Com Bolsonaro, população de rua cresceu 38%, diz o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

Um relatório divulgado no início de dezembro de 2022 e atualizado na sexta-feira, pelo Ipea, revela que a população de rua no Brasil cresceu 38% sob a gestão do último Presidente do Brasil, entre 2019 e 2022.

A população em situação de rua no Brasil cresceu 38% entre 2019 e 2022, quando atingiu 281.472 pessoas. A estimativa, que revela o impacto da pandemia de Covid-19 nesse segmento populacional, consta da publicação preliminar “Estimativa da População em Situação de Rua no Brasil (2012-2022)”, divulgada nesta quarta-feira (07), pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O estudo inédito, que será detalhado posteriormente em nota técnica, atualiza a estimativa de população em situação de rua em nível nacional.

Em uma década, de 2012 a 2022, o crescimento desse segmento da população foi de 211%. Trata-se de uma expansão muito superior à da população brasileira na última década, de apenas 11% entre 2011 e 2021, na comparação com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“O crescimento da população em situação de rua se dá em ordem de magnitude superior ao crescimento vegetativo da população. Além disso, esse crescimento se acelerou nos últimos anos”, comentou o pesquisador do Ipea Marco Antônio Carvalho Natalino, autor do estudo que analisou a evolução no quantitativo de pessoas em situação de rua até 2022.

A pesquisa avalia que o Brasil ainda precisa evoluir para uma contagem censitária mais precisa e efetiva da população em situação de rua. Natalino lembrou que, em 2010, essa população foi incluída no Cadastro Único e, em 2011, passou a ter direito de acesso aos serviços do Sistema Único de Saúde (SUS) mesmo sem comprovante de residência. Em 2012, foi regulamentado o funcionamento dos Consultórios na Rua (CnR).

“Esse breve resgate histórico deixa claro o quão próximos ainda estamos de um legado de tratamento do povo da rua como, na melhor das hipóteses, cidadãos de segunda classe”, afirmou o pesquisador no estudo. Para ele, a contagem dessa população pelo poder público é estratégica, pois, do contrário, corre-se o risco de reproduzir a invisibilidade social desse segmento na gestão das políticas públicas.

Na primeira estimativa nacional, feita em 2015, foram utilizados dados oficiais informados por 1.924 prefeituras. Com o início da pandemia, a estimativa foi atualizada até março de 2020, quando 1.940 municípios tinham 124.047 pessoas em situação de rua.

Ipea: população em situação de rua no Brasil supera 281 mil

Em 2021, 1.998 municípios reuniam 181.885 pessoas nessa situação. Para a estimativa atual, o pesquisador do Ipea na Diretoria de Estudos e Políticas Sociais também recorreu a dados oficiais informados por administrações municipais.

Natalino baseou-se ainda nos dados do Censo Suas (2021), processo de monitoramento do Sistema Único de Assistência Social, no último dado disponível do Cadastro Único (CadÚnico), de julho de 2022, além de um conjunto de variáveis socioeconômicas como taxas municipais de pobreza e de urbanização.

Editado por Urbs Magna

Mortes violentas crescem em Salvador e Região Metropolitana este ano

Dados obtidos com exclusividade pela coluna Satélite, editada por Jairo Costa Júnior, no jornal Correio, apontam um crescimento de 17,8% no número de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs) registrados na capital entre 1º de janeiro e 9 de fevereiro deste ano, em comparação com o mesmo período de 2019. De acordo com o levantamento, compilado pelo Departamento de Polícia do Interior (Depin),  ocorreram em Salvador 126 casos enquadrados nos três tipos de CVLIs – homicídios dolosos (intencionais), latrocínios e lesões corporais seguidas de morte -, ante 107 assassinatos contabilizados na cidade até 9 de fevereiro do ano passado. Em números absolutos, foram 19 mortes violentas a mais nos primeiros 40 dias de 2020.

Zona da morte 

O balanço parcial do departamento da Polícia Civil mostra um salto ainda maior de CVLIs nas demais cidades da Região Metropolitana de Salvador – de 67 para 83, aumento de 23,9% em relação a 2019. Considerando todo o estado, o crescimento médio foi de 4,4%.

Surto criminal

As estatísticas sobre a criminalidade em 2020 ratificam o avanço dos furtos e roubos de veículos em Salvador, conforme antecipado pela coluna em 29 de janeiro. Até 9 de fevereiro, a delegacia responsável pelo combate e repressão aos dois delitos (DRFRV) registrou 542 ocorrências, contra 487 do ano passado – diferença de 11,3%. Entre os bairros, São Caetano teve o maior índice de crescimento, com 2000%. No mesmo período de 2019, houve só um caso em São Caetano. Este ano, já são 21, sem contar os últimos 17 dias. Outros cinco bairros também apresentaram aumento substancial de furtos e roubos de veículos: Boca da Mata (800%), Águas Claras (100%), Pituba (42,9%), São Cristóvão (37,5%) e Brotas (30%).

Saída para cima

O governo do estado recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar reverter a suspensão do concurso da PM, determinada em 17 de janeiro pela desembargadora  Dinalva Gomes Laranjeira Pimentel, do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ). Em sua decisão, a magistrada deferiu liminar a pedido da Defensoria Pública do Estado por supostos erros nos editais do processo seletivo. O imbróglio caiu nas mãos do presidente do STF, ministro Dias Toffoli.

Milho: produtor dos EUA consegue colher 644 sacas por hectare

David Hula e a produtividade impressionante

Média obtida pelo agricultor é três vezes maior que a média do país em 2019, estimada em 175 sacas por hectare. A produtividade, há duas décadas, inimaginável, atende demandas de mercado por produções crescentes do setor de proteína animal – bovinos, suínos e aves – e pela produção de etanol. Os Estados Unidos gastam mais de 100 milhões de toneladas com o Etanol e, no Brasil, o estado do Mato Grosso já consome mais de 20% da produção com o combustível.

Um produtor de milho dos Estados Unidos conseguiu registrar uma produtividade recorde de nada menos que 644 sacas por hectare, consagrando-se campeão no Concurso Nacional de Rendimento de Milho da Associação Nacional de Produtores de Milho (NCGA na sigla em inglês) de 2019, do país.

David Hula, tem propriedade em Charles City, Virgínia, e foi vencedor pela quarta vez na história da competição, que já acontece a mais de 50 anos.

“Eu simplesmente adoro agricultura e cultivar milho. Sempre avaliamos os híbridos que poderemos usar na área. De acordo com as previsões climáticas e até de mercado, vemos o que pode influenciar a cultura em seus diversos estádios. Todas as decisões que tomamos são baseadas em dados e nos ajudam a nos tornar mais rentáveis e tão logo a sermos mais produtivos”, afirma David.

Do Canal Rural, com edição de O Expresso.

ENERGIA SOLAR: Bahia pode crescer 92% em potência instalada no mercado de geração distribuída

Produzir a própria energia elétrica a partir de fontes renováveis e fornecer o excedente para a rede de distribuição são realidades possíveis nos dias de hoje. A fonte solar fotovoltaica foi o grande responsável pelo crescimento exponencial da geração distribuída (GD) no país, por ser um sistema de fácil instalação, vida útil longa e maior viabilidade financeira. De acordo com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), a Bahia tem 177 megawatt (MW) de potência instalável neste setor energético e a possibilidade de crescimento do estado é de 92%.

A Bahia conta, atualmente, com 14,75 MW em potência instalada, o que corresponde a 1.305 unidades geradoras (imóveis que têm placas instaladas) e 1.576 unidades que recebem créditos.  Cerca de 32% das unidades geradoras estão localizadas em Salvador, Lauro de Freitas e Camaçari. Entretanto, 27% da potência instalada está em Alagoinhas e Salvador. As informações constam no Informe Executivo de Energias Renováveis, do mês de agosto, divulgado nesta semana pela SDE.

O investimento em geração distribuída é de baixo impacto ambiental, auxilia na redução do carregamento das redes e diversifica a matriz energética. “Nós temos o melhor potencial solar do país e já somos líderes na geração centralizada de energia solar fotovoltaica. A intenção é trabalhar uma nova frente e criar uma política de desenvolvimento do setor de micro e minigeração, que alcance especialmente os principais polos do interior”, afirma João Leão, vice-governador e secretário da pasta.

Para viabilizar o crescimento baiano no setor de GD, a SDE montou um grupo de governança, com representantes do setor privado e o Sebrae, para alavancar a exploração da micro e minigeração de energia solar. A intenção é atrair uma indústria de componentes para o estado.

“Acredito que o grupo de governança terá um papel fundamental no fomento desse novo mercado e da tecnologia para atração de novos negócios. Temos municípios que não têm nenhuma instalação fotovoltaica na Bahia e muitas pessoas que sequer conseguem entender como funciona a geração distribuída. Em uma segunda fase, pretendemos promover o estímulo de uma cadeia de produtos para que tenhamos a fabricação no estado. O mercado de GD tem um futuro brilhante”, afirma Daniel Kunz, da Associação Baiana de Energia Solar e diretor regional da Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD).

Segundo Laís Maciel Lafuente, diretora de Interiorização do Desenvolvimento da SDE, a intenção da política é atingir todo o território baiano: “Percebemos que é preciso fazer chegar ao interior uma maior divulgação sobre o mercado solar fotovoltaico. Com ela, a tendência é a demanda crescer. A ideia é estabelecer parcerias com instituições de ensino espalhados pelo estado para formar profissionais nesse mercado e termos mão de obra adequada. Nosso objetivo é gerar demanda suficiente de projetos para atrairmos fábricas de componentes para equipamento solar”.

Segundo as regras da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), de 1º de março de 2016, é permitido o uso de qualquer fonte renovável para geração da própria energia. A agência passou a classificar como microgeração distribuída, a central geradora com potência instalada entre 0 e 75 kW e minigeração distribuída, aquela com potência acima de 75 kW e menor ou igual a 5 MW, devendo em ambos os casos estarem conectadas na rede de distribuição por meio de instalações de unidades consumidoras.

A SDE explica que, quando a quantidade de energia gerada em determinado mês for superior à energia consumida naquele período, o consumidor fica com créditos que podem ser utilizados para diminuir a conta de luz dos meses seguintes. De acordo com as regras, o prazo de validade dos créditos passou a ser de 60 meses, sendo que também podem ser usados para abater o consumo de unidades do mesmo titular, situadas em outro local, desde que esteja na área de atendimento de uma mesma distribuidora, a exemplo da Coelba. Esse tipo de utilização dos créditos é denominado “autoconsumo remoto”.

Geração distribuída x geração centralizada

A geração distribuída (GD) é uma modalidade de geração de energia elétrica a partir de pequenas centrais geradoras que utilizam fontes renováveis e estão localizadas no ponto de consumo (casas, empresas e indústrias) ou próximo a ele e são ligados a rede elétrica pública, podendo inclusive fornecer o excedente para a rede de distribuição de sua localidade. Já a geração centralizada (GC), acima de 5MW, faz uso de grandes geradores e extensas linhas de transmissão, chegando ao consumidor pelas distribuidoras locais.

Veja os dados de Solar: https://bit.ly/2La6ZnC
E os números de Eólica: https://bit.ly/2L1tj49

Vendas no comércio varejista baiano cresceram 5,2% em maio

De acordo com dados da Pesquisa Mensal de Comércio, analisados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), as vendas no comércio varejista baiano cresceram 5,2% em maio de 2019, quando comparado a igual mês de ano anterior. No varejo nacional, o volume de negócios expandiu apenas 1,0%, em relação à mesma base de comparação.

“O aumento das vendas do varejo na Bahia reflete muito as políticas públicas adotadas pelo Governo do Estado, uma vez que lideramos a geração de empregos formais no Nordeste em 2019. Esta geração de emprego ampliou as vendas de varejo exatamente nos segmentos que respondem pelo consumo das famílias, a exemplo dos artigos farmacêuticos, cosméticos, hipermercados e produtos alimentícios, dentre outros. Além disso, a Bahia é o segundo estado da federação que mais investe, principalmente em grandes obras, o que faz crescer o consumo de materiais de construção”, analisa o secretário estadual do Planejamento, Walter Pinheiro.

O resultado das vendas do varejo baiano em maio foi influenciado pelos estímulos da comemoração do Dia das Mães, mas também ao efeito-calendário, pois maio contou com um dia útil a mais do que em igual mês de 2018.

Além da baixa base de comparação, uma vez que no ano passado o setor mostrou tímido desempenho refletindo os efeitos da paralisação dos caminhoneiros que afetou o volume de vendas do varejo no país.

Outro fator que explica o comportamento do setor foi o aumento da ocupação, principalmente, dos empregos formais que no mês de maio aumentaram em mais de dois mil postos de trabalho.

Por atividade, os dados do comércio varejista do estado da Bahia, quando comparados a maio de 2018, revelam que cinco dos oito segmentos que compõem o Indicador do Volume de Vendas registraram comportamento positivo.

Listados pelo grau de magnitude das taxas em ordem decrescente, têm-se: Combustíveis e lubrificantes (15,7%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (11,5%); Móveis e eletrodomésticos (7,3%); Tecidos, vestuário e calçados (4,0%);

Outros artigos de uso pessoal e doméstico (3,6%); e Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (2,7%).

No que diz respeito aos subgrupos, verifica-se que registraram variações positivas, Móveis (14,0%); Eletrodomésticos (4,2%); e Hipermercados e supermercado (1,3%).

IBGE anuncia: desemprego aumenta e crise arrocha o trabalhador

A taxa de desemprego no Brasil subiu para 13,1% no primeiro trimestre do ano. No último trimestre de 2017, atingiu 11,8%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em março de 2017, o desemprego havia sido de 13,7%.

Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada hoje (27) pelo IBGE, no Rio de Janeiro.

Brasil tem 13,7 milhões de desempregados

O total de desempregados no país chegou a 13,7 milhões, um aumento de 11,2% em relação ao trimestre anterior (12,3 milhões). Na comparação com o primeiro trimestre de 2017 (14,2 milhões de desocupados), houve queda de 3,4%.

A população ocupada (90,6 milhões) caiu 1,7% em relação ao último trimestre do ano passado (92,1 milhões), mas cresceu 1,8% em relação ao primeiro trimestre de 2017 (88,9 milhões).

Com isso, o nível de ocupação chegou a 53,6%, abaixo dos 54,5% do trimestre anterior, mas acima dos 53,1% do primeiro trimestre de 2017.

Trabalho formal

O número de empregados com carteira de trabalho assinada atingiu 32,9 milhões de pessoas, queda de 1,2% (408 mil pessoas) ante o trimestre anterior e de 1,5% (menos 493 mil pessoas) na comparação com o primeiro trimestre do ano passado.

Já o número de empregados sem carteira assinada ficou em 10,7 milhões de pessoas, uma redução de 402 mil pessoas em relação ao último trimestre de 2017, mas uma alta de 5,2% de 533 mil pessoas em relação ao primeiro trimestre do ano passado.

Setores

Na comparação com o último trimestre de 2017, metade dos dez grupamentos de atividades pesquisados tiveram queda na população ocupada, com destaque para a construção, cujos ocupados recuaram 5,6% (uma perda de 389 mil postos de trabalho). Outros cinco grupamentos se mantiveram estáveis.

Na comparação com o primeiro trimestre do ano passado, três grupamentos registraram alta no total da população ocupada, com destaque para outros serviços, cujos postos de trabalho cresceram 10,4%. A construção foi o único grupamento com queda de 4,1%. Seis grupamentos ficaram estáveis.

Rendimento

O rendimento médio real habitual do trabalhador brasileiro foi de R$ 2.169 no primeiro trimestre deste ano, relativamente estável tanto em relação ao último trimestre do ano passado quanto na comparação com o primeiro trimestre daquele ano. Da Agência Brasil.

Produção industrial baiana cresceu 4,9% em agosto

De acordo com dados analisados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), em agosto de 2017, a produção industrial (de transformação e extrativa mineral) da Bahia, ajustada sazonalmente, aumentou 4,9% frente ao mês imediatamente anterior, após crescer 7,9% em julho último.

Na comparação com igual mês do ano anterior, a indústria baiana assinalou acréscimo de 4,6%. A variação acumulada no período de janeiro a agosto de 2017 registrou taxa de -3,9% em relação ao mesmo período de 2016.  

O indicador, no acumulado dos últimos 12 meses, recuou 5,1% frente ao mesmo período anterior, queda menos intensa do que a observada em julho último (-6,4%).

No confronto com igual mês do ano anterior, a indústria apresentou crescimento de 4,6%, com sete das doze atividades pesquisadas assinalando aumento da produção.

O setor de Veículos (18,3%) foi a principal influência positiva no período, explicada pela maior produção de automóveis.

Outros resultados positivos no indicador foram observados nos segmentos Produtos químicos (5,0%), Coque, produtos derivados de petróleo e biocombustíveis (2,6%), Extrativa (13,9%) e Produtos de borracha e material plástico (11,8%), explicados, sobretudo, pela maior produção de misturas de alquilbenzenos ou de alquilnaftalenos, polietileno linear e soda cáustica, no primeiro ramo; de gasolina automotiva e óleo diesel, no segundo; de minérios de cobre em bruto ou beneficiados e magnésia, no terceiro; e de pneus novos usados em automóveis, ônibus e caminhões e filmes de material plástico para embalagem, no último.

Olha aí a lavoura, segurando de novo a economia.

agronego

A safra de cereais, leguminosas e oleaginosas deve fechar 2015 em 210,3 milhões de toneladas, segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), feito em novembro deste ano pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Caso a previsão se confirme, será 8,1% maior do que a observada em 2014 (194,6 milhões de toneladas).

O levantamento de novembro prevê uma safra 0,2% inferior à estimada pelo IBGE em outubro deste ano. As três principais lavouras de grãos deverão fechar o ano com aumento na produção em relação a 2014: soja (11,7%), milho (7,3%) e arroz (1,2%).

Apesar do aumento nas três principais lavouras, 19 dos 26 produtos analisados pelo IBGE deverão ter queda em relação ao ano anterior, entre eles café em grão – arábica (-1,7%), café em grão – canephora (-17,7%), as três safras de feijão (com quedas de 3,7%, 6,3% e 2%), laranja (-3,7%) e cana-de-açúcar (-4,3%).

Em relação à área colhida, o levantamento de novembro prevê aumento de 1,8% na comparação com o ano anterior.

Ilha de prosperidade: agropecuária baiana cresceu 12,5% em 2014

A atividade econômica baiana registrou expansão de 1,5% no acumulado do ano 2014, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Foram fundamentais para esse crescimento o desempenho dos setores de Serviços e Agropecuária, com alta de 1,8% e 12,5%, respectivamente. Por sua vez, o setor industrial ficou como destaque negativo com recuo de 1,9%, impulsionado pela retração nas atividades da construção civil (-3,3%) e indústria de transformação (-2,9%). As informações são da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (Sei – Seplan).

lavouras

No que diz respeito à alta do setor agropecuário, pode-se creditar esse ganho à expansão na produção física das principais culturas do estado: milho (38,1%), algodão (25,8%), café (24,2%) e soja (15,9%). A boa performance destas culturas devem-se em parte ao controle da praga da lagarta do milho, as chuvas na época do plantio e a baixa base de comparação – efeito estatístico.

O bom desempenho do setor de serviços está atrelado ao crescimento de suas principais atividades no estado. As atividades de Alojamento e Alimentação (4,9%) e Transportes (3,8%) registraram os maiores incrementos; entretanto os destaques ficaram por conta do Comércio (1,6%) e Administração Pública (0,6%), devido as suas ponderações internas no cálculo do Valor Adicionado (VA).

A indústria baiana registrou queda em todos os trimestres de 2014 e encerra o ano com recuo de 1,9%. Este fato deve-se principalmente às retrações da indústria de transformação e da construção civil. No que tange a transformação, os resultados da PIM-PF (IBGE) apontaram queda em sete dos doze segmentos, com destaque para veículos automotores (-22,4%),equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-44,3%), e metalurgia (-9,9%). No caso da construção civil nem mesmo as diversas obras públicas observadas no estado garantiram seu crescimento. De acordo com os dados da série histórica das Contas Regionais esta atividade não apresentava retração desde 2004, pois a última verificada foi em 2003 (-7,2%).

Quarto trimestre de 2014

Na comparação do quarto trimestre 2014 com o mesmo de 2013, houve crescimento de 1,3%; já em relação ao terceiro trimestre de 2014, houve alta de 0,3%. Destaque mais uma vez para os setores de serviços e agropecuária com acréscimos de 1,6% e 9,8%, respectivamente. O setor industrial apresentou retração de 0,4%, desta vez atrelada ao fraco desempenho das atividades de extrativa mineral (-2,1%) e construção civil (-6,3%). O destaque do setor foi a atividade de produção e distribuição de energia, água e esgoto com crescimento de 7,3%, decorrente da elevação na geração de energia elétrica bem como do consumo residencial.

A agropecuária destacou-se pelo bom desempenho das suas principais culturas registrando ganhos tanto em volume quanto em área plantada. O setor de serviços acumulou alta em todas as atividades no quarto trimestre em relação ao mesmo período do ano anterior. O destaque continua sendo a atividade de comércio devido ao seu peso na composição do cálculo do PIB trimestral, apesar de o mesmo ter crescimento apenas 0,9%.

Quinta

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A redenção energética do País está chegando com a força dos ventos

Parques eólicos nas cristas da Chapada Diamantina
Parques eólicos nas cristas da Chapada Diamantina

Ela se expandiu à velocidade de foguete nos últimos anos e hoje é a fonte que mais cresce no Brasil. Na primeira semana do mês de janeiro, a energia eólica atingiu a marca de 6 gigawatts (GW) de potência instalada e uma participação de 4,5% na matriz elétrica brasileira.
Com a entrada em funcionamento de quatro novos parques na Bahia, essa fonte renovável começa o ano com 241 parques eólicos distribuídos por onze estados. Os dados são do último boletim do setor, divulgado na sexta-feira, 09/01, pela Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica).
No final de 2012, o Brasil dispunha de uma capacidade instalada de 2,5 GW. Em apenas dois anos, a potência instalada do país mais que duplicou com a instalação de 3,5 GW.
Até 2018, a expectativa é que a participação da energia eólica na matriz energética brasileira salte para 8%, com a contratação e instalação de pelo menos 2 GW de potência a cada ano.
Não para aí. “Pelas perspectivas do Governo, a eólica deve atingir 22,4 GW de potência instalada em 2023, e as previsões do setor indicam um crescimento ainda maior, que alcança 25,6 GW”, avalia a presidente executiva da ABEEólica, Elbia Silva Gannoum.

A potência instalada de Itaipu, só para situar, é de 14 GW, mas depois de dois anos de seca no Sudeste-Centro Oeste a produção é muito menor que isso. Isso quer dizer que podemos ter duas itaipus em energia eólica antes de 2023, com a vantagem de que não precisamos comprar, do Paraguai, a metade dessa energia produzida, descontado o consumo interno do País vizinho.
Na ponta do lápis, os 6 GW representam para o país mais de 90 mil empregos gerados, 10 milhões de residências abastecidas mensalmente e 5 milhões de toneladas de emissões de CO2 evitadas. Por Vanessa Barbosa, da revista Exame.

O Estado da Bahia fatura e muito com a cadeia produtiva da energia eólica. Desconhecemos as alíquotas da produção dos equipamentos, mas em cada conta de energia, 27% vai direto para os cofres do Governo. Ou seja, quase o mesmo valor cobrado pela distribuição, no caso a cargo da Coelba.

Bahia Farm Show cresce 170% nos últimos cinco anos

Bahia Farm Show 2013 - movimento - aéreaEsse montante se refere ao volume de negócios fechados. Número que na edição 2014, com início no próximo dia 27, deve aumentar 50% em relação a 2013

Consolidada como a maior feira de tecnologia agrícola e negócios do Norte-Nordeste do Brasil, a Bahia Farm Show chega à sua 10ª edição para comemorar o crescimento de 170% em volume de negócios fechados e, com a expectativa de atingir a marca de R$ 1 bilhão neste ano de 2014. Em relação ao ano passado, o evento deverá projetar um crescimento de 50% no seu montante de negócios concretizados.

Além do quesito volume de negócios que na edição 2008 foi de R$ 250 milhões e em 2013 saltou para R$ 671 milhões, com um crescimento de 168%, outros itens revelam a ascensão  da Bahia Farm Show nos últimos cinco anos.  Entre 2008 e 2013 a área ocupada passou de 34 mil mpara 84 mil m2, um crescimento de 143%. A projeção para a edição 2014 é que a área total passe para 92 mil m2. Com relação ao número de expositores, houve um aumento de 64,5% em cinco anos, passando de 118 para 194. Visitantes que circulam pela feira eram 26,9 mil em 2008 e 63,10 mil em 2013, ou, 138% de aumento. Para 2014 são esperados 75 mil pessoas.

A Bahia Farm Show é atualmente a segunda maior feira brasileira em vendas por visitante, atrás apenas da Agrishow de Ribeirão Preto, que completou 21 anos na última edição, realizada no início do mês. Linhas de crédito diferenciadas, taxas de juros atraentes e condições elásticas de pagamento são facilidades, que, segundo os organizadores, vão impulsionar para o evento atingir o seu primeiro R$ 1 bilhão. “Os produtores que visitarem a feira encontrarão o que há de mais moderno em maquinários, equipamentos agrícolas, veículos, caminhões e insumos, não resta dúvidas que a Bahia Farm Show está consolidada como uma atraente vitrine, onde todos compram, investem e saem satisfeitos. Estamos otimistas com a 10ª edição” diz o presidente do evento, Júlio Cézar Busato.

A Bahia Farm Show é organizada pela Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), juntamente com a Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), Fundação Bahia, Associação dos Revendedores de Máquinas e Equipamentos Agrícolas do Oeste da Bahia (Assomiba) e Prefeitura de Luís Eduardo Magalhães.

Matriz eólica vai atingir 6% da energia produzida no País.

Parque eólico da Alegria, no Rio Grande do Norte.
Parque eólico da Alegria, no Rio Grande do Norte.

Para se ter uma ideia da grandeza do negócio, os investimentos em energia eólica deverão alcançar R$23 bilhões somente este ano, jogando mais 5 gigawatts na rede (Itaipu produz 14 GW). Até o final do ano, a matriz eólica será responsável por 6% da energia produzida no País, enquanto em dezembro era de 2%. Este mês começa a entrega das redes transmissoras do Rio Grande do Norte e da Bahia.

Até 2018, a participação da energia eólica na matriz energética brasileira vai saltar dos atuais 3% para 8%, mas se continuar faltando água nas hidrelétricas do Nordeste e do Sudeste, o Governo poderá incentivar o crescimento meteórico da matriz.

Desenvolvimento também no Piauí

Também são volumosos os investimentos no Piauí, o estado mais pobre da federação. Os municípios que se destacam pelo potencial técnico são Caldeirão Grande, Padre Marcos, Simões e Marcolândia. Do valor total de investimentos, 90% serão efetuados a curto prazo, entre 2014 e 2016. Com a implantação dos Parques Eólicos serão gerados 3 mil empregos diretos. Num primeiro momento, as empresas vão produzir 1300 MW. Esse valor vai aumentar consideravelmente, tendo em vista que a Casa dos Ventos já estudou a viabilidade e vai ofertar 1700 MW em três leilões que vão ser realizados em 2014. Os projetos que serão leiloados neste ano também são localizados na região da Chapada do Araripe. Além desses, estudos em andamento apontam o potencial dos municípios de Lagoa do Barro e Queimada Nova para gerar até 1200 MW. Atualmente, o Piauí consome cerca de 700 MW e produz apenas 235 MW, através da hidroelétrica de Boa Esperança. Edson Ferreira acrescentou ainda que os investidores vão construir uma subestação, avaliada em R$ 150 milhões no município de Curral Novo.

A subestação vai aproveitar a linha de transmissão que liga Colinas, em Tocantins a Milagres, no Ceará e vai proporcionar a coleta da energia gerada nos Parques Eólicos do Piauí. Para transformar todos esses investimentos em geração de emprego e renda para a população piauiense, será realizada este mês, uma chamada pública reunindo além das empresas que vão produzir energia, empresas que vão prestar serviços no decorrer do processo de instalação dos parques e empresários piauienses.

Na região da Chapada do Araripe, as empresas já arrendaram por um prazo de até 30 anos, cerca de 1500 pequenas áreas pertencentes a pequenos proprietários para instalação do Parque Eólico. Além dos investimentos na região da Chapada do Araripe, o litoral piauiense também desponta como cenário para produção de energia eólica. A empresa que atua no litoral é a Ômega. Em março, a empresa vai inaugurar a implantação do Parque Eólico da Pedra do Sal, empreendimento avaliado em R$ 650 milhões que vai gerar 140 MW, sendo dividido em duas etapas que serão entregues em março e setembro, respectivamente. Com dados da Associação Brasileira de Energia Eólica, revista Exame e Folha de São Paulo, editadas por este jornal.

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Gasolina terá aumento e menos eficiência.

Nesta quinta-feira, 17, a diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Magda Chambriard, informou que o percentual de etanol na gasolina passará de 20% para 25%, no final da safra da cana-de-açúcar, possivelmente no mês de abril. “Temos que confirmar a safra, mas estamos achando que sim”, disse.

Vamos ver se entendi: o Governo anuncia o aumento de 7% da gasolina e logo a seguir anuncia que vai “batizar” mais um pouco mais a dita cuja carburante? Quer dizer, como o álcool tem custo menor, vamos ter dois aumentos com menos eficiência energética da gasolina. O cobertor de dona Dilma está ficando curto, muito curto.

Um “salve” para os empresários

Após o pífio resultado do PIB no ano passado, o governo decidiu estender a todos os setores, ainda este ano, a desoneração da folha de pagamento das empresas. A medida abrangerá indústria, comércio e serviços. Hoje só 42 segmentos são contemplados.

Segundo interlocutores de Dilma, ela considera que as companhias que já receberam esse incentivo têm bons resultados, e que está na hora de usar todas as armas para evitar que o PIB de 2013 repita o de 2012. 

A desoneração prevê substituir a cobrança de 20% sobre a folha por alíquota de 1% a 2% sobre o faturamento.

Acelem raspadinha

Pesquisa do Banco Central reduz crescimento do PIB para 2013

O mercado voltou a elevar suas estimativas para inflação do Brasil em 2012 e 2013 e reviu para baixo sua previsão para o crescimento da economia no próximo ano, segundo pesquisa Focus, do Banco Central, divulgada nesta segunda-feira.

O levantamento elevou a projeção para a inflação medida pelo IPCA neste ano para 5,69 por cento ante estimativa anterior de 5,6 por cento apurada na pesquisa da semana passada. Já a expectativa para o índice em 2013 passou de 5,42 para 5,47 por cento.

A expectativa dos analistas consultados para o Produto Interno Bruto do Brasil em 2012 se manteve em crescimento de 1 por cento, mas o prognóstico para 2013 foi revisto de expansão de 3,4 por cento para crescimento de 3,3 por cento. Por Alberto Alerigi Jr. para Reuters e Estadão.

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