Que não se lamentem pela vida errada do brasileiro fuzilado na Indonésia

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O cidadão brasileiro fuzilado neste sábado na Indonésia, Marco Archer, era traficante há 24 anos, quando foi preso. E ia faturar U$3,5 milhões com a cocaína com a qual foi apanhado. Ele escolheu essa vida de riscos e esbanjava dinheiro. Não há do que se lamentar. Foi um desperdício diplomático a intervenção até da presidente Dona Dilma.

Veja neste link a entrevista, com excelente texto, de um jornalista brasileiro com o indigitado “professor de asa delta”.

Que se lamente, antes e com justiça, pela morte de brasileiros inocentes que morrem, como moscas, nas portas dos hospitais; que se chore a morte de crianças que morrem de desnutrição, sem nunca ter chegado à idade da razão; que se pranteie aqueles que morrem nas mãos de traficantes, inclusive policiais, no estrito cumprimento do dever.

Macarrão entrega Bruno na madrugada.

Foto Divulgação/Vagner Antônio/TJMG

“Tenho medo de morrer”, disse Macarrão, às 2 horas da manhã, entregando a cabeça do ex-goleiro Bruno, numa bandeja, durante depoimento em juízo, em Minas Gerais, sobre a morte de Eliza Samúdio.  Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, que já cumpriu 2 anos e 4 meses de prisão, pode sair livre se conseguir convencer os jurados que não participou do assassinato. Mas a sua vida vai ficar valendo pouco mais de uma meia dúzia de reais.

Crime e castigo: uma figura patética condenada à prisão perpétua.

O último ditador militar argentino, general Reynaldo Bignone, de 83 anos e que governou de 1982 a 1983, foi condenado ontem à prisão perpétua por crimes contra a humanidade. Bignone passará o resto da vida em um cárcere comum, segundo a sentença, por coautoria em crimes de sequestros, torturas e homicídios.

O mentor do golpe e primeiro presidente da ditadura, Jorge Rafael Videla, 85, também cumpre pena perpétua. Ele foi sentenciado pelos mesmos crimes, em dezembro do ano passado.

Bignone já tinha sido apenado a 25 anos de prisão por outros crimes ocorridos no período. Ele também é implicado em outro processo que tramita na Justiça, sobre os crimes de ocultação e sequestro de 34 bebês de militantes de esquerda.

O ex-presidente foi condenado pela participação no sequestro e morte de estudantes e militantes da esquerda peronista.

Ele também foi relacionado como responsável pelo sequestro de um ex-deputado federal no final da década de 1970. Quase todas as vítimas estiveram detidas no Campo de Maio, um dos 340 centros de detenção clandestinos da ditadura argentina. E, segundo a ação, os crimes ocorreram no período seguinte ao golpe de março de 1976.

Além de Bignone, outras duas pessoas implicadas na causa foram condenadas à prisão perpétua: Martín Rodríguez, ex-chefe de inteligência do Exército, e Luis Patti, que já comandou a Polícia de Buenos Aires.

Patti chegou a ser eleito deputado federal em 2005, mas não conseguiu assumir o cargo por causa das acusações de tortura, homicídios e sequestro.

Já são 204 as condenações de ex-integrantes das Forças Armadas, polícias, forças de segurança e civis envolvidos na repressão. São mais de 480 pessoas presas, de acordo com o Ministério Público Federal. Foto da AFP.

A figura patética do velhinho condenado à prisão perpétua é um ensinamento aqueles que “estão” poderosos, mas que certamente não o serão para sempre. Aqui mesmo na terra são pagos os nossos pecados.