Rui destaca propostas e ações realizadas em debate

“Vou continuar no meu estilo, do meu jeito, que é apresentando propostas. Graças a Deus, temos muito trabalho para mostrar e isso nos dá credibilidade para apresentar novas ideias para a Bahia”. A declaração é do candidato à reeleição para o governo da Bahia, Rui Costa, após o término do debate da Band, já na madrugada desta sexta-feira (17). Propositivo nos cinco blocos do programa, o governador lamentou que os candidatos tenham adotado uma postura agressiva, frustrando a expectativa dos eleitores baianos.

“A população percebe quem tem conteúdo para apresentar e quem participa apenas para agredir e ofender. O povo não suporta mais tanto ódio na política, mas tem quem prefira continuar fazendo a velha política”, acrescentou Rui Costa, que destacou suas principais ações ao longo deste primeiro mandato. “Eu tenho tanta coisa pra mostrar que teve candidato reclamando que eu tava fazendo propaganda no debate. Enquanto isso, teve candidato que não conseguiu apresentar nada que tenha feito em sua carreira política”, lamentou Rui.

Educação

No primeiro bloco do debate da Band, a pergunta escolhida pelos telespectadores abordou a temática Educação, com reflexos na Segurança Pública. Prioridade maior nos quatro anos da primeira gestão do candidato à reeleição, Rui iniciou a resposta ressaltando o programa Educação para Transformar, eixo condutor das ações durante os quatro anos.

Rui destacou como foi importante a formação, para ele e milhares de pessoas que conseguiram mudar de vida. Citou a Educação Profissional como prioridade de gestão, tendo capacitado mais de 140 mil jovens nos últimos quatro anos. Também o programa Primeiro Emprego, que beneficia egressos e estudantes da educação profissional e tecnológica, com melhores resultados. De dezembro de 2016 a julho de 2018, foram selecionados 6.350 jovens para postos em Salvador e em municípios do interior. O Mais Futuro, que já beneficiou 7.405 estudantes com auxílio permanência, investindo (até junho/2018) mais de r$ 23,5 milhões.

Ainda, o Partiu Estágio, que já contratou mais de 7 mil estudantes, em 116 municípios baianos. Na conclusão, o candidato falou sobre o projeto Escolas Culturais, que integra o programa Educar para Transformar e objetiva promover o protagonismo estudantil, além de reconhecer e requalificar a escola como um espaço de circulação e produção da diversidade cultural do Território de Identidade onde está inserida. As atividades envolvem as áreas de dança, música, audiovisual e literatura e já foram implementadas em 15 cidades.

Eficiência na gestão

Rigor com a coisa pública foi o diferencial destacado por Rui Costa quando elencou as ações da gestão nos últimos quatro anos, com uma nova forma de fazer política, de fazer gestão. Rui também ressaltou a importância de ações, nos últimos quatro anos, como a construção do Hospital Geral do Estado 2 (HGE 2) com 161 leitos, sendo 52 destes de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Unidade referência no atendimento a queimados e urgências de cirurgia geral, traumato-ortopedia, cirurgia oftalmológica (proveniente de trauma), cirurgia plástica reparadora, cirurgia torácica, cirurgia buco-maxilo facial e cirurgia de coluna.

Também os sete novos hospitais, as 19 policlínicas até o final deste ano e mais de 16 mil procedimentos pelo Mutirão de Cirurgias. Uma amostra das ações realizadas na área da saúde, entre 2015 e 2018, cujo investimento ultrapassou R$ 20 bilhões em obras, serviços e recursos humanos. As unidades construídas em Feira de Santana, o Hospital da Mulher, que recebeu R$ 36 milhões em investimento, e a UPA daquele município, também obra da última gestão, foram referência especial do candidato à reeleição.

Correria pela Bahia

Depois do debate, realizado no primeiro dia de campanha oficial, o candidato à reeleição segue em caravana para 16 municípios, começando por Jacobina nesta sexta, onde chega às 10h. Até o domingo, ele terá percorrido outras 15 cidades em menos de três dias. O objetivo de Rui é ir à cerca de 120 cidades durante o período de campanha, passando pelos 27 territórios de identidade. Foto: Ulisses Dumas/ Divulgação

Um debate político na TV entre compadres, evitando Ciro Gomes

Ainda sobre o debate de ontem, na TV, quando vários candidatos trocaram perguntas amenas entre si, evitando o candidato Ciro Gomes.

Guilherme Boulos:

“Boa noite a todas e todos. Boa noite ao ex-presidente Lula que deveria tá aqui mas está preso em Curitiba enquanto Temer está solto em Brasília.”

Logo a seguir, acrescentou:

“Aqui tem 50 tons de Temer” 

Deputado Francischini:

Delegado de Polícia e correligionário de Bolsonaro, o Deputado fez um comentário nas redes sociais que mostra bem a hidrofobia que afeta a extrema-direita:

“Boulos disse que não tem rabo preso. Claro, no PSOL o rabo é solto”.

Jota Camelo, humorista:

“Se somarmos a intenção de voto de todos os candidatos do debate da Band, não chega à metade da intenção de voto do Lula.”

Estadão:

O jornal O Estado de São Paulo classificou o debate morno. E acrescentou: 

“Sem presença de candidato do PT, Jair Bolsonaro é poupado de ataques e Geraldo Alckmin vira alvo de provocações de rivais.”

O encontro entre os presidenciáveis, que durou cerca de 3 horas, transcorreu em temperatura morna. A expectativa de que o candidato do PSL, Jair Bolsonaro, fosse o principal alvo de questionamentos dos adversários não se confirmou. Dono da maior coalizão partidária, o tucano Geraldo Alckmin enfrentou provocações dos rivais. 

Bolsonaro lidera as pesquisas de intenção de voto nos cenários sem a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso na Operação Lava Jato. Lula foi oficializado como candidato do PT no fim de semana passada. A defesa do petista tentou garantir sua presença no debate, mas os pedidos foram negados pela Justiça.

Folha de São Paulo:

“Em um primeiro debate morno, promovido pela Bandeirantes, os candidatos à Presidência evitaram, com algumas exceções, ataques diretos e trazer temas polêmicos à tona na noite desta quinta (9).

Presidenciáveis como Geraldo Alckmin (PSDB) e Ciro Gomes (PDT) não foram confrontados com seus pontos fracos, como o escândalo da Dersa, no caso do ex-governador de São Paulo, ou o temperamento explosivo do ex-governador do Ceará.”

O Globo:

“O jornal O Globo destacou a participação de Alckmin, o candidato do Sr. Mercado:” O tucano foi o mais acionado pelos outros candidatos, mas nada de modo mais incisivo. Alckmin mostrou mais uma vez por que recebeu o apelido de picolé de chuchu, com um discurso técnico, que se por um lado não empolga o eleitor, por outro passa a imagem de um tecnocrata disposto a tocar um governo. Seu principal ponto fraco, como previsto, foi a aliança com o centrão — que, por outro lado, vai lhe garantir o maior tempo de TV e pode ajudar muito lá na frente.”

Bolsonaro:

O candidato, em suas palavras finais, abominou o comunismo, uma vertente política que já foi abandonada há mais de 30 anos e não sobrevive na Rússia, na China e até mesmo em Cuba. Hoje os russos estão ajudando políticos de extrema-direita, como Donald Trump, a se eleger. O comunismo se preserva apenas na cabeça de alguns ignorantes, os quais tem dificuldades para ler jornais até o final da matéria:

“Só tem um nome que pode fazer a diferença, ele é o de Jair Bolsonaro. Não admitirei ideologia de gênero. Deixarei o comunismo e o socialismo para trás, sepultarei o Foro de São Paulo. Brasil acima de tudo, Deus acima de todos”

José Simão, humorista:

“Quem ganhou o debate? Quem foi dormir mais cedo!”

José Roberto de Toledo, jornalista:

“- Cabo Daciolo faz de Bolsonaro um cara moderado

– Meirelles deixa Alckmin excitante

– Moro é o Posto Ipiranga do Álvaro Dias

– Ciro é o debatedor a ser evitado

– Boulos é candidato a frasista

– Marina? Sei lá, mil coisas”