Os bons escritores morrem felizes.

Em uma entrevista, em 1998, Saramago disse que não tinha tempo para pensar na morte porque tinha muitas coisas que lhe faziam viver.

E que não flertava com arrependimento: “Se tivesse que reviver tudo de novo, mesmo com o que há de triste, de mal, de feio, ainda assim, viveria tudo de novo”.

Saramago , Nobel de Literatura, era filho e neto de pais e avós paupérrimos e analfabetos. Uma prova de que a educação tudo pode.

Li pouco Saramago. O cenário em sua leitura é mumificado, as palavras dissecadas, uma a uma, numa perfeição entediante. José Saramago, desaparecido ontem, aos 87 anos, foi, antes de escritor, um parceiro dos seus leitores, partilhando com eles o ato de imaginar. Os bons escritores morrem felizes: deixam a palavra como testemunho de um tempo e um imenso arsenal de equipamentos, ferramentas e softwares para que seus contemporâneos e as gerações futuras possam imaginar. E a imaginação é onde o homem transcende à sua natureza animal.

Washington Araújo, autor das frases grifadas no início deste post, escreveu longo artigo no “Diário Liberdade” chamado “O Homem que dizia não”. Leia a íntegra do artigo: Continue Lendo “Os bons escritores morrem felizes.”

Imprensa de esquerda malha Lula por Belo Monte.

O jornal Diário Liberdade, portal da Galícia, Portugal, claramente comunista e anticapitalista, critica violentamente o nosso Grande Timoneiro, pela atitude de fazer o leilão da energia futura de Belo Monte custe o que custar. Pra se ver que as esquerdas são o que existe de mais desunido no mundo. Leia trecho e clique no link para ler o restante do artigo, bem como matérias conexas.

O projeto da mega-usina hidrelétrica é bem chamado de Belo Monstro pela garotada de Altamira, pelos ribeirinhos índios e não índios do Xingu paraense e por alguns de nós adultos brancos ainda combatentes da ditadura e da destruição movida pelo capital. Vai se confirmando o que eu escrevo há anos: mentira em cima de mentira, um dia pode desabar. O propagandista nazista Goebbels dizia que a mentira sempre repetida torna-se verdade. Mas nem sempre ele acerta.

Quarta feira, dia 14 de abril, começou a circular a notícia de que, mais uma vez, o juiz federal de Altamira, no Pará, Antonio Carlos Campelo, havia acolhido a liminar de uma Ação Civil Pública movida por procuradores federais e determinado a suspensão da Licença Prévia ambiental do projeto Belo Monte, que havia sido concedida pelo IBAMA em fevereiro, e o cancelamento do leilão da eletricidade futura da hipotética usina, marcado para terça-feira, dia 20 de abril, pela Aneel – sim, aquela que merece o nome de Agência dos Negócios da Energia Elétrica.