Giachini garante CPI contra Cabo Carlos e pede seu afastamento da Câmara

sidnei giachini

Sidnei Giachini polarizou as atenções na sessão ordinária da Câmara, ontem à noite, ao anunciar que vai protocolar pedido de Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar a gestão de Domingos Carlos Alves como presidente da Casa. Giachini garantiu:

“Tenho a assinatura de nove vereadores”.

E poderiam ser 10, caso Cabo Carlos aceitasse a sugestão de Jarbas Rocha, líder do Governo:

“Se eu fosse Vossa Excelência, assinava também o pedido da CPI, para demonstrar que o Senhor é um homem de bem”.

Cabo Carlos desconversou e disse que estava afastada a hipótese de pedir uma CPI contra si próprio, mas afirmou: “Até acho bom que faça de uma vez essa CPI para provar a lisura da minha gestão”.

No final da sessão, a sugestão de Jarbas Rocha era motivo de gostosas gargalhadas nas rodinhas que se formaram para debater o assunto. Um resenhista afirmou: “Isso é que eu chamo de sinuca de bico!”

Giachini insistiu também que vai pedir o afastamento do Presidente da Casa, da Diretora e da Procuradora, no que foi confrontado por Cabo Carlos. Giachini retrucou:

“Isso é o plenário que vai decidir. O plenário é soberano”.

Agora a casa cai? Companheiros de Mesa de Cabo Carlos querem contas explicadinhas

Digitalizar0001Os vereadores Elton Alves (primeiro secretário), Reinyldo Neri (2º Secretário) e Vôga Pelissari, vice-presidente da Mesa Diretora da Câmara Municipal de Luís Eduardo Magalhães protocolaram, hoje, ofício solicitando ao presidente da Casa, vereador Cabo Carlos, balancete financeiro mensal analítico das contas públicas.

Cabem duas observações:

Primeira: Se os companheiros da Mesa Diretora não sabem da vida financeira da Câmara, imagine-se os outros vereadores e o donos da casa, os eleitores, que sustentam aquele palácio de concreto e vidros, docemente repousado sobre a avenida JK?

Segunda: Parece que desta vez, com toda a bancada governista revoltada contra o Presidente da Casa, nem um caminhão de panos quentes, fornecidos pelo prefeito Humberto Santa Cruz, que luta pela preservação de sua ampla maioria na Câmara, vai segurar o desastre.

Vereadores investigam vencedores de licitação da Câmara

Um grupo de vereadores de Luís Eduardo fez uma longa viagem à cidade de Apucarana, no Paraná, para visitar a sede da empresa construtora, que ganhou no ano passado a concorrência para repintar o prédio da Câmara Municipal, num contrato acima de R$500 mil. Perderam a viagem, pois só encontraram lá uma empresa dedicada ao ramo de topografia. Por mais que procurassem, não encontraram a empresa.

Esse fato originou uma série de pedidos de informação à Mesa Diretora da Casa, por parte de vereadores de Oposição, inclusive porque que as licitações da Câmara continuam mantidas quase em segredo, inclusive aquelas relacionadas com agenciamento e emissão de passagens aéreas e rodoviárias, link de informática, material de informática, reposição de cartuchos e outros.

Ao que parece, o vereador Domingo Carlos Alves terá sérios problemas com a oposição nesta nova legislatura.

A batalha pela Câmara de LEM segue intensa e sem definições.

Amanhã o prefeito Humberto Santa Cruz reinicia sua peregrinação na ingente tarefa de reeleger o vereador Domingos Carlos Alves para a presidência da Câmara Municipal de Luís Eduardo Magalhães. Os resultados são magros por enquanto. Outro que não perdeu as esperanças é Sidnei Giachini, que até visitou a casa do deputado Oziel Oliveira em busca do apoio da bancada oposicionista na Câmara. Hoje o Vereador esteve reunido com os vereadores Eltinho e Alaídio Castilho para renovar as propostas de sua eleição.

Outro vereador, Irmão Deusdete, que horas antes havia se comprometido com o Prefeito, compareceu à mesma reunião.

Amanhã o médico e líder dos Democratas, Luciano Trindade, auxilia na campanha, tendo interrompido as férias para ajudar o Prefeito.

Um político de proa informou hoje este Editor que Ondumar Marabá estava prestes a jogar a toalha, tendo em vista a pressão política e psicológica pela sua desistência. Inclusive já teria ganho a secretaria de Indústria e Comércio, que seria ocupada por um correligionário. Ondumar não confirmou oficialmente a desistência e seu grupo de vereadores segue coeso.

Briga pelo controle da Mesa Diretora da Câmara inclui, agora, medidas estranhas ao Regimento Interno

O presidente da Câmara Municipal de Luís Eduardo Magalhães, Domingos Carlos Alves, tentou criar, ontem, casuísmo legal, com objetivo de manter o controle das eleições para a presidência da Mesa Diretora. Ele distribuiu ofício aos vereadores eleitos, dando prazo até o dia 31 para o registro de chapas, quando o Regimento Interno, amparado pela Lei Orgânica do Município, permite o registro das mesmas até 10 minutos antes da sessão extraordinária em que serão votados os componentes da Mesa Diretora. Pelo visto, não vai colar.

A vereadora eleita, Katerine Rios (PSD), também tenta manter, com mão de ferro, a fidelidade de seus companheiros de legenda. Já ameaçou até de expulsão quem não votar com o candidato indicado por seu chefe político, Oziel Oliveira. Para isso, está reivindicando outro casuísmo absurdo: que o voto para a eleição seja aberto, quando o Regimento prevê voto secreto. Teremos sérios problemas com o maniqueísmo da Vereadora, nos próximos quatro anos, até por saber que dois vereadores eleitos de sua coligação já estão pulando a cerca, céleres, em busca de prados mais verdejantes.

Cabo Carlos defende o cala-a-boca e a mordaça à imprensa.

O presidente da Câmara de Vereadores, Domingos Carlos Alves, compareceu ontem perante o juiz da Vara Criminal da Comarca de Luís Eduardo, para formalizar acusação, como vítima, de infâmia, calunia e difamação contra este Editor. O juiz Claudemir da Silva Pereira, titular da Vara Crime, acolheu a denúncia.

O Vereador deu assim mais uma prova cabal de seu alto espírito público e democrático, zelando pela sua honra e pela preservação da imagem do Legislativo, em detrimento da liberdade de imprensa e de informação prevista na Carta Magna da Nação.

O objetivo principal do Presidente da Câmara é calar a boca deste Jornalista, por força de ações judiciais. Denunciamos no último ano sua gestão por gastos desnecessários com aquisição de carros (veja matéria aqui), custeio da casa, obras caras, aquisição de móveis caros e cursos de formação, além de consultorias. Denunciamos também que o Vereador tenha faltado com parte da verdade, ao afirmar em entrevista a um jornal da cidade, que a Câmara tenha recebido apenas 4,5% de duodécimo do Executivo, quando na verdade utiliza 7% da arrecadação tributária do Município, conforme informa a matéria publicada, com base em subsídios fornecidos pelo Tribunal de Contas dos Municípios. (veja matéria aqui).

Lamentável apenas que Domingos Carlos Alves não tenha confirmado, perante o Juiz, que se referia a este jornalista quando falou, em programa da Rádio Mundial, de “um blogueiro ignorante e analfabeto”.  Não teve a necessária hombridade. Veja matéria aqui.

O Vereador perdeu também, ontem, oportunidade de demonstrar toda a sua probidade quando levou para a audiência uma funcionária da Câmara para assisti-lo na condição de advogada. Se tivesse levado também um recibo de honorários advocatícios, com o número do cheque pessoal com que deveria pagar a advogada, ninguém teria suscitado a dúvida de sua probidade, que pairou no ar como um colibri.

Recomenda-se ao Vereador, também, que proponha a mudança da denominação e sigla do Partido do Movimento Democrático Brasileiro – PMDB – agremiação à qual pertence. Ou troque de partido. Afinal uma agremiação que lutou durante anos contra a censura à imprensa e liderou os movimentos libertários que conduziram este País à redemocratização não deveria ter em suas hostes elementos que agora defendam a mordaça à imprensa.

PMDB vai concorrer com qualquer nome à Prefeitura.

O líder do PMDB na Câmara, Valmor Mariussi, afirmou, de maneira incisiva, que o seu Partido não arrefeceu na luta para concorrer às eleições de 2012 ao Executivo. Segundo o Vereador, se Fábio Lauck desistir de concorrer, o Partido vai buscar outro nome, que pode ser Juarez de Souza ou Domingos Carlos Alves.

A bem da verdade, deve-se deixar que eles que são “autoridades” se entendam.