Esse é o governo que se diz democrático, patriótico, liberal e cristão?

Depois de ver a maior parte do vídeo da reunião ministerial, uma pergunta se impõe: esse é o governo que mais de 57 milhões de brasileiros elegeram, que se propõe liberal, cristão, democrático e anti-totalitário?

Pelo que vi, li e ouvi, aquilo mais pareceu uma reunião de facínoras desbocados, violentos e, particularmente, muito interessados em dinheiro e bons negócios.

Eis que façanhudos, despreparados, de poucas luzes, dispostos a permanecer no poder no grito, com a utilização de milícias, de militares e de bandidos comuns. Porque, eles mesmos, no primeiro tiro, correm.

Em duas horas de reunião, Bolsonaro e ministros dispararam 42 palavrões. Só o presidente liderou, com 34.

Disse Felipe Santa Cruz, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil:

É um vídeo que, sim, instiga os extremistas. Mas não perde um único democrata. Quem trata o governo federal de um país como o centro de comando do ódio, do oportunismo e da ignorância está em festa. O resto inteiro do país está em choque.

Outro detalhe: ou Sérgio Moro, então ministro da Justiça (?), já tinha resolvido se demitir ou mostrou muita tibieza e covardia. É um frouxo, débil e dissimulado, como mostrou nos processos do escândalo Banestado e na recente Operação Lava Jato.

Joice chama Bolsonaro de “botequeiro” e prevê que ele não termine mandato.

Se existe algo prazeroso é a escória analisando a vida do baixo mundo político.

A deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP) reforçou sua pré-candidatura à Prefeitura de São Paulo.

Em entrevista à rádio CBN, parlamentar bateu duro em Jair Bolsonaro ao afirmar que ele se comporta como um “botequeiro de quinta categoria” e corre o risco de não terminar o mandato presidencial.

“É óbvio para qualquer um que todos nós nos enganamos, foi um estelionato eleitoral o que aconteceu. A traição foi na promessa de mudança, na promessa de que seria diferença. Me sinto traída porque acreditei em algo que não está acontecendo. Nesse ponto, eu me arrependo profundamente. Eu acabei acreditando em um sonho”, afirmou.

Segundo a congressista, o PSL, ex-partido de Bolsonaro, foi uma legenda reacionária e não conservadora.

“Eu me enganei e lamentavelmente me arrependo, porque disse as pessoas que ele mudaria, que ele não era preconceituoso. Um presidente da República que fala como se fosse um botequeiro de quinta categoria, xingando pessoas. Se ele continuar do jeito que está, vai chegar em frangalhos ao fim do mandato, ou corre o risco de nem chegar ao fim do mandato”, disse.