A musa da CPI e a República, tão vilipendiadas

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denise 2Denise Leitão Rocha, o “Furacão da CPI do Cachoeira”, aproveitou o sol desta terça-feira (08) de biquíni fio-dental “verde cheguei” e foi à praia na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. A loira desamarrou a parte de cima do biquíni para evitar marquinhas e ainda contou com a ajuda de uma amiga para passar bronzeador no corpo.

A República, tão distraída, também se encontra nesta posição, em decúbito ventral, vilipendiada pelas nefastas transações.

Foto da AG News. 

CPI do Coveiro

Nunca antes na história desse país se viu um relator de CPI tão sem medo e sem vergonha de ser feliz quanto o obediente coveiro Odair Cunha, fiel seguidor da cartilha lulática que enterrou a CPI do Cachoeira – um escândalo de proporções muito maiores do que o Mensalão.

Foi tão grande o empenho do nanico Odair Cunha na missão de livrar a cara dos companheiros que se apropriaram da coisa pública que ele sepultou inclusive o presidente da comissão, Vital do Rego, que virou mero coadjuvante nessa ópera bufa e caolha, montada para ofuscar o processo dos mensaleiros. 

Por Sérgio Augusto Siqueira Oliveira, no Sanatório da Notícia.

CPI do Cachoeira: Pagot, sem advogado, nega esquema com empreiteiras

O ex-diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) Luiz Antonio Pagot disse há pouco, durante depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito do Cachoeira, que nunca esteve com o empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, nem o conhece pessoalmente.

Pagot compareceu à CPMI desacompanhado de advogado e sem habeas corpus e negou qualquer favorecimento a empresas, empreiteiras ou prestadores de serviço. “Os senhores estão diante de um fazedor, um trabalhador leal aos seus pares, cumpridor das suas obrigações e preocupado com o bem estar do próximo”, disse ele no início de sua fala.

Pagot, exonerado do Dnit em meio a denúncias de corrupção no órgão, disse não renegar sua gestão no comando do órgão e poderia prestar esclarecimentos, inclusive, em uma eventual CPI do Dnit. “Tinha esperança de haver uma CPI do Dnit para passar a limpo a autarquia, principalmente a gestão de que participei. O momento de minha saída, sem qualquer possibilidade de defesa, sobre o prisma de absoluto isolamento, minha presença à frente do Dnit não era necessária, deixei a autarquia sem ter medo do passado e sem negar a minha gestão.”

Perguntado pelo relator da comissão, deputado Odair Cunha (PT-MG), por que integrantes da organização criminosa comemoraram sua demissão do cargo, Pagot disse que não dava “vida boa” a empresas com contrato com o Dnit. “Acredito que era pela atuação que vinha tendo no Dnit. Não dava vida boa a nenhuma empresa, empreiteira, nenhum prestador de serviço”, disse.

Sobre a Delta, Pagot disse que esteve em algumas ocasiões com o ex-dono da empresa Fernando Cavendish e o representante da empreiteira no Centro-Oeste, Cláudio Abreu, apontado pela Polícia Federal como um dos integrantes da quadrilha de Cachoeira.

Dorme a pátria enquanto a canalha surrupia os cofres públicos

Roberto Gurgel, procurador da República, ontem, citando o petista Chico Buarque, em sua estrofe ímpar e única:

“Dormia
A nossa pátria mãe tão distraída
Sem perceber que era subtraída
Em tenebrosas transações”

Pelo jeito continua dormindo, pois nos últimos dias a CPI do Cachoeira conseguiu comprovar a transferência de mais 72 milhões de reais da Delta, de Fernando Cavendish, para empresas-fantasma de Carlinhos Cachoeira entre 2009 e 2012. Dinheiro público, que o contribuinte suou para ganhar, financiando mulheres caras e a boa vida do contraventor.

Prefeito de Palmas: “Tive a infelicidade de ser filmado”

Ao falar hoje (10) sobre o vídeo no qual aparece oferecendo vantagens ao empresário goiano Carlos Augusto de Almeida Ramos, conhecido como Carlinhos Cachoeira, o prefeito de Palmas, Raul Filho, disse que errou e que teve a “infelicidade de ser filmado” no encontro.

Raul Filho prestou depoimento na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira. Além de negar irregularidades, entregou documento colocando seus sigilos bancário, fiscal e telefônico à disposição das investigações.

Como malandros dizem, vergonha não é roubar, é roubar e não conseguir carregar o produto do roubo. Infelicidade de ser filmado? Um sujeito desses devia estar na cadeia apenas pela declaração infeliz.

Os imorais nos igualaram.

Não sei se a indisposição estomacal que sinto agora é resultado de ter ficado entre três e quatro horas assistindo o depoimento do governador Marconi Perillo e as entrevistas transmitidas, após o encerramento da sessão, pelo canal Globo News. Um cidadão comum não pode deixar de enojar-se com tanta hipocrisia e desfaçatez.

 A única expressão que me ocorre é a do tango de Discépolo, “Cambalache” na qual ele diz que “ vivimos revolcaos en un merengue y en el mismo lodo todos manuseaos”. Ele lamenta mais à frente: “los inmorales nos han igualao.”

Pelo direito de entrar muda e sair calada

A ex-chefe de gabinete do governador Marconi Perillo (GO), Eliane Gonçalves Pinheiro, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) um habeas corpus para ter o direito de ficar em silêncio no depoimento marcado para esta terça-feira (5) na CPI que investiga as relações do bicheiro Carlinhos Cachoeira.
No pedido, protocolado na tarde desta segunda-feira (4), a defesa de Eliane também requisita o adiamento do testemunho da ex-servidora até que seus advogados acessem todas as provas do inquérito, incluindo os depoimentos já prestados na CPI.. Ela solicita também aos ministros do STF a garantia de não ser presa por desobediência ou falso testemunho.

Depois de um mês sem nada avançar nas investigações, os integrantes da CPI estão loucos por um espetáculo especial para agradar os participantes desta obra circense.

Liberdade para Dadá

A Justiça Federal decidiu nesta segunda (4) conceder habeas corpus para o sargento da Aeronáutica Idalberto Matias de Araújo, o Dadá. Ele é acusado de ser um dos integrantes da quadrilha liderada pelo bicheiro Carlinhos Cachoeira, preso pela Polícia Federal – que acusa Dadá de participar das atividades de espionagem do grupo. Desta forma, Dadá responderá em liberdade à Justiça Federal em Goiânia, mas continua proibido de manter contato com outros denunciados e de viajar sem autorização judicial. Dadá estava preso no 6º Comando Aéreo Regional (Comar), na Base Aérea de Brasília, desde o dia 29 de fevereiro.

Demóstenes, na cara dura: “Redescobri Deus”.

Presente ao Conselho de Ética do Senado, que investiga as relações do bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, o senadorDemóstenes Torres, atrasado por mais de 30 minutos, quebrou o silêncio. Na abertura de seu discurso, o acusado de integrar a organização criminosa disse que chegou a pensar na renúncia ao mandato, mas optou por responder aos questionamentos de seus pares, no plenário da Comissão de Ética.

A defesa de Demóstenes, para o ex-aliado senador Álvaro Dias (PSDB-PR), consiste em uma espécie de “missão impossível”. O próprio acusado abriu seu discurso de defesa remetendo a questão ao Divino.

– Eu só pude chegar até hoje porque redescobri Deus. Parece um fato pequeno, mas acho que minha atuação era pautada mais pelos homens do que por Deus – disse Demóstenes.

Advogado, ex-secretário de Segurança do Estado de Goiás, Demóstenes optou por seguir, passo a passo, nas denúncias formuladas contra ele, sem abranger a questão de fundo, que é a ligação mantida com o contraventor, cujas atividades o acusado disse desconhecer porque não tinha “lanterna na popa”. Do Correio do Brasil.

Estou cada vez mais convencido que esta Comissão de Ética, apesar de corporativista, vai recomendar a cassação de Demóstenes. No entanto, no plenário, com votação secreta, ele salva seu lindo pescocinho e vira um zumbi nos corredores do Senado. No Plenário, a Ética está mais para “Etíca”, como diz o globetrotter Nelcito.

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Cavendish ameaça abrir o bocão.

O jornalista Cláudio Humberto mancheteia, hoje, em sua coluna, que o ex-dono da construtora Delta, Fernando Cavendish, estaria nos bastidores ameaçando revelar segredos que comprometeriam políticos e outras grandes empreiteiras, segundo afirma a revista Veja que circula esta semana.

A empresa, uma das maiores do País, é acusada de irregularidades e pagamento de propina estaria agonizando, segundo a revista, que também publica reportagem afirmando que a CPI somene voltará a considerar a possbilidade de convocar para depor os governadoes citados em gravações de integrantes da quadrilha após o exame dos documentos da Delta no centro-este, que teve quebrados os sigilos fiscal e bancário.

O senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) também declarou a Veja que a oposição não permitirá que a CPI do Cachoeira se transforme em pizza.

Cachoeira já está em Brasília

Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, já está no presídio da Papuda, em Brasília, desde as 8h30m de hoje, transferido do presídio de segurança máxima de Mossoró. Pelo jeito, fica por lá durante o período da festiva CPI e depois vai para casa, como costuma acontecer com os grandes arquivos vivos da corrupção no País. 

Vem aí a CPI

Em caso de estupro, um certo e necessário relaxamento. O Governo acabou não resistindo à marolinha da CPI e vai acontecer o processo inquisitorial. No altar do sacrifício, os opositores e algumas evidentes cabeças da base aliada. Enquanto isso esfumaça-se o foco (junto com o bom direito) do julgamento do Mensalão. E todos voltam a pensar no Carnaval, no futebol e no tal enriquecimento, o mais lícito possível. No fundo ninguém está preocupado em lavar a honra. Está preocupado em lavar o seu santo dinheirinho. Charge de Frank.

Palpite infeliz!

O Governo Federal está confiante na base do Congresso, achando que a CPI Mista do Cachoeira não vai respingar no PT. Ledo engano! Hoje já começou a devastação no Governo de Agnelo Queiroz, governador do DF, aquele que tem o telhado do cristal mais fino da República Tcheca. Para comer uns democratas fritos, vamos ter que engolir também alguns petistas tostados.