“O primeiro dever do homem em sociedade é ser útil aos membros dela; e cada um deve, segundo as suas forças físicas, ou morais, administrar em benefício da mesma, os conhecimentos, ou talentos que a natureza, a arte, ou a educação lhe prestou. O indivíduo, que abrange o bem geral de uma sociedade, vem a ser o membro mais distinto dela: as luzes, que ele espalha tiram das trevas, ou da ilusão, aqueles que a ignorância precipitou no labirinto da apatia, da inépcia, e do engano”.
Ninguém mais útil pois que aquele que se dedica a mostrar, com evidência, os acontecimentos do presente, e desenvolver as sombras do futuro. “Tal tem sido o trabalho dos redatores das folhas públicas, quando estes, munidos de uma crítica sã, e de uma censura adequada, apresentam os fatos do momento; as reflexões sobre o passado e as conjeturas sobre o futuro.
O trecho acima representa o início da mensagem da primeira edição do jornal “Correio Braziliense”, publicado por Hipólito José da Costa, em Londres, em 1º de junho de 1808. Mesmo que tenha sido escrito no século XIX, o texto se mostra atual e identifica o Patrono da Imprensa brasileira como uma referência histórica da luta que os jornalistas travam, dia a dia, para que possam cumprir seu papel social.
A partir de 1999, o 1° de junho passou a marcar passagem do Dia da Imprensa, como forma de reconhecer o “Correio Braziliense” como o primeiro jornal brasileiro, embora editado no exterior. A iniciativa, defendida pela Associação Riograndense de Imprensa, foi estabelecida pela Lei 9.831, sancionada pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
