Receita e Polícia Federal prende doleiros e sonegadores em Fortaleza e Natal

A Receita Federal e a Polícia Federal deflagraram hoje (30) a Operação Godfather, que resultou na prisão de integrantes de organização criminosa suspeita de desviar cerca de R$ 150 milhões do sistema financeiro, principalmente em Fortaleza e Natal, nos últimos cinco anos. Parte dos recursos montante resultou de transações feitas no Brasil de empresas sediadas em paraísos fiscais ou de instituições e pessoas físicas que operam com compra e venda de dólares (doleiros).
Nota divulgada pela Receita Federal informa que há indícios de prática de crimes como sonegação fiscal, gestão fraudulenta, formação de quadrilha e lavagem ou ocultação de bens, direitos ou valores. Estão sendo cumpridos nove mandados de busca e apreensão em residências de investigados e em empresas supostamente ligadas à organização criminosa. Foram também decretados, pela Justiça Federal, o sequestro e o bloqueio de valores existentes em contas bancárias, em bolsas de valores e em instituições do mercado financeiro no Brasil em nome dos principais suspeitos. Da Agência Brasil.

Se a corrupção nas áreas privada e pública continuar no mesmo ritmo e com a relevante deficiência de vagas em presídio, em breve vamos ter que implantar os campos de concentração no País. Arame farpado, galpões e uma enxada para cada prisioneiro. Uma maravilha.

hemoba

 

topvel

 

coral natalino

 

futsal

 

Polícia Federal desarticula quadrilha internacional de doleiros no Nordeste

 Viatura e helicoptero

A Polícia Federal, com o apoio da Receita Federal, deflagrou, na semana que passou, a Operação Grande Truque, com o objetivo de desbaratar quadrilha internacional de doleiros especializada em realizar operações ilegais de câmbio e de remessas internacionais de divisas ao exterior, o que atinge o Sistema Financeiro Nacional. A operação é resultado de investigação iniciada no ano de 2010, quando a Polícia Federal passou a apurar as movimentações financeiras em nome de doleiros, os quais, naquele momento, já estavam envolvidos em operações suspeitas da ordem de mais de R$ 4,3 milhões de reais em cerca de nove meses, segundo Relatório do COAF – Conselho de Controle de Atividades Financeiras.

Cerca de 180 policiais federais, com apoio de servidores da Receita Federal, deram cumprimento a 30 mandados de busca e apreensão, 14 mandados de condução coercitiva e  três mandados de prisão preventiva, em 12  empresas, como casas de câmbio, importadoras e empresa de segurança privada, e nas residências dos investigados, além de mandados de sequestro de bens. Os locais onde estão sendo realizadas as ações são: Boa Viagem, Areias, Avenida Recife, Afogados, Paulista, Pombos, Caruaru, Santa Cruz do Capibaribe, Jaboatão, Goiana, Estância, Olinda, Ibura, Águas Compridas e Pau Amarelo.

A operação foi deflagrada em Pernambuco, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Norte. A quadrilha é investigada por práticas de evasão de divisas (art. 22 da Lei nº 7.492/86 – pena de até seis anos de reclusão), instituição financeira clandestina (art. 16 da Lei nº 7.492/86 – pena de até quatro anos de reclusão), lavagem de dinheiro (art. 1º da Lei nº 9.613/98 – pena de até dez anos de reclusão) e associação criminosa (art. 288 do CP – pena de até três anos de reclusão).

Após quatro anos de investigação, foi possível identificar uma ampla rede de doleiros, com atuação em Pernambuco (24 Mandados de Busca, 11 de Condução Coercitiva e 3 de Prisão Preventiva), no Rio Grande do Norte (2 Mandados de Busca e 1 de Condução Coercitiva), Rio de Janeiro (2 Mandados de Busca e 1 de Condução Coercitiva), Minas Gerais (2 Mandados de Busca e 1 de Condução Coercitiva) e outros países, como BélgicaInglaterra,PortugalItália e China.  A quadrilha é especializada em operações ilegais de evasão de divisas conhecidas como dólar-cabo, pelas quais é possível remeter divisas para instituições financeiras no exterior sem o conhecimento da Receita Federal do Brasil e Banco Central do Brasil.

Ademais, eles operam um sistema de câmbio paralelo, através do qual, transações em espécie são possíveis sem ciência dos mesmos órgãos fiscalizadores. O esquema visa, fundamentalmente, ajudar empresários-importadores a pagarem seus fornecedores no exterior sem registro da Receita Federal do Brasil, a fim de subfaturar as importações, de modo a diminuir ilicitamente valor dos tributos devidos ao Estado.