Nove governadores do Nordeste se reúnem na quinta-feira (19) em Maceió, para discutir a crise política

Os nove governadores do Nordeste estarão reunidos nesta quinta-feira, (19) em Maceió, em Alagoas, para discutir a atual situação política e econômica do país.

O objetivo da reunião, segundo o governador Rui Costa, que tomou a iniciativa de articular o encontro, é buscar o entendimento entre os nove governadores a fim de se estabelecer um posicionamento único sobre o processo político em curso no País.

Segundo Rui, o Estado da Bahia não pode tomar uma decisão isolada, tendo em vista um acordo estabelecido entre os governadores em 2014, segundo o qual, nos principais assuntos do País, os estados nordestinos iriam tomar uma posição conjunta.
“O Nordeste foi desprezado durante décadas, e só nos últimos anos nós vimos chegar universidades, investimentos educacionais, empregos, e o Nordeste não quer perder essa posição. E por isso há um sentimento dos governadores que nós devemos caminhar sempre juntos, em posição unificada, e nós vamos discutir essa posição agora, na quinta-feira”, afirmou Rui, durante a entrega de 118 viaturas à Polícia Militar de Salvador e Região Metropolitana.

“Eu vou defender que haja um posicionamento dos governadores a favor das eleições diretas, e que o povo possa escolher um governante que passe a ter legitimidade das urnas para encaminhar mudanças constitucionais, legais que o pais precisa para sair da crise”, completou o governador baiano.

 

 

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As encruzilhadas da Oposição na crise política brasileira

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Da Coluna Painel, da Folha de São Paulo:

Pesquisa da SECOM, do Governo Federal procurou descobrir se os entrevistados julgavam o governo e a oposição capazes de tirar o país da crise. Para 17%, o atual governo tem essa possibilidade. Só 13% acreditam que a oposição está apta a executar a tarefa.

Geraldo Alckmin reuniu na noite de quinta oito grandes empresários para discutir o cenário nacional. O governador paulista mostrou pessimismo com a situação econômica e política e disse não ver saída com Dilma Rousseff no cargo. Mas o tucano ainda acredita que falta um motivo para o impeachment. Ele acha que, se Dilma cair por uma razão frágil, como as pedaladas fiscais, há risco para a democracia, pois nenhum governo terá mais segurança jurídica de que terminará o mandato.

Alckmin disse aos empresários que, nesse caso, qualquer crise poderá ser pretexto para tirar do cargo um presidente ou governadores e prefeitos eleitos. Sobre as pedaladas, afirmou que há precedentes da manobra em Estados e municípios.

Aos comensais Alckmin disse que é necessário “investigar, investigar e investigar”, para que o Congresso decida se os pedidos de impeachment cumprem as exigências constitucionais, e que ainda podem surgir provas a partir das apurações nos fundos de pensão e no BNDES.

Fora os incendiários de plantão, os oposicionistas não sabem se é hora de impeachment. Todos estão de olho “na boutique dela”, mas sabem que, se forem com muita sede ao pote, o caldo pode entornar de maneira grave. A pesquisa é realista com a possibilidade de um governo de transição ou, a seguir, legalmente eleito, enfrentar a mesma crise política e a crise financeira ainda com todas as suas nuances de desastre iminente.

Nesta terça-feira teremos um bom teste para provar o enunciado do teorema político: a apreciação dos 32 vetos de Dilma Rousseff sobre temas polêmicos. Três são especialmente delicados para o governo. Num, Dilma Rousseff barrou o reajuste salarial de até 78,56% que os congressistas haviam concedido aos servidores do Judiciário. Noutro, ela brecou a correção de todas as aposentadorias pelo mesmo índice do salário mínimo. No terceiro, invalidou a troca do fator previdenciário, criação exclusiva de Fernando Henrique Cardoso, por uma fórmula mais generosa para os candidatos ao pijama. 

Na imagem, Hécate a deusa da mitologia grega (Trívia, dos romanos), senhora dos caminhos e das encruzilhadas

Temer, num ataque de otimismo ou desfaçatez: “tranquilidade institucional”

temerO presidente da República em exercício, Michel Temer, minimizou hoje (8) a crise política e o acirramento das divergências entre governo e oposição. Ele afirmou que o Brasil vive “uma tranquilidade institucional extraordinária”.

Esta semana, o governo e sua base aliada têm se mobilizado para defender-se de eventuais pedidos de afastamento da presidenta Dilma Roussef. Na segunda-feira (6), Temer reafirmou a legitimidade do mandato de Dilma. Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, a presidenta afirmou que não cairá e classificou as tentativas de interrupção do seu mandato de “um tanto golpistas”.

“Por mais que muitas vezes se diga há esta ou aquela crise, o fato é que temos uma tranquilidade institucional extraordinária”, disse Temer em breve discurso na homenagem póstuma ao ex-presidente da Câmara Paes de Andrade.