AIDS e principalmente sífilis tem altos índices entre carnavalescos

sifilis

Um rapaz de 17 anos foi diagnosticado com o vírus HIV nos postos de testagem rápida Fique Sabendo, instalados nos circuitos do Carnaval de Salvador.

De acordo com o secretário de Saúde de Salvador, José Alves, 1.326 pessoas fizeram o teste anti-HIV e associados a doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). Do total, foram 36 casos confirmados de HIV e 161 casos de sífilis.

Nos primeiros dias de atendimento do posto, que começou a funcionar no sábado (25), a maior procura era de homens. Mas desde essa segunda, o número entre homens e mulheres foram equiparados. As pessoas que confirmadas com HIV receberem ajuda de psicólogo na própria unidade, e já foram encaminhadas para tratamento com o coquetel de medicamentos.

Os pacientes identificados também passaram por uma entrevista, para que as pessoas que tiveram contato sexual com eles nos últimos tempos sejam instruídas a fazerem o teste de HIV.

O secretário diz que é necessário reforçar as campanhas e ações preventivas, pois o “jovem perdeu o medo de ter aids”. “Quem mais usa camisinha, tem mais de 29 anos. Temos que estimular o jovem a se prevenir e fazer com que a camisinha não saia de moda”, diz José Alves.

Mas ele afirma que o número de casos positivos não cresceu de 2016 para 2017 e que a porcentagem estava dentro do esperado. Alves também destacou a importância do teste rápido para sífilis, por ser uma doença facilmente curável, com injeção de penicilina benzatina.

“O tratamento é barato e simples. A sífilis é epidêmica por falta de cuidado”, alerta. 

Governo gasta mais este ano com prevenção e tratamento de AIDS.

O Ministério da Saúde terá mais de R$ 1,2 bilhão este ano para ações específicas de prevenção e assistência farmacêutica aos portadores de Aids e outras Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs). No ano passado, o ministério contava com uma previsão orçamentária de pouco mais de R$ 908 milhões para intensificar e fortalecer atividades de prevenção, controle, proteção, diagnóstico, assistência e tratamento na área. Mas no fim do exercício chegou a desembolsar pouco mais de R$ 1 bilhão. A diferença entre a verba prevista para 2011 e o efetivamente gasto em 2010 é de R$ 172,6 milhões, ou 17%. A informação é do portal Contas Abertas.