A “Viúva” aguenta qualquer desaforo. Veja só.

Nove horas da manhã. Na praça das Acácias, junto ao estádio, mais de 80 lâmpadas acesas.

A “Viúva” dos cofres públicos aguenta qualquer desaforo.

Inclusive o patrocínio de festas em municípios vizinhos, visando a próxima campanha de 2018. Afinal, o que a “Capital dos Buracos e dos Quebra-Molas” tem a ver com uma festa popular em Missão do Aricobé, interior do município de Angical? É simples: “queremos” todos os votos do aricobenses para a nossa deputada Jusmari.

Cala a boca, Jucá! Pelo bem da classe política.

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Depois de afirmar que a Operação Lava Jato jogou “uma nuvem sombria” sobre a classe política, o senador Romero Jucá, que não é conhecido por sua discrição, saiu-se com esta pérola:

“Todo mundo está citado. Vingança e execução em praça pública não são as melhores formas de se resolver a política.”

Pelo andar da carruagem, Jucá nem precisaria estar dando essas ideias ao povo.

Pelas previsões de Madame Almerinda e levando em conta a falta de vagas nos presídios, em pouco tempo os 12 estádios da Copa de 2014 estarão lotados com a classe política. E não será, certamente, nas arquibancadas. Quando as prisões chegarem aos três poderes, em todos os níveis federativos, teremos mais gente no gramado de que quando da realização de toda a Copa.

As execuções de que Jucá fala, não serão realizadas em praça pública. Mas nas dependências dos estádios, sob as arquibancadas, discretamente.

Ai de ti Bahia, de tantos desmandos e maracutaias sem fim!

Foto de Hélio Queiroz
Foto de Hélio Queiroz

Se o Hospital do Oeste estava enfrentando problemas homéricos, agora com a denuncia da crise financeira das Obras Sociais Irmã Dulce (Osid), ocasionado por deficiência nos repasses devidos pelo Governo do Estado, vai melhorar?

Não entendo o Governo do Estado da Bahia. A educação tem problemas – há no mínimo 5 anos se anuncia a construção de um colégio secundário em Luís Eduardo Magalhães para absorver uma demanda reprimida de no mínimo 600 alunos anualmente. E nada.

A Segurança luta com deficiências sérias. Luís Eduardo Magalhães, apesar da presença da Companhia Independente, da unidade da CIAC – Cerrado e do Grupamento Aéreo da Operação Safra, sofre com uma delegacia de polícia constrangedora, onde chove mais dentro do prédio do que na rua e vive das esmolas da Câmara Municipal e da Prefeitura.

A Saúde é o que vimos. Um só hospital, o HO, para atender 13 municípios (ou mais), a chamada ambulancioterapia, falta de recursos, estagnação tecnológica, apertos de toda ordem.

Onde está o Estado, para o qual pagamos, diretamente, 27% de ICMS da gasolina e da energia elétrica, por exemplo? A sanha arrecadatória não combina com os serviços prestados.

Como o povão referendou os 8 anos do Governo Jaques Wagner, sufragando o nome de Rui Costa com ampla maioria de votos, não tem do que se queixar. Vai continuar analfabeto, refém da bandidagem e morrendo na porta do HO, com um sorinho glicosado na veia.

Coelba não dá a mínima para o consumidor.

Ontem, no final da tarde, um raio causou sobrecarga na rede e desconectou as duas chaves de segurança, da linha do Jardim das Oliveiras, que o leitor pode divisar na foto. Pois bem: somente 14 horas depois a empresa terceirizada de manutenção da Coelba apareceu e em dois minutos ligou as chaves.

Por aí pode se ver que nem a Coelba, nem a empresa terceirizada, estão se incomodando com  os telefonemas dos consumidores. A ninguém importou se as carnes e os frigorificados estavam estragando nos supermercados, se a segurança do bairro estava comprometida com a escuridão, se os computadores, as máquinas de costura e até, eventualmente, aparelhos elétricos que garantam a vida de portadores de doenças crônicas estavam desligados.

Além disso, ligações para o telefone 0800 da empresa simplesmente não eram atendidas, depois de até 10 minutos de espera. A Coelba é um caso de Polícia ou de intervenção direta do Ministério Público.

A cessionária tem o monopólio da distribuição e não dá a mínima para o seu consumidor. Agora, em outra hipótese, vai ver se o pobre do consumidor, mesmo aquele que é contemplado com a tarifa social, atrasar 60 dias o seu pagamento. É corte de energia na hora!

Aliás a empresa tem o certificado Iso 9001, mas só para os casos de faturamento, arrecadação e cobrança. Como a ANEEL, Agência reguladora do setor elétrico também não recebe as queixas dos consumidores, fica tudo como está. A Coelba liga a chave quando quer e na hora que lhe der na telha.

Pobre Bahia, onde todo mundo faz o que quer, como quer, sem medida de consequências! Onde está o Procon de Luís Eduardo? Onde está o Juiz da Vara Cível, que poderia acatar uma interpelação judicial à Coelba, com a consequente ação indenizatória? A quem o cidadão recorrerá diante de tanto desmando?