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Tag: desabrigados
Chuvas obrigam quase 8 mil pessoas a deixarem suas casas no RS.
Chega a 18 o número de municípios que decretaram estado de emergência.
As fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul nesta semana provocaram o deslocamento de quase 8 mil pessoas, que foram obrigadas a deixar suas casas para se abrigar em outro local devido ao risco provocado por enxurradas e alagamentos.

Chega a 121 o número de municípios que registraram algum tipo de ocorrência pelo mau tempo, dos quais 18 decretaram estado de emergência, segundo o balanço mais recente da Defesa Civil gaúcha, divulgado na manhã deste sábado (21). Até o momento, apenas Jaguari, no sudoeste gaúcho, declarou calamidade pública.
De acordo com os dados oficiais, há no momento 1.914 pessoas em abrigos e 6.058 na casa de parentes ou amigos. Uma pessoa está desaparecida, e continua em três o número de mortes provocadas pelos temporais. Há o registro ainda de um ferido.
As forças de segurança estaduais resgataram 731 pessoas e 137 animais até o momento, informou a Defesa Civil. Entre os resgatados, estão os funcionários de um hospital municipal em Paraíso do Sul, na região central do estado, que ficaram isolados após a queda de uma ponte.
Neste fim de semana, o céu se mantém encoberto em parte do estado, incluindo na capital, Porto Alegre, onde há chance de pancadas isoladas, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
Uma frente fria continua a avançar em direção ao sul do Brasil pelo oceano, provocando fortes rajadas de ventos que chegam a 70km/h, sobretudo no litoral do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, de acordo com o Inmet. Não há, contudo, alertas meteorológicos divulgados para a região sul no momento.
Ao menos oito rios do estado encontram-se com nível acima da cota de inundação, alguns com o nível ainda em lenta elevação, como os rios Uruguai e Jacuí.
Alertas
A Defesa Civil gaúcha disponibiliza um serviço de alertas meteorológicos por celular. Para se cadastrar, é preciso enviar o CEP da localidade por SMS para o número 40199. Em seguida, uma confirmação é enviada. Também é possível se cadastrar via aplicativo Whatsapp, enviando uma mensagem para o número (61) 2034-4611 ou clicando aqui.
O governo do RS disponibiliza também outros serviços de informação em tempo real, como o painel que informa a situação das estradas gaúchas.
Tragédia do excesso de chuvas em Minas matou 14, muitos estão desaparecidos e milhares desabrigados.
Subiu para 14 o número de pessoas mortas em decorrência das chuvas em Minas Gerais, segundo a última atualização do Corpo de Bombeiros do estado. Ao menos 16 pessoas seguem desaparecidas o número ainda pode aumentar. No total, 3.375 foram atingidas pelas chuvas, que castigam 36 municípios, especialmente na Região Metropolitana de Belo Horizonte e no leste do estado.
De acordo com a Defesa Civil estadual, até este sábado (25), foram contabilizados 2.554 desalojados e 751 desabrigados. As ocorrências de maior risco são aquelas classificadas pelas autoridades como “risco geológico”, com possibilidade de deslizamentos e soterramentos. Parte das mortes se deu dessa maneira ontem (24), na cidade de Ibirité.
Ainda segundo o órgão, há risco grande de deslizamento em nove cidades da Região Metropolitana de Belo Horizonte: Sabará, Rio Acima, Brumadinho, Contagem, Nova Lima, Betim, Ribeirão das Neves e Ibirité, além da própria capital. Em Belo Horizonte, somente ontem foram registradas 72 ocorrências deste tipo.
O Corpo de Bombeiros afirmou, em entrevista coletiva, na manhã de hoje, que enfrenta dificuldades para atender parte das ocorrências em razão desse tipo de risco. Dois integrantes da corporação chegaram a ficar soterrados, mas foram resgatados, encaminhados ao hospital e para suas casas, sem ferimentos mais graves.
O comandante da instituição no estado, coronel Estevão, ressaltou que os moradores retirados de áreas de risco devem evitar esses locais. “Pedimos atenção especial. As pessoas não devem retornar para os locais demarcados como área de risco pela Defesa Civil e pelos Bombeiros. Em situação de risco geológico é preciso cuidado de toda a população”, assinalou.
Há também possibilidade de alagamento e inundação em pontos de cinco cidades: Belo Horizonte, Nova Lima, Ribeirão das Neves, Santa Luzia e Raposos. Em Belo Horizonte, a Defesa Civil recebeu 54 chamados relacionados a esse tipo de situação.
A prefeitura da capital suspendeu as atividades em escolas municipais em razão das chuvas. A administração também orientou outras unidades educacionais a agir da mesma forma. O início das aulas, previsto para 5 de fevereiro, foi suspenso até nova decisão da administração municipal.
Em Contagem, houve pontos de deslizamento de terras e desabamento de casas. Três pessoas ficaram feridas e foram encaminhadas ao hospital municipal da cidade. Em razão dos riscos, 29 residências foram desocupadas. No total, 240 pessoas estão desabrigadas ou desalojadas. Três abrigos foram montados para acolher famílias nessa situação.
1.105 pessoas estão fora de suas casas por perigo nas barragens da Vale

O risco de ruptura da barragem Sul Superior, em Barão de Cocais (MG), faz com que 457 pessoas estejam fora de suas casas. O dado atualizado, fornecido hoje (28) pela Vale, reafirma a cidade como a mais afetada pelas evacuações que têm sido realizadas em Minas Gerais desde a tragédia de Brumadinho (MG), em 25 de janeiro.
Em todo o estado, estão sem acesso às suas residências 1.105 moradores de cinco municípios: Brumadinho, Nova Lima, Ouro Preto, Rio Preto, além de Barão de Cocais.
Na última terça-feira (25), completaram-se cinco meses do rompimento da barragem da Vale que deixou mais de 200 mortos em Brumadinho. Desde a tragédia, dezenas de estruturas da mineradora em Minas Gerais foram paralisadas, na maioria das vezes por determinações da Justiça, que atendeu pedidos do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) realizados com base em documentos que colocam em questão a segurança das barragens.
Decisões da Agência Nacional de Mineração, da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais e até mesmo da própria Vale também culminaram em interdições de estruturas. Em diversos casos, a interrupção das atividades tem sido acompanhadas pela evacuação de comunidades do entorno. Isso ocorre quando o nível de segurança da estrutura alcança 2 ou 3, índices associados ao risco de rompimento.
Brumadinho contabiliza atualmente 287 pessoas fora de suas casas. Esse número inclui tanto moradores que deixaram seus lares por questões de segurança, como aqueles que tiveram seus imóveis destruídos pela força dos rejeitos que vazaram. Mas mesmo na cidade atingida pela lama, o alcance da evacuação ainda é inferior ao que se observa em Barão de Cocais. Isso ocorre devido às informações acerca da mancha de inundação da barragem Sul Superior: a área que seria afetada pela onda de rejeitos em caso de ruptura abrange áreas não apenas rurais, como também urbanas.
Situada na Mina de Gongo Soco, a barragem Sul Superior é uma das quatro que estão em nível 3, que significa risco iminente de ruptura. Uma tragédia com a estrutura afetaria novamente a bacia do Rio Doce, que foi impactada em 2015 a partir do rompimento de uma barragem em Mariana pertencente à Samarco, uma joint-venture da Vale e da BHP Billiton.
No mês passado, a Vale chegou a dar como certo o rompimento do talude de uma cava da Mina de Gongo Soco. Também admitiu a possibilidade de que as vibrações provocadas no episódio funcionem como um gatilho para a ruptura da barragem Sul Superior. A distância entre as duas estruturas é de 1,5 quilômetro.
O talude é um plano de terreno inclinado, isto é, um tipo de paredão que cerca a cava. A ruptura na Mina de Gongo Soco, que foi prevista inicialmente para ocorrer até 25 de maio, ainda não aconteceu. Posteriormente, a mineradora minimizou os riscos afirmando que a tendência é um deslizamento para dentro da cava sem maiores consequências.
A situação segue em monitoramento. O boletim divulgado na manhã de hoje (28) pelo Corpo de Bombeiros de Minas Gerais indicou que a estrutura se deslocava a 43,2 centímetros por dia. Para efeito de comparação, essa velocidade era de 24,3 centímetros por dia em 30 de maio, véspera do dia em que uma pequena parte do talude, de 600 metros quadrados, se desprendeu e deslizou para dentro da cava. O paredão tem cerca de 96 mil metros quadrados.
Mais de 100 mil pessoas fogem das enchentes em quatro países do Cone Sul
Mais de 100.000 pessoas tiveram que ser retiradas de suas casas nas áreas da fronteira entre Paraguai, Uruguai, Brasil e Argentina por causa de enchentes, após fortes chuvas de verão trazidas pelo El Niño, afirmaram autoridades neste sábado.
No país mais afetado, o Paraguai, por volta de 90.000 pessoas na área em volta da capital Assunção tiveram que ser retiradas, disse o serviço municipal de emergência. Muitos são de famílias pobres vivendo em condições de habitação precárias ao longo das margens do rio Paraguai.

O governo paraguaio declarou estado de emergência em Assunção e sete regiões do país para liberar os fundos necessários para ajudar os afetados.
Em Alberdi, aproximadamente 120 quilômetros ao sul de Assunção, o governo recomendou que 7.000 famílias que vivem ao longo das margens do Rio Paraguai fossem retiradas.
Mais de 9.000 pessoas no Uruguai também tiveram que deixar suas casas para trás, de acordo com o serviço nacional de emergência, que disse prever que os níveis de água se mantenham estáveis por vários dias antes de diminuírem.
“A enchente é causada pelo fenômeno climático El Niño”, disse o chefe do serviço de emergência do Uruguai, Fernando Traversa. “Sabíamos que ele causaria os impactos mais fortes no final da primavera, começo do verão… mas não poderíamos saber o quão grave seria”.
O “El Niño” deste ano, que causa extremos climáticos, é o pior em mais de 15 anos, segundo disse a agência climática da ONU, a Organização Meteorológica Mundial (WMO), no mês passado.
“Secas severas e enchentes devastadoras que aconteceram nas regiões tropicais e sub-tropicais têm as marcas desse El Niño, que é o mais forte em 15 anos”, disse o chefe da WMO, Michael Jarraud, em um comunicado.
No norte da Argentina, por volta de 20.000 pessoas tiveram que abandonar as suas casas, informou o governo no sábado.
“Teremos alguns meses complicados, as consequências serão sérias”, disse Ricardo Colombi, governador da região de Corrientes, depois de sobrevoar as áreas mais afetadas com o chefe do gabinete federal Marcos Pena.
Pena disse que ajuda do governo federal já estava a caminho e que o novo presidente, Mauricio Macri, empossado no começo deste mês, pretende priorizar o investimento em infraestrutura para que esse tipo de enchente não ocorra novamente. Da Reuters e El País.
Excesso de chuvas causa prejuízos, desabrigados e mortes no Sul
As chuvas diminuíram na região sul do país nos últimos dias, mas a situação continua preocupante. Já são 175 municípios afetados. Em Santa Catarina, o Rio Canoinhas continua subindo, com uma taxa de 1 centímetro por hora. De acordo com a Defesa Civil do estado, o nível do rio está em 5,92 metros, a apenas 4 centímetros do transbordamento.
Na segunda-feira (20), pancadas de chuva devem atingir o oeste, meio oeste, planalto sul e litoral sul do estado, segundo a Defesa Civil. Os últimos números divulgados apontam 54 cidades atingidas, sendo 22 delas em situação de emergência e três em estado de calamidade pública. O número de pessoas afetadas é de 13,5 mil. Além disso, duas mortes foram registradas, uma no município de São Joaquim e outra em Coronel Freitas.

No Rio Grande do Sul, as chuvas já afetaram 57 cidades. De acordo com o último boletim da Defesa Civil do estado, 11.920 pessoas foram atingidas, sendo que 1.306 estão em abrigos. Os municípios de Esteio e Rolante já decretaram situação de emergência e outras 18 cidades analisam a possibilidade de fazê-lo. Além disso, a Defesa Civil recebeu alerta de risco muito alto de inundação para Itaqui e Uruguaiana.
No Paraná, 64 municípios foram afetados, de acordo com boletim divulgado na manhã de hoje (19) pela Defesa Civil. O estado decretou situação de emergência em 28 cidades. Além disso, as prefeituras de Manfrinópolis e Marquinho também decretaram situação de emergência. O governo local anunciou que vai iniciar a distribuição de produtos de ajuda humanitária, como kitscom roupa de cama e colchões, além de produtos de higiene e cestas básicas. Da Agência Brasil.

