Vem aí o semestralão dos deputados federais para acabar com a Previdência

Governo oferece R$40 milhões em emendas, R$10 milhões por semestre, a cada deputado que votar a favor da Reforma da Previdência.

É isso que se chama de semestralão?

Multiplique aí a régia gorjeta por 300 deputados, o mínimo que precisará comprar, e chegará a uma cifra que ultrapassará R$12 bilhões. Mais ou menos 10% do orçamento da Educação, que o Governo está cortando e capando com a metáfora maldosa de contingenciamento.

Deputados federais baianos torram as verbas de representação da Câmara

Os deputados federais baianos gastaram, entre janeiro e setembro deste ano, R$ 11,9 milhões com cota parlamentar, utilizada para custear os gastos relacionados ao mandato deles.

Benito Gama, campeão

Em levantamento feito pelo Correio, o deputado Benito Gama (PTB) encabeça a lista dos que mais usaram a verba no período, com R$ 374,1 mil consumidos. O petista Valmir Assunção (R$ 366 mil) e o demista José Carlos Aleluia (R$ 365,1 mil) vêm em seguida.

Completam a lista dos ‘cinco mais’ Arthur Maia (PPS) e Mário Negromonte Jr. (PP), que desembolsaram, respectivamente, R$ 359,7 mil e R$ 352,4 mil.

Assunção, vice-campeão

Levando em conta a média dos nove meses, todos os cinco ultrapassaram o limite mensal de gastos na Bahia, que é de R$ 39,01 mil. As despesas com divulgação do mandato (R$ 3 milhões) e com passagens aéreas (R$ 2,5 milhões) foram as mais usadas.

No primeiro item, Uldurico Júnior (PV) usou R$ 204,6 mil e lidera a lista, seguido por Mário Negromonte Jr. (R$ 200 mil).

Nos bilhetes aéreos, a comunista Alice Portugal foi a que mais desembolsou recursos da cota parlamentar no período, com R$ 111,5 mil, seguida de Valmir Assunção (R$ 106,8 mil).

Terceirização de trabalhadores na pauta do dia da Câmara Federal

Será votado, hoje, na Câmara dos Deputados, o Projeto de Lei 4.302, de 1998, que permite a terceirização de todas as atividades das empresas.

É considerado pelas centrais sindicais pior que o PL 4.330, aprovado anteriormente e agora em tramitação no Senado (PLC 30) – com dificuldade em aprovar esse texto, o governo passou a priorizar o projeto de 1998, apresentado em 19 de março daquele ano. 

Os sindicalistas se mobilizam para estar em peso nesta terça em Brasília. A CUT fala em “ocupar” o Congresso.

A CUT, braço sindical do PT, é contra qualquer proposta patrocinada pelo atual governo.