Liberou geral!

Os carros da Câmara Municipal já não param mais no estacionamento, ao final do expediente, como é previsto em lei. Ontem, em torno de 20 horas, só três carros estavam estacionados no local reservado. Hoje, 19h30m, um carro permanecia, com sinais de violenta colisão, na BR 242, próximo ao Jardim das Oliveiras, sem o motorista. Sabe quem vai pagar o conserto? Você, meu caro leitor, que trabalha de sol a sol para pagar em dia seus impostos.

Todos sabíamos que a história da aquisição dos carros ia resultar em abusos. Já aconteceu de vereador viajar a Brasília com carro da Câmara e, sem nenhum pejo, visitar a “Feira dos Importados”, com gasolina e risco por conta do erário público. Agora todo mundo circula à noite, numa liberalidade com o bolso alheio capaz de causar inveja.

O maior delito

Reinaldo Azevedo, de Veja, em artigo:

“É mentira que o Supremo está aplicando um rigor inédito ao mensalão. Inéditos são o tamanho e importância do delito.”

Apesar que não existe delito menor quando se trata de uso de dinheiro público para comprar partidos e parlamentares, sejam eles de que importância forem. Vai passar ainda um longo tempo neste País até que todos entendam que o dinheiro público pertencem a todos e fazer cara de paisagem para roubalheiras é crime de omissão.

“Ah, mas ele distribui aos pobres!”.

É crime e um grande e sonoro ponto final. Retirar dos cofres municipais de Barreiras, um município caótico em sua administração, dinheiro para ajudar campanhas em municípios da base eleitoral, como foram os 15 mil litros de gasolina para Correntina é crime.

 

Quanto custou a Rio+20? -R$100 milhões.

A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), ocorrida entre 13 e 22 de junho, demandou desembolsos da ordem de pelo menos R$ 97,1 milhões por parte da União, recursos que foram administrados pelo Comitê Nacional de Organização da Rio+20 no âmbito do Ministério das Relações Exteriores (MRE). O levantamento não inclui despesas do governo do Estado ou da Prefeitura do Rio de Janeiro, ou ainda programas que tenham favorecido o evento de forma indireta (Contas Abertas).

Por mais importância política que tenha o evento, não se pode esquecer que com esse dinheirinho do contribuinte dava para reflorestar umas 50 mil hectares de terras degradadas; ou comprar uns 20 helicópteros para fiscalizar desmatamentos criminosos; ou construir umas 88.000 cisternas de 20 mil litros para acabar com a sede de uns 400 mil nordestinos. Dinheiro público é coisa séria em muitos países. No Brasil, nem tanto.