![]() De julho de 2015 a março de 2016, valor chega a R$ 100 bilhões Os médios e grandes produtores rurais tomaram financiamentos agrícolas de R$ 100 bilhões de julho de 2015 até março de 2016. Isto representa um aumento de 4% em relação ao período anterior. O resultado mostra que os agricultores continuam apostando no setor, contribuindo para a economia brasileira. O volume, referente a créditos de custeio, comercialização e investimento, representa 53% dos recursos programados para o Plano Agrícola e Pecuário (PAP) 2015/2016, de R$ 187,7 bilhões. Nos nove primeiros meses da safra atual, as operações de custeio e comercialização na agricultura empresarial totalizaram R$ 82 bilhões, sendo R$ 69,5 bilhões a juros controlados (entre 8,75% e 7,75%). Os financiamentos com juros livres tiveram aumento expressivo, passando de R$ 6,7 bilhões para R$ 12,4 bilhões. Deste total, R$ 6,6 bilhões são provenientes da emissão de Letra de Crédito do Agronegócio (LCA). Merece destaque o dispêndio a juros controlados nas operações de crédito de custeio e comercialização de R$ 69,5 bilhões, que corresponde a 72% do montante programado para a atual temporada (R$ 96,5 bilhões). De R$ 64,1 bilhões em crédito de custeio, 80,6% foram contratados por grandes produtores e 19,4% por produtores beneficiários do Pronamp (Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural). Segundo o Sistema de Operações do Crédito Rural e do Proagro (Sicor), do Banco Central, os financiamentos de custeio da safra tiveram alta de 22,4%, levando-se em conta as aplicações a juros controlados e juros livres. Esse aumento foi liderado pelos bancos públicos, que ampliaram suas aplicações em 42%, enquanto os bancos privados tiveram redução de 7%. As operações a juros livres somaram R$ 6,7 bilhões, enquanto as de juros controlados chegaram a R$ 57,4 bilhões (90% do total). Os bancos públicos aumentaram em 42% os financiamentos de custeio destinados aos beneficiários do Pronamp, enquanto os bancos privados tiveram alta de 29%. A procura pela linha de investimento, no acumulado do período, somou R$ 18 bilhões, contra R$ 27 bilhões da temporada passada. De acordo com a Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a redução dos investimentos já havia sido prevista por ocasião do lançamento do PAP. Com a incertezas no atual cenário econômico, os produtores estão mais prudentes na hora de tomar empréstimos. Os agricultores só estão pegando dinheiro para investimentos quando a falta de infraestrutura na propriedade e a necessidade de renovação de máquinas agrícolas, por exemplo, interferem nos ganhos de produtividade. Confira aqui o balanço do Financiamento Agropecuário Safra 2015/2016. Da assessoria de comunicação do MAPA. |
Tag: crédito agrícola
Governo Federal já perdoou débitos de 156 mil produtores na área da SUDENE
É de R$ 1,79 bilhão o valor dos empréstimos renegociados ou liquidados com base nas medidas emergenciais de apoio aos produtores rurais do Nordeste, atingidos pela seca dos últimos anos na região. Do total de 156.957 operações realizadas até o final de fevereiro, 125.616 foram no âmbito do Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), envolvendo cerca de R$ 460 milhões. Bahia e Minas Gerais são os estados com o maior volume de recursos renegociados, respectivamente R$ 345 milhões e R$ 278 milhões.
Os rebates (descontos) para liquidação partem de 40% e podem chegar a até 85% do saldo devedor atualizado, dependendo do valor da operação e da localização do empreendimento financiado.
Responsável pelo acompanhamento das operações a Secretaria de Fundos Regionais e Incentivos Fiscais (SFRI), do Ministério da Integração Nacional, informa que estão em análise outras 1,3 milhão de propostas, cujo valor total é superior a R$ 16,5 milhões de reais. Os interessados têm até 31 de dezembro para formalizar o pedido junto ao banco que realizou a operação de crédito.
Sobre a renegociação
Dentro do programa de renegociação de dívidas do governo federal existem várias modalidades para atender o perfil dos produtores rurais. O Rebate para Liquidação de Dívidas, por exemplo, objetiva a quitação de operações de crédito rural contratadas com recursos de fontes públicas até 31 de dezembro de 2006 e no limite de R$ 100 mil.
A reprogramação permite ao produtor reagendar o reembolso das operações de crédito rural de custeio e investimento contratados no período de 1º de janeiro de 2007 a 30 de dezembro de 2011.
Os beneficiários só podem solicitar a renegociação se o empreendimento estiver localizado em município da área de atuação da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), e em região onde tenha sido decretada situação de emergência ou de estado de calamidade pública em decorrência de seca ou estiagem pelo Ministério da Integração Nacional.



