parte do esforço concentrado que será feito na semana próxima semana para destravar a pauta de votações , a Câmara dos Deputados pode votar um projeto de lei que torna a corrupção crime hediondo. Proveniente do Senado, onde foi aprovado em junho de 2013, a proposta foi uma resposta do Parlamento às manifestações que tomaram conta do país no ano passado. Se aprovado sem alterações, o projeto vai a sanção presidencial. Se for alterado na Câmara, retorna ao Senado.

Caso o projeto seja aprovado, serão incluídos na Lei dos Crimes Hediondos (8.072/90) os delitos de corrupção ativa e passiva, peculato (apropriação pelo funcionário público de dinheiro ou qualquer outro bem móvel, público ou particular), concussão (quando o agente público exige vantagens para si ou para outra pessoa), excesso de exação (nos casos em que o agente público desvia o tributo recebido indevidamente). O projeto também torna crime hediondo o homicídio simples e suas formas qualificadas.

O projeto também altera o Código Penal para aumentar a pena desses delitos. Com isso, as penas mínimas desses crimes ficam maiores e eles passam a ser inafiançáveis. Os condenados também deixam de ter direito a anistia, graça ou indulto e fica mais difícil o acesso a benefícios como livramento condicional e progressão do regime de pena.

Com a mudança as penas para estes delitos passam a ser de quatro a 12 anos reclusão, e multa. Em todos os casos, a pena é aumentada em até um terço se o crime for cometido por agente político ou ocupante de cargo efetivo de carreira de Estado.

A lei atual determina reclusão de dois a 12 anos e multa para os delitos de corrupção ativa e passiva e de peculato. Para concussão, a pena vigente hoje é reclusão de dois a oito anos e multa. Já o excesso de exação, no caso incluído na proposta, é punido hoje com reclusão de dois a 12 anos e multa.

Segundo a Lei  8.072/90 são considerados crimes hediondos homicídio, quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio, latrocínio (roubo seguido de morte), extorsão qualificada pela morte, extorsão mediante sequestro e na forma qualificada, estupro, estupro de vulnerável, epidemia com resultado de morte e falsificação, corrupção, adulteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais.