Como a Lava Jato escondeu do governo federal visita do FBI e procuradores americanos

Investigação da Pública + TheInterceptBr  revela que Deltan Dallagnol escondeu visita de procuradores americanos e do FBI, pondo em risco soberania nacional. Interessados na Petrobras, EUA queria interrogar delatores.

No dia 5 de outubro de 2015, Deltan Dallagnol, procurador-chefe da força-tarefa da Lava Jato, mal dormiu; chegou de uma viagem e foi direto para a sede do Ministério Público Federal (MPF) no centro de Curitiba, onde trabalhou até depois da meia-noite. No dia seguinte, acordou às 7 da manhã e correu de volta para o escritório. Ele já havia avisado a diversos interlocutores que aquela seria uma semana cheia e não poderia atender a nenhuma demanda extra.

Não era para menos. Naquela terça-feira, uma delegação de pelo menos 17 americanos apareceu na capital paranaense para conversar com membros do MPF e advogados de empresários que estavam sob investigação no Brasil. Entre eles estavam procuradores americanos ligados ao Departamento de Justiça (DOJ, na sigla em inglês) e agentes do FBI, o serviço de investigações subordinado a ele. Todas as tratativas ocorreram na sede do MPF em Curitiba.

Em quatro dias intensos de trabalho, receberam explicações detalhadas sobre delatores como Alberto Youssef e Nestor Cerveró e mantiveram reuniões com advogados de 16 delatores que haviam assinado acordos entre o final de 2014 e meados de 2015 em troca de prisão domiciliar, incluindo doleiros e ex-diretores da Petrobras.

Mas nem tudo foram flores para a equipe de Deltan Dallagnol. No final do dia 6 de outubro, às 23h16, ele foi chamado ao Telegram pelo diretor da Secretaria de Cooperação Internacional (SCI) da Procuradoria-Geral da República (PGR), Vladimir Aras: “Delta, MSG DO MJ”.

A mensagem era grave. O Ministério da Justiça acabara de tomar conhecimento da visita dos americanos pelo Itamaraty – quando eles já estavam em Curitiba.

Segundo um acordo bilateral, atos de colaboração em matéria judicial entre Brasil e Estados Unidos – tais como pedir evidências como registros bancários, realizar buscas e apreensões, entrevistar suspeitos ou réus e pedir extradições – normalmente são feitos por meio de um pedido formal de colaboração conhecido como MLAT, que estipula que o Ministério da Justiça deve ser o ponto de contato com o Departamento de Justiça americano. O procedimento é estabelecido pelo Acordo de Assistência Judiciária em Matéria Penal, tratado bilateral assinado em 1997.

Naquela época, o ministério era chefiado pelo ministro José Eduardo Cardozo, sob a presidência de Dilma Rousseff (PT).

Leia a matéria na íntegra no portal da Agência Pública ou no The Intercept

Será que o povão entende isto?

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Será que o povo entende que a sonegação é três vezes maior que o déficit público? Leia mais sobre a Operação Zelotes, que anda a passos lentos e sem vontade.

Será que ao menos 10% da população entende que se paga quase 5 vezes de juros aos rentistas nacionais e internacionais, sem que ao menos se saiba quem são e quantos são, do que o déficit público? E que os juros que o Governo paga são mantidos na maior taxa do mundo, 13,75%, artificialmente?

Melhor nem comentar isso, não é? Os rentistas são os caras que trocam os governos, que mandam e desmandam a partir de seus escritórios em Wall Street, da City of London e de Amsterdam.

Os 400 picaretas são apenas os cachorrinhos da Madame, que se contentam com as migalhas que caem das suas mesas ricamente fartas.

Com esse dinheiro sempre muito caro, falta dinheiro para investimentos na lavoura, na indústria, na pesquisa, na infraestrutura – a ferrovia Norte Sul levou 25 anos para ser inaugurada – na Saúde e na Educação.

Ainda vamos ter, talvez em um tempo futuro, a visão do que é crime hediondo e o que é crime de lesa-pátria.