Correntina: situação das finanças públicas é desesperadora, segundo a Oposição

Maguila: desvio de verbas no passado e séria crise financeira na atualidade.

Vereadores e líderes da Oposição de Correntina estão alarmados com a situação econômico-financeira do Município, segundo declarações exclusivas a O Expresso.

Para começo de conversa, o Município está inadimplente e impossibilitado de firmar parcerias com os governos Federal e Estadual. A crise é tamanha que estão atrasados  pagamentos do transporte escolar há meses,  transporte alternativo,  máquinas,  caçambas há 4 meses, fornecedores,  médicos,  salário de dezembro de 2016, 13° de aniversariantes de julho a novembro 2019. Os empenhos de verba para fornecimentos de serviços e fornecedores dos meses de novembro e dezembro estão suspensos.

Por outro lado, o Município não repassa as contribuições patronais desde janeiro 2018, podendo chegar a 18 milhões.  Esse valor deverá, no momento do acerto ou parcelamento,  ser corrigido em juros de 6% ao ano mais IPCA e correções monetárias. O município já tem 5 parcelamentos somados em 62 milhões,  parcelas atrasadas desde 2018.

O Crédito Direto ao Consumidor, contratado pelos funcionários e descontado em folha, está retido, sem repassar aos bancos. O que vai criar uma legião de funcionários com problemas de crédito no SPC e SERASA.

O problema é maior: a categoria da Educação está em pé de guerra com o aproveitamento dos precatórios do FUNDEF recebidos. Dos mais de 42 milhões de reais dos precatórios, retornaram até então 4 escolas e licitaram mais 3 e um ginásio de esportes que custaram, com aditivos e valores iniciais, pouco mais de 8 milhões.

Restam em conta dos precatórios até mês de outubro, conforme demonstrativos de prestações de contas, E-TCM,  pouco mais de 17 milhões de reais.  A categoria quer saber onde foram aplicados os recursos,  possíveis desvios de finalidades e, rateio de 30% dos precatórios,  acordo feito com a categoria  em 12 de janeiro que, o prefeito desfez,  alegando impossibilidade de cumprir por conta de decisão dos órgãos de controles (TCU e TCM).

Contas do passado

Em julho deste ano, O Ministério Público Federal (MPF) acionou por improbidade administrativa Nilson José Rodrigues (Maguila), prefeito de Correntina (BA),  por desvios de recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) e do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). As ações foram ajuizadas respectivamente em 21 de junho e 24 de maio.

De acordo com o procurador da República Adnilson Gonçalves da Silva, autor das ações, juntos os acionados utilizaram verbas em finalidades diversas da manutenção e desenvolvimento da educação básica e do pagamento dos profissionais do magistério da educação básica – como prevê a Lei nº 11.494/2007.

O MPF apurou que o atual prefeito, durante sua gestão anterior em 2005, desviou R$ 684.107,87 em recursos da Educação (à época dos fatos Fundef e hoje Fundeb, e do FNDE) para pagamentos de empréstimos e tarifa bancários, indenizações trabalhistas, empréstimos direto ao consumidor, diárias, além de pagamentos diversos sem a devida comprovação de prestação dos serviços.

A ação destaca, ainda, que Rodrigues realizou o fracionamento indevido de despesas, para evitar o processo licitatório e contratar diretamente pessoas físicas e jurídicas para serviço de transporte escolar e fornecimento de gêneros alimentícios destinados à merenda escolar. O MPF requer a condenação de Rodrigues por prejuízo ao erário, previsto pela Lei nº 8.429/92.

PF investiga 29 empresas em esquema de desvios da Lei Rouanet em São Paulo

Lei Rouanet deveria incentivar apenas as artes
Lei Rouanet deveria incentivar apenas as artes

Escritórios de companhias suspeitas de envolvimento no desvio de recursos públicos para patrocínio cultural através da Lei Rouanet – incluídos bancos, montadoras e pelo menos uma grande empresa alimentícia – foram alvo hoje (27) de uma operação de busca e apreensão autorizada pela 3º Vara Federal em São Paulo.

O esquema beneficiou 29 empresas, segundo o Ministério Público Federal e a Polícia Federal (PF), que estimam que os prejuízos tenham chegado a R$ 25 milhões.

A ação foi um desdobramento da Operação Boca Livre, deflagrada em junho, que revelou o esquema de fraudes no sistema de renúncia fiscal para fomento à cultura conduzido pela produtora Bellini Cultural. Segundo a delegada Melissa Pastor, que comanda as investigações, nessa fase o foco foi nas contrapartidas ilícitas recebidas pelas patrocinadoras.

Os recursos, que deveriam apoiar projetos culturais acabavam sendo usados, essencialmente, para a promoção das empresas, segundo Melissa. “Na maior parte dos casos, o interesse era um evento institucional ou a utilização dessa verba como verba de caráter corporativo mesmo”, disse ela, ao mencionar a realização pelas empresas de jantares em restaurantes de luxo, apresentações fechadas de cantores famosos e festas corporativas com recursos da Lei Rouanet.

Ao investir em patrocínio parte do dinheiro que seria usado para pagamento do imposto de renda, a empresa tem direito a algumas contrapartidas, como a veiculação da marca em ações culturais. Existe ainda previsão de que uma pequena parte dos recursos sejam revertidos ao apoiador, como 10% da tiragem de uma publicação que recebeu fomento.

Funcionária do Banco do Brasil desviou 450 mil reais de correntistas

Uma funcionária do Banco do Brasil foi presa, na quinta-feira (14), por investigadores do Departamento de Crimes Contra o Patrimônio (DCCP), acusada de desviar mais de R$ 450 mil de correntistas da instituição. Rafaela de Azevedo Brito, de 28 anos, e o comparsa Antônio Josival Sousa Magalhães, 26, fazem parte de uma quadrilha de estelionatários, cujos integrantes são procurados pela polícia.

Segundo a delegada Glória Isabel Santos Ramos, do DCCP, Rafaela é servidora concursada do banco há oito anos. Ela trabalhava numa agência em Recife, em Pernambuco, mas encontrava-se afastada de suas funções por 30 dias e respondia a um Processo Administrativo Disciplinar (PAD), dentro da organização.

Nesse período, o banco, por meio do seu sistema de segurança, registrou o acesso de Rafaela em contas correntes onde, posteriormente, foram percebidos desvios de recursos. A administração, então, decidiu afastá-la para apurar. A investigação conduzida pelo DCCP revelou que a bancária também acessava contas de clientes utilizando login e senha de colegas, sem que estes soubessem.

Rafaela visitou diversas agências na Bahia, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte, onde se apresentava como funcionária do banco e solicitava aos colegas que verificassem seu saldo. Enquanto o servidor digitava seu login e senha, a falsária copiava os dados e os utilizava posteriormente para desviar valores, que variavam entre R$ 30 e R$ 50 mil, de cada conta.

Antônio usava a mesma estratégia e se apresentava como funcionário utilizando um crachá falsificado, fornecido por Rafaela. Os dois vão responder por furto mediante fraude, associação criminosa e invasão de dispositivo informático com o objetivo de captar informação sigilosa para desvio de recursos, com base no artigo 154 do Código Penal.

Rafaela e Antônio seguiram para o Núcleo de Prisão em Flagrante (NPF), na Avenida ACM. A polícia busca agora identificar os outros quatro integrantes da quadrilha.

A fraude foi identificada pelo Banco do Brasil, através de procedimentos internos de segurança, sendo prontamente comunicada às autoridades policiais. O BB esclarece que não houve prejuízo a clientes. Conforme Ascom / Polícia Civil e edição do Bocão News.