Levantamento do IBGE indica 12,6 milhões de desempregados em agosto

Nível de informalidade atinge recorde, mais de 41% da população economicamente ativa.

Um levantamento feito pelo IBGE e divulgado nesta sexta-feira (27), apontou para um total de 12,6 milhões de pessoas desempregadas no trimestre encerrado em agosto. A taxa de desocupação ficou em 11,8%, 0,4 pontos percentuais a menos do que no trimestre de março a maio.

No comparativo com o mesmo período de 2018, quando o índice apontou para 13 milhões de desempregados, a taxa caiu 0,3 pontos percentuais.

Apesar dos índices apontarem para uma recuperação, os resultado mostram que a população ocupada cresceu graças ao trabalho informal, que bateu um recorde.

Segundo o IBGE, 41,4% da população trabalha na informalidade, o maior resultado desde 2016, quando começou a análise. Para se ter uma noção, dos 684 mil novos empregados, 87,1% deles estão no mercado informal. Da Agência do Rádio Mais, editado.

Sebá, o último exilado em Paris: “Je vivre de bec”.

“Je vivre de bec”, dizia uma famoso personagem do humorista Jô Soares, Sebastião, codinome Pierre, o último exilado em Paris. Passaram-se 50 anos e o brasileiro cada vez mais vive de bico. Especialista em sobreviver.

No Brasil dos incendiários, especialmente.

Desemprego e inflação impulsionam inadimplência dos brasileiros no 1º semestre de 2019

Dados revelam que valor médio da dívida do brasileiro é de R$ 3.252,70, equivalente a mais de três vezes o valor do salário mínimo no país (R$ 998).

Uma pesquisa feita pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) mostra que a inadimplência do consumidor cresceu 0,9% no primeiro semestre de 2019, se comparado com o fim do ano passado. Esta, no entanto, é a segunda menor variação desde 2012, quando a inadimplência cresceu 5,8% no primeiro semestre daquele ano.

A autônoma Suzana Elias Azar, de 48 anos, engrossa a lista de brasileiros que estão com contas atrasadas. Ela conta que o primeiro semestre deste ano foi complicado para conseguir emprego e afirmou que a inflação também foi um fator negativo.

“Tudo aumentou de preço. O supermercado está uma loucura; cada vez que eu vou, eu tomo um susto com algum produto, que eu pagava x, agora está x mais y. Eu senti melhora agora em julho, espero que continue, mas, de toda forma, infelizmente, acabei me enrolando com as minhas contas e estou com algumas delas, de consumo, em atraso. Com a grana curta, a gente acaba priorizando pagar o aluguel e alimentação”, disse.

Quem também tem enfrentando dificuldades para manter as contas em dia é a jornalista Fabiana Honorato, de 43 anos. Ela conta que se sente incomodada com a situação e espera que seja em breve possa regularizar os débitos atrasados.

“Confesso que não é uma rotina que me agrada. Me tira o sono, tira o sono do meu marido também, mas a gente tem que aprender a conviver e, na maneira do possível, conforme vai entrando, a gente vai saldando. A gente vive um dia de cada vez, um mês de cada vez, um boleto de cada vez. Acredito que seja momentâneo, porque a gente tem buscado cada vez mais trabalhos para a gente ter o mínimo para quitar as contas fixas”, afirmou.

Para o educador financeiro do SPC Brasil, José Vignoli, o desemprego e a estagnação da economia alavancam os números de inadimplência entre os brasileiros.

“O crescimento vem desacelerando, o que é um fator positivo. Apesar que o ideal, obviamente, é que nós tenhamos aí uma diminuição do número de inadimplentes. Mas temos que lembrar que temos um estoque alto de dívida e que as pessoas têm encontrado dificuldade para resolver por conta do desemprego, por conta da falta de renda”, ponderou.

Até abril deste ano, 62,6 milhões de pessoas se encontravam nessa situação, o que representa quase 41% da população adulta. A alta mais acentuada foi na região Sudeste, com 3,4% em junho frente ao mesmo período do ano passado, seguida pelo Norte e Sul do país.

Do total de consumidores que têm contas em atraso no país, um quarto (25%) está na casa dos 30 anos, fase da vida em que as pessoas tendem a assumir mais compromissos financeiros, como casamento, filhos e despesas domésticas.

Segundo o educador financeiro do SPC Brasil, José Vignoli, uma tendência observada no levantamento que chama atenção é o crescimento no atraso de contas entre população idosa, que varia de 65 aos 84 anos.

“Houve um aumento de 7,5%. Isso demonstra que os mais velhos, por possuírem uma renda provavelmente vinda da aposentadoria, estão aí assumindo compromissos para cobrir eventuais problemas de familiares, eventualmente desempregados ou que andaram desorganizados nas suas finanças. Isso não é um bom sinal, porque leva essas pessoas, que muitas vezes são o arrimo de família, a terem problemas”, conta.

Os dados apontam ainda que o valor médio da dívida do brasileiro é de R$ 3.252,70. O valor representa quase três vezes e meio o valor do salário mínimo no país, que é de R$ 998. Da Agência do Rádio Mais.

Indústrias fechando engrossam a legião de desempregados no País

Fábrica da Deca em São Leopoldo.

Duas indústrias importantes fecharam as portas no mesmo dia no Rio Grande do Sul, engrossando com mais de 500 desempregos a legião dos 13,4 milhões de desempregados e os quase 20 milhões que vivem de bico.

Segundo o jornal Correio do Povo, após pouco mais de dez anos de operação, a Nestlé encerrou as atividades da fábrica de Palmeira das Missões, na região das Missões.

Em comunicado, a multinacional informa que a produção será absorvida pela unidade de Carazinho. A medida, segundo a companhia, pretende otimizar a logística e permitirá maior flexibilidade no transporte de matéria-prima.

Por seu turno, a Duratex fechou a unidade de fabricação de louças Deca de São Leopoldo, no Vale dos Sinos, nesta segunda-feira.

Com o encerramento das atividades, aproximadamente 480 funcionários foram demitidos. A planta produzia cerca de 1,4 milhão de peças anualmente na fábrica localizada na avenida das Indústrias.

Entre grandes indústrias, fecharam suas portas nos últimos meses a Ford Caminhões, RR Donnelley, Mabel-MS, BRF-PR, Globo BA, Avianca, Quaker-RS, Walmart (on line), Pirelli RS, Mercedes-MG, Toyota-SP, Nestlé-RS e Deca-RS.

Sem paixões: como viemos parar neste vale de lágrimas depois de 4 anos.

Posse de Dilma, ao lado do Sinistro, estava cavando sob os seus próprios pés.

Tudo começa numa campanha eleitoral à Presidência da República, há exatos quatro anos.

O Governo de Dilma Rousseff não repetia os mesmos êxitos do ex-presidente Lula e ela segurava a carruagem da economia com renúncia fiscal, incentivo à construção civil – principalmente no programa Minha Casa, Minha Vida – e fazia o dinheiro circular com a abertura do crédito fácil e com programas sociais do tipo Bolsa Família.

A sensação do sr. Mercado de que havia nuvens negras no horizonte da economia transmitiu à Oposição a sensação de que poderia interromper os 12 anos de poder do Partido dos Trabalhadores. Se Dilma ganhasse as eleições, Lula voltaria e aí poderiam ser mais oito anos de poder.

Dilma, que durante o Governo Lula tinha ocupado o Conselho de Administração da Petrobras, sabia, durante o seu Governo, que teria dificuldades para interromper o grande processo de corrupção que minava as estatais, os fundos de pensão, o setor financeiro e outros.

A Presidenta criava inimigos em todos os setores, principalmente no Legislativo, onde não aceitava a liderança de alguns ícones da corrupção, como o “capo de tutti il capi”, Eduardo Cunha, o homem do Centrão que comandava cerca de 300 deputados sustentados às burras cheias no Congresso.

As eleições foram aquilo que se viu. O representante da jeunesse dorée, o príncipe do Baixo Leblon, Aécio Neves, perdeu depois de se considerar eleito. Magoado, jurou que Dilma não terminaria seu mandato.

Em junho de 2015, aconteceu a gota d’água. Depois de aprovado no Congresso, um aumento aos servidores do Judiciário de 78,6% foi vetado por Dilma.

Pronto: Dilma tinha todos contra si.

O Sr. Mercado, desconfiado do aprofundamento da crise; o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, chargeado pelo PT na sua eleição à Presidência da Câmara; os vencidos em 2014 e, agora, o Judiciário, magoado pelo veto ao seu aumento, tão desejado; além de um vice-presidente, líder da camarilha emedebista, que agora via a perspectiva de assunção ao poder.

O resto da história todos sabem.

Acontece que, hoje, quando o dólar atinge R$4,00, a gasolina ronda os R$5,00, 13,4 milhões estão desempregados e outros 30 milhões de brasileiros estão desocupados ou sub-ocupados, o que significa que quase metade da força de trabalho do País não sabe o que fazer; 63 milhões não podem nem comprar um fogão novo, pois estão inscritos nos index dos spc e serasa da vida; a indústria, o comércio e os serviços desabaram para 20% de sua capacidade instalada, está completo o ciclo de 4 anos da campanha pela reeleição de Dilma.

Só o agronegócio está com a cabeça de fora, mesmo assim sobressaltado com a valorização do dólar, com a greve dos caminhoneiros e com a malfadada tabela de fretes, uma das trapalhadas mais icônicas do sr. Michel.

Se estava ruim com Dilma, piorou muito mais sob o comando do sinistro do Jaburu.

A corrupção recrudesceu, o País perdeu o rumo e isso parece ter se tornado o terreno fértil para o aparecimento de aventureiros, desses que sobem os montes, negam a ONU ou acumulam dinheiro nas contas suíças e nos paraísos fiscais.

Como dizia o vate Manuel Bandeira, agora só nos resta tocar – e dançar – um tango argentino.

Dados oficiais: quase 66 milhões de pessoas estão desocupadas no País.

O número de pessoas sem ocupação ou sem procurar emprego chegou a 65 ,6 milhões de pessoas no segundo trimestre de 2018, segundo a Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílio (PNAD), divulgada nesta terça-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O dado mostra crescimento de 1,2% sobre o trimestre anterior e é recorde na série iniciada em 2012.

Para o IBGE, desocupados são pessoas em idade para trabalhar, mas que desistiram de procurar emprego. A situação, chamada tecnicamente de desalento, acontece quando a pessoa deixa de procurar emprego após 3 semanas sem ocupação.

Já o número de ocupados chegou a 91,2 milhões de pessoas, uma alta de 0,7% em relação ao trimestre anterior. Nesses 3 meses foram criadas 675 mil vagas de trabalho – a maioria delas, informais. Também segundo a PNAD, ao menos 40% dos 91,2 milhões de ocupados estão em vagas informais. Isso significa dizer que 37 milhões de brasileiros têm ocupação precária.

Esses dois movimentos ajudaram a baixar a taxa de desemprego oficial. Na passagem do primeiro para o segundo trimestre, a taxa caiu de 12,6% para 12,4% Na comparação com o segundo trimestre de 2017, a queda foi de 0,6% – no segundo trimestre de 2017, a taxa era de 13%.

“Aumento da população ocupada, com base na informalidade e na geração de vagas no setor público, ajudou na queda do desemprego. Por outro lado, o aumento das pessoas que deixaram de procurar emprego, por motivos que desconhecemos ainda, também ajudou a baixar a taxa”, afirmou o coordenador de Trabalho e Renda do IBGE, Cimar Azeredo. Da redação do portal da Forum.

Os governos parecem não estar preocupados que mais de 30% da população estejam em dificuldades. Quando as hordas de famintos começarem a saquear supermercados, dispostos a tudo, até a morrer, não vai haver repressão que chegue. O Governo Federal está experimentando dançar à beira do abismo da convulsão social.

 

O Brasil recua um século, esquenta o fogão a lenha e mora nos cortiços

Cortiço, na década de 30, na rua da Abolição em São Paulo.

Segundo o IBGE, 17% dos brasileiros voltaram a usar fogo de lenha e 7% voltaram a morar de favor, porque não tem dinheiro para comprar casa e nem pagar aluguel. Some-se a isso o fato do recorde de 13,7 milhões de desempregados e a falta de oportunidades de emprego para outros 13 milhões de brasileiros e teremos os ingredientes básicos da convulsão social.

O Brasil volta rapidamente ao princípio do Século 20, quando não havia regulamentação das relações de trabalho, as únicas oportunidades de emprego eram de sol-a-sol na roça e os escravos recém libertos ainda moravam na senzala e nos cortiços, consumindo as sobras da alimentação da Casa Grande.

Bastaram dois anos para o Brasil colonial rebrotar vigorosamente nas cidades e nos campos.

IBGE anuncia: desemprego aumenta e crise arrocha o trabalhador

A taxa de desemprego no Brasil subiu para 13,1% no primeiro trimestre do ano. No último trimestre de 2017, atingiu 11,8%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em março de 2017, o desemprego havia sido de 13,7%.

Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada hoje (27) pelo IBGE, no Rio de Janeiro.

Brasil tem 13,7 milhões de desempregados

O total de desempregados no país chegou a 13,7 milhões, um aumento de 11,2% em relação ao trimestre anterior (12,3 milhões). Na comparação com o primeiro trimestre de 2017 (14,2 milhões de desocupados), houve queda de 3,4%.

A população ocupada (90,6 milhões) caiu 1,7% em relação ao último trimestre do ano passado (92,1 milhões), mas cresceu 1,8% em relação ao primeiro trimestre de 2017 (88,9 milhões).

Com isso, o nível de ocupação chegou a 53,6%, abaixo dos 54,5% do trimestre anterior, mas acima dos 53,1% do primeiro trimestre de 2017.

Trabalho formal

O número de empregados com carteira de trabalho assinada atingiu 32,9 milhões de pessoas, queda de 1,2% (408 mil pessoas) ante o trimestre anterior e de 1,5% (menos 493 mil pessoas) na comparação com o primeiro trimestre do ano passado.

Já o número de empregados sem carteira assinada ficou em 10,7 milhões de pessoas, uma redução de 402 mil pessoas em relação ao último trimestre de 2017, mas uma alta de 5,2% de 533 mil pessoas em relação ao primeiro trimestre do ano passado.

Setores

Na comparação com o último trimestre de 2017, metade dos dez grupamentos de atividades pesquisados tiveram queda na população ocupada, com destaque para a construção, cujos ocupados recuaram 5,6% (uma perda de 389 mil postos de trabalho). Outros cinco grupamentos se mantiveram estáveis.

Na comparação com o primeiro trimestre do ano passado, três grupamentos registraram alta no total da população ocupada, com destaque para outros serviços, cujos postos de trabalho cresceram 10,4%. A construção foi o único grupamento com queda de 4,1%. Seis grupamentos ficaram estáveis.

Rendimento

O rendimento médio real habitual do trabalhador brasileiro foi de R$ 2.169 no primeiro trimestre deste ano, relativamente estável tanto em relação ao último trimestre do ano passado quanto na comparação com o primeiro trimestre daquele ano. Da Agência Brasil.

Brasil abre 56.151 novos postos de trabalho em março

Setor de Serviços foi o principal destaque do mês, registrando um saldo positivo de 57.384 vagas

O mês de março registrou a abertura de 56.151 novos postos de trabalho no Brasil, um aumento de 0,15% em relação ao estoque de fevereiro. O resultado é decorrente de 1.340.153admissões e de 1.284.002 desligamentos. Os dados estão no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho, divulgado nesta sexta-feira (20).

“Nosso Brasil segue a rota da retomada do crescimento, com mercado aquecido e a certeza de que estamos no rumo certo. O trabalho continua e hoje é mais um grande dia, pois esses resultados cofirmam nossa expectativa”, avalia o ministro do Trabalho, Helton Yomura.

Setores – Seis dos oito principais setores econômicos tiveram saldo positivo. O principal deles foi o de Serviços, com a criação de 57.384 novos postos de trabalho, crescimento de 0,34% sobre o mês anterior.

A Indústria de Transformação foi o segundo setor com melhores resultados (+10.450 postos), com um acréscimo de 0,14% sobre fevereiro.

O terceiro melhor resultado ficou com a Construção Civil (+7.728 postos), seguido do setor da Administração Pública (+3.660 postos), Extrativa Mineral (+360 postos) e Serviços Industriais de Utilidade Pública (SIUP) (+274 postos).

Apenas dois setores apresentaram saldos negativos: Agropecuária (-17.827 postos) e Comércio (-5.878 postos).

Regiões – Das cinco regiões, três apresentaram saldos positivos no emprego. O melhor desempenho foi no Sudeste, que teve um acréscimo de 46.635 postos. O Sul teve aumento de 21.091 vagas formais, seguido do Centro Oeste, que criou 2.264 novos postos. Os desempenhos negativos foram registrados no Norte (-231 postos) e no Nordeste (-13.608 postos).

Entre as unidades da federação, 15 estados e o Distrito Federal registraram variação positiva no saldo de empregos e 11 estados, variação negativa. Os maiores saldos de emprego ocorreram em São Paulo (+30.459), Minas Gerais (+14.149), Rio Grande do Sul (+12.667), Paraná (+6.514), Goiás (+5.312) e Bahia (+4.151).

Os menores saldos de emprego ocorreram em Pernambuco (-9.689), Alagoas (-6.999), Mato Grosso (-3.018), Sergipe (-2.477), Pará (-787 empregos) e Mato Grosso do Sul (-646).

Convenhamos: depois de dois anos do “Governo da Restauração”, conseguir pouco mais de 50 mil vagas num universo 520 vezes maior de desempregados e desocupados o resultado é pífio.

São 26 milhões de desempregados e desocupados, em busca do primeiro emprego. Acabaram com a maioria dos direitos trabalhistas e mesmo assim o número de admissões não aumenta.

O golpe não serviu ao povo brasileiro. Só serviu mesmo aos golpistas. Os tempos de pleno emprego de Lula e Dilma são apenas um lembrança tênue no retrovisor do mercado brasileiro.

Bahia segue na contramão de Salvador

Artigo de Pablo Barrozo*

Salvador ocupou, durante muitos anos, o título de capital nacional do desemprego. Pior do que isso: não havia nenhuma perspectiva de mudança nesse cenário, que só começou a se alterar a partir de 2013 e que se intensificou mais recentemente em 2017, quando o cenário da economia nacional começou a melhorar e a cidade ganhou um completo plano de desenvolvimento, que mira no pleno emprego e em pesados investimentos públicos, em infraestrutura e área social. Esse plano ganhou o nome de Salvador 360, e graças a ele, Salvador reduziu a sua taxa de desemprego de 16,5% para 13,6% na última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – Contínua (Pnad-C), divulgada pelo IBGE no final da semana passada, no comparativo entre os últimos trimestres de 2017 e 2016.

A mesma pesquisa apontou que o estado da Bahia é hoje o quinto maior em número de desempregados, tendo um desempenho pior do que a média nacional. Se não fosse pelo Salvador 360, a situação da Bahia seria ainda pior, certamente. A cidade é hoje a terceira capital em número de pessoas ocupadas nos mercados formal e informal.  Como não se preocupou, a exemplo da prefeitura, elaborar um plano macroeconômico focado na geração de emprego, a Bahia amarga o prejuízo e quem sofre as consequências é a população mais pobre.

O pacote de incentivos do Salvador 360 envolve desde redução de impostos como o ISS até o IPTU. Tudo para atrair novas empresas e investimentos. Os resultados estão aí: somente ano passado, a cidade recebeu R$ 1,7 bilhão em investimentos privados, a maior parte do setor varejista. Várias redes de supermercado se instalaram ou ampliaram a presença em Salvador. Neste ano de 2018, o mesmo deve acontecer em relação ao setor imobiliário, graças também às mudanças feitas em 2017 na legislação do IPTU, em acordo com o setor produtivo.

Já estão previstos, apenas para o início deste ano, investimentos da ordem de R$ 1,2 bilhão por construtoras na cidade, com seis mil novos empregos gerados. Além disso, Salvador caminha para se tornar um polo nacional de call center, com centro de treinamento e novas vagas no mercado de trabalho. O Banco do Brasil já anunciou que vai transferir para a cidade sua unidade de telecobrança, gerando 3,5 mil novos empregos.

Enquanto isso, o que vemos em relação ao estado são empresas que estavam decididas a se instalar por aqui e desistiram, a exemplo da montadora Jac Motors. Não há qualquer política de estímulo ou incentivo ao setor privado, que muitas vezes é visto como inimigo por aqueles que estão no poder na Bahia, o que fica claro quando o governador Rui Costa critica, por exemplo, os investimentos das empresas no Carnaval de Salvador.

Para piorar a situação, o Estado não fez sequer o dever de casa, e enfrenta dificuldades financeiras até para obter empréstimos e financiamentos para realização de obras de infraestrutura, também na contramão do que ocorre em relação à prefeitura de Salvador, que tem obtido êxito nessas operações de crédito nacionais e internacionais. Infelizmente, em função do clima eleitoral, as perspectivas para que haja uma mudança nesse cenário em relação à Bahia são desanimadoras, já que o governador parece focado apenas no pleito de outubro.

*Pablo Barrozo é deputado estadual pelo DEM

A noite dos desesperados que o Governo Federal comemora

O Governo Federal está comemorando que no ano passado só foram perdidas 20.832 vagas de emprego no País, enquanto em 2015 e 2016 foram perdidas mais de 2.800.000 vagas.

Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) isso significa “estabilidade no emprego”.

E que viva a estabilidade, com 12 milhões de desempregados e outros 12 milhões de pessoas que nunca foram empregadas, jovens desocupados que não conseguiram o primeiro emprego. Eles estão sub-empregados ou vivendo de bicos na economia informal.

Empurrando com a barriga a desindustrialização do País e penalizando a agricultura, essa “estabilidade” tende a se perpetuar.

O Governo das Temeridades, que prega o Estado Mínimo, e já cancelou mais de 60 mil cargos públicos que estavam desocupados, está criando o país dos desesperados.

Em breve teremos os concursos de danças da época da depressão nos Estados Unidos, em que os bailarinos dançavam por dias, em busca de um prêmio em dinheiro, tão bem relatado no livro “Mas não se matam cavalos?” de Horace McCoy, também conhecido como “A Noite dos Desesperados”.

O Brasil ainda será uma grande Venezuela antes de voltar a ser o que era

No gráfico, a taxa de desemprego do primeiro ano do Governo Lula e a sua queda até 2012. Hoje a taxa ultrapassou o último ano do Governo FHC.

No mês de maio, o Brasil registrou 34,2 mil novos empregos no mercado formal de trabalho. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e foram divulgados nesta terça-feira (20), pelo Ministério do Trabalho. Este é o segundo mês consecutivo em que há saldo positivo de postos de trabalho. O número representa um aumento de 0,09% em relação a abril.

No acumulado do ano, houve um crescimento de 48,5 mil postos de trabalho, uma expansão de 0,13% em relação ao número de vagas formais de trabalho ocupadas em dezembro de 2016.

Os resultados do Caged, de acordo com o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, refletem o esforço do governo e a recuperação pela qual o Brasil passa após crises econômica e política pelas quais o País passou. “O governo federal tem feito um esforço grande e constante para adotar medidas que incentivem a geração de empregos. E o resultado nós temos visto no desempenho do Caged desde o ano passado, mas, sobretudo, nos últimos meses”, afirma.

Destaques

Dos oito principais setores da economia, quatro tiveram desempenho positivo, com destaque para a Agropecuária, que gerou 46 mil novos postos de trabalho. O setor teve, assim, crescimento de 2,95% na comparação com o mês de abril.

As culturas responsáveis por esse resultado foram o café, sobretudo em Minas Gerais; a laranja, em São Paulo; e a cana-de-açúcar, em São Paulo e no Rio de Janeiro.

Outros setores com performance positiva foram os Serviços, que tiveram acréscimo de 1,9 mil postos (0,01%); Indústria de Transformação, (1,4 mil vagas, crescimento de 0,02%); e Administração Pública, (955 novas vagas, aumento de 0,11%).

Tiveram saldo negativo: Comércio, que fechou 11.254 postos (menos 11,2 mil vagas, uma queda de 0,13%); Construção Civil, (4 mil vagas a menos, queda de 0,18%); Indústria Extrativa Mineral, com resultado negativo de 510 postos (-0,26%); e dos Serviços Industriais de Utilidade Pública, que fecharam 387 vagas (-0,09%).

Números regionais

A região que mais gerou empregos em maio foi o Sudeste, com a criação de 38,6 mil postos de trabalho formal. Os estados que se destacaram foram Minas Gerais (22,9 mil postos), e São Paulo (17,2 mil novas vagas). Esses resultados se devem principalmente ao aumento na oferta de vagas formais na Agropecuária, Serviços e Indústria.

A segunda região com maior crescimento no nível de emprego foi o Centro-Oeste, onde foram gerados 6,8 mil postos; seguida do Nordeste, com saldo positivo de 372 vagas. Em contrapartida, houve retração nas regiões Norte (com mais de mil postos a menos) e Sul (menos 10,5 mil vagas).

Se o País criar 120.000 empregos por mês, o triplo do que está criando agora, ainda assim levaria 16 anos para abrigar todos os 14 milhões de desempregados e 10 milhões de desocupados, que procuram inclusive pelo seu primeiro emprego.

A combinação cruel de ações do Governo Dilma, com a paralisação proposta e realizada por Aécio Neves e a camarilha do PMDB, jogou o País em um torvelinho de desespero que só duas décadas depois poderá ser resolvido.

Somos candidatos a nos tornar uma grande Venezuela antes de voltarmos a ser o Brasil que já fomos.

Quase meio milhão de pessoas ficaram desempregadas só em Dezembro

programa-mais-empregoO país perdeu 462.366 vagas de emprego formal em dezembro de 2016, uma variação negativa de 1,19% em relação ao mês de novembro do mesmo ano, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados ontem (20) pelo Ministério do Trabalho. No acumulado de 2016, foram eliminados 1.321.994 postos de trabalho no Brasil, diminuindo o estoque de vagas formais em 3,33%.

Foram registradas 869.439 admissões e 1.331.805 desligamentos no período. O resultado mantém a tendência de mais demissões que contratações no mercado de trabalho brasileiro. A queda no estoque de emprego nas cinco regiões foi 22,4% menor que a observada no mesmo período de 2015.

A série histórica do Caged mostra que entre 2002 e 2016 ocorreram resultados negativos no estoque de vagas formais apenas em 2015 e 2016. A maior geração de empregos no período foi em 2010, quando 2.223.597 postos de trabalho foram criados. Os anos seguintes apresentaram resultados positivos, mas decrescentes.

De acordo com os dados, os oito setores de atividade econômica avaliados sofreram queda no nível de emprego. O setor de Serviços teve a maior redução do estoque de vagas em termos absolutos, com 157,6 mil postos a menos. O setor Indústria de Transformação perdeu 130,6 mil vagas. A maior queda percentual foi na Construção Civil, com 82,5 mil postos de trabalho fechados, o que representa um encolhimento de 3,47% do setor. O segundo maior recuo foi na Agricultura, com 48,2 mil vagas a menos.

Quem chora pelos brasileiros que não têm emprego?

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Os servidores do Estado do Rio de Janeiro choram no jornal da TV por não receber salários e outros direitos há 60 dias. Alguns, mais afortunados, que receberam o mês de novembro ou parte dos salários, juntaram cestas básicas para que ninguém passe fome.

O Governador Pezão que recebeu alguns ensinamentos de um câncer este ano e o ex-governador Sérgio Cabral e a sua faustosa esposa podem chorar à vontade, na cadeia e fora dela. Eles mereceram pelo que fizeram ao Estado.

Pelos desempregados que se lamentam nas filas de recrutamento, ninguém chora. Já foram alijados do mundo dos vivos por uma sociedade insana e cruel.

SEI projeta  cenário negativo para o terceiro trimestre no mercado de trabalho baiano

 

PASSEATA11 BSB PASEATA/BINGOS - GERAL - Funcionarios de Bingos de todo Brasil fazem manifestacao na Esplanada dos Ministerios pedindo a reeabertura das casas de jogos no Brasil,apos medida provisoria proibindo o jogo,assinada pelo Presidente Luiz Inacio Lula da Silva,na foto manifetantes mostram carteira de trabalho. 03-03-04. FOTO DIGITAL:JOEDSON ALVES/AGENCIA ESTADO/AE
FOTO DIGITAL: JOEDSON ALVES/AGENCIA ESTADO/AE

O acompanhamento da evolução conjuntural do mercado de trabalho baiano, realizado pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), aponta piora desse cenário no segundo trimestre e frustra as expectativas de retorno, ainda em 2015, ao ritmo de contratação dos últimos anos. Conforme levantamento constante no Boletim de Conjuntura do Mercado de Trabalho, a Bahia, diferentemente de anos anteriores, apresentou queda na ocupação formal no segundo trimestre de 2015, e já acumula, no ano, um saldo negativo de 31 mil empregos.

Conforme Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) para o segundo trimestre de 2015, a taxa de desocupação, na Bahia, foi estimada em 12,7% – a maior taxa entre os segundos trimestres desde 2012, quando a estatística passou a ser calculada. A taxa de desemprego da RMS, no segundo trimestre, também cresceu em relação ao trimestre precedente conforme a Pesquisa de Emprego e Desemprego conduzida pela SEI, passando de 17,3% para 18%.

Atingindo patamares cada vez mais pessimistas, o Indicador de Expectativa para Emprego (IEE), da Pesquisa de Confiança do Empresariado Baiano, realizada pela SEI, vem evidenciando expectativa considerável de reduções de postos de trabalho no futuro. A disposição, por parte do setor produtivo baiano, em reduzir seu quadro de funcionários vem aumentando, com 66,3% dos empresários entrevistados afirmando que irão desligar quadros nos próximos meses. Esse número era de 39% no mesmo trimestre do ano anterior.

Após divulgação recente, por parte do Ministério do Trabalho e Emprego, de eliminação de 8.207 empregos com carteira assinada na Bahia em julho, o trabalho de previsão da SEI para os próximos meses ganha ares mais robustos. A SEI projetou, para o trimestre de julho a setembro, um corte de 21.367 postos de trabalho formais – patamar que, caso solidificado, estará em nível inferior ao de qualquer terceiro trimestre dos últimos nove anos. Os setores de Construção Civil e de Serviços, segundo a previsão, tendem a ser os segmentos com mais postos de trabalho fechados.

Salvador é campeã de desemprego. E ainda aumenta.

A Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), realizada em conjunto pelo Dieese e Seade, mostrou que a taxa de desemprego no conjunto de sete regiões metropolitanas do país subiu para 11,1% em agosto, ante 10,7% em julho. O contingente de desempregados no conjunto das sete regiões em agosto foi estimado em 2,519 milhões de pessoas, 100 mil a mais que em julho.

Na passagem de julho para agosto, o desemprego aumentou em Belo Horizonte (de 5% para 5,2%); em Recife (de 11,6% para 12,3%), Salvador (de 17,8% para 18,8%) e São Paulo (de 11,1% para 11,6%). O desemprego diminuiu no Distrito Federal (de 12,7% para 12,6%), em Fortaleza (de 9,7% para 9,4%) e em Porto Alegre (de 7% para 6,9%).

ONU alerta para crise social no mundo

O mundo enfrenta uma “crise social global” emergente provocada pelo desemprego generalizado, o elevado preço dos alimentos e combustíveis e outros efeitos da crise econômica de 2008-2009, alertou a Organização das Nações Unidas (ONU) em relatório divulgado essa semana em Genebra, sede da entidade.  

No documento, a ONU adverte que as políticas de austeridade adotadas em vários países, principalmente na Espanha e na Grécia, ameaçam o emprego e põem em risco a recuperação das economias, agravando a crise social.

O secretário-geral adjunto da ONU para o desenvolvimento econômico, Jomo Kwame Sundaram, disse que os governos mundiais não estão conseguindo ajudar as 200 milhões de pessoas desempregadas em 2010 e que têm dificuldade em obter alimentos, por causa dos preços altos.

“As medidas de austeridade tomadas por alguns países excessivamente endividados, como a Grécia ou a Espanha, ameaçam o emprego no setor público e a despesa social como tornam a retomada mais incerta e mais frágil”, diz o documento. Da Agência BR.