Foto de José Cruz – Conteúdo de André Richter, da Agência Brasil
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Moro vai sangrar um longo tempo antes de desmoronar
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Sintomática a afirmação neste sábado de Bolsonaro. O Presidente disse que confiava 100% em Sérgio Moro. Mas que não esquecia os ensinamentos de seus pais: “Confie apenas no seu pai e na sua mãe”.
Bolsonaro está medindo os desmoronamentos. E vai sair de bandinha quando a catástrofe ameaçar o Planalto.
Como afirma Luís Nassif, o momento da condenação em 2º Grau e o veto ao habeas corpus concedido por um desembargador de plantão no TRF-4 serão os pontos culminantes dessa trajetória de Moro. Sem prejuízo do capítulo dos diálogos gravados, que ainda devem chegar na próxima semana.

Agência Publica denuncia assédio e ataque a jornalistas no Congresso

Por Natalia Viana, codiretora da Agência Pública
Na última terça-feira, um debate que deveria ser sobre o combate às notícias falsas na Câmara dos Deputados virou uma arena de ataque aos jornalistas. O objetivo era que a discussão sobre “Fake News” norteasse os deputados, autores de nada menos que 19 projetos que pretendem criminalizar quem cria desinformação. Mas não.
Um dos palestrantes, ligado ao MBL, foi convidado para a mesa apesar de ter sido penalizado pelo Facebook por compartilhar boatos de que a vereadora assassinada Marielle Franco era associada ao tráfico de drogas.
Pior: a sua página, Ceticismo Político, era mantida por um perfil falso, o que viola as regras da rede social e levou ao seu encerramento. Mas nada disso abalou Carlos Augusto de Morais Afonso, que usou a oportunidade para atacar as organizações de fact-checking Agência Lupa e Aos Fatos, fundadas por jornalistas mulheres.
Ambas fecharam parceria com o Facebook para checar as postagens denunciadas por usuários como suspeitas, avaliando se são falsas ou não.
Carlos Augusto se sentiu suficientemente à vontade para expor os resultados de um “dossiê” que preparou, vasculhando postagens pessoais de membros das duas organizações e também da Agência Pública, algumas de até 4 anos atrás, como prova de que seriam de “extrema esquerda” e, portanto, indignos de fazer fact-checking. Ou seja, expondo e atacando jornalistas por fazer jornalismo.
Trata-se de mais um capítulo em uma campanha arquitetada por membros do MBL e aliados, que se chama “Internet Livre” mas poderia ser chamada de “Campanha pelo direito de mentir no Facebook” ou “Campanha em prol das Fake News”.
Infelizmente, nossos nobres representantes parecem ter dado ouvidos a essa loucura. O pastor Takayama, do PSC, gastou 15 minutos atacando a jornalista Helena Borges, da Revista Época – segundo ele, uma “revista de esquerda” – e dizendo que sua reportagem O Exército de Pinóquios, sobre produtores de desinformação, tinha apenas a finalidade de desacreditá-lo, por ser ele cristão.
O deputado Ivan Valente, do PSOL, lembrou que a imprensa tradicional sempre espalhou mentiras, mas que os boatos chegaram a outro patamar; e encerrou com a pensata: “afinal, quem checa os checadores?” Uma frase que poderia ser traduzida em: “afinal, quem vai monitorar os jornalistas”?
Mas não acabou por aí. Carlos Augusto levou a tiracolo uma turma de jovenzinhos portando celulares e laptops enfeitados com adesivos do MBL, gravando atentamente tudo o que se passava.
Na saída, uma dessas jovenzinhas veio correndo atrás de mim, celular em riste, me chamando pelo meu nome ao longo de dois andares. Exigia que eu me explicasse por uma reportagem que fiz em maio do ano passado sobre a Venezuela. Que, ironicamente, conclui que numa sociedade polarizada, dizer a verdade é considerado uma traição.
No dia seguinte, o Câmara dos Deputados lançou uma Frente Parlamentar pelo Combate às Fake News, com 218 deputados e 11 senadores.
A julgar pelo que eu presenciei na casa do povo, corremos o risco de que ela se torne palco de uma verdadeira inquisição contra jornalistas.
Dilma fará denúncias no Exterior sobre a situação política do Brasil.

A ex-presidente Dilma Rousseff vai à Espanha e ao EUA para denunciar o Estado de Exceção no Brasil e a prisão política de Lula. Ela vai proferir palestras em universidades e instituições acadêmicas para falar da crise política e dos riscos à democracia brasileira.
A opinião pública europeia e norte-americana precisa mesmo saber como foi dado o golpe no Brasil, com o parlamento, com as forças de segurança, “com o Supremo, com tudo”. Mas isso de pouco vai adiantar: quem mais ganhou com o golpe foram as multinacionais do petróleo, da construção pesada, da indústria manufatureira e do agronegócio.
Voltamos a ser a colônia agrícola que em 1930 dependia da renda do café, hoje substituído pela soja. Os Estados Unidos, primeira economia do mundo, continua sua marcha para acabar de vez com a ideia dos BRICs, a união comercial entre Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Estamos cada vez mais dependentes do acordo de Bretton Woods (1944), vendendo e comprando em dólar, e cada vez mais afastados do grande consórcio de estados que negociariam em moeda própria, o Bric.
Oziel torrou quase R$12 milhões em aluguéis e locação de bens móveis em 2017

Segundo os vereadores Kenni Henke e Filipe Fernandes, que se basearam em documentos do TCM, o prefeito Oziel Oliveira precisa justificar alguns gastos exorbitantes com aluguel, favorecimento de contratos com parentes, amigos e correligionários e outros pontos muito duvidosos da aplicação das receitas do Município.
Locação de Imóveis
O valor da locação de imóveis é um susto para o leigo que vê os números pela primeira vez. O Governo Municipal gastou este ano, sem prejuízo de eventuais novas contratações em dezembro, a insignificância de R$3.358.043,00 (três milhões e trezentos e cinquenta mil e quarenta e três reais). A maioria das locações são de galpões, como aqueles quatro da administração central.
Pelo CUB-Custo Unitário Básico de Construção, do Sinduscon-BA, para galpões, atualmente no valor de R$687,15, o Governo Municipal poderia ter construído, com o dinheiro pago em aluguéis, exatos 4.486 metros ou um prédio de 50 metros x 97 metros, quase meia hectare de construção.
Se contabilizado o valor do CUB de construção de residências populares, no valor atual de 1.275,01, com paredes internas, aberturas, forros, (em detrimento das divisórias de aglomerado que a prefeitura usa hoje em dia) podia ter construído 2.633 m² de amplos gabinetes para apascentar a burocracia oficial. Ou um prédio de 40 x 65 metros.
Pior: em primeiro de janeiro tudo começa de novo, com o pagamento diário de R$9.200,00 de aluguéis, incluindo aí sábados, domingos, feriados e o tal recesso dos funcionários.
Outro susto nas locações
Salvo erro a menor, a Prefeitura Municipal de Luís Eduardo Magalhães contratou, em 2017, R$8.392.101,00, desprezados os centavos, de bens móveis, incluindo aí máquinas, computadores, impressoras e outros equipamentos. O valor igual à aquisição de 215 carros populares ou uma poderosa patrulha de máquinas rodoviárias e de uso em ruas e avenidas. Não estão contabilizados aqui a prestação de serviços do recolhimento do lixo, por exemplo, os ônibus escolares terceirizados e os carros particulares locados, que o prefeito Oziel Oliveira teima em não identificar para o efetivo controle da população e dos contribuintes. Nem o consumo de combustível destes equipamentos terceirizados.
Saúde, uma cifra astronômica
Se locações de bens imóveis e de bens móveis são alentadas, a saúde terceirizada do Município consome uma cifra astronômica: são R$26.265.968,00 de médicos terceirizados, clínicas particulares, hospitais especializados ou não, clínicas de imagem, clínicas odontológicas, laboratórios de análises clínicas.
Não estão inclusas aqui as despesas do corpo médico próprio, enfermeiros e servidores contratados na área da saúde, para servir os Postos de Saúde, a UPA, a Policlínica e o atendimento de média e alta complexidade feito pelo Hospital do Oeste, que recebe uma contribuição do Município pelos serviços prestados.
Tudo está certo quando soubemos que a intenção pode ser o de prestar o melhor serviço. Mas tudo se desanuvia quando se vê que um médico, por coincidência sobrinho do Prefeito e irmão da Secretária de Governo, assinou dois contratos que somam R$925.500,00, o que forma um salário de R$77.125 mensais ou R$2.570,00 por dia.
E as finanças definitivamente não fecham quando Oziel diz, no Plano Plurianual, que vai usar pouco mais de R$200 mil para tirar o lixão de zona urbana da cidade.
Advogado acusa amigo de Moro de intervir em acordos de delação

A imprensa do centro do País reproduziu com insistência neste domingo uma grave acusação contra o juiz Sérgio Fernando Moro e o advogado trabalhista Carlos Zucolotto Jr., amigo do magistrado há muito tempo, colega de sua esposa em um escritório de advocacia e seu padrinho de casamento. A denúncia original é de Mônica Bergamo, colunista da Folha, e foi repercutida em toda a imprensa e nas mídias sociais. Veja o texto da revista Veja em seu portal na web:
O advogado Rodrigo Tacla Duran, que trabalhou para a Odebrecht de 2011 a 2016, acusa o advogado trabalhista Carlos Zucolotto Junior de intermediar negociações paralelas dele com a força-tarefa da Operação Lava Jato. Zucolotto é amigo e padrinho de casamento do juiz Sergio Moro e foi sócio de um escritório com Rosangela Moro, mulher do juiz.
O advogado é também defensor do procurador Carlos Fernando dos Santos Lima em ação trabalhista que corre no STJ (Superior Tribunal de Justiça). De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, as conversas de Zucolotto com Tacla Duran envolveriam abrandamento de pena e diminuição da multa que o ex-advogado da Odebrecht deveria pagar em um acordo de delação premiada.
Em troca, segundo Duran, Zucolotto seria pago por meio de caixa dois. O dinheiro serviria para “cuidar” das pessoas que o ajudariam na negociação, segundo correspondência entre os dois que o ex-advogado da Odebrecht diz ter em seus arquivos.

Zucolotto nega as acusações. Os procuradores citados por Tacla Duran afirmam que nem sequer conhecem o advogado amigo de Moro. O juiz Sergio Moro se pronunciou, por meio de uma nota, sobre a reportagem da Folha de S. Paulo:
“Sobre a matéria ‘Advogado acusa amigo de Moro de intervir em acordo’ escrita pela jornalista Mônica Bergamo e publicada em 27/08/2017 pelo Jornal Folha de São Paulo, informo o que segue:
– o advogado Carlos Zucoloto Jr. é advogado sério e competente, atua na área trabalhista e não atua na área criminal;
– o relato de que o advogado em questão teria tratado com o acusado foragido Rodrigo Tacla Duran sobre acordo de colaboração premiada é absolutamente falso;
– nenhum dos membros do Ministério Público Federal da Força Tarefa em Curitiba confirmou qualquer contato do referido advogado sobre o referido assunto ou sobre qualquer outro porque de fato não ocorreu qualquer contato;
– Rodrigo Tacla Duran não apresentou à jornalista responsável pela matéria qualquer prova de suas inverídicas afirmações e o seu relato não encontra apoio em nenhuma outra fonte;
– Rodrigo Tacla Duran é acusado de lavagem de dinheiro de milhões de dólares e teve a sua prisão preventiva decretada por este julgador, tendo se refugiado na Espanha para fugir da ação da Justiça;
– o advogado Carlos Zucoloto Jr. é meu amigo pessoal e lamento que o seu nome seja utilizado por um acusado foragido e em uma matéria jornalística irresponsável para denegrir-me; e
– lamenta-se o crédito dado pela jornalista ao relato falso de um acusado foragido, tendo ela sido alertada da falsidade por todas as pessoas citadas na matéria.
Curitiba, 27 de agosto de 2017.
Sergio Fernando Moro
Juiz Federal”
Negromonte sofre com a sua amada imprensa
O colunista Josias de Souza está atirando com obus de 105 mm no ex-ministro Mário Negromonte, postulante a uma vaga no Tribunal de Contas dos Municípios. São conhecidas as posições de Josias contra o PT e a sua base. No entanto, suas afirmações calaram fundo na política baiana, neste momento em regime pré-apocalíptico de campanha eleitoral, onde poucos se salvarão.
Veja parte da nota de Josias:
“A revista Veja obteve os registros de entrada no prédio onde funcionava o escritório do doleiro preso Alberto Youssef, em São Paulo. A lista de visitantes inclui cabeças coroadas do Congresso. Entre elas a de Negromonte. Que era identificado na planilha apenas pelos três primeiros nomes: ‘Mário Silvio Mendes’ -sem o Negromonte, seu sobrenome mais conhecido.
Ouvido, o ex-ministro de Dilma disse que não mantinha relações com Youssef. Por uma dessas infelizes coincidências, um de seus irmãos trabalhava no escritório do doleiro. Por outra triste casualidade, o PP de Negromonte patrocinara, sob Lula, a nomeação para a diretoria de Abastecimento da Petrobras de Paulo Roberto Costa, encrencado junto com Youssef na Operação Lava Jato, da Polícia Federal.”
Mais um dos Perrella envolvido com a Justiça
O irmão do senador Zezé Perrella (PDT-MG), empresário Alvimar Perrella, foi denunciado pelo Ministério Público Estadual de Minas pelos crimes de formação de quadrilha, corrupção ativa, fraude processual, fraude em licitação, formação de cartel e lavagem de dinheiro.
Proprietário da empresa Stillus Alimentação Ltda., Alvimar é acusado de liderar um esquema de fraudes que abocanhou 32 licitações com o governo de Minas para o fornecimento de quentinhas para presídios do estado. No período de janeiro de 2009 a agosto de 2011, o grupo de empresas ligadas a Stillus Alimentação recebeu R$ 80 milhões em contratos firmados com a Secretaria de Estado de Defesa Social de Minas. Leia mais em O Globo.
Eliana Calmon diz que denúncias sobre TJ-BA nada têm a ver com eleições
Artigo de Myrcia Hessen, para o portal Diário do Poder
A ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Eliana Calmon, denunciou a existência de compra e venda de sentença no Judiciário da Bahia. “Existe”, disse em entrevista à rádio Tudo FM. Ela chegou a assegurar que as denúncias que faz desde 2011 não tem foco eleitoral e garante que, na época, ainda não pensava em candidatura. “Estou me manifestando porque tudo está sub judice, para mostrar que é absolutamente uma leviandade o que está se falando que eu usei isso para fins eleitoreiros”, disse. “Lá atrás, quando não havia nenhuma notícia de eleição, de candidatura, de nada, que eu venho falando sobre os desmandos do Tribunal da Bahia”, completou.
Calmon não deu maiores detalhes sobre o esquema no tribunal, mas sinalizou a existência de uma investigação que envolve um mercado paralelo de sentenças. Segundo ela, esse mal só se corrige “ao longo do tempo e com gestão”. “São crimes que não deixam vestígio. Quando deixam, é muito tênue”, justificou. “Os tribunais são muito rigorosos nessa prova. Nós até brincamos muito dizendo o seguinte: o tribunal quer ver a marca de batom na cueca para achar que houve um adultério. No caso de venda de sentenças, eles querem a confissão do juiz dizendo ‘eu recebi dinheiro para encaminhar sentença’. Então, fica muito difícil”, completou.
Para a ex-corregedora, os Processos Administrativos Disciplinares (PAD) contra o presidente Mário Alberto Hirs e a ex-presidente Telma Britto do TJ-BA já são indícios do fim da impunidade dos “bandidos de toga”. “Eu acho que esse remédio dado pelo CNJ é um recado. Vai mexer um pouco com as estruturas do Tribunal”, disse. Para ela, não há nenhuma surpresa nos processos instaurados porque ela “já vinha avisando” que isso aconteceria. “Não por interferência minha, mas pelo que eu vi”, ressaltou. “Não falei com ninguém, apenas transmiti para o corregedor novo aquilo que eu tinha apurado. Só. Não tive a mínima interferência porque inclusive sou uma mulher muito ocupada. Não tenho tempo de ficar com futrica. Não fiz nada e ele, a partir do que encontrou, apurado por mim, foi à Bahia. Ele não foi leviano de acreditar apenas nos meus relatórios”, concluiu.
Tanto lá, como aqui, a culpada é sempre a imprensa.
O diretor-geral do jornal Le Monde Diplomatique, Silvio Caccia Bava, acredita que os ataques recentes de políticos à imprensa, sob a alegação de ‘distorção dos fatos’, é uma reação natural daqueles que procuram proteger seus cargos políticos. “Eles estão armando a própria defesa, dizendo que não são corruptos, que não pegaram dinheiro público para beneficio próprio. Quem denuncia isso, acaba recebendo o troco”, disse o jornalista ao Portal IMPRENSA, na noite de quarta-feira (31), após evento na Faculdade de Economia de Administração da USP (FEA). Leia mais aqui, aqui , aqui e aqui.




