
A notícia não é boa para os cotonicultores do Oeste baiano. A indústria têxtil do Ceará, um dos mercados cativos do algodão oestino, está passando por uma sensível redução de atividades. No Distrito Industrial de Maracanaú, duas grandes empresas já fecharam – a Cotece e a Fiotex. Outra, também de grande porte, passa por recuperação judicial, tendo reduzido suas compras de algodão de quatro mil toneladas para duas mil toneladas. A Coteminas, gigante do setor, de Josué Alencar, candidato a senador por MG, reduziu de 140 mil para 90 mil toneladas o consumo de pluma de algodão. Em Araripina(PE), fechou a Artesa. E tudo isso em um cenário de queda dos preços do algodão – no Brasil a libra/peso, que em janeiro custava R$ 2,22, custa R$ 1,69. Calças de brim, que tinham 100% de algodão, têm hoje 20% de poliéster e 5% de elastano.
No mercado local, a arroba do algodão está sendo comercializada a R$52,00.
O algodão ainda está em fase de colheita no Oeste, mas a expectativa é que sejam produzidas 270 arrobas/hectare, levando a uma produção de 1,2 milhões de toneladas, segundo informação da AIBA – Associação dos Produtores e Irrigantes da Bahia.

