
Visivelmente irritado, Jair Bolsonaro disse ontem à noite ao Poder360 que Michel Temer “já roubou muita coisa, meu discurso ele não vai roubar, não”.
Bolsonaro disse ao Poder360 que, no entanto, se “fosse presidente” o seu “decreto seria diferente”.
Uma das críticas ao texto foi sobre a falta de definição da conduta dos militares durante a intervenção. O deputado disse que a intervenção pode ser “mais uma medida paliativa que vai durar 20, 30 dias”
Em sua página oficial no Facebook, pré-candidato também comentou o tema. Postou a seguinte frase: “Apoio uma intervenção militar no Rio, não essa que é política com a cara de Temer, Jungmann e Moreira.”
Na tentativa de reforçar seu discurso de reeleição, Temer embarcou no tom de “lei e ordem” . A abordagem seria a única a fazer frente ao discurso de Bolsonaro já que, até então, nenhum dos pré-candidatos fazia isso.
Impressiona a situação em que forças de direita de diversos matizes se debruçam sobre a carcaça putrefata da Pátria, na sanha louca de abocanhar o maior pedaço do butim.
A condenação de Lula em 2ª instância e a publicação do respectivo acórdão, de afogadilho, excitou a cobiça das mais diversas correntes que participaram do golpe legislativo.
Até Temer quer ser presidente, mesmo que a sua popularidade não atinja desejáveis dois dígitos.
Bolsonaro, uma excrescência da direita neofacista, considera-se legítimo herdeiro do golpe. E não permite que outras correntes tomem a sua chance de ser a hiena dominante.
