A 7ª etapa do Rally dos Sertões levou os competidores ao Jalapão, no Estado do Tocantins – famoso por suas dificuldades e armadilhas (piso bastante arenoso, valetas, cascalho, entre outros). O certame do dia fez uma espécie de laço com largada e chegada em Palmas (TO), os veículos sobreviventes da maior especial da edição 2013 tiveram um percurso de 746 quilômetros, sendo que deste número, 514 foram de trecho cronometrado.

A dupla do #330, Mitsubishi Pajero TR4, completou a sétima etapa na terceira posição na Production, com o tempo de 08h25m40s e, com esse resultado, assegura a terceira colocação na soma da classificação geral da categoria. “A especial foi duríssima desde o princípio, tivemos 130 quilômetros de areia brava e no Km 360 ficamos sem suspensão traseira no areião, o carro veio se desmanchando, ficamos sem freio e os 30 quilômetros finais fizemos no escuro, pois já era noite”, disse Cristiano Rocha.
Das dez etapas programadas para a 21ª edição do rali, sete já foram deixadas para trás com 2.609 quilômetros. Restam agora, 1.506 quilômetros até a chegada de volta ao ponto de partida, Goiânia, GO, no sábado, dia 03. José Silmar Nogueira e Alyson Antunes tiveram problemas, desta vez foi a bomba de combustível do Sherpa #320, no Km 338 da especial cronometrada e não conseguiram finalizar a etapa no tempo previsto.
Franciosi em terceiro
Chance de alívio pela resistência a um castigo duríssimo. Assim os gaúchos João Franciosi, natural de Casca, mas radicado em Luís Eduardo Magalhães (BA), e Rafael Capoani, de Caxias do Sul, enxergam a sequência de provas que se abre nas três etapas restantes do Rally dos Sertões, a começar pelos 666 quilômetros, com 333 cronometrados, de Palmas (TO) a Minaçu (GO), na quinta-feira (1), após encarar cerca de 7 horas de uma das mais longas etapas da história da competição, nesta quarta (31). A dupla da Dague Paia Rally Team (FMC / Maxum – Case IH / Petronas Syntium / Mitsubishi) cumpriu a prova com o 3o melhor tempo da classificação geral e ampliou a vantagem na liderança da categoria Protótipo-T1 (PT1).
Foram 5h33m26s só de uma especial suportada em ambiente hostil: nos areiões inclementes do deserto do Jalapão, que engolem o carro e só o devolvem quicando sobre a suspensão, e sob um calor de mais de 50oC no interior do cockpit. Para Franciosi em particular, o teste foi ainda mais severo. O piloto passou 120 dias do ano se recuperando de três cirurgias no joelho esquerdo e uma infecção generalizada. Até um mês atrás ainda recebia antibióticos intravenosos e deixou a medicação oral há menos de duas semanas.









