Neoliberais estão acabando com os encantos da Argentina.

Um país latino-americano onde a cultura, a gastronomia, o turismo e as tradições encantavam os brasileiros visitantes, parece ter caído em um furacão de dificuldades com a implantação de uma economia neoliberal, logo após um governo de centro-esquerda, como no Brasil.

Um procurador e um delegado de polícia denunciam: o povo está roubando para comer. E a carne parece ser o principal produto, logo no País onde um “bife de chorizo*”, acompanhado de um vinho honesto, custava a metade de um cheese-burger com refrigerante.

Alta do dólar, inflação e ritmo de crescimento da economia do país preocupam, enquanto governo vê popularidade despencar, diz o G1.

Pouco mais de dois anos depois de encerrar a disputa com os chamados “fundos abutres”, a Argentina se vê agora diante de um novo impasse financeiro. Com sua moeda despencando, o país subiu a taxa de juros ao maior patamar do mundo, consumiu boa parte de suas reservas em dólares, buscou ajuda do Fundo Monetário Internacional (FMI) e agora tenta buscar a confiança de investidores para evitar uma nova corrida cambial.

O custo desse acúmulo de problemas acaba pesando diretamente no bolso dos argentinos. A expectativa é de disparada de inflação, superando as projeções iniciais. Além disso, o crescimento da economia do país neste ano deve ser menor que o previsto. O ministro da Fazenda, Nicolás Dujovne, admitiu que “a Argentina terá mais inflação e menos crescimento num curto prazo”.

Nesse cenário, a popularidade do presidente Mauricio Macri despencou, com o percentual de cidadãos que fazem avaliação negativa de seu governo passando para 62,7% (contra 37,7% de aprovação).

*Bife de chorizo: é uma porção generosa de carne, assada na parilla, da porção central do contra-filé. No Brasil, o contra-filé inteiro é mais encontrado no Sul do País. Aqui em Luís Eduardo Magalhães e no Oeste da Bahia a peça é encontrada junto com o espinhaço do boi, na forma de chuleta ou bisteca bovina. Na Argentina, provem de gado de origem europeia, precoce – com menos de 24 meses – criados em pastagens ricas, com grande concorrência de leguminosas nativas, os famosos trevais da pampa argentina.
Ao Sul da Argentina, na Patagônia, até bem pouco tempo, era tradição de que o viajante faminto pudesse abater uma ovelha, desde que estaqueasse o pelego e o pendurasse em uma árvore, longe do alcance de animais silvestres. 

Sem paixões: como viemos parar neste vale de lágrimas depois de 4 anos.

Posse de Dilma, ao lado do Sinistro, estava cavando sob os seus próprios pés.

Tudo começa numa campanha eleitoral à Presidência da República, há exatos quatro anos.

O Governo de Dilma Rousseff não repetia os mesmos êxitos do ex-presidente Lula e ela segurava a carruagem da economia com renúncia fiscal, incentivo à construção civil – principalmente no programa Minha Casa, Minha Vida – e fazia o dinheiro circular com a abertura do crédito fácil e com programas sociais do tipo Bolsa Família.

A sensação do sr. Mercado de que havia nuvens negras no horizonte da economia transmitiu à Oposição a sensação de que poderia interromper os 12 anos de poder do Partido dos Trabalhadores. Se Dilma ganhasse as eleições, Lula voltaria e aí poderiam ser mais oito anos de poder.

Dilma, que durante o Governo Lula tinha ocupado o Conselho de Administração da Petrobras, sabia, durante o seu Governo, que teria dificuldades para interromper o grande processo de corrupção que minava as estatais, os fundos de pensão, o setor financeiro e outros.

A Presidenta criava inimigos em todos os setores, principalmente no Legislativo, onde não aceitava a liderança de alguns ícones da corrupção, como o “capo de tutti il capi”, Eduardo Cunha, o homem do Centrão que comandava cerca de 300 deputados sustentados às burras cheias no Congresso.

As eleições foram aquilo que se viu. O representante da jeunesse dorée, o príncipe do Baixo Leblon, Aécio Neves, perdeu depois de se considerar eleito. Magoado, jurou que Dilma não terminaria seu mandato.

Em junho de 2015, aconteceu a gota d’água. Depois de aprovado no Congresso, um aumento aos servidores do Judiciário de 78,6% foi vetado por Dilma.

Pronto: Dilma tinha todos contra si.

O Sr. Mercado, desconfiado do aprofundamento da crise; o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, chargeado pelo PT na sua eleição à Presidência da Câmara; os vencidos em 2014 e, agora, o Judiciário, magoado pelo veto ao seu aumento, tão desejado; além de um vice-presidente, líder da camarilha emedebista, que agora via a perspectiva de assunção ao poder.

O resto da história todos sabem.

Acontece que, hoje, quando o dólar atinge R$4,00, a gasolina ronda os R$5,00, 13,4 milhões estão desempregados e outros 30 milhões de brasileiros estão desocupados ou sub-ocupados, o que significa que quase metade da força de trabalho do País não sabe o que fazer; 63 milhões não podem nem comprar um fogão novo, pois estão inscritos nos index dos spc e serasa da vida; a indústria, o comércio e os serviços desabaram para 20% de sua capacidade instalada, está completo o ciclo de 4 anos da campanha pela reeleição de Dilma.

Só o agronegócio está com a cabeça de fora, mesmo assim sobressaltado com a valorização do dólar, com a greve dos caminhoneiros e com a malfadada tabela de fretes, uma das trapalhadas mais icônicas do sr. Michel.

Se estava ruim com Dilma, piorou muito mais sob o comando do sinistro do Jaburu.

A corrupção recrudesceu, o País perdeu o rumo e isso parece ter se tornado o terreno fértil para o aparecimento de aventureiros, desses que sobem os montes, negam a ONU ou acumulam dinheiro nas contas suíças e nos paraísos fiscais.

Como dizia o vate Manuel Bandeira, agora só nos resta tocar – e dançar – um tango argentino.

LEM: cidade está parada pela greve dos caminhoneiros

A grande maioria dos postos de abastecimento de Luís Eduardo Magalhães estavam fechados hoje pela manhã. Pela madrugada o Posto Fórmula 1, na rua Enedino Alves da Paixão ainda abastecia uma fila de carros. A situação tende a piorar com a greve dos petroleiros decretada ontem.

Agora, às 14 horas, uma fila de veículos esperava, esperançosa, no Posto Paraíso, na rua JK, paralela à rodovia. A notícia é de que um caminhão chegaria em breve.

Nas agências dos Correios, as atendentes avisavam que os caminhões que transportam correspondência e encomendas estavam retidos nas concentrações de motoristas ao longo das BRs 242 e 324, que levam a Salvador.

É grande o número de veículos em Luís Eduardo Magalhães pedindo, através de letreiros nos para-brisas, a “intervenção militar” e “junta militar já”, além das indefectíveis estampas com a figura sinistra do pré-candidato Bolsonaro.

Os prejuízos no comércio e serviços são incalculáveis. Especialistas calculam que o total das perdas no País pode alcançar 80 bilhões de reais em 10 dias de greve. A queda na arrecadação tende a levar à desorganização das finanças do Estado e municípios.

Governo otimista

O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, Sergio Etchegoyen, avaliou hoje, em entrevista coletiva no Palácio do Planalto, que o reabastecimento de combustível dobrou em relação a essa terca-feira: foi de 18 milhões de litros para 36 milhões.
Segundo Etchegoyen, a normalidade já chega a 53% na distribuição de combustíveis, com prioridade para o diesel. “Não temos tudo em todo os postos, é um processo lento para repor os estoques, mas caminhamos para a normalidade” disse. “Normalizamos a logística de transporte de medicamentos para urgências e emergências”, acrescentou.

Ele anunciou ainda que a rodovia Régis Bittencourt, um forte de resistência da paralisação, está totalmente liberada, bem como o entroncamento de Rondonópolis (MT), de onde saíram escoltados nesta madrugada cerca de 500 caminhões. Ao longo do trajeto, o comboio foi sendo ampliado e chegou a mil caminhões, segundo relato do general. Etchegoyen adiantou também que as Forças Armadas estão liberando completamente o acesso ao Porto de Santos, o maior da América Latina. “Isso será resolvido hoje”.

O governo afirmou também que não permitirá que os caminhoneiros sejam alvos de violência ou coação. “Vamos agir contra esses que ultrapassam os limites da civilidade”, disse o general. “Arrancar um motorista da boleia em meio à turba é ultrapassar todos os limites”, completou.

Consequências diretas da recessão na produção de carnes: milho perde preço e produtores pedem prorrogação de débitos.

Leia primeiro a notícia abaixo sobre a recessão na avicultura e suinocultura, depois de uma série de fechamentos de mercados externos aos exportadores brasileiros, uma situação que se iniciou com a Operação Carne Fraca e foi agravada por outras operações, não explicadas, deflagradas pela Justiça e Polícia Federal.

Luiz Fernando Pacheco, analista de mercado, prevê tempos sombrios para produtores de milho, principalmente aqueles do Mato Grosso: 

“Embora alguns vendedores ainda tapem os olhos e continuem pedindo preços ao redor de R$ 40,00/saca, a realidade do país não é mais esta, com raríssimas exceções (no Sul, apenas Vacaria continua com este preço e no nordeste, em Irecê, Bahia). Nas demais localidades os preços caíram entre 1% e 9%. As menores quedas ocorreram no MS, porque é um estado exportador de milho e os seus preços foram se adaptando regularmente, à medida em que os negócios iam se realizando”, completa o especialista.

Por outro lado, o Banco do Brasil (BB) anunciou que atendeu o pedido da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) e prorrogou as parcelas de custeio e investimento vencidas ou que irão vencer até 31 de dezembro deste ano para produtores rurais, cooperativas e agroindústrias que desenvolvem as atividades de avicultura e suinocultura.

A medida foi anunciada nesta quinta-feira (19.04) prevê a prorrogação das operações de custeio por um prazo de dois anos e as de investimento para um ano adicional ao final do contrato para cada parcela adiada. Esse último critério também vale para as parcelas de custeio já prorrogadas.

“O anúncio trará um fôlego para o setor nesse atual momento de crise. O produtor vai conseguir gerir melhor o seu dinheiro e cobrir outros custos, como aquisição de insumos e pagamento de trabalhadores”, explicou o assessor técnico da Comissão Nacional de Aves e Suínos da CNA, Victor Ayres.

Enfim, um Jornal Nacional sem notícias sobre Lula da Silva

Em Porto Alegre as manifestações pela saída de Temer foram robustas. E se repetiram em mais 20 capitais do País. Em Curitiba, abaixo, nem chuva e frio afastaram os manifestantes pela saída de Temer.

Mutatis mutandis. O Jornal Nacional da TV Globo hoje durou 1h40m e só 5 minutos dele não foram dedicados à corrupção, conforme o próprio âncora, William Bonner.

Lula da Silva, o ex-presidente que acusa a Rede Globo de dedicar mais de 18 horas em um ano à análise de sua trajetória política, hoje certamente até cochilou em paz, a bordo do seu pijama e das suas chinelas de pelúcia.

O jornal da TV dedicou quase todo o seu tempo às delações do conglomerado JBS e do seu presidente Joesley Batista, às manifestações de rua e aos abalos econômicos.

As consequências da crise institucional do País foram graves. A Bolsa de Valores caiu quase 10% e o dólar valorizou-se em mais de 8% frente ao real, para R$3,38.

Nos trending topics do Twitter, Aécio Neves foi o campeão pela manhã, cedendo o lugar a Michel Temer à tarde.

Três ministros de Temer, os mais chegados de Temer, vieram à TV dar explicações do inexplicável. O Gato Angorá e Padilha, os dois profundamente envolvidos em corrupção, deveriam estar em casa, tomando um chazinho de camomila para acalmar os nervos.

Quem chora pelos brasileiros que não têm emprego?

fila-seguro-desemprego

Os servidores do Estado do Rio de Janeiro choram no jornal da TV por não receber salários e outros direitos há 60 dias. Alguns, mais afortunados, que receberam o mês de novembro ou parte dos salários, juntaram cestas básicas para que ninguém passe fome.

O Governador Pezão que recebeu alguns ensinamentos de um câncer este ano e o ex-governador Sérgio Cabral e a sua faustosa esposa podem chorar à vontade, na cadeia e fora dela. Eles mereceram pelo que fizeram ao Estado.

Pelos desempregados que se lamentam nas filas de recrutamento, ninguém chora. Já foram alijados do mundo dos vivos por uma sociedade insana e cruel.

A crise já chegou à prostituição. Veja só:

A oferta está maior que a demanda. E ainda tem o famoso golpe da "mão de vaca". Pobres meninas!
A oferta está maior que a demanda. E ainda tem o famoso golpe da “mão de vaca”. Pobres meninas!

Dois homens foram encaminhados até a Delegacia de Polícia de LEM por contratarem o serviço de uma garota de programa e não fazer o pagamento.

O caso aconteceu em uma pousada, situada na Avenida Ayrton Senna, no Bairro Santa Cruz.

Segundo informações, a garota de programa de prenome Poliana chegou a ser agredida pela dupla. O fato foi registrado por volta das 16hs30min, desta quarta-feira, 03.

A policia Militar foi acionada e encaminhou os suspeitos até a DP local. Blog Do Douglas Batista/Repórter Eraldo Fernandes.

O pior é que a crise é estrutural, não conjuntural

0Fernando Abrucio, em entrevista de Diego Viana, no Valor Econômico.

 

O Brasil vive duas crises. Uma é a conjuntural e tem a ver com a governabilidade do sistema, que está em um cenário de completa incerteza. Esse cenário contribui para afastar o impeachment. Isso tem a ver com a operação Lava-­Jato, com a base enfraquecida do governo no Congresso, com a crise econômica, com o cenário internacional e também com a crise hídrica, que teve um efeito brutal nas contas públicas, não afetou só São Paulo.

É a tempestade perfeita, em que, de um lado, não se consegue avançar para organizar a governabilidade e, de outro, não se consegue organizar um desfecho que envolva a retirada da presidente. O grau de incerteza é tal que nenhuma das peças consegue se mexer para a frente, só para o lado. Quem tenta jogar para a frente é obrigado a retroceder, como Aécio Neves e agora Eduardo Cunha.

 

E mais adiante:

 

Todos parecem achar que o cenário conjuntural é o mais grave. Não é. Desde a semana passada, começou a tomar corpo, nos meios empresariais e políticos, a percepção de que a crise maior é estrutural. Nos últimos 27 anos, o Brasil conduziu uma série de agendas bem ­sucedidas. A redemocratização, a estabilidade econômica, a inclusão social. Sobretudo os governos de Fernando Henrique e Lula tiveram, comparando com o resto da história do Brasil, um sucesso muito grande.

O Brasil nunca foi democrático como é hoje, nunca incluiu tantas pessoas como agora, fez uma reorganização da sua base econômica muito forte, a despeito da crise. A maior parte dos países comparáveis não tem isso.

Só que outras agendas foram nascendo e foram sendo postergadas. É a agenda da qualidade da gestão pública, da produtividade da economia brasileira, da inserção internacional do país. É a agenda de como garantir direitos sociais que não sejam meramente direitos corporativos.

Mesmo que tirem Dilma, a crise estrutural vai estar presente. Nas duas últimas semanas, o empresariado começou a se dar conta disso. “Desde a semana passada, começou a tomar corpo a percepção de que a crise mais grave é estrutural, e não conjuntural”

 

Fernando Luiz Abrucio é graduado em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo (1990), mestrado em Ciência Política pela Universidade de São Paulo (1995) e doutorado em Ciência Política pela Universidade de São Paulo (2000). É professor e pesquisador da Fundação Getulio Vargas (SP) desde 1995, ocupando atualmente o cargo de Coordenador do Mestrado e Doutorado em Administração Pública e Governo.

 

2015_08_17

Crise da Ucrânia agita mercados agrícolas

Lavouras de trigo da Ucrânia, plantadas no inverno.
Lavouras de trigo da Ucrânia, plantadas no inverno.

Os preços dos grãos na Bolsa de Chicago registraram grandes altas nesta segunda-feira (3), principalmente para o trigo e o milho, produtos que têm na Ucrânia um grande exportador. Para o analista de mercado Stefan Tomkiw, o mercado já reflete a crise no país. “Esta é uma sessão bastante nervosa aqui em Chicago, principalmente para o mercado de grãos, trigo e milho, com um movimento bem agressivo de alta, com receios em relação à questão ucraniana e russa”. 

Segundo Tomkiw, o mercado observa uma ameaça de paralisação dos embarques na região. “A gente sabe que a Ucrânia é um grande fornecedor mundial de trigo e milho e toda essa questão da possível invasão russa tem colocado um receio entre os traders de que a gente possa ter uma paralisação das atividades comerciais na região”. Do Noticias Agrícolas.

Em 2011, a Ucrânia colheu uma safra recorde de 57 milhões de toneladas, das quais mais de 15 milhões de toneladas de trigo, o triplo do Brasil. 

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Senador biônico maranhense deita falação sobre crise

Lobão Filho: afirmações sem nenhum sentido.
Lobão Filho: afirmações sem nenhum sentido.

Esta é do José Simão, repórter do humor na Folha: “Se continuar como está a situação no Maranhão, José Sarney vai lançar nova edição de sua obra prima “Marimbondos de Fogo”, agora com o título “Moribundos de Fogo”.

Humor à parte, o senador maranhense Lobão Filho (PMDB) criticou nesta segunda-feira (13) a atuação da Comissão de Direitos Humanos do Senado, que está em São Luís para analisar a situação do Complexo Penitenciário de Pedrinhas. Para o parlamentar, a preocupação com os direitos humanos dos presidiários é um “equívoco”.

Lobão Filho disse que a “prioridade absoluta” da comissão deveria ser com as vítimas – como a menina Ana Clara, que morreu após incêndio de um ônibus na capital maranhense. Em seguida, segundo ele, deveria estar nos policias que foram agredidos durante as ações criminosas dentro e fora do presídio.

Por último, ficariam os presidiários, de acordo com o senador.

Parlamentar biônico – assumiu no lugar do Pai, Edison Lobão, que está no Ministério das Minas e Energia – Lobinho deveria antes de filosofar sobre a ética e os bons costumes, pagar o que deve, como avalista de sua empresa, Bemar, distribuidora de bebidas, dívida que o Banco do Nordeste tenta executar há 11 anos.

O Estado é responsável pelos presidiários em qualquer País do Mundo, assim como pela vida de seus cidadãos e dos seus policiais. O Maranhão não deveria ser exceção. Se a vida de bandidos e inocentes que estão detidos não tem valor nenhum, deveríamos, com urgência, inserir a pena de morte na Constituição. Os ônus moral e financeiro seriam menores. 

Faahf vagas grande

Maranhão pode ter mais 5.539 criminosos na rua, com mandando de prisão em aberto.

O número de pessoas procuradas pela polícia é maior que o total de presos do Maranhão, de acordo com dados do Banco Nacional de Mandados de Prisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Informações da Folha de S. Paulo mostram que a população carcerária do estado, que em dezembro chegou a 4.725, já é 30% maior do que a capacidade, mas a situação ficaria ainda pior caso fossem cumpridos os 5.539 mandados de prisão expedidos pela Justiça. Atualmente, o Maranhão conta apenas com 3.607 vagas em presídios, o que gera um déficit de mais de mil lugares.

Em nota, a Associação de Magistrados do Brasil (AMB) informou que a quantidade de foragidos revela a falta de estrutura do poder Executivo, que não os prende nem consegue controlar a população carcerária. De acordo com a AMB, o Maranhão é o estado com menor taxa de encarceramento do país “o que confirma que o caos penitenciário não decorre do excesso de presos – definitivos ou provisórios”.

Segundo o juiz da Vara de Execuções Penais, Fernando Mendonça, o número de mandados expedidos pode ser ainda maior, chegando a 12.000. “Muitos dos que têm mandados expedidos nem sabem que eles existem, são pessoas condenadas por crimes, mas nunca foram encontradas, por exemplo. A polícia não cumpre por um motivo ou outro, e o sujeito segue livre”, disse.

O Secretário-adjunto de Segurança Pública do Maranhão, Laércio Costa, disse ao Uol que existe também carência de policiais militares. Segundo ele, são 6,7 mil PMs no estado, quando seriam necessários mais de 15 mil. Da Folha, editado pelo Bahia Notícias.

Colégio Anísio Teixeira

Bolsas asiáticas continuam queda nesta terça-feira.

As Bolsas da Ásia operam em forte queda nesta terça-feira, com os investidores dando sequência aos ajustes de preços provocados pelo aumento da aversão a risco. O índice Nikkei, da Bolsa do Japão, recuava 4,8% na sessão da manhã, aos 8.662 pontos; o S&P/ASX-200, da Austrália, 4,9%, mesma queda registrada pelo índice TAIEX, da Bolsa de Taiwan. O índice Kosdaq, da Coreia do Sul, caiu acima de 10%, interrompendo os negócios locais, com o acionamento do circuit breaker.

Na China, as ações também caíam, com o índice de referência do mercado chinês atingindo o menor nível em 12 meses, em meio a preocupações sobre o enfraquecimento da recuperação econômica mundial e também relacionadas à inflação local que, no mês passado, ficou acima do esperado – a taxa de inflação anualizada na China subiu para 6,5% em julho, conforme divulgação feita na manhã desta terça-feira.

O petróleo do tipo WTI (West Texas Intermediate, referência do mercado americano) era cotado a US$ 78 por barril, no nível mais baixo do ano, com temores de que a economia mundial, em desaceleração, reduzirá a demanda por combustível. Em Londres, o barril de petróleo do tipo Brent (referência europeia) caía abaixo de US$ 100 pela primeira vez desde 8 de fevereiro. Os contratos com entrega para setembro recuavam 3,6% (ou US$ 3,77), para US$ 99,97 na bolsa de futuros ICE. Na segunda-feira, o barril de referência na Europa já havia recuado 5,2%, para US$ 103,74. Da AP e Bloomberg para o Valor Econômico.