A volatilidade nervosa dos últimos dias nas cotações internacionais da soja está deixando uma certeza: a de que a curva é ascendente. Analistas dizem até que o País se passou nas contas dos estoques de passagem e que se exportar os 32 milhões de toneladas vai ter que importar grão para o mercado consumidor interno. Isso já é feito em pequenas importações pontuais, com a soja do Paraguai. No entanto, o consumidor pode se preparar, se a soja for importada, para preços maiores nos subprodutos, como óleos, margarina, sabão em pó, embutidos e carnes.
Em Luís Eduardo Magalhães e Barreiras as cotações estão em torno de R$48, a saca de 60 kilos, com olhos ávidos na barreira emblemática dos R$50,00. A se confirmar uma forte queda nos cultivos a serem colhidos na primeira quinzena de abril e, na medida de um comportamento estável do dólar, os preços podem chegar a ultrapassar essa barreira, principalmente em função da demanda local de esmagamento, uma das maiores do País. Porém outro efeito regulador pode ser significante: o índice de liquidação dos agricultores, tendo em vista a necessidade de repor insumos, principalmente os fertilizantes.
