A seca na maior parte das regiões acompanhadas pelo Cepea limitou a colheita da mandioca na última semana, apesar do interesse de produtores em manter os trabalhos de campo. As fecularias, por sua vez, estão com estoques altos e com o mercado sem movimento, o que motivou o menor interesse pela matéria-prima. Na indústria de farinha, o cenário foi semelhante, inclusive com interrupção do processamento em algumas unidades. Além disso, os baixos preços dos derivados, especialmente da fécula, também têm pressionado as cotações da raiz. Neste cenário de menor demanda, a mandioca se manteve desvalorizada.
Entre 10 e 14 de fevereiro, o preço médio a prazo da tonelada posta fecularia foi de R$ 379,71 recuou de 5,2% frente à semana anterior. Em quatro semanas, a queda acumulada foi de 25%. Mesmo com as significativas baixas recentes, a média desta semana ainda supera em 5,3% à de igual período do ano passado e em 57,2% à da mesma semana de 2012 em termos reais (deflacionamento pelo IGP-DI de janeiro/14). Assim, de acordo com pesquisadores do Cepea, é possível que os preços registrem novas quedas.
No supermercado, esta semana, observei clientes comprando farinha de mandioca a R$3,50 por quilo, enquanto o arroz de boa qualidade não passa de R$2,00 o quilo. A farinha de mandioca sempre foi alimento da classe menos favorecida e não deveria custar mais que o arroz. No País, faltam órgãos reguladores da produção e corporações de produtores.






