A camisa polo de Marco Aurélio foi o destaque da sessão virtual.
De Reinaldo Azevedo
Por 9 a zero — a unanimidade dos presentes —, o presidente Jair Bolsonaro sofreu, até agora, a sua mais importante derrota votada pelo pleno no Supremo em tempos de coronavírus, notando que três decisões individuais já tinham ido na contramão do seu achismo: uma de Marco Aurélio, uma de Roberto Barroso e outra de Alexandre de Moraes.
Com o resultado da votação nesta quarta, está decidido na prática: Bolsonaro não tem competência para baixar um decreto tornando sem efeito decisões tomadas por governadores e prefeitos sobre o que pode e o que não pode funcionar em tempos de distanciamento social.
Desta feita, só não votaram contra a pretensão do Planalto Celso de Mello e Barroso. Não porque discordem dos outros nove: o primeiro não participou da sessão virtual, feita a distância, por motivos de saúde, e o segundo porque se declarou impedido.
Dados votos anteriores da dupla, pode-se estimar que teria havido uma unanimidade de 11 a zero contra a vontade presidencial se tivessem votado.