Veja, dona Dilma, o Nordeste fica bem mais perto que Cuba

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O caro leitor pode entender por que o milho demorou tanto a chegar aos produtores do Nordeste e quando chegou, no ano passado, foi pela solidariedade de alguns produtores do Oeste baiano? Pois entenda: o Brasil estava preocupado com a fome, mas dos cubanos e de povos de outras nações. Veja esta matéria da ONU, em que se relata que um navio carregado de arroz – 25 mil toneladas – foi doado à Cuba.

Diz a nota da ONU:

O Brasil já doou cerca de 300 mil toneladas de alimentos para 35 países através do PMA – Programa Mundial de Alimentos desde 2011. Suas contribuições aumentaram de 1 milhão de dólares em 2007 para mais de 82 milhões de dólares durante 2012, tornando esta nação sul-americana uma das dez maiores doadoras do PMA.

Que o Brasil assista outras nações nos parece louvável. Mas antes deveria assistir a grande nação de nordestinos, no flagelo da seca e da fome no semiárido. Quantos aqui mesmo no Oeste passam fome – sou testemunha de alguns casos – com uma rala ração de fubá duas vezes ao dia? Quantos nordestinos tem como sua dieta principal o “rato rabudo”?

O comportamento é característico dos farisaicos engravatados do Planalto Central, alimentando estrangeiros e deixando os brasileiros em grave situação de risco alimentar ou interrompendo as singelas economias dos nordestinos do campo. Como diz Paulo Souto, ex-governador e oposicionista na Bahia, a propaganda do Governo da Bahia contra a seca é maior que as iniciativas contra o mesmo flagelo. 

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