As perdas na lavoura podem chegar a R$27 bilhões só na soja

A redução da safra estimada de soja no País, de 20% dos 115 milhões de toneladas esperados no início do plantio, pode significar uma perda de R$27 bilhões a nível de produtor, sem considerar o valor agregado com a transformação do produto e fretes de exportação e de distribuição no mercado interno.

A estimativa especula sobre um deficit de 383 milhões de sacas, estimadas em R$70,00 na boca da colhedeira. Já tivemos anos piores, com perdas de até 60% nos estados do Sul e no Oeste da Bahia, só para dar mais exemplos.

Mas agora a perspectiva de frustração é genérica, atinge todo os estados produtores do País.

Também parece óbvio que a frustração da soja permite uma leitura semelhante da safra de milho, de feijão e de outros grãos, bem como de frutas e da pluma de algodão.

Com a redução da safra, frustam-se também a indústria de insumos e de manufatura de máquinas e implementos.

Com a economia andando aos trancos, a perspectivas de 2019 não são melhores do que aquelas de quando se iniciou o ano de 2018.

Plantio de soja está atrasado, por falta de chuvas, em todo o Centro Oeste.

Os altos custos da semente não permitem aventuras de plantar com a terra seca.

A falta de chuvas atrapalhou os planos dos produtores de toda a grande região do Centro Oeste.

O plantio de soja está em ritmo lento nas principais regiões produtoras. Até agora, pouco mais de 10% da área estimada já foi semeada no país, enquanto no mesmo período do ano passado o índice estava em 17%.

Em Mato Grosso, principal estado produtor do grão, o cenário não é diferente, apenas 14% da área já foi plantada, enquanto em 2016, na mesma época, o volume semeado ultrapassava a casa dos 31%.

A janela ideal de plantio no Oeste baiano é de 15 de novembro a 15 de dezembro. E não devera ser aproveitada se as chuvas vierem só no final do ano. Resta aos produtores evitarem os cultivares precoces e plantar apenas variedades de ciclo longo para que permitam enchimento dos grãos no final de março.

Água, assunto que deve interessar a todos

Rios do Oeste: beleza e fragilidade sem par.
Rios do Oeste: beleza e fragilidade sem par.

Crise hídrica do cacete: a Sabesp está a quatro meses sugando o volume morto, e nada! O bom humor é do Tutty Vasquez, no Estadão. A par da piada, o que está acontecendo na grande São Paulo é trágico. Mesmo que chova bem neste verão, a Metrópole ainda sofre riscos de ficar absolutamente sem água na seca de 2015. Sem investimentos da ordem de R$8 bilhões e uma radical mudança de mentalidade no consumidor, a catástrofe de viver sem água pode acontecer num futuro próximo. Aproveitamento de água da chuva em prédios e residências, utilização de água de reuso para atividades industriais, diminuição de vazamentos na distribuição e redução crucial de consumo são ações eletivas que devem ser empregadas de pronto.

Que o exemplo sirva para o Oeste baiano, onde se desperdiça água do aquífero Urucuia e dos rios das bacias do Grande e do Corrente, apesar de duas temporadas de verão com pouquíssima chuva. E ainda se corre o risco de contaminação do lençol freático profundo com a possibilidade de extração do gás de xisto, através do método de fratura do solo.

Sem a reconstituição das cabeceiras dos nossos rios e veredas, como o córrego dos Cachorros e Janeiro, Fêmeas, Éguas, Corrente, Preto, Branco, Cariranha, contribuintes do Grande e do combalido São Francisco, estamos no caminho da desertificação.

“Os pivôs centrais tiram água num volume muito grande do aquífero. Mas a gente não quantificou isso para dizer que é excessivo. O fato de ter desmatamento, o fato de ter ocupação das margens dos rios da diminuição das matas ciliares isso também tem reflexo grande”, fala Joana Luz, professora da Universidade Federal da Bahia.

Aqui também precisamos mudar de mentalidade: agricultores precisam se tornar produtores e guardadores de água e devem ser remunerados por isso, como já acontece em outras regiões do País. “O mau uso do solo, ou a impermeabilização do solo, ou o uso de contaminantes seja na agricultura ou na área urbana acaba trazendo um risco para os rios do cerrado, tanto pra qualidade da água quanto para quantidade da água”, diz o hidrologista da Embrapa Cerrados, Jorge Enoch.

O Produtor de Água é uma iniciativa da ANA – Agência Nacional de Águas que tem como objetivo a redução da erosão e assoreamento dos mananciais nas áreas rurais. O programa, de adesão voluntária, prevê o apoio técnico e financeiro à execução de ações de conservação da água e do solo, como, por exemplo, a construção de terraços e bacias de infiltração, a readequação de estradas vicinais, a recuperação e proteção de nascentes, o reflorestamento de áreas de proteção permanente e reserva legal, o saneamento ambiental, etc. Prevê também o pagamento de incentivos (ou uma espécie de compensação financeira) aos produtores rurais que, comprovadamente contribuem para a proteção e recuperação de mananciais, gerando benefícios para a bacia e a população.

A concessão dos incentivos ocorre somente após a implantação, parcial ou total, das ações e práticas conservacionistas previamente contratadas e os valores a serem pagos são calculados de acordo com os resultados: abatimento da erosão e da sedimentação, redução da poluição difusa e aumento da infiltração de água no solo.

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Ministério Público dá 10 dias para Alckmin começar racionamento em SP

O governador Geraldo Alckmin durante anúncio de ampliação do Programa PURA (Programa de Uso Racional de Água). Data: 10/02/2014. Local: Osasco/SP.  Foto: Edson Lopes Jr/A2 FOTOGRAFIA
O governador Geraldo Alckmin durante anúncio de ampliação do Programa PURA (Programa de Uso Racional de Água). Data: 10/02/2014. Local: Osasco/SP.
Foto: Edson Lopes Jr/A2 Fotografia

Baseado num estudo de pesquisadores da Unicamp que indica que o chamado ‘volume morto’ do Sistema Cantareira pode secar totalmente em menos de 100 dias, o Ministério Público Federal de São Paulo (MPF-SP) emitiu parecer nesta segunda-feira (28) recomendando que o governador Geraldo Alckmin (PSDB) implemente imediatamente um racionamento emergencial de água na região metropolitana.

O objetivo da recomendação, segundo o MPF, é evitar um colapso do conjunto de reservatórios que abastece 45% da região metropolitana da capital.

A recomendação faz parte de um inquérito civil público aberto pela instituição para apurar a crise hídrica no Estado. O MPF justifica a interferência dizendo que, embora a Sabesp seja uma empresa de capital misto cujo maior acionista é o governo de São Paulo, o órgão tem atribuição para atuar no caso porque os recursos hídricos do Sistema Cantareira pertencem à União, que concede o uso para a companhia paulista. Do Portal Terra.

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