Os gênios da gestão pública brasileira e a crise energética.

Gestores: trocando o barato pelo caro e poluidor
Gestores: trocando o barato pelo caro e poluidor

As termoelétricas têm sido a tábua de salvação do governo para evitar um novo apagão no país. Mas a conta para acionar emergencialmente essas usinas é salgada: superam os R$ 500 por MWh (megawatt/hora), valor muito superior aos R$300/MWh da geração fotovoltaica ou R$100/MWh da eólica. Trocando em miúdos, os brasileiros vão pagar muito mais caro para gerar uma energia fóssil e poluente.

“Em tese, cada real gasto para operar as usinas térmicas poderia nos fornecer 60% a mais de energia solar ou cinco vezes mais em energia eólica”, calcula Ricardo Baitelo, coordenador da campanha de Clima e Energia do Greenpeace Brasil.

A combinação da energia eólica com a hidrelétrica é perfeita: se faltam ventos, entra em operação a hidrelétrica; se o vento sopra forte, diminui-se a geração da hidrelétrica, preservando a energia barata. Uma simples questão de planejamento. Mas quem planeja? Se forem os mesmos gestores que fizeram o parque eólico de Caetité e não construíram a tempo a conexão com o sistema, estamos fritos.

Dizem eles que foi por culpa dos órgãos de licenciamento ambiental. Então, esses órgãos são criminosos, pois deixaram sem conexão a energia limpa para operar a energia termelétrica, a mais poluidora.

Agora, à beira do desastre, já estão culpando a oposição e a imprensa por anunciar a catástrofe.

Buriti valeu esperar