Há 5 anos, o golpe de opereta bufa que desaguou no desastre Bolsonaro.

Há 5 anos, a direita “liberal” patrocinava um golpe e pavimentava o caminho para Bolsonaro

Dilma deixa o Palácio da Alvorada em setembro de 2016. Digna, a Presidenta não se deixou cooptar pelo Centrão.

Por Cynara Menezes, em Socialista Morena, com título editado por O Expresso.

Nesta terça, 31 de agosto, completam-se 5 anos desde que a primeira mulher eleita presidenta do Brasil, Dilma Rousseff, foi arrancada do cargo por um golpe jurídico-político-midiático. A mesma direita “liberal” que hoje clama contra Jair Bolsonaro (enquanto vota a favor de todos os projetos de sua agenda econômica no Congresso) patrocinou a deposição de Dilma por não aguentar esperar, democraticamente, pela próxima eleição.

Qual o legado do golpe contra Dilma? A julgar pela situação do país, o pior possível. A corrupção na política, principal desculpa para tirar o PT do poder, não acabou, pelo contrário. As instituições, enfraquecidas pelas manobras para destituir a presidenta, estão em frangalhos, incapazes de deter a escalada fascista. O único resultado prático do golpe foi pavimentar o caminho para Bolsonaro, que, como uma ameba, se alimentou do ódio destilado à esquerda para crescer e chegar ao Planalto.

Sob qualquer ótica o país piorou. O desemprego explodiu, os trabalhadores e os aposentados perderam direitos, a fome e a miséria voltaram. Os preços do gás e da gasolina, bandeiras da direita e da mídia contra o PT, estão atualmente na estratosfera sem que ninguém vá a um posto de gasolina fazer escarcéu, como aquela moça da época da Dilma. Aliás, por onde anda ela? Por onde andam todos os indignados com o valor do dólar, hoje acima dos 5 reais? Cadê o colar de tomates de Ana Maria Braga?

Eu não esqueci dos atuais defensores da democracia da mídia comercial que iam ao Clube Militar flertar com o autoritarismo em nome de tirar o PT do poder… É muito triste constatar a falta de compromisso da tal direita “liberal” com o país. Não foi por falta de aviso. Éramos uma democracia jovem, ainda. Acenar aos militares contra Dilma foi um jogo perigoso cujos frutos envenenados colhemos agora. Não se brinca com a democracia para tirar adversário no tapetão. Para isso existem as urnas –e a dúvida contra elas que agora ameaça nosso futuro foi o principal algoz de Dilma, o PSDB, quem plantou. Bolsonaro só surfa na onda.

Os mesmos machistas, misóginos, mulheres jornalistas incluídas, que zombavam das falas da presidenta e até da forma como ela se vestia e caminhava (!!!), saudariam com entusiasmo a chegada da primeira mulher a ser eleita vice-presidenta… nos EUA. O complexo de vira-latas desenhado para quem não quer ver: em nosso próprio país, sabotamos e depomos a mulher que chegou ao cargo máximo da nação, enquanto lá fora bajulamos a gringa que se tornou vice.

“Hoje eu só temo a morte da democracia, pela qual muitos de nós, aqui neste plenário, lutamos com o melhor dos nossos esforços”, advertiu Dilma em seu discurso de defesa no Senado. Ninguém ouviu. Todos estavam surdos.

Dilma expressa toda sua indignação com o “Primeiro Comando de Curitiba”.

Às 16 horas deste domingo, a ex-presidenta Dilma Rousseff, publicou no Twitter um post lamentando a inércia da Justiça frente aos crimes cometidos pelo “Primeiro Comando de Curitiba”, que, para derrubar o PT do poder criou a Operação Lava Jato.

Ato contínuo, prendeu através de mandados de condução coercitiva, ilegais, destruiu empresas, entre elas a florescente indústria naval brasileira, e acabou com centenas de milhares de empregos na construção civil de porte.

Agindo sobre a banda da ilegalidade, o Ministério Público Federal e o juiz Sérgio Fernando Moro ameaçaram, extorquiram e agiram como cabos eleitorais em 2018. Veja o texto de Dilma:

As gravações divulgadas das conversas entre o juiz Sérgio Moro e os procuradores liderados por Deltan Dallagnol são suficientes para sepultar de vez a suposta imparcialidade da operaçao Lava Jato.

O STF pode e deve declarar a suspeição de Moro e, assim, anular os processos contra Lula. Também pode e deve punir as ofensas cometidas por Moro e seus procuradores ao direito de defesa, ao devido processo legal, ao estado democrático de direito e ao próprio Judiciário.

Os diálogos provam que a Lava Jato manipulou o sistema de justiça, atentou contra a soberania nacional, em acordos ilegais com agentes estrangeiros, corroeu a democracia, contribuiu para o golpe de 2016, prendeu Lula sem provas e, com isto, levou a extrema direita ao poder.

Dilma reprova facciosismo da Folha em editorial que compara seu Governo com o do Calígula.

 

Em artigo divulgada neste sábado (22), a ex-presidenta Dilma Rousseff classifica o editorial de hoje da Folha – sob o título “Jair Rousseff” – como um ato deliberado de má-fé. “É pior do que um erro. É, mais uma vez, a distorção iníqua que confirma o facciosismo do jornal. A junção grosseira e falsificada é feita para forçar uma simetria que não existe e, por isto, ninguém tem direito de fazer, entre uma presidenta democrática e desenvolvimentista e um governante autoritário, de índole neofascista, sustentado pelos neoliberiais – no caso em questão, a Folha”, afirma.

Dilma afirma ainda que todas as afirmações do editorial do jornal a respeito do seu governo são fake news. “A Folha falsifica a história recente do país, num gesto de desprezo pela memória de seus próprios leitores”.

Leia a integra

A Folha tem enorme dificuldade de avaliar o passado e, assim, frequentemente erra ao analisar o presente.

Foi por avaliar mal o passado que a empresa até hoje não explicou porque permitiu que alguns de seus veículos de distribuição de jornal dessem suporte às forças de repressão durante a ditadura militar, como afirma o relatório da Comissão Nacional da Verdade.

Foi por não saber julgar o passado com isenção que cometeu a pusilanimidade de chamar de “ditabranda” um regime que cassou, censurou, fechou o Congresso, suspendeu eleições, expulsou centenas de brasileiros do país, prendeu ilegalmente, torturou e matou opositores.

Os erros mais graves da Folha, como estes, não são de boa-fé. São deliberados e eticamente indefensáveis. Quero deixar claro que falo, sobretudo, do grupo econômico Folha, e não de jornalistas.

Quero lembrar, ainda, a publicação, na primeira página, de uma ficha falsificada do Dops, identificada pelo jornal como se fosse minha, e que uma perícia independente mostrou ter sido montada grosseiramente para sustentar acusação falsa de um site fascista. Mesmo desmascarada pela prova de que era uma fraude, a Folha, de forma maliciosa, depois de admitir que errou ao atribuir ao Dops uma ficha obtida na internet, reconheceu que todos os exames indicavam que a ficha era uma montagem, mas insistiu: “sua autenticidade não pôde ser descartada.”

Quem acredita que as redes sociais inventaram as fake news desconhece o que foi feito pela grande imprensa no Brasil – a Folha inclusive. Não é sem motivo que nas redes sociais a Folha ganhou o apelido de “Falha de São Paulo”.

O editorial de hoje da Folha – sob o título “Jair Rousseff” – é um destes atos deliberados de má-fé. É pior do que um erro. É, mais uma vez, a distorção iníqua que confirma o facciosismo do jornal. A junção grosseira e falsificada é feita para forçar uma simetria que não existe e, por isto, ninguém tem direito de fazer, entre uma presidenta democrática e desenvolvimentista e um governante autoritário, de índole neofascista, sustentado pelos neoliberiais – no caso em questão, a Folha.

Todas as afirmações do editorial a respeito do meu governo são fake news. A Folha falsifica a história recente do país, num gesto de desprezo pela memória de seus próprios leitores.

Repisa a falsa acusação de que o meu governo promoveu gastos excessivos, alegação manipulada apenas para sustentar a narrativa midiática e política que levou ao golpe de 2016. Esquece deliberadamente que a crise política provocada pelos golpistas do “quanto pior, melhor” exerceu grande influência, seja sobre a situação econômica, seja sobre a situação fiscal.

A Folha, naquela época, chegou a pedir a minha renúncia, em editorial de primeira página, antes mesmo do julgamento do impeachment. Criava deliberadamente um ambiente de insegurança política, paralisando decisões de investimento, e aprofundando o conflito político. Estranhamente, a Folha jamais pediu o impeachment do golpista Michel Temer, apesar das provas apresentadas contra ele. Também não pediu o impeachment de Bolsonaro, ainda que ele já tenha sido flagrado em inúmeros atos de afronta à Constituição, e o próprio jornal o responsabilize pela gravidade da pandemia. A Folha continua seletiva em seus erros: Falha sempre contra a democracia, e finge apoiá-la com uma campanha bizarra com o bordão “vista-se de amarelo”.

Um país que, em 2014, registrou o índice de desemprego de apenas 4,8%, praticamente pleno emprego, com blindagem internacional assegurada por um recorde de US$ 380 bilhões de reservas, não estava quebrado, como ainda alega a oposição. Na verdade, a destituição da presidenta precisou do endosso da grande mídia para garantir a difusão desta fake news. O meu mandato nem começara e o impeachment já era assunto preferencial da mídia, embalado pelas pautas bombas e a sabotagem do Congresso, dominado por Eduardo Cunha.

Os dados mostram que a “irresponsabilidade fiscal” que me foi atribuída é uma sórdida mentira, falso argumento para sustentar o golpe em curso. Entre 2011 e 2014, as despesas primárias cresceram 3,7% ao ano, menos do que no segundo mandato de FHC (4,1% ao ano), por exemplo. Em 2015, já sob efeito das pautas bombas, houve retração de 2,5% nessas despesas. As dívidas líquida e bruta do setor público chegaram, em meu mandato, a seus menores patamares desde 2000. Mesmo com a elevação, em 2015, para 35,6% e 71,7%, devido à crise que precedeu o golpe, elas ainda eram muito menores que no final do governo de Temer (53,6% e 87%) ou no primeiro ano de Bolsonaro (55,7% e 88,7%).

Logo ao tomar o poder ilegalmente, os golpistas aproveitaram-se de sua maioria no Congresso e do apoio da mídia e do mercado para aprovar a emenda do Teto de Gastos, um dos maiores atentados já cometidos contra o povo brasileiro e a democracia em nossa história, pois, por 20 anos, tirou o povo do Orçamento e também do processo de decisão sobre os gastos públicos. Criou uma “camisa de força” para a economia, barrando o investimento em infraestrutura e os gastos sociais, e “constitucionalizando” o austericídio. O Teto de Gastos bloqueia o Brasil, impede o País de sair da crise gerada pela perversão neoliberal que tomou o poder com o golpe de 2016 e a prisão do ex-presidente Lula. E, a partir da pandemia, tornará ainda mais inviável qualquer saída para o crescimento do emprego, da renda e do desenvolvimento.

Se a intenção da Folha é tutelar e pressionar Bolsonaro para que ele entregue a devastação neoliberal, que tenha pelo menos a dignidade de não falsificar a história recente. Aprenda a avaliar o passado e admita seus erros deliberados, se quiser ter alguma autoridade para analisar um presente sombrio de cuja construção participou diretamente.

Dilma Rousseff

 

Momento político grave cria novos personagens oportunistas

O jornalista Kennedy Alencar atacou figurinhas carimbadas da política, as quais participaram do Golpe de 2016 e conduziram o bárbaro Jair Bolsonaro ao poder, apoiando-o ou se isentando da luta política e do esclarecimento do povo do que estava prestes a acontecer.

Em podcast no site da CBN, Kennedy Alencar traça, também, paralelo entre atitudes controversas dos presidentes do Brasil e dos EUA. Trump, por exemplo, pretende retomar comícios, mas quer que apoiadores assinem termo de responsabilidade para o caso de contraírem coronavírus.

Já Bolsonaro sugere que apoiadores invadam hospitais para filmar leitos. Para Kennedy, fala demonstra ‘ignorância fundamental’ do presidente brasileiro. Evolução da pandemia e manifestações contra o racismo também estão entre os destaques.

Já a ex-presidente Dilma Rousseff desancou os tucanos, em sua escalada para blindar Bolsonaro:

“O anúncio da adesão dos tucanos, feito ontem pelo presidente nacional do partido, é chocante porque contraria o consenso nacional, trai a luta pela democracia e insulta a memória de mais 40 mil vítimas fatais de uma doença que Bolsonaro despreza e decidiu não combater.”

“Só não se pode dizer que o PSDB está traindo a si mesmo. Sempre que descem do muro, os tucanos descem para o lado errado. O partido deu início ao movimento que levou ao golpe de 2016 e liderou a sabotagem movida contra mim no Congresso. Participou do governo golpista e, hoje, se acumplicia com um governo fascista. O faz em nome do que chama de “paciência democrática”. Mas em 2016, diante de um governo recém-eleito e que jamais pôde ser acusado de autoritário, não soube se resignar à vontade manifesta dos eleitores.”

Quando até o Democratas, partido sempre à direita dos grandes movimentos políticos nacionais se afasta determinado de Bolsonaro, causa espécie que um partido como o PSDB, sempre ligado à centro-esquerda, venha fortalecer o Presidente na ameaça iminente de um impeachment.

O DEM tem origem no Partido da Frente Liberal (PFL), no PSD e na ARENA, apoiadores da Ditadura de 64. Hoje tem uma atitude mais democrata que o PSDB, originado nos autênticos do MDB e tradicionalmente um partido de Oposição.

A soberania brasileira terceirizada. E o Governo fazendo justiça com as próprias mãos.

A Polícia Federal pediu a prisão da ex-presidente Dilma Rousseff no dia de hoje. O Ministério Público Federal e o Supremo Tribunal Federal negaram de plano. Os ritos do inquérito e do devido processo legal foram de fato abandonados pelos esbirros de Jair Messias Bolsonaro.

E a Rede Globo de Televisão, tão corajosa e imparcial ao relatar os feitos de Paulo Guedes – acredito que durante quase 10 minutos – não deu nenhuma notinha ao final do fantástico Jornal Nacional.

Paulo Guedes e Jair Bolsonaro estão entregando o petróleo, o regime de águas e a geração de energia hidrelétrica e até a Casa da Moeda. Voltaremos aos tempos antigos em que não éramos capazes nem de fabricar o nosso dinheiro.

O nome disso é terceirização da soberania.

 

Golpista arrependido diz que impeachment de Dilma foi farsa.

Um dos defensores do afastamento da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) em 2016, o ex-senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB) agora considera que houve uma “manipulação política do impeachment” pela força-tarefa da Lava Jato em Curitiba e pelo ex-juiz Sergio Moro, atual ministro do governo Jair Bolsonaro (PSL).

Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, o tucano disse que isso ficou provado após a divulgação de mensagens trocadas entre procuradores da operação, obtidas pelo site The Intercept Brasil por meio de fonte anônima e também analisadas por outros veículos, entre eles a Folha.

“Eles manipularam o impeachment, venderam peixe podre para o Supremo Tribunal Federal. Isso é muito grave”, afirma Aloysio.

Em outro trecho da entrevista, o ex-senador diz que a divulgação de telefonema entre a então presidente Dilma e o ex-presidente Lula em 2016 impediu o governo petista de recompor sua base e barrar o impeachment. À época, o vazamento resultou em decisão do Supremo Tribunal Federal que barrou a posse de Lula como chefe da Casa Civil do governo.

No ano seguinte à queda de Dilma do Planalto, Aloysio Nunes se tornou ministro das Relações Exteriores do governo Michel Temer (MDB). Neste ano, passou a chefiar a Investe SP (agência de fomento de São Paulo) no governo João Doria (PSDB), mas deixou o cargo em fevereiro, após ser alvo de busca e apreensão na 60ª fase da Lava Jato, a Ad Infinitum. ​

Pedido de propina

No último mês, também foi revelado que o ex-presidente da OAS Léo Pinheiro relatou, em sua proposta de acordo de delação, que Aloysio teria pedido propina a campanhas do PSDB em troca da liberação de recursos de obras em São Paulo.

Questionado pela Folha, Aloysio diz que o relato de Pinheiro é absurdo e cita apenas informações que não podem ser sujeitas à comprovação.

Já sobre a Lava Jato diz que após as revelações das mensagens de procuradores ficou “profundamente chocado com o que aconteceu”.

Instado a avaliar a atuação da Lava Jato até aqui, ele diz:

“Acho que os diálogos divulgados pelo Intercept e por vários veículos, entre os quais a Folha, carimbam muitos desses procedimentos de absoluta ilegitimidade. Não é possível, em um processo judicial, em um país civilizado, um juiz e os procuradores se comportarem da forma como se comportaram. Processo judicial exige um juiz independente, imparcial, que dê iguais oportunidades tanto à defesa quanto ao Estado provarem seus argumentos”.

Sem paixões: como viemos parar neste vale de lágrimas depois de 4 anos.

Posse de Dilma, ao lado do Sinistro, estava cavando sob os seus próprios pés.

Tudo começa numa campanha eleitoral à Presidência da República, há exatos quatro anos.

O Governo de Dilma Rousseff não repetia os mesmos êxitos do ex-presidente Lula e ela segurava a carruagem da economia com renúncia fiscal, incentivo à construção civil – principalmente no programa Minha Casa, Minha Vida – e fazia o dinheiro circular com a abertura do crédito fácil e com programas sociais do tipo Bolsa Família.

A sensação do sr. Mercado de que havia nuvens negras no horizonte da economia transmitiu à Oposição a sensação de que poderia interromper os 12 anos de poder do Partido dos Trabalhadores. Se Dilma ganhasse as eleições, Lula voltaria e aí poderiam ser mais oito anos de poder.

Dilma, que durante o Governo Lula tinha ocupado o Conselho de Administração da Petrobras, sabia, durante o seu Governo, que teria dificuldades para interromper o grande processo de corrupção que minava as estatais, os fundos de pensão, o setor financeiro e outros.

A Presidenta criava inimigos em todos os setores, principalmente no Legislativo, onde não aceitava a liderança de alguns ícones da corrupção, como o “capo de tutti il capi”, Eduardo Cunha, o homem do Centrão que comandava cerca de 300 deputados sustentados às burras cheias no Congresso.

As eleições foram aquilo que se viu. O representante da jeunesse dorée, o príncipe do Baixo Leblon, Aécio Neves, perdeu depois de se considerar eleito. Magoado, jurou que Dilma não terminaria seu mandato.

Em junho de 2015, aconteceu a gota d’água. Depois de aprovado no Congresso, um aumento aos servidores do Judiciário de 78,6% foi vetado por Dilma.

Pronto: Dilma tinha todos contra si.

O Sr. Mercado, desconfiado do aprofundamento da crise; o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, chargeado pelo PT na sua eleição à Presidência da Câmara; os vencidos em 2014 e, agora, o Judiciário, magoado pelo veto ao seu aumento, tão desejado; além de um vice-presidente, líder da camarilha emedebista, que agora via a perspectiva de assunção ao poder.

O resto da história todos sabem.

Acontece que, hoje, quando o dólar atinge R$4,00, a gasolina ronda os R$5,00, 13,4 milhões estão desempregados e outros 30 milhões de brasileiros estão desocupados ou sub-ocupados, o que significa que quase metade da força de trabalho do País não sabe o que fazer; 63 milhões não podem nem comprar um fogão novo, pois estão inscritos nos index dos spc e serasa da vida; a indústria, o comércio e os serviços desabaram para 20% de sua capacidade instalada, está completo o ciclo de 4 anos da campanha pela reeleição de Dilma.

Só o agronegócio está com a cabeça de fora, mesmo assim sobressaltado com a valorização do dólar, com a greve dos caminhoneiros e com a malfadada tabela de fretes, uma das trapalhadas mais icônicas do sr. Michel.

Se estava ruim com Dilma, piorou muito mais sob o comando do sinistro do Jaburu.

A corrupção recrudesceu, o País perdeu o rumo e isso parece ter se tornado o terreno fértil para o aparecimento de aventureiros, desses que sobem os montes, negam a ONU ou acumulam dinheiro nas contas suíças e nos paraísos fiscais.

Como dizia o vate Manuel Bandeira, agora só nos resta tocar – e dançar – um tango argentino.

Dilma fará denúncias no Exterior sobre a situação política do Brasil.

A ex-presidente Dilma Rousseff vai à Espanha e ao EUA para denunciar o Estado de Exceção no Brasil e a prisão política de Lula. Ela vai proferir palestras em universidades e instituições acadêmicas para falar da crise política e dos riscos à democracia brasileira.

A opinião pública europeia e norte-americana precisa mesmo saber como foi dado o golpe no Brasil, com o parlamento, com as forças de segurança, “com o Supremo, com tudo”. Mas isso de pouco vai adiantar: quem mais ganhou com o golpe foram as multinacionais do petróleo, da construção pesada, da indústria manufatureira e do agronegócio.

Voltamos a ser a colônia agrícola que em 1930 dependia da renda do café, hoje substituído pela soja. Os Estados Unidos, primeira economia do mundo, continua sua marcha para acabar de vez com a ideia dos BRICs, a união comercial entre Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Estamos cada vez mais dependentes do acordo de Bretton Woods (1944), vendendo e comprando em dólar, e cada vez mais afastados do grande consórcio de estados que negociariam em moeda própria, o Bric.

Dilma e Barroso reagem à ação seletiva das polícias e do arcabouço da Justiça

Foto: Guilherme Santos/Sul21

Dona Dilma Rousseff, apeada do poder por um grupo de magistrados e parlamentares mal intencionados, hoje em entrevista ao Sul21:

“Golpistas estão criando um inimigo interno: ele é brasileiro, negro, pobre e mora na periferia”

“É típico da Justiça destes momentos de exceção criar a justiça do inimigo”, acrescentou a Presidente.

Em palestra nesta sexta-feira (23), em seminário na Defensoria Pública da União no Rio de Janeiro para o lançamento da pesquisa Tráfico e Sentenças Judiciais – Uma Análise das Justificativas na Aplicação de Lei de Drogas no Rio de Janeiro, que pode ser acessada aqui, o ministro do STF, Luís Roberto Barroso, foi duro e condenou a atual política de drogas, que segundo ele faz do Estado um parceiro do tráfico, que encarcera e destrói a vida e as perspectivas da juventude pobre como um todo.

“O sistema punitivo brasileiro é para pegar a clientela dos senhores”, disse, dirigindo-se à plateia formada principalmente por defensores públicos. “Essa é a dura e triste realidade.

É muito mais comum e mais fácil prender um menino com 100 gramas de maconha, ou 2 de cocaína, do que prender alguém que desvie R$ 10, 20 milhões. O sistema é concebido para não alcançar essas pessoas.

A classe dominante nacional concebeu um sistema punitivo que a imuniza. Basta comparar o tratamento que se dá ao furto e à sonegação”.

Dilma vetou aumento de quase 80% do salário do judiciário e bailou na curva

Então não foi vingança? Não foi mágoa? Não foi o tal de “farinha pouca, meu pirão primeiro”? Dilma deveria ter acertado com a “crasse” e estaria no cargo até hoje. Em prejuízo de todos os brasileiros, é lógico.

Dilma é inocentada em todas instituições da Justiça e volta plena à política.

Dilma foi inocentada em todas as instâncias dos supostos crimes que lhe acusaram, inclusive no julgamento do STF, que negou-se a cassar seus direitos políticos.

Compra de Pasadema: inocentada pela investigação da TCU.
Obstrução da Lava jato: inocentada pela investigação da PF.
Dinheiro no exterior: inocentada pela investigação da MPF.
Pedaladas: inocentada pela investigação da MPF.
Abuso de poder: inocentada pela investigação do TSE.

De onde nasceu o ódio e a reação nazi-facista?

1) Dilma vetou reajuste de 40% no salário do poder judiciário (irritou os Membros da Justiça).

2) Dilma vetou a reforma trabalhista e a aprovação da lei da terceirização (irritou os Empresários e a Fiesp).

3) Dilma vetou o financiamento privado de campanha eleitoral (irritou os propineiros).

4) Dilma deu liberdade à Policia Federal e não interferiu nas investigações (irritou os corruptos deputados e Senadores).

5) Dilma recusou negociar com Cunha (irritou os 300 deputados que ele sustenta).

6) Dilma não aceitou entregar o petróleo brasileiro para os estrangeiros (irritou os EUA).

7) Dilma não aceitou privatizar o pouco que ainda resta do patrimônio público brasileiro (irritou os donos do poder econômico que têm apoio da direita neoliberal).

8) Dilma não aceitou perdoar a dívida de 2 bilhões dos planos de saúde com o governo (irritou os poderosos do setor de seguro de saúde privada).

9) Dilma não aceitou perdoar a dívida que os clubes de futebol têm com o governo (irritou a CBF).

10) Dilma não aceitou perdoar a dívida milionária que os canais de TV, em especial a Globo, têm com o governo (irritou os barões da mídia, em especial a família Marinho).

Entendeu onde nasceu e onde mora o ódio?
Texto de Urias Rocha, com edição de O Expresso.

Para os bobagentos de plantão:

  • A mandioca foi destacada pela ONU como o alimento do século XXI.
  • A energia eólica é o principal instrumento de regulação da energia elétrica proveniente das hidrelétricas, dentro da atual crise hídrica. Por outro lado, a acumulação da energia das eólicas hoje também é possível com a adoção de enormes baterias.

O Brasil tem a metade dos médicos que precisa, viu Temeroso?

Dilma Rousseff, hoje no twitter:

O Brasil tem no máximo a metade do número de médicos de que necessita. E a esmagadora maioria dos milhares de médicos brasileiros em atividade trabalha nas capitais e nos grandes centros urbanos.

E o Bento Carneiro, o vampiro brasileiro do Jaburu, proibiu a abertura de novas faculdades de medicina pelos próximos 5 anos. Ainda bem que ano que vem ele deixa o Jaburu e vai chupar sangue só no doméstico.

Dilma diz que vender petróleo a preços vis é alta traição

A presidente deposta pelo golpe parlamentar, Dilma Rousseff, manifestou seu apoio à Frente Parlamentar Mista em Defesa da Soberania Nacional, criada para protestar contra a venda do pré-sal brasileiro a estrangeiros, o que aconteceu em leilão marcado pelo governo nesta sexta-feira 27.

Dilma destaca que o petróleo foi vendido “a preços vis”, a “preço de banana”. Ela criticou ainda outras ações do governo Temer em favor das grandes empresas mundiais de petróleo e contra a indústria nacional, como a isenção do pagamento de impostos e a não obrigatoriedade de comprar equipamentos nacionais.

“Assim, o governo golpista cumpre mais uma etapa de sua devastadora destruição da economia e das riquezas nacionais: doa nossas maiores riquezas, abre mão de tributos que seriam usados em benefício do povo brasileiro e transfere para o exterior empregos que deveriam ser criados aqui”, resume.

Para Dilma, trata-se de “um crime de traição, que um dia terá de ser julgado severamente”.

Pesquisa coloca Dilma como 4ª colocada em candidatura para o Senado no RS

Levantamento feito junto aos eleitores do Rio Grande do Sul sobre a eleição para o Senado em 2018 aponta que, se as eleições fossem hoje (pesquisa estimulada), a senadora Ana Amélia Lemos (PP) e o senador Paulo Paim (PT) seriam reeleitos, respectivamente, com 38,4% dos votos e 26,0%.

A seguir viriam o ex-governador Germano Rigotto (PMDB), com 13,1%, a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), com 11,4%, o deputado federal Onyx Lorenzoni (Dem), com 10,6% e o ex-prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, do PDT, com 6,3%. O deputado federal peemedebista Osmar Terra aparece com 5,0% e a deputada estadual Silvana Covatti, do PP, com 4,0%. Não sabem em quem votariam 5,9%. Não votariam em nenhum desses, 13,6%.

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Dilma: quando quis acabar com a corrupção na Petrobras, perdeu a base de apoio no Congresso

Ex-­presidente fala sobre Moreira Franco: “O gato angorá tem uma bronca danada de mim porque não o deixei roubar. Chamei o Temer e disse: ‘Ele não fica'”

Dilma Rousseff, em entrevista a Maria Cristina Fernandes, do jornal Valor Econômico, publicado nesta sexta, 17:

“Se não achasse importante o combate à corrupção, não teria sancionado a lei da delação premiada, não teria respeitado a Polícia Federal, não teria respeitado o Ministério Público, nem nomeado ministros [do Supremo Tribunal Federal] que tivessem uma inequívoca biografia”.

Mais adiante a ex-Presidente afirma:

“O combate à corrupção no Brasil mais uma vez virou uma arma ideológica. Enquanto as investigações estavam sobre o PT, ou alguém do PT, não havia problema em vazamento, não havia problema em 500 mil pesos e mil medidas. Agora tem. Uma coisa que, visivelmente, em qualquer país do mundo, seria caso de quebra da segurança nacional, que é gravar o presidente sem autorização do Supremo, tudo isso foi permitido. Agora, quando chega ao PMDB ou PSDB, é criminalização da política”.

A jornalista acrescenta à fala de Dilma que foi em seu governo que aconteceu a nomeação de Graça Forster para a Presidência da Petrobras, que afastou os diretores suspeitos e cerceou os contratos por eles geridos, decisão que começou a corroer a base de apoio ao governo no Congresso montada pelo antecessor.

Revista “Isto é” faz jogo sujo contra Dilma Rousseff

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NOTA À IMPRENSA

A propósito da edição da revista IstoÉ deste sábado, 11 de fevereiro, com a matéria de capa “R$ 50 milhões em propina para a campanha de Dilma”, a assessoria de imprensa de Dilma Rousseff esclarece:
“A revista IstoÉ comete um desserviço aos leitores ao manter a mira do seu jornalismo de guerra contra a ex-presidenta da República Dilma Rousseff. E, mais uma vez, deixa transparecer o apoio da Editora Três ao Golpe de 2016, do qual a publicação é porta-voz, emprestando desde sempre seu apoio dócil e servil ao governo Temer.
IstoÉ continua a ignorar as regras do jornalismo. O repórter falhou no cumprimento de seu dever. A revista sequer se deu ao trabalho de procurar a assessoria de Dilma para checar as informações ou ouvir o outro lado, antes de publicar o texto noticioso, um amontoado de ilações baseado no que seria a delação do empresário Marcelo Odebrecht.
A revista insinua, de maneira vil e irresponsável, a participação de Dilma Rousseff em atos suspeitos durante a campanha presidencial. Não prova, contudo, que ela teve conduta criminosa ou cometido ilícitos na campanha de 2010.
Dilma Rousseff jamais manteve contatos pessoais com  Marcelo Odebrecht para obter vantagens financeiras nas eleições. Nem designou terceiros para negociar em seu nome. Muito menos fez concessões a empresas como retribuição por doações.
O ex-ministro Guido Mantega jamais tratou de recursos financeiros para a campanha presidencial em nome de Dilma, como a própria defesa deixou claro à revista, que ao menos o ouviu antes de dar a notícia.
Todas as doações de empresas foram legais e registradas na Justiça Eleitoral, em 2010 e 2014.
A sórdida campanha movida pela Editora Três desde 2015 contra a ex-presidenta persiste, mas não prevalecerá. A conduta aética da revista obriga a ex-presidenta Dilma Rousseff, mais uma vez, a buscar na Justiça a reparação por danos morais e à sua honra.
ASSESSORIA DE IMPRENSA
DILMA ROUSSEFF.

Por falar em jogo sujo, circulam informes extra-oficiais nas redes sociais que na próxima semana o Supremo libera, de uma vez, as delações da Odebrecht. Por seu turno, informa-se também que a Rede Globo estabeleceu prioridade absoluta para as delações que eventualmente atinjam Lula e Dilma. Segundo a editora da Globo News, Eugênia Moreyra, a prioridade das denuncias contra os dois ex-presidentes é “estratégia em questão serve para que Lula, Dilma e o PT não se beneficiem do  prejuízo de imagem que terão seus adversários”.

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O que o povo anseia, mesmo os menos aquinhoados com a informação e desprovidos de capacidade de entendimento da grave situação pela qual o País passa, é que todos os culpados denunciados sejam processados e condenados.

A Pátria não vive um momento propício para justiça e moral seletivas.

Dilma é afastada. A sessão do circo acabou?

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De Carolina Gonçalves e Karine Melo – Repórteres da Agência Brasil – editado por este jornal.

Por 61 a 20, o plenário do Senado acaba de decidir pelo impeachment de Dilma Rousseff. Não houve abstenção. A posse de Temer ocorrerá às 16h no Senado.

O resultado foi comemorado com aplausos por aliados do presidente interino Michel Temer, que cantaram o Hino Nacional. O resultado foi proclamado pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, que comandou o julgamento do processo no Senado, iniciado na última quinta-feira (25).

Agora, os senadores irão decidir se Dilma perde os direitos políticos por oito anos.

Fernando Collor, primeiro presidente eleito por voto direto após a ditadura militar, foi o primeiro chefe de governo brasileiro afastado do poder em um processo de impeachment, em 1992. Com Dilma Rousseff, é a segunda vez que um presidente perde o mandato no mesmo tipo de processo.

Dilma fará uma declaração à imprensa. Senadores aliados da petista estão se dirigindo ao Palácio da Alvorada para acompanhar o pronunciamento de Dilma.

Julgamento

A fase final de julgamento começou na última quinta-feira (25) e se arrastou até hoje com a manifestação da própria representada, além da fala de senadores, testemunhas e dos advogados das duas partes. Nesse último dia, o ministro Ricardo Lewandowski leu um relatório resumido elencando provas e os principais argumentos apresentados ao longo do processo pela acusação e defesa. Quatro senadores escolhidos por cada um dos lados – Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP), pela defesa, e Ronaldo Caiado (DEM-GO) e Ana Amélia (PP-RS), pela acusação – encaminharam a votação que ocorreu de forma nominal, em painel eletrônico.

Histórico

O processo de impeachment começou a tramitar no início de dezembro de 2015, quando o então presidente da Câmara dos Deputados e um dos maiores adversários políticos de Dilma, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), aceitou a peça apresentada pelos advogados Miguel Reale Jr., Janaína Paschoal e Hélio Bicudo.

No pedido, os três autores acusaram Dilma de ter cometido crime de responsabilidade fiscal e elencaram fatos de anos anteriores, mas o processo teve andamento apenas com as denúncias relativas a 2015. Na Câmara, a admissibilidade do processo foi aprovada em abril e enviado ao Senado, onde foi analisada por uma comissão especia, onde foi aprovado relatório do senador Antonio Anastasia (PMDB-MG) a favor do afastamento definitivo da presidenta.

Entre as acusações as quais Dilma foi julgada estavam a edição de três decretos de crédito suplementares sem a autorização do Legislativo e em desacordo com a meta fiscal que vigorava na época, e as operações que ficaram conhecidas como pedaladas fiscais, que tratavam-se de atrasos no repasse de recursos do Tesouro aos bancos públicos responsáveis pelo pagamento de benefícios sociais, como o Plano Safra.

Charge do gaúcho Edgar Vazques
Charge do gaúcho Edgar Vazques

Dilma vai para casa, cuidar dos netos. No entanto, a palhaçada continua. Eduardo Cunha é deputado federal e um número entre 200 e 300 picaretas do Centrão continuam impunes. E mais de 50 senadores denunciados por corrupção continuarão gozando das mordomias inerentes ao cargo. De Gaulle estava certo. O Brasil não é um país sério. Está faltando muita gente no Tribunal de Nuremberg, quase uma multidão.

Olhos nos olhos, dedo firme no gatilho*, Dilma enfrenta as feras no Senado

Brasília - Presidente afastada Dilma Rousseff, faz sua defesa durante sessão de julgamento do impeachment no Senado(Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
Brasília – Presidente afastada Dilma Rousseff, faz sua defesa durante sessão de julgamento do impeachment no Senado(Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

O País e grande parte da imprensa mundial estão de olhos voltados para o Senado Federal e o julgamento do impeachment de Dilma Rousseff. Veja algumas frases do dia de hoje:

“Quem executou o impeachment queria obviamente se proteger da Lava­Jato. Mas também entrou em uma disputa de novo tipo, que tornou obsoletas regras e padrões de formação de governo observados nas últimas duas décadas. Nos governos liderados por PT e PSDB, o agora chamado Centrão sempre teve de se contentar com as migalhas que lhe eram jogadas pelo alto clero da política congressual. O alto clero controlava o financiamento e a distribuição de cargos e de verbas.” Marcos Nobre, no Valor Econômico.

“O impeachment é um processo doloroso para todos e extremamente constrangedor e às vezes até vexatório”. Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes

“Página infeliz da nossa história” Senadora Lídice da Matta – PSB – Bahia

“Acho uma temeridade a volta da presidente Dilma, sem base parlamentar, com rombo na economia”. Ex-ministro de Lula e senador Cristovam Buarque (PPS-DF) 

“Ela (Marina Silva) apoiou Aécio e eu agora não concordo com o impeachment da Dilma. Estamos quites”. Randolfe Rodrigues, único senador da Rede de Sustentabilidade.

Os senadores golpistas não esperavam que Dilma fosse ao Senado fazer a própria defesa. Fosse lá encará-los e desafiá-los a provar que ela cometera crime de responsabilidade. Talvez tenham pensado que seria uma sessão sobre a qual teriam domínio, como de costume, mas não foi bem assim. O discurso de Dilma foi tão forte e esclarecedor sobre as tramas e conspirações que levaram ao golpe que os fez calar. Laurez Cerqueira, jornalista e assessor técnico da Câmara dos Deputados.

O impeachment de Dilma é uma encenação? Não. A linguagem empolada dos parlamentares, suas pendências criminais, os discursos demagógicos diante das câmeras que os popularizarão na TV e na internet e as frequentes baixarias podem transmitir exatamente esta ideia: de uma farsa a cargo de fanfarrões. Tudo isso deixa evidente como estamos mal em termos de representação política. Mas, em que pesem as aparências, não se trata de uma encenação. Sylvio Costa, jornalista e  fundador do Congresso em Foco

“Jamais atentaria contra o que acredito ou praticaria atos contrários aos interesses daqueles que me elegeram.”

“Como todos, tenho defeitos e cometo erros. Entre os meus defeitos não está a deslealdade e a covardia.”

“Não esperem de mim o obsequioso silêncio dos covardes.”

“Se alguns rasgam o seu passado e negociam as benesses do presente, que respondam perante a sua consciência e perante a história pelos atos que praticam. A mim cabe lamentar pelo que foram e pelo que se tornaram.”

“Não luto pelo meu mandato por vaidade ou por apego ao poder, como é próprio dos que não tem caráter, princípios ou utopias a conquistar.”

Dilma Rousseff, em seu longo discurso de defesa.

“É claro que pode ser que ela (Dilma) não esteja conseguindo mudar o voto de quem já está com seu pensamento construído, com suas convicções consolidadas, mas fica também o registro para que na história se possa saber o que realmente está acontecendo aqui. Porque mesmo que a palavra impeachment tenha um cunho mais largo, o processo é de fatos ligados à gestão pública. É um processo estreito em sua ótica de análise. Então acho que ela tem conseguido construir um raciocínio em que pode estar esclarecendo esses pontos e também construindo a ideia de que ela está aqui em respeito ao processo e ao estado de direito brasileiro.” Senador Roberto Muniz (PP-Bahia).

“Ela está muito bem, firme. Dilma falou o tinha que falar” Luiz Inácio Lula da Silva, ex-presidente do País.

“As velhas raposas querem o galinheiro”. Chico César, cantor e compositor

Brasil é medalha de Ouro na corrupção. New York Times.

*Meu filho, se acaso chegares, como eu cheguei a uma
campina de horizontes arqueados, não te intimidem o
uivo do lobo, o bramido do tigre; enfrenta-os nas esquinas
da selva, olhos nos olhos, dedo firme no gatilho.

Meu filho, se acaso chegares a um mundo injusto e triste
como este em que vivo, faze um filho; para que ele alcance
um tempo mais longe e mais puro, e ajude a redimi-lo.

Excerto do poema If, de Paulo Mendes Campos.

Dilma: “cassar meu mandato é como me submeter a uma pena de morte política”

Karine Melo e Carolina Gonçalves – Repórteres da Agência Brasil
Brasília - A presidenta afastada Dilma Rousseff faz sua defesa diante dos Senadores durante sessão de julgamento do impeachment. ( Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Dilma Rousseff disse, no Senado, que jamais renunciaria “porque tenho compromisso inarredável com o Estado de Direito”  Marcelo Camargo/Agência Brasil

Emocionando-se por mais de uma vez durante o discurso diante de senadores na sessão de julgamento do processo de impeachment, a presidente afastada Dilma Rousseff afirmou hoje (29) que jamais renunciaria ao mandato, mesmo sob a forte pressão feita por seus adversários políticos.

“Jamais o faria porque tenho compromisso inarredável com o Estado de Direito. Confesso que a traição e as agressões verbais me assombraram e, em alguns momentos, muito me magoaram, mas sempre foram superadas pela solidariedade de milhões de brasileiros pelas ruas”, afirmou.

Dilma falou por mais de 40 minutos na abertura do quarto dia de julgamento e exaltou a força recebida das mulheres. “Nosso povo esbanjou criatividade e disposição para a luta contra o golpe. As mulheres me cobriram de flores e me protegeram com solidariedade”, disse.

agencia Senado Federal

Foto Edilson Rodrigues/Agência Senado

A petista afirmou que respeitará qualquer posicionamento, agradeceu o esforço de seus aliados no Senado e direcionou um apelo aos indecisos. “Cassar meu mandato é como me submeter a uma pena de morte política”, afirmou, lembrando que, por mais de uma vez, encarou de frente a morte, como no período em que enfrentou um câncer. “Hoje, eu só temo a morte da democracia pela qual muitos de nós aqui lutamos. Não nutro rancor pelos que votarão pela minha destituição”, afirmou.

Ao final da fala da petista, apesar dos apelos do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, Dilma foi bastante aplaudida por seus apoiadores que acompanham a sessão nas galerias dentro do plenário do Senado. Foi necessário suspender o julgamento por alguns minutos para que a ordem fosse restabelecida.

Acusações

Em seu pronunciamento, Dilma afirmou que os decretos [de créditos suplementares] na área econômica não afetaram a meta fiscal, foram editados de acordo com as regras e “apenas ofereceram alternativas para uso de recursos”. Segundo ela, diferentemente do que adversários políticos afirmam ao atribuir aos decretos os atuais problemas fiscais do país, eles ignoram a forte queda de receita e contingenciamento de recursos feito em 2015, “o maior contingenciamento da nossa história”.

Dilma repetiu argumentos defendidos em seu nome ao longo do processo, afirmando que a orientação dada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) sobre a edição dos decretos de crédito suplementar foi alterada em outubro de 2015, meses depois de serem publicados.

“Os decretos foram editados em julho e agosto de 2015 e somente em outubro o TCU aprovou nova interpretação. Querem me condenar a assinar decretos que atendiam demandas da população e do próprio Judiciário? Decretos que somados não implicaram em nenhum centavo de gasto a mais que comprometeria a meta fiscal”, afirmou.

Golpe

Na parte final do discurso, Dilma Rousseff fez um apelo ao senadores. “Não aceitem um golpe que, em vez de solucionar, agravará a crise brasileira”, disse.

“Peço que façam justiça a uma presidenta honesta, que jamais cometeu qualquer ato ilegal. Votem, sem ressentimento, o que cada senador sente por mim e o que nós sentimos uns pelos outros importa menos neste momento do que aquilo que todos nós sentimos pelo país e pelo povo brasileiro”, afirmou. “Peço que votem contra o impeachment e pela democracia”, concluiu.

Ao rebater as acusações sobre atrasos no repasse de recursos aos bancos públicos responsáveis pelo pagamento de benefícios de programas sociais como o Plano Safra, Dilma afirmou que a lei atribui ao Ministério da Fazenda a competência sobre esta política. Segundo ela, novamente o TCU expediu uma orientação posterior a seu ato.

Dilma: impeachment resultará na eleição indireta de um governo usurpador

Karine Melo e Carolina Gonçalves – Repórteres da Agência Brasil
Brasília - A presidenta afastada Dilma Rousseff faz sua defesa diante dos Senadores durante sessão de julgamento do impeachment. ( Marcelo Camargo/Agência Brasil)
A presidenta afastada Dilma Rousseff faz sua defesa diante dos senadores, na sessão de julgamento do impeachmentMarcelo Camargo/Agência Brasil

Ao apresentar pessoalmente nesta segunda (29), por cerca de 45 minutos, sua defesa aos senadores, a presidenta afastada Dilma Rousseff , ressaltou que foi ao Senado “olhar diretamente nos olhos” dos que a julgarão. Em seu discurso, Dilma não poupou críticas ao governo interino de Michel Temer.

“Um golpe que, se consumado, resultará na eleição indireta de um governo usurpador. A eleição indireta de um governo, que, já na sua interinidade, não tem mulheres comandando seus ministérios, quando um povo nas urnas escolheu uma mulher para comandar o país”, afirmou.

“Sei que, em breve, e mais uma vez na vida, serei julgada. E por ter minha consciência absolutamente tranquila em relação ao que eu fiz, venho pessoalmente à presença dos que me julgarão”, afirmou.

A petista negou ter cometido crimes dos quais é acusada, segundo ela, “injusta e arbitrariamente”. Hoje, o Brasil, o mundo e a história nos observam. E aguardam o desfecho desse processo de impeachment“, disse.

“Jamais atentaria contra o que acredito, ou praticaria atos contrários aos interesses daqueles que me elegeram”, disse a petista, visivelmente emocionada, com a voz embargada por várias vezes. Dilma disse que se aproximou do povo e, também, ouviu críticas duras a seu governo.

Composição ministerial

Dilma também disparou críticas à composição ministerial montada por Temer desde o afastamento dela, em 12 de maio deste ano. “Um governo que dispensa os negros na sua composição ministerial. E já revelou um profundo desprezo pelo programa escolhido e aprovado pelo povo.”

A presidenta afastada afirmou que durante seu governo e do presidente Lula, “foram dadas todas as condições para que as investigações fossem realizadas”.

“Assegurei a autonomia do Ministério Público, não permiti qualquer interferência política na atuação da Polícia Federal. Contrariei interesses, por isso paguei e pago um elevado preço pessoal pela postura que tive”, afirmou.

Cunha

Dilma lembrou a atuação do ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que foi o responsável por dar o sinal verde ao processo contra ela na Casa.

Sobre os políticos que se aliaram ao ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha, ela disse eles encontraram “o vértice da sua aliança golpista”. “Articularam e viabilizaram a perda da maioria parlamentar do governo. Situações foram criadas com apoio escancarado de setores da mídia”, disse. “Todos sabem que esse processo de impeachment foi aberto por uma chantagem explícita do ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha.”

Segundo Dilma, se ela tivesse se “acumpliciado” com a improbidade e com o que, classificou, que “há de pior na política brasileira, como muitos até hoje parecem não ter o menor puder em fazê-lo, eu não correria o risco de ser condenada injustamente”, afirmou.

Senador Muniz diz que votará contra prosseguimento do impeachment de Dilma

Foto de Jefferson Ruddy, da Agência Senado
Foto de Jefferson Ruddy, da Agência Senado

O senador Roberto Muniz (PP-BA) disse nesta terça-feira (9), em discurso em Plenário, que não há provas para o julgamento de Dilma Rousseff.

Ele defendeu a presença da mulher na política e disse que a presidente afastada “é e será, para a nossa história, a primeira mulher presidente do Brasil”.

Num emaranhado de relevantes teses jurídicas, afirmou Muniz, sobram dúvidas e apenas três decretos usados contra Dilma. O senador reiterou que não há provas que a presidente afastada determinou previamente os meios inadequados para atingir finalidades escolhidas por ela, uma vez que agiu baseada com apoio de órgãos técnicos.

— Mesmo que se tenha sido constatado irregularidade fiscal, o mesmo não alcança o patamar de crime de responsabilidade. Analisando o relatório e provas colhidas e pensando no futuro e na governabilidade, eu voto pelo não prosseguimento do processo — afirmou.

O discurso do Senador teve ampla repercussão na imprensa nacional, em destaque no portal UOL, Revista Isto É, Diário de Pernambuco e Bahia Notícias, além de distribuída para a Agência Estado para todos os clientes de conteúdo. O texto acima foi publicado na Agência Senado, com edição de O Expresso.

Coleta para Dilma voar pelo País ultrapassa a meta de R$500 mil

Dilma pedala pela Zona Sul de Porto Alegre (Foto: Giulia Perachi/RBS TV)
Dilma pedala pela Zona Sul de Porto Alegre (Foto: Giulia Perachi/RBS TV)

A campanha de financiamento coletivo criada para financiar as viagens pelo País da presidente da República afastada, Dilma Rousseff, bateu a meta inicialmente proposta em pouco mais de dois dias. A plataforma digital foi lançada na última quarta-feira.

Na noite desta sexta-feira, a “vaquinha virtual” atingiu os R$ 500 mil pretendidos. Neste sábado de manhã, o valor arrecadado chegava a R$ 581 mil, que representam 116% do pretendido. As criadoras da plataforma no site Catarse são duas antigas amigas da presidente afastada. Guiomar Lopes e Celeste Martins lutaram na ditadura militar ao lado de Dilma.

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Aécio Neves não merece a atenção da Globo

William Waack: ele voltou!
William Waack: ele voltou!

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes autorizou ontem (6) abertura de novo inquérito para investigar o senador Aécio Neves (PSDB-MG). Com a decisão, também será investigado o ex-deputado e atual prefeito do Rio de Janeiro Eduardo Paes (PMDB) e o ex-senador de Minas Gerais Clésio Andrade (PSDB). Eles serão investigados a pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

No Jornal da Noite, da Globo, a manchete era a delação de Cerveró sobre Dilma. Nem se tocou no nome Aécio.

A carta aberta do intelectual Peter Koenig à presidente Dilma

imagesTenho um número reduzido de leitores esclarecidos. O grupo maior, com grande número, é de pessoas sedentas de notícias populares de sua cidade e região. E outro ainda, talvez mais reduzido, mas muito barulhento, de fundamentalistas, radicais, reacionários, que apenas repete frases ensandecidas nos comentários, em que as palavras mais comuns são corja, lixo, comunistas, etc. etc.

Ao primeiro grupo, recomendo a leitura da Carta Aberta de Peter Koenig à Presidente Dilma Rousseff. Os outros, por favor, não abram o link. Não atende os seus interesses.

“O que se vê desenrolar-se no Brasil é ato de delinquência de um tipo que praticamente jamais se viu acontecer no mundo. Os golpistas brasileiros, fantoches dos ‘mestres’ em Washington, não passam de escroques conhecidos, todos com processos por corrupção atados ao pescoço.

Pois  mesmo assim continuam, claro que amparados no completo apoio político que lhes dão os escroques chefes que vivem dentro e em torno da Casa Branca em Washington. O mundo apenas assiste, em silêncio”, diz o economista Peter Koenig, que  atua no Banco Mundial e escreve sobre geopolítica para a Global Research

Empresários já estão sentindo saudades antecipadas de Dilma

Empresários que apontam a política econômica desastrada podem ser os mais beneficiados.
Empresários que apontam a política econômica desastrada podem ser os mais beneficiados.

Os subsídios, desonerações e regimes tributários diferenciados que beneficiam toda sorte de empresas, entre elas portos, indústrias químicas, empresas de petróleo, fabricantes de equipamentos de energia eólica e o agronegócio, serão reavaliados pelo provável governo de Michel Temer.

Eles custam R$270 bilhões  aos cofres do Tesouro, mais de 10 vezes o valor dos programas sociais do atual Governo e mais que o dobro dos R$120 bilhões do déficit primário dos cofres públicos.

Isso significa, em palavras mais objetivas, que o processo de impedimento orquestrado pela avenida Paulista, que pede menos impostos – hoje em 32% sobre o PIB – poderá ser o primeiro a ser chargeado por um novo Governo.

Como se tem comentado aqui, o Agronegócio, quase unânime nos protestos contra Dilma Rousseff, cresceu de maneira espetacular na última década, beneficiado principalmente por isenções na previdência, que considera empresários que faturam acima de bilhão como pessoas físicas, poderá perder os seus benefícios mais significativos.

E emblemático o quadro econômico da industria automobilística que, depois de gozar durante mais de 2 anos de desonerações federais de monta, saturou o mercado, enfrentando agora a respectiva recessão que sempre sucede a euforia econômica. Hoje se mostra incapaz de carregar, por outro lado, a enorme carga tributária proporcionada pelos estados, que chega a 30% do valor de um carro novo.

Redigido por este jornal, com base em dados do Estadão. A divergência de opinião é de responsabilidade deste Editor.

Dilma e Rui Costa inauguram operação do navio doca “Bahia”

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Batizado de “Bahia”, o novo Navio Doca Multipropósito (NDM) da Marinha do Brasil foi entregue oficialmente à corporação na manhã desta quarta-feira (6), em Salvador, na sede do Comando do 2º Distrito Naval. A presidente Dilma Rousseff e o governador Rui Costa participaram de cerimônia e também visitaram o terminal de passageiros do Porto de Salvador, localizado no bairro do Comércio. Projetada para transportar tropas, veículos, helicópteros e equipamentos, a nova embarcação foi transferida à Marinha depois de acordo firmado entre os governos brasileiro e francês e representa mais investimentos e reforço nas Forças Armadas nacionais.

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O novo navio homenageia a Bahia pela posição estratégica que o estado ocupa, no meio do litoral brasileiro, facilitando o deslocamento e atuação de Forças Navais para o Norte\Nordeste ou para o Sul. A embarcação está preparada para atender, além de missões operacionais e ofensivas, a auxílios a desastres, apoiar a Defesa Civil e ações internacionais. O objetivo é que o navio entre em operação no segundo semestre desse ano, em uma missão de paz no Haiti.

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Para o governador Rui Costa, o novo investimento fortalece o Brasil e as riquezas nacionais. “Por estarmos no estado de maior costa do País, fica o desejo de que a Marinha venha aumentar as suas instalações em nosso território, utilizando o potencial baiano para treinamento e manutenção. O mar que fez parte da história do Brasil e da Bahia abraça a nossa terra e por isso desejamos fortalecer ainda mais essa parceria. Agradeço essa belíssima homenagem. Nosso estado estará muito bem representado por essa embarcação de excelência”, comemorou. Ele ainda convidou a presidente para voltar à Salvador para inaugurar obras construídas em parceria com o governo federal, como a Via Expressa e o Terminal Náutico.

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Durante a cerimônia, Dilma Rousseff falou sobre o quanto a União tem investido nas Forças Armadas. “Estamos empenhados em ampliar a capacidade operacional dessa força, que atua com imenso profissionalismo, investindo em equipamentos e na formação de pessoal, mesmo em fase de ajustes como a que estamos enfrentando. Nos esforçamos para dar continuidade aos planos e projetos estratégicos dessas forças. São programas que avançaram muito nos últimos tempos, que são estratégicos para a sociedade brasileira, Queremos garantir que vamos continuar avançando nesse sentido. Nesse país de dimensões continentais, precisamos fortalecer a Defesa brasileira, por isso esse investimento compatível com o tamanho do Brasil, como é esse merecido e esperado reforço, o navio Bahia”, falou.

Na ocasião, a presidente recebeu uma réplica do navio doca e Rui ganhou uma bandeira da Bahia. Também participaram do evento o chefe de gabinete da Presidência da República, o ex-governador da Bahia Jaques Wagner, o ministro de Defesa, Aldo Rebelo, entre outras autoridades.

Navio Doca “Bahia”

Adquirido da marinha francesa pelo valor de 80 milhões de euros, que serão pagos ao longo de quatro anos, o NDM Bahia tem 168 metros de comprimentos e 22 metros de largura, com capacidade para 12 mil toneladas. Com a tripulação de 32 oficiais e 256 praças, o navio tem autonomia de até 46 dias e tem mais de 20 mil quilômetros de raio de ação. Com pistas de pouso, esse é um dos quatro navios brasileiros que possuem uma doca alagável, uma espécie de plataforma que desce ao nível do mar para que as embarcações desembarquem na água.

O “Bahia” ainda possui um complexo hospitalar com 49 leitos e 500 m², capaz de prestar atendimento médico-odontológico e com acesso direto ao convés de voo principal, permitindo que helicópteros realizem evacuações.

Dilma apresentará defesa à Câmara nesta segunda

O prazo para a presidenta Dilma Rousseff apresentar sua defesa, por escrito, na comissão especial da Câmara dos Deputados que analisa o processo de impeachment, termina nesta segunda-feira (4), quando deverá ser realizada a décima e última sessão ordinária da Casa destinada à contagem de prazo para que defesa da presidenta seja apresentada.

Com a defesa em mãos, o relator dos trabalhos da comissão, deputado Jovair Arantes (PTB-GO), vai elaborar o  parecer, que será votado pela comissão e depois pelo plenário da Câmara. A defesa de Dilma deverá ser entregue à comissão às 16h30m desta segunda-feira pelo advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, que fará a sustentação oral para os integrantes do colegiado.

A confirmação da entrega da defesa foi feita pelo vice-líder do governo, deputado Paulo Teixeira (PT-SP). A partir daí,  haverá um prazo de até cinco sessões ordinárias da Câmara para o relator elaborar o parecer, que será discutido e votado pelos integrantes da comissão. Para ser aprovado, é necessária a maioria simples dos votos.

Jovair Arantes já disse que pretende apresentar o parecer na quarta (6) ou na quinta-feira (7), para que possa ser iniciada a discussão. O relator quer antecipar a apresentação do parecer por entender que haverá pedido de vista e que isso pode atrasar a votação em duas sessões. Para a aprovação do parecer na comissão, é necessária a maioria simples dos votos dos presentes, desde que estejam presentes pelo menos metade mais um dos integrantes do colegiado, que é composto de 65 deputados titulares.

Dilma: “Querem a renúncia para evitar constrangimento de me tirar de forma ilegal”

Brasília - DF, 24/03/2016. Presidenta Dilma Rousseff durante entrevista para a imprensa internacional. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
Brasília – DF, 24/03/2016. Presidenta Dilma Rousseff durante entrevista para a imprensa internacional. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

A presidente Dilma Rousseff concedeu, nesta quinta-feira (24), uma longa entrevista a jornalistas de veículos de comunicação estrangeiros, no Palácio do Planalto, em Brasília. Em mais de 1h40 de conversa, Dilma voltou a refutar veementemente a possibilidade de renunciar ao cargo e reforçou estar sendo vítima de uma tentativa de “golpe constitucional”, por meio do processo de impeachment em análise na Câmara dos Deputados –que, segundo ela, começou como uma estratégia do presidente da Casa, Eduardo Cunha, para “ocultar os seus próprios problemas”.

Depois de um ano e quatro meses sendo investigada “devida e indevidamente”, Dilma garantiu que nada foi encontrado que justifique a cassação de seu mandato conquistado nas urnas. “Podem me virar dos avessos. E é esse o problema. Por que eles pedem que eu renuncie? Por que eu sou mulher, frágil? Eu não sou frágil, não foi isso a minha vida. Sabe por que pedem que eu renuncie? Para evitar o imenso constrangimento de tirar uma presidenta eleita, de forma indevida, de forma ilegal, de forma criminosa”, afirmou.

Presa aos 19 anos quando militava contra a ditadura militar, a presidenta lembrou da tortura para assegurar que não desistirá da luta nesse momento de tensão do País. “Lutei naquela época em condições muito mais difíceis. Vou lutar agora nas condições extremamente favoráveis. É a democracia do meu País, é ela que me dá força. Então, eu não renuncio, não. Para me tirar daqui vão ter que provar que eu tenho de sair”, garantiu.

Brasília - DF, 24/03/2016. Presidenta Dilma Rousseff durante entrevista para a imprensa internacional. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
Brasília – DF, 24/03/2016. Presidenta Dilma Rousseff durante entrevista para a imprensa internacional. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

Dilma argumentou aos jornalistas que um impeachment sem provas do cometimento de crime de responsabilidade representaria uma ruptura da ordem democrática, com consequências drásticas para o futuro do País. Ela lembrou que as chamadas “pedaladas fiscais”, operações orçamentárias para a manutenção de programas sociais, foram utilizadas por outros presidentes, sem que houvesse qualquer questionamento, e que as contas do governo referentes a 2015 ainda não foram sequer entregues para análise. “Esse golpe, que rompe a normalidade democrática, ele pode não ter consequências imediatas, mas ele deixará uma marca na vida política brasileira, forte. Por isso nós temos de reagir, por isso nós temos de impedir, e por isso entendo a palavra de ordem do pessoal que me apoia: ‘Não vai ter golpe’”, acrescentou. Continue Lendo “Dilma: “Querem a renúncia para evitar constrangimento de me tirar de forma ilegal””

A Justiça levanta a venda

Jota A no portal O Dia

Que o Governo da Presidente Dilma encontra-se apático, constrangido e sem capacidade de criar iniciativas no campo político e econômico que sejam capazes de mudar os atuais rumo, todos sabem.

Os eventos desta quarta à noite, quando o Magistrado responsável pela operação Lava-Jato quebrou o sigilo de escutas telefônicas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, precisa, no entanto, de uma análise serena e ponderada:

-Quando encontrou a gravação em que a Presidente dava orientação a Lula, Sérgio Moro deveria, pelo encontro fortuito de provas contra pessoa de fôro privilegiado,  encaminhá-las a quem de direito, a Procuradoria Geral da República para apresentação ou não de denúncia ao Supremo.

-O Magistrado não deveria e não tinha autoridade para tanto, em especial para, ao mesmo tempo em que quebrou o sigilo do inquérito contra Lula, vazar para a imprensa as gravações com a passagem da conversa com Dilma.

-A Justiça Federal de Primeira instância está tomando os freios nos dentes na esperança de deitar mão sobre Lula mesmo antes de indiciá-lo por crimes de qualquer natureza que eventualmente tenha cometido.

-Um Magistrado sabe que pode ser responsabilizado pela grave comoção social que deflagrou.

-As instituições estão fragilizadas. Em especial o Congresso Nacional. Isso não elide o fato de que remédios de julgamento político como o processo de impeachment sejam desenvolvidos.

– Instaurado o processo de impeachment, a Presidente é afastada e o seu sucessor provisório poderá alterar, a seu gosto, a titularidade de seus ministros. Perderia, então, o foro privilegiado o ex-presidente Lula.

-Fora dos ritos constitucionais e legais quaisquer tipos de atitude não devem prosperar, sob pena de ser avaliada como golpista e arbitrária. O Supremo, guardião da Carta Magna, é responsável pela manutenção da legalidade.

Dilma visita comunidade no Rio lançando combate ao Aedes Aegypti

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A presidente Dilma Rousseff chegou na manhã deste sábado (13) à comunidade Zeppelin, no bairro Santa Cruz, Zona Oeste do Rio de Janeiro, para participar de ações do Dia Nacional de Mobilização Contra o Aedes aegypti.

O mosquito Aedes aegypti é o transmissor dos vírus da zika (associado a casos de microcefalia de bebês), da dengue e chikungunya.

Usando uma camiseta e um boné brancos da campanha, cujo lema é “Zika Zero”, a presidente percorreu ruas do bairro, cumprimentou moradores, posou para fotos e visitou casas, acompanhada do governador Luiz Fernando Pezão (PMDB), do prefeito Eduardo Paes (PMDB) e de agentes de saúde.

Na Bahia, seis mil militares envolvidos

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Em Salvador, a Marinha se integra no combate ao mosquito transmissor de doenças.

Seis mil militares do Exército, Marinha e Aeronáutica se juntarão aos agentes de endemias dos municípios, na Bahia, para fazer uma grande ação educativa em 31 cidades baianas, com a distribuição de folhetos e orientações para a população sobre como evitar a proliferação do mosquito transmissor da zika, dengue e febre chikungunya.

Até março, as Forças Armadas também integrarão uma mobilização nas escolas. Segundo o subsecretário estadual de Educação, Aderbal de Castro, além da distribuição de cartilhas, a rede estadual de ensino irá, através do programa Ciência na Escola, realizar oficinas para transformar os estudantes em agentes de saúde. “Esperamos que eles atuem não apenas na escola, como também entre a família e os amigos, ampliando a rede de atuação”. A proliferação do vírus zika também está na pauta da Campanha da Fraternidade. A Arquidiocese de Salvador informou que o tema será pautado em sermões e encontros das paróquias.

O temor contra o vírus aumentou após a associação do zika com  casos de microcefalia. Na Bahia, desde outubro de 2015, 701 casos da doença foram notificados.

Em Salvador, dez edifícios do Condomínio Pituba Ville foram vistoriados ontem por agentes de endemias da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) acompanhados de 30 militares do Exército, após a denúncia de um morador. A operação identificou um criadouro e aplicou larvicidas nos imóveis e arredores.

“Apesar de termos a autorização de abrir os apartamentos com um chaveiro, essa é uma medida que só adotamos na terceira tentativa, pois queremos encontrar o proprietário do imóvel para concientizá-lo”, disse a coordenadora do Programa municipal de Combate a Endemias, Isabel Guimarães. Desde que a operação de combate ao mosquito foi iniciada, no dia 11 de janeiro, 300 mil imóveis foram visitados na capital baiana.
Universidade do Texas e Brasil estudam vacina contra zika
O ministro da Saúde, Marcelo Castro, anunciou ontem a assinatura do primeiro acordo internacional para o desenvolvimento de vacina contra zika. A parceria foi feita entre a Universidade do Texas e o Instituto Evandro Chagas, no Pará. De acordo com Castro, a estimativa é que o produto esteja concluído em até dois anos. Terminado esse prazo, teriam início os testes. “Podemos ter a vacina em até três anos no total. Pesquisadores estão otimistas”, disse.

O pesquisador Pedro Vasconcelos, do Instituto Evandro Chagas, informou que o imunizante será feito a partir de trechos do vírus responsáveis por desencadear resposta imune. Esses fragmentos seriam inseridos em uma espécie de cápsula formada com material do vírus, mas que não teria risco de provocar a infecção no paciente.

“O Brasil ficará encarregado de fazer o sequenciamento do vírus e testes em animais”, contou Vasconcelos. O pesquisador afirmou que o sequenciamento do vírus realizado no Instituto já está na sua fase final. O governo brasileiro deverá investir US$ 1,9 bilhão nos próximos cinco anos.

Outras frentes de pesquisa para desenvolvimento de vacinas estão em negociação. Uma delas é com o Instituto Nacional de Saúde (NIH) dos Estados Unidos e o Instituto Butantan. Há ainda possibilidade do desenvolvimento de imunizante em parceria com Biomanguinhos e um laboratório farmacêutico. Do Correio*

 

zika zero

Dilma mantém a dignidade frente aos moleques do Congresso

dilma justiça militar

A presidência da República é um símbolo pátrio. Vaiar a presidente dentro da casa da democracia é um precedente gravíssimo. É um dia triste!

A afirmação é do jornalista de O Globo, Jorge Bastos Moreno. Que o nível intelectual e moral dos eleitos à Câmara dos Deputados é baixíssimo todos sabem. Refletem a realidade de um povo inculto e reacionário. No entanto, congressistas se portando como escolares, sem postura, sem urbanidade, não deixa de ser um atentado não só à instituição da Presidência da República como um desrespeito à pessoa de Dilma Rousseff, tendo em vista não só o seu passado como combatente da democracia como também à sua carreira de bons serviços públicos prestados.

Os brasileiros que são representados na Câmara por esses obscurantistas de fato não merecem Dilma Rousseff.

Dona Dilma paga pedaladas e agora só pedala na sua “magrela”

pedaladas

A Presidente da República ordenou, ontem, o repasse de saques, do Executivo, às instituições financeiras controladas pelo Governo, como Caixa, Banco do Brasil e BNDES. Como não deve mais nada das chamadas “pedaladas fiscais” foi pilotar sua bicicletinha com a consciência tranquila.

O Tesouro Nacional informou ontem (30) que a União pagou R$ 72,375 bilhões em passivos junto a bancos públicos e ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Do total, R$ 55,572 bilhões se referem a passivos de 2014 e R$ 16,803 bilhões a obrigações de 2015.

O Tesouro explicou que fez os pagamentos seguindo entendimento do Tribunal de Contas da União (TCU).

Do volume em pagamentos, R$ 70,9 bilhões são recursos da conta única do Tesouro. Destes, R$ 21,1 bilhões são recursos de emissões de títulos realizadas anteriormente, sem necessidade de emitir novos títulos. Os R$ 49,8 bilhões restantes vieram de outras fontes da conta única.

Além disso, o Tesouro informou que cerca de R$ 1,5 bilhão, devido ao Banco do Brasil, será acertado por meio da emissão direta de títulos, sem necessidade de realização de novos leilões. O secretário do Tesouro Nacional, Otávio Ladeira, concede entrevista esta tarde para falar sobre o pagamento dos repasses atrasados.

Dilma: “Política deve ser feita de forma respeitosa; não furiosa”

Viva Chico!
Viva Chico!

Utilizando sua conta no Twitter nesta quarta-feira (23), a presidenta Dilma Rousseff manifestou solidariedade ao cantor e compositor Chico Buarque. Nesta semana, um grupo abordou o artista em via pública e o ofendeu por suas posições políticas.

Pela rede social, Dilma ressaltou que o Brasil tem uma tradição de conviver de forma pacífica com as diferenças e que as divergências de opinião devem ser respeitadas. “A disputa política é saudável, mas deve ser feita de forma respeitosa, não furiosa”, publicou.

A presidenta também disse repudiar qualquer tipo de intolerância e de patrulha ideológica. “A Chico e seus amigos, o meu carinho”, finalizou Dilma no microblog.

O bundinha que ofendeu Chico já teve seus 15 minutos de glória. Agora pode dar seu adeus às ilusões. É apenas um iconoclasta, mas duvido que ele saiba o que isso significa”.

Dilma: Meus adversários não resistem a um Google; veja o trecho do discurso

 

dilma google

Dilma: “Os que querem interromper meu mandato não resistem a pesquisa no Google”

A presidenta Dilma Rousseff fez hoje (16) um dos mais inflamados discursos em defesa de seu mandato e contra o pedido de impeachment. Ao participar da 3ª Conferência Nacional de Juventude, em Brasília, evento que reúne lideranças jovens de todo o país, Dilma disse que “jamais houve desvio” durante o exercício da Presidência, atacou enfaticamente adversários, disse que há uma “invenção de motivos” por parte dos que “tentam chegar ao poder de forma assaltar a eleição direta” e afirmou que tem o “compromisso de continuar mudando o Brasil”.

Antes de seu discurso, vários participantes do evento puxavam coros de apoio a Dilma e contra o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Durante o discurso, ela foi interrompida algumas vezes por gritos de “Não vai ter golpe” e “Ai, a Dilma fica o Cunha sai”. Cunha aceitou, no último dia 2 de dezembro, a abertura do processo de impeachment, cujo pedido foi feito pelos juristas Hélio Bicudo, Mighel Reale Jr. e Janaína Conceição Paschoal.

“Neste momento, usando todos os instrumentos que o Estado Democrático de Direito me faculta, lutarei contra a interrupção ilegítima do meu mandato”, declarou a presidenta, enumerando argumentos que, segundo ela, comprovam que os que tentam interromper o “mandato popular conquistado legitimamente” não encontram razões consistentes para o impeachment.

“É a falta de razão que nós chamamos de golpe. A Constituição brasileira prevê sim esse processo [de impeachment]. O que ela não prevê é a invenção de motivos. Isso nao está previsto em nenhuma Constituição.” De acordo com Dilma, os argumentos sobre as mudanças no Orçamento não são consistentes pois “jamais houve desvio nenhum”. Segundo ela, seus opositores oscilam entre “invenções e falácias porque não há como justificar o atentado que querem cometer contra a democracia”.

“Não sustenta qualquer argumento porque não houve irregularidade. Nós pagamos o Bolsa Família sim. Pagamos o Minha Casa, Minha Vida sim. E, ao fazê-lo, sempre respeitando as leis e os contratos que existiam. Eu assinei decretos e mudanças na locação de recursos quando estes recursos sobravam e, portanto, podiam ser deslocados para outras atividades pela lei orçamentária aprovada neste país”, afirmou.

Temer corre o risco de perder o protagonismo também no Jaburu

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Dilma Rousseff corre riscos de ser declarada impedida para o efetivo exercício da Presidência pela absoluta inapetência para gerir a crise política.

Já Michel Temer, com essa faina diária de maquinar o golpe, reunião após reunião,  corre o risco de perder a primeira dama, antes de assumir a Presidência, pelo mesmo motivo. Acho que ele está perdendo o protagonismo também no Palácio Jaburu.

Dilma: “Obama thats the cara.”

FOTO DIDA SAMPAIO/AE
FOTO DIDA SAMPAIO/AE

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, telefonou ontem (7) à noite à presidenta Dilma Rousseff para reforçar a coordenação das posições do Brasil e dos Estados Unidos na questão do clima, informou hoje (8) a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República.

Imagino o diálogo, Obama tentando falar em português e Dilma abusando dos seus conhecimentos de Inglês:

-Hello, Dailma! How está você?

-Fora o Temer, is all rigth, Barack.

-Whats is Temer, Dailma? Nothing for temer.

– It is a traitor. Betrayl, you understand?

– Is a Islamic soldier?

-No, Barack, he is a vice-presidente.

-Vaice President? Son of a bitch, Dailma.

-Yes, um fiodaputa mesmo, Barack.

Vixe! Carta de Temer à Dilma é um tratado sobre o adeus do PMDB

Senhora Presidente,
“Verba volant, scripta manent”.*
Por isso lhe escrevo. Muito a propósito do intenso noticiário destes
últimos dias e de tudo que me chega aos ouvidos das conversas no Palácio.
Esta é uma carta pessoal. É um desabafo que já deveria ter feito há
muito tempo.

Desde logo lhe digo que não é preciso alardear publicamente a
necessidade da minha lealdade. Tenho-a revelado ao longo destes cinco anos.
Lealdade institucional pautada pelo art. 79 da Constituição Federal. Sei quais
são as funções do Vice. À minha natural discrição conectei aquela derivada
daquele dispositivo constitucional.

Entretanto, sempre tive ciência da absoluta desconfiança da senhora
e do seu entorno em relação a mim e ao PMDB. Desconfiança incompatível
com o que fizemos para manter o apoio pessoal e partidário ao seu governo.
Basta ressaltar que na última convenção apenas 59,9% votaram pela aliança.
E só o fizeram, ouso registrar, por que era eu o candidato à reeleição à Vice.

Tenho mantido a unidade do PMDB apoiando seu governo usando o prestígio
político que tenho advindo da credibilidade e do respeito que granjeei no
partido.

Isso tudo não gerou confiança em mim, Gera desconfiança e
menosprezo do governo.
Vamos aos fatos. Exemplifico alguns deles.
1. Passei os quatro primeiros anos de governo como vice
decorativo. A Senhora sabe disso. Perdi todo protagonismo político que
tivera no passado e que poderia ter sido usado pelo governo. Só era
chamado para resolver as votações do PMDB e as crises políticas.
2. Jamais eu ou o PMDB fomos chamados para discutir
formulações econômicas ou políticas do país; éramos meros acessórios,
secundários, subsidiários.
3. A senhora, no segundo mandato, à última hora, não
renovou o Ministério da Aviação Civil onde o Moreira Franco fez
belíssimo trabalho elogiado durante a Copa do Mundo. Sabia que ele
era uma indicação minha. Quis, portanto, desvalorizar-me. Cheguei a
registrar este fato no dia seguinte, ao telefone.
4. No episódio Eliseu Padilha, mais recente, ele deixou o
Ministério em razão de muitas “desfeitas”, culminando com o que o
governo fez a ele, Ministro, retirando sem nenhum aviso prévio, nome
com perfil técnico que ele, Ministro da área, indicara para a ANAC.
Alardeou-se a) que fora retaliação a mim; b) que ele saiu porque faz
parte de uma suposta “conspiração”.
5. Quando a senhora fez um apelo para que eu assumisse a
coordenação política, no momento em que o governo estava muito
desprestigiado, atendi e fizemos, eu e o Padilha, aprovar o ajuste fiscal.
Tema difícil porque dizia respeito aos trabalhadores e aos empresários.
Não titubeamos. Estava em jogo o país. Quando se aprovou o ajuste,
nada mais do que fazíamos tinha sequencia no governo. Os acordos
assumidos no Parlamento não foram cumpridos. Realizamos mais de
60 reuniões de lideres e bancadas ao longo do tempo solicitando apoio
com a nossa credibilidade. Fomos obrigados a deixar aquela
coordenação.
6. De qualquer forma, sou Presidente do PMDB e a senhora
resolveu ignorar-me chamando o líder Picciani e seu pai para fazer um
acordo sem nenhuma comunicação ao seu Vice e Presidente do Partido.
Os dois ministros, sabe a senhora, foram nomeados por ele. E a
senhora não teve a menor preocupação em eliminar do governo o
Deputado Edinho Araújo, deputado de São Paulo e a mim ligado.
7. Democrata que sou, converso, sim, senhora Presidente,
com a oposição. Sempre o fiz, pelos 24 anos que passei no Parlamento.
Aliás, a primeira medida provisória do ajuste foi aprovada graças aos 8
(oito) votos do DEM, 6 (seis) do PSB e 3 do PV, recordando que foi
aprovado por apenas 22 votos. Sou criticado por isso, numa visão
equivocada do nosso sistema. E não foi sem razão que em duas
oportunidades ressaltei que deveríamos reunificar o país. O Palácio
resolveu difundir e criticar.
8. Recordo, ainda, que a senhora, na posse, manteve reunião
de duas horas com o Vice Presidente Joe Biden – com quem construí
boa amizade – sem convidar-me o que gerou em seus assessores a
pergunta: o que é que houve que numa reunião com o Vice Presidente
dos Estados Unidos, o do Brasil não se faz presente? Antes, no episódio
da “espionagem” americana, quando as conversar começaram a ser
retomadas, a senhora mandava o Ministro da Justiça, para conversar
com o Vice Presidente dos Estados Unidos. Tudo isso tem significado
absoluta falta de confiança;
9. Mais recentemente, conversa nossa (das duas maiores
autoridades do país) foi divulgada e de maneira inverídica sem nenhuma
conexão com o teor da conversa.
10. Até o programa “Uma Ponte para o Futuro”,
aplaudido pela sociedade, cujas propostas poderiam ser utilizadas para
recuperar a economia e resgatar a confiança foi tido como manobra
desleal.
11. PMDB tem ciência de que o governo busca
promover a sua divisão, o que já tentou no passado, sem sucesso.
A senhora sabe que, como Presidente do PMDB, devo manter
cauteloso silencio com o objetivo de procurar o que sempre fiz: a unidade
partidária.

Passados estes momentos críticos, tenho certeza de que o País terá
tranquilidade para crescer e consolidar as conquistas sociais.
Finalmente, sei que a senhora não tem confiança em mim e no
PMDB, hoje, e não terá amanhã.

Lamento, mas esta é a minha convicção.

Respeitosamente, \ L TEMER
A Sua Excelência a Senhora
Doutora DILMA ROUSSEFF
DO. Presidente da República do Brasil
Palácio do Planalto
Brasília, D.F.

Originalmente publicado em O Globo, com reportagem de Jorge Bastos Moreno.

*”As palavras voam, os escritos permanecem”

O Golpe em marcha!

eduardo

Ciro Gomes: Eduardo Cunha roubou R$500 milhões e distribuiu no mínimo R$350 milhões entre 150 picaretas da Câmara Federal, que o obedecem cegamente. Esse é o homem que aceitou na tarde de hoje um pedido de impeachment contra a presidente da Nação, Dilma Rousseff.

Eu prevejo um futuro incerto para esses picaretas. Eles ainda serão caçados como animais, sacados de dentro de suas suítes luxuosas e conduzidos ao patíbulo infame.

Diz a Agência Publica:

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), anunciou nesta quarta-feira (2) que aceitou o pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff que teve, entre os seus autores, o advogado Hélio Bicudo e o jurista Miguel Reale Júnior. Isso significa que ele considerou a denúncia admissível.

O próximo passo será a leitura no plenário e a formação de uma comissão especial, com representantes de todos os partidos, para decidir se ela procede ou deve ser arquivada. A presidente terá dez sessões para se manifestar. Se a denúncia for aceita pela comissão, haverá uma votação no plenário. O processo será aberto se tiver o apoio de pelo menos 342 parlamentares (dois terços da Câmara). Se isso não ocorrer, a denúncia será arquivada.

Todos esses passos ainda devem levar várias semanas e a decisão na Câmara pode se arrastar até o ano que vem.

Veja mais no site da Agência Publica.

Segunda-feira Dilma corta R$10 bilhões do orçamento público

A presidenta Dilma Rousseff vai publicar na próxima segunda-feira (30) um decreto de contingenciamento de R$ 10 bilhões. A medida tornou-se necessária devido à não aprovação da nova meta fiscal deste ano pelo Congresso Nacional.

De acordo com a Secretaria de Comunicação Social da Presidência, o mais recente posicionamento do Tribunal de Contas da União obrigou o governo a contingenciar as verbas discricionárias em caso de não aprovação da revisão da meta.

A secretaria informou que este não é um problema financeiro, e sim orçamentário. Segundo o Palácio do Planalto, esta é uma situação “absolutamente momentânea”, e uma vez que a revisão da meta for aprovada, a utilização de despesas poderá voltar ao normal.

“Na segunda-feira o governo publicará um decreto de contingenciamento de pouco mais de R$ 10 bilhões”, disse o comunicado, informando que uma nota técnica será divulgada dando detalhes e explicações sobre a medida.

No início do ano, o governo tinha estipulado meta de superávit primário – economia para pagar os juros da dívida pública – em R$ 55 bilhões. No entanto, as dificuldades para cortar gastos e aumentar as receitas fizeram a equipe econômica revisar a meta fiscal de 2015 para déficit primário de R$ 51,8 bilhões. Devido ao reconhecimento dos atrasos nos repasses a bancos públicos, o valor do déficit subirá para R$ 119,9 bilhões caso seja aprovado pelos parlamentares.

Empreiteiras doam fortunas a Dilma e Aécio. Quem paga? O contribuinte.

Reportagem de Carlos Madeiro, do UOL, onde o leitor pode ver a reportagem completa.

As empreiteiras investigadas na operação Lava Jato da Polícia Federal doaram quase R$ 98,8 milhões aos dois candidatos à Presidência que chegaram ao segundo turno das eleições, no dia 25 de outubro. A prestação de contas final foi divulgada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) na noite desta terça-feira (25).

A presidente reeleita Dilma Rousseff (PT) foi a que mais recebeu dinheiro das empresas, ao todo de oito construtoras sob investigação: Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa, Engevix, Galvão Engenharia, OAS, Odebrecht e Queiroz Galvão. O total chegou a R$ 64.636.179,25.

As maiores doações foram da Andrade Gutierrez –R$ 21 milhões– e da OAS, que doou R$ 20 milhões.

Aécio Neves (PSDB) recebeu pouco mais da metade de seis construtoras: Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa, OAS, Odebrecht e Queiroz Galvão. Somadas as doações, foram doados ao candidato R$ 34.170.000. A Andrade Gutierrez foi também a campeã de doações ao tucano, repassando R$ 19 milhões.

Para chegar ao cálculo, a reportagem somou os valores doados diretamente na conta do candidato e aqueles feitos ao comitê único financeiro, que também recebe doações. Foram consideradas ainda doações feitas em nome de empresas subsidiárias das empreiteiras

Ao todo, a campanha de Dilma prestou contas que recebeu R$ 350.836.301,70, com superavit de R$ 261.238,06, que será repassado à direção nacional do PT.

O candidato do PSDB, por sua vez, gastou R$ 223.475.907,21 e arrecadou R$ 222.925.853,17. Um saldo negativo de R$ 550.054,04. De acordo com a legislação eleitoral, as dívidas devem ser assumidas pelos partidos.

Em respostas enviadas ainda no primeiro turno, as direções dos partidos PT e PSDB afirmaram que as doações recebidas eram legais, contabilizadas e não haveria qualquer irregularidade. As construtoras também alegaram que é praxe fazer doações a candidatos e também afirmou não haver irregularidades no repasse de dinheiro aos candidatos.

Mais de R$ 200 mi aos partidos

Além das doações diretamente aos candidatos, os partidos também foram contemplados com doações volumosas das empresas investigadas, conforme prestação final de contas dos diretórios nacionais. Ao todo, as construtoras envolvidas no escândalo doaram R$ 207 milhões.

O partido que mais recebeu foi o PT, com R$ 56 milhões doados, seguido pelo PSDB, com R$ 52 milhões; PMDB, com R$ 41 milhões; e PSB, com R$ 13 milhões.