Começa a complicar: MDB e DEM abandonam o Centrão.

O plenário vazio não significa que Bolsonaro não esteja perdendo parcela significativa de sua base de apoio.

Com base em matéria de Nilson Klava na GloboNews, o DCM anuncia um grave racha no até então bloco do Centrão

Líderes partidários do MDB e do Democratas na Câmara dos Deputados informaram, nesta segunda-feira (27), que as bancadas vão deixar o chamado “blocão” de 221 parlamentares comandado pelo líder do Progressistas, Arthur Lira (AL).

Lira é também o principal articulador do Centrão – grupo de partidos que, recentemente, passou a integrar a base do governo na Câmara.

“Vamos seguir carreiras autônomas. Posicionamento regimental, requerimentos, urgência, uma burocracia que não fazia mais sentido. Impacto sobre sucessão é um efeito colateral, não causa. Só trataremos disso depois das eleições municipais”, afirmou Efraim Filho (PB), líder do DEM.

A “sucessão” citada por Filho é a eleição para a presidência da Câmara, no início do ano que vem. Arthur Lira vem se aproximando do governo e é considerado um “líder informal” do Planalto na Casa. As legendas já calculam o impacto de decisões desse tipo na sucessão do posto, atualmente ocupado por Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Já dissemos aqui: o Centrão não zela por regimes agonizantes, nem vela cadáveres de poderosos. No próximo capítulo, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, o verdadeiro líder do Centrão, indicará os caminhos que o bloco deve seguir.

O Centrão perde de um golpe 63 deputados, 34 do MDB e 29 do DEM. Ou 28% da totalidade de 221. O pêndulo agora aponta para PP, com 39 deputados, e  PSD, com 35 deputados.

Economia e Pandemia estão levando a Globo ao desmonte.

O Projac. Foto de O Globo.

Nascida e nutrida no berço do Golpe de 1964, influente no momento pós-ditadura, caricaturista dos governos do PT, patrocinadora da Lava-Jato e parturiente na ascensão do ogro Bolsonaro, a Rede Globo de Televisão e as dezenas de órgãos do grupo, estão enfrentando sérios problemas financeiros. A sensação é que sobrevenha uma demissão em massa, a emissora acabe com a teledramaturgia e se volte para investimentos onde está tendo sucesso, como o GloboPlay, onde, dizem, já conquistou mais de 5 milhões de assinantes.

A Globo está passando por uma de suas piores crises devido à pandemia do novo coronavírus. Todo o planejamento da emissora para 2020 teve que ser repensado, trazendo consequências também para as produções de 2021.

Com as gravações de Amor de Mãe, Salve-se Quem Puder e No Tempo do Imperador suspensas, cerca de mil funcionários ficaram em casa. Trabalhadores de todos os setores receberam os salários em dia, com descontos e redução da carga horária. No entanto, ninguém sabe o que vai acontecer nos próximos meses, o que deixa os funcionários da emissora inseguros sobre os seus empregos.

“Ninguém fala nada, ninguém tem uma posição oficial. Todo mundo está tenso porque existem muitos funcionários de carteira assinada que estão à disposição e aí podem ser escalados. Até agora ninguém foi demitido de fato. Os contratos não foram renovados e os poucos que estão sendo chamados assinam por um mês”, revelou uma fonte interna da emissora.

Contratos mensais

As equipes estão sendo chamadas para trabalhar em programas específicos, com contratos curtos que duram em torno de um a três meses.

Por exemplo, a equipe do Tamanho Família é contratada por seis meses. O contrato se encerra em julho, mas boa parte dos funcionários volta em setembro para trabalhar por três meses no PopStar, The Voice, Escolinha do Professor Raimundo, ou outro programa sazonal.

Um dos funcionários da emissora, que pediu anonimato, revelou que está tendo o seu contrato renovado mensalmente, o que o deixa sem saber como será o seu futuro na Globo.

“O meu contrato terminou em junho, renovei até julho e agora fui chamado para estender até 31 de agosto. A coordenadoria não tem ideia do que via acontecer e diz que a direção é quem vai decidir”, disse.

Do Portal Uai, com edição e introdução de O Expresso