A gestão orçamentária de Bolsonaro é um desastre.
De Adriana Fernandes, no portal Terra, editado.
De Adriana Fernandes, no portal Terra, editado.
No primeiro ano de governo, o presidente Jair Bolsonaro aumentou os gastos com investimentos e custeio da máquina para a área de Defesa e reduziu as despesas para a Educação, Saúde e Segurança.
A Secretaria Estadual de Administração (Saeb) determinou um grande corte de gastos com servidores com a máquina pública, após determinação do governador Jaques Wagner (PT) de reduzir o orçamento em R$ 250 milhões (15% do previsto para 2013). Um decreto no Diário Oficial desta quinta-feira (15) terá, entre as principais medidas, a obrigatoriedade das pastas do Executivo baiano de demitir 10% dos funcionários em cargos de confiança, redução de 20% na frota de veículos e corte pela metade do número de viagens nacionais e internacionais. Também está suspensa a assinatura de novos contratos com empresas de consultoria e locação de imóveis e veículos. A intenção é cumprir o contingenciamento e garantir a verba para aplicação em outros setores, como o investimento em obras. Do Bahia Notícias.
No esporte, o Esporte Clube Bahia já começou o contingenciamento, economizado nos gols: perdeu por 3×0 para o Grêmio no domingo e hoje perdeu por 2×0 para o Atlético Mineiro. Em quatro dias, economizou 5 gols. Aron Ledoux deve estar intratável esta semana.
Senador Mário Couto (PSDB-PA) hoje, na tribuna do Senado:
“Dona Dilma não hesitou em cortar 7,5 bilhões de reais da Saúde, nem 1 bilhão de reais da segurança pública, com o objetivo de conter a inflação. Mas nada cortou nas festas do Palácio do Planalto, onde gastou 54 milhões em uísque e salgadinhos. Nada cortou também nas diárias e nos cartões de créditos corporativos, a roubalheira mais hipócrita que já se viu neste País”.
Cem mil apaniguados, solidamente instalados em cargos de confiança, detentores de todas as mordomias, fazem, deste governo dacroniano, um capítulo negro na história do País. E agora, o que as representações populares do País vão fazer: clamar pela ditadura de direita?
Esta semana criaram mais uma diretoria na Petrobrás. Sabe quanto o novo diretor vai ganhar: R$70 mil por mês, mais as vantagens inerentes ao cargo.
Pior: o exemplo de uma gestão pouco austera se replica, insidiosamente, em todos os níveis da gestão pública, desde a Esplanada dos Mistérios (sic), até as acanhadas prefeituras dos sertões mais isolados de estados pobres como Bahia, Piauí e Maranhão, só para citar os mais próximos.
Comentário do jornalista Cláudio Humberto, especialista nos subterrâneos bolorentos de Brasília, sob o título “A escolha de Dilma é sua ‘herança maldita”:
“A presidenta enfrenta sua “escolha de Sofia” no ambicioso e duvidoso corte de R$ 50 bilhões do Orçamento: ele ou a inflação. E também não poderá “matar” o mensageiro que trouxe a “carta”: o pigmalião Lula, que a “esculpiu” quando ela chefiava a Casa Civil. Cinderela cativa, não alertou para o custo de tal transformação. E talvez pague caro por ignorar o alto preço da armadilha embutida no sonho da Presidência.”
No dia 28/02 fizemos um comentário semelhante, em que lamentávamos que a austeridade de dona Dilma deveria ter sido criada na gestão anterior. Confirmamos, agora, nossa opinião.
De repente, não mais que de repente, dona Dilma, a senhora que está presidente, virou a heroína da austeridade fiscal, cortando emendas e orçamento a torto e a direito, do Estado gastador, perdulário e corrupto. E nós, simples mortais, já não nos lembramos mais que foi ela quem mandou nos últimos quatro anos do soberano e boçal governo Lula. E nos prendemos a falar em “herança maldita”. Foi dona Dilma quem protagonizou a soltura diarréica da cornucópia oficial. Sem medidas e com o olhar fixo na cadeira presidencial.
Que não se chorem as atitudes olímpicas de nossa Grande Guia, Condutora e Suprema Mãe. Como foram os cortes ao orçamento que vieram ao lume no dia de hoje. Ela fez a caminha dura em que agora se deita. E oremos, então: nada como uma Dilma depois de outra.
Na foto, os ministros Guido Mantega (Fazenda) e Miriam Belchior (Planejamento) explicam o contingenciamento de R$ 50,1 bilhões do orçamento da União. Foto: Wilson Dias/ABr.