Do G1, com edição de O Expresso.
As queimadas no Brasil aumentaram 82% em relação ao ano de 2018, se compararmos o mesmo período de janeiro a agosto – foram 71.497 focos neste ano, contra 39.194 no ano passado.
Esta é a maior alta e também o maior número de registros em 7 anos no país. Os dados são do Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), gerados com com base em imagens de satélite.
Ventos que seguiam para uma frente de baixa pressão criaram um rio de fumaça em direção sul-sudeste, depois de deixar inoperante o aeroporto de Porto Velho no domingo. A região tinha sido tomada pela fumaça. Bombeiros e brigadistas relatam a morte de dezenas de milhares de animais selvagens e índios estão assustados em suas aldeias.
É um dos maiores desastres ecológicos da história do País.
Cinco estados tiveram um maior aumento no número de queimadas no Brasil desde o início do ano, em comparação com o mesmo período do ano passado: Mato Grosso do Sul, com uma alta de 260% em relação a 2018; Rondônia, com 198%; Pará, com 188%; Acre, com 176%; e Rio de Janeiro, com 173%. Se tomarmos como base apenas o número, Mato Grosso é líder, com 13.641 focos, o que representa 19% do total nacional.
Nas últimas 48h (contadas até 19 de agosto), o Brasil teve 5.253 focos de queimadas detectados pelo sistema do Inpe.
Bolívia, Peru e Paraguai seguem com 1.618, 1.166 e 465, respectivamente.
No sábado (17), o aeroporto internacional de Viru Viru, na Bolívia, chegou a ser fechado devido à baixa visibilidade.

