Sacanagem: bandeira vermelha custou, até agosto, R$3,5 bilhões ao consumidor

Até agosto, os consumidores pagaram R$ 3,5 bilhões a mais nas contas de luz referente à cobrança das bandeiras tarifárias. Nesta 6ª feira (26.out.2018), a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) informará qual nível será acionado em novembro.

Por conta da estiagem e do baixo nível dos reservatórios das hidrelétricas, a agência reguladora mantém o patamar mais caro, a bandeira vermelha 2, desde junho. Na prática, os consumidores pagam uma taxa adicional de R$ 5 a cada 100 kWh consumidos.

A estimativa da TR Soluções (empresa de tecnologia especializada em tarifas de energia) e da comercializadora Electra é de que a bandeira permanecerá vermelha patamar 2. Já a Thymos, consultoria especializada no setor elétrico, aposta na mudança para patamar 1, que representaria redução da taxa para R$ 3 a cada 100 kWh.

Segundo dados da agência reguladora, os consumidores já pagaram R$ 27,9 bilhões desde 2015, quando o sistema de bandeiras tarifárias foi instituído.

Deficit

Os recursos pagos pelos consumidores vão para a conta bandeira. Para então, serem repassados às distribuidoras de energia para compensar o custo extra da produção de energia no período.

Apesar do desembolso bilionário, o montante arrecadado não foi suficiente pra cobrir todas as despesas para gerar energia. O saldo negativo na conta da bandeira chegou a R$ 2,5 bilhões. Pelos cálculos da agência e de agentes do setor elétrico, a conta equilibrará em meados de 2019.

Entenda as bandeiras tarifárias

As cores das modalidades –verde, amarela ou vermelha– indicam se haverá ou não acréscimo a ser repassado ao consumidor final. O objetivo das bandeiras tarifárias é sinalizar o custo real da geração de energia elétrica.

Por conta da estiagem e baixa nos reservatórios, as hidrelétricas não geram a quantidade de energia estabelecida nos contratos. Para suprir a demanda do país, é necessário despachar usinas termelétricas, que custam mais caro.

Para o acionamento das bandeiras, são considerados o custo de geração térmica mais cara, a expectativa de chuvas e o nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas.

Veja a carga e os índices de cada geração, agora, às 13:24, deste dia 26.

Carga: 73.297,2 MW

Exportação:0,0 MW


Ger. Eólica: 4.565,0 MW

Ger. Hidráulica: 56.815,4 MW

Ger. Térmica: 9.013,3 MW

Ger. Nuclear: 1.942,0 MW

Ger. Solar: 910,9 MW

Importação: 50,7 MW

 

Confirmado: nova habilitação custará quase 40% mais caro.

Com a obrigatoriedade das cinco aulas com o simulador de direção, os alunos poderão pagar até 37,5% mais caro em relação aos preços do ano passado. Os custos que as autoescolas terão com os fornecedores dos equipamentos e com a nova infraestrutura para dar as aulas serão repassados para os futuros condutores.

— As empresas vendem o equipamento, que custa de R$ 35 mil a R$ 40 mil, e ainda cobram R$ 2 mil de manutenção por mês. Outras o alugam por R$ 19 por aula. E as autoescolas ainda têm que pagar seus instrutores. Do jornal Extra.

Sem fiscalização, câmaras podem custar até R$15 bilhões em 2013.

As câmaras municipais, apesar de próximas fisicamente dos moradores, são o Poder menos transparente, o mais vulnerável à corrupção, o que menos presta contas aos eleitores e um dos mais caros aos cofres públicos. O custo dos legislativos nos 5.565 municípios brasileiros ficou em quase R$ 10 bilhões (R$ 9,5 bilhões) em 2011, considerando apenas as despesas declaradas. É o equivalente a cinco orçamentos anuais do Ministério da Cultura.

E este custo anual poderá ultrapassar os R$ 15 bilhões em 2013, quando um contingente maior de vereadores entrará em cena, e com salários maiores que os atuais — dinheiro suficiente para pagar por quase um ano os 13 milhões de benefícios do Bolsa Família (R$ 19 bilhões). Na eleição de outubro, 432.867 candidatos disputam as 57.434 vagas de vereadores. O número de vagas cresceu mais de 10% em relação a 2008 (52.008 vereadores) por força da aprovação de uma emenda constitucional, cuja validade se aplica agora.

Miniaturas do Congresso, os legislativos municipais, além de custar caro aos bolsos dos contribuintes e de ter pouca transparência, na maioria das vezes serve apenas para dizer amém aos planos traçados pelos prefeitos.Fiscalizar os atos do Executivo, que seria a principal tarefa de uma câmara municipal, está apenas na carta de boas intenções. Na maioria das cidades, os vereadores são cooptados pelo poder local e fazem vista grossa aos atos e omissões do chefe da prefeitura. Do jornal O Globo.

Funcionários públicos custam, em nove anos, o dobro aos cofres da Nação

Deu no Globo:

Os funcionários do Executivo federal passaram a custar mais que o dobro à União desde que o PT chegou ao Palácio do Planalto, em 2003. A despesa média por servidor do governo cresceu mais de 120% entre 2003 e 2011, contra uma inflação em torno de 52% no mesmo período. Com a promessa de corrigir distorções históricas na remuneração dos três Poderes, o ex-presidente Lula implementou, em seu segundo mandato, uma política de valorização do funcionalismo. Com ela, os servidores do Executivo tiveram evolução salarial maior que os do Legislativo e do Judiciário. Segundo o Ministério do Planejamento, apenas entre 2008 e 2010, o impacto dos reajustes dados somente aos servidores civis do Executivo foi de R$ 35,2 bilhões.

São esses números que sustentam a determinação da presidente Dilma Rousseff de não ceder às pressões dos servidores grevistas. Até agora, apesar de a mesa de negociação estar aberta, só foi apresentada uma contraproposta aos professores das universidades federais. Dezenas de outras categorias do serviço público estão paralisadas, mas a ordem da presidente e da equipe econômica é manter o rigor fiscal exigido pela gravidade da crise financeira internacional.

E a transposição? Só depois da Copa, se Deus quiser.

Enquanto a seca mata e destrói no Nordeste, nas obras de transposição do rio São Francisco o que marcha mais rápido é o pagamento. Os trabalhos deveriam estar concluídos neste ano; mas só 36% foram realizados. O custo total, que chegaria a R$ 4,6 bilhões, já está em R$ 8,2 bilhões. A entrega foi adiada para 2015.