Cada brasileiro que trabalha deve um carro 0 Km aos bancos.

Brasileiros: sustentando a máquina voraz dos governos e da corrupção
Brasileiros: sustentando a máquina voraz dos governos e da corrupção

Por vezes lamentamos o nível de educação do País e, mais especificamente, dos estados do Nordeste. Quando se compara alguns números dos 11 anos dos governos do PT, se entende com clareza o que está acontecendo nesta Nação em que brilha, em raios fúlgidos, o sol da liberdade. Está se gastando em um mês, com juros da dívida pública, R$13 bilhões. Mais do que o orçamento anual da Educação: R$12,7 bilhões.

Pior ainda: a dívida interna brasileira está crescendo a razão de 8,98%, enquanto o PIB cresce na média de 3,64%, contabilizados os últimos 10 anos. A dívida interna já é de R$2,24 trilhões, enquanto o PIB é de R$4,5 trilhões. Nesta projeção, teremos uma dívida, em 2027 igual ao PIB.

Acha pouco? Então vou escrever com todos os zeros: R$2.240.000.000.000,00. Como a população economicamente ativa é de 79 milhões de habitantes, isso significa que cada brasileiro deve aos bancos algo como R$28 mil reais. O equivalente a um carro Zero Km 1.0.

Está vendo? Você paga a prestação do carro, mas ainda anda no “busão” ou no pedal da “bicicreta”.

professores

45% do orçamento do União, em 2010, foi parar no cofre dos bancos

De um total de R$ 1,414 trilhão, o orçamento de 2010 dedicou R$ 635 bilhões ao pagamento de juro, amortização e refinanciamento da dívida pública da União. Isso corresponde a 44,93% do gasto público da União em 2010. Com a Previdência Social (incluída aí a previdência dos funcionários públicos) gastou menos da metade disso, 22,12%; com a saúde, 3,91%; e, com a educação, 2,89%. Do site socialismo.org.br, onde o leitor poderá ver as notas explicativas.

Esta é a República dos Milagres fundada nos últimos anos de governo. A base desta dívida, que dobrou no Governo Lula, são as despesas realizadas com o crescimento desmesurado da máquina pública e a realimentação do serviço da dívida. O Governo Lula ainda vai ter que explicar na sua biografia autorizada ou, por pior que seja, no seu obituário, onde foi parar esse bi-trem carregado de dinheiro.

Brasileiro nasce, hoje, devendo 8.500 reais.

Mantega: gestor do buracão.

A dívida externa brasileira está batendo de novo em US$240 milhões, depois  do presidente Lula ter anunciado que pagou toda a dívida e ainda emprestou dinheiro para o Fundo Monetário Internacional. Por outro lado, o estoque da dívida pública mobiliária federal interna (DPMFI) subiu 1,84% em dezembro de 2010, para R$ 1,603 trilhão, depois de ficar em R$ 1,574 trilhão em novembro. Os dados constam de relatório do Tesouro Nacional divulgado há pouco. No fim de 2009, o estoque estava em R$ 1,398 trilhão.
Desta dívida, os papéis pré-fixados são quase 38% e a parcela de títulos públicos federais atrelada a índices de preços ficou praticamente estável na composição do total, saindo de 28,08% em novembro para 28,14% um mês depois, ou R$ 451,30 bilhões.

Moral da história: se o Governo pagar o serviço da dívida, tudo está bem. Apesar de que o grande buraco, interno e externo, só cresce. Este é o resultado do “grande salto para o futuro” ou ainda, da “Epopéia do Nunca Antes”, de 8 anos do Governo Lula. A camarilha locupletou-se, o país endividou-se e a desigualdade permanece igual.

Crescer 7,5% às custas de investimento obtido com o lançamento de títulos da dívida pública não é crescimento. É apenas sórdido endividamento para as gerações futuras. Se o brasileiro, pobre ou rico, nascer nesta madrugada, já nasce devendo o equivalente a 8.500 reais. Os mais pobres vão pagar esse valor, sabe-se lá como, na boca do caixa do supermercado e na passagem do coletivo. E o empresariado vai ser achacado, todo dia, toda hora, com a maior carga tributária do planeta.