Em 15 anos, a fusão nuclear poderá ser a alternativa barata e limpa de energia

Fusão nuclear em 15 anos? O Instituto de Tecnologia de Massachusetts inicia um plano ambicioso com investimento de US$ 50 milhões.

WASHINGTON, 12 de março (Da agência Xinhua) – O Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) anunciou na sexta-feira que lançará uma “nova abordagem” ao poder de fusão nuclear com uma empresa privada e pretende produzir um plano piloto de trabalho dentro de 15 anos.

O projeto, que atraiu um investimento de 50 milhões de dólares da Eni, empresa italiana de energia, será realizado em colaboração com Commonwealth Fusion Systems (CFS), um spinoff MIT. Mais de 30 milhões de dólares serão aplicados à pesquisa e desenvolvimento no MIT nos próximos três anos, e o CFS continua buscando investidores adicionais.

O novo esforço visa construir um dispositivo compacto capaz de gerar 100 megawatts e o objetivo final é comercializar rapidamente a energia de fusão e reduzir as emissões de gases de efeito estufa.

Acredita-se que a fusão nuclear seja mais eficiente, mais limpa e segura do que outros métodos de produção de energia, mas foi bastante difícil de implementar devido a estrangulamentos técnicos e financeiros.

Fusion, o processo que alimenta o sol e as estrelas, envolve elementos leves, como o hidrogênio, esmagando-se para formar elementos mais pesados, como o hélio, liberando enormes quantidades de energia no processo.

Este processo produz energia líquida apenas em temperaturas extremas de centenas de milhões de graus Celsius, muito quente para qualquer material sólido a suportar, e os pesquisadores usam campos magnéticos para contornar isso. Neste projeto, a equipe pretende desenvolver os eletroímãs supercondutores de grande diâmetro mais poderosos do mundo, o que produzirá um campo magnético quatro vezes mais forte do que o empregado em qualquer experiência de fusão existente.

“Este é um momento histórico importante: os avanços em ímãs supercondutores colocaram a energia de fusão potencialmente ao alcance, oferecendo a perspectiva de um futuro de energia seguro e livre de carbono”, disse o presidente do MIT, L. Rafael Reif, no anúncio on-line.