A expectativa de analistas do mercado financeiro para o crescimento da economia este ano caiu pela décima semana seguida. A projeção para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB), desta vez, passou de 2,01% para 1,9%. Há quatro semanas, a estimativa estava em 2,3%.
Para 2013, houve redução de 4,2% para 4,1%. As informações constam do boletim “Focus”, pesquisa semanal do Banco Central (BC), divulgada toda segunda-feira. Publicado normalmente por volta das 8h30, hoje o boletim foi divulgado pelo BC com cerca de uma hora de atraso, devido a problemas técnicos.
A redução na estimativa de crescimento econômico ocorre em momento em que o país enfrenta efeitos da crise econômica externa. Na última quinta-feira (12), o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) mostrou que a economia ficou estagnada em maio. Nos cinco meses do ano, ante igual período de 2011, houve expansão de apenas 0,85%. Neste ano, o BC espera que a economia cresça 2,5%, ante a estimativa anterior de 3,5%. Em 2011, a expansão do PIB foi de 2,7%.
A expectativa dos analistas para o crescimento da produção industrial também caiu, pela sétima semana seguida, ao passar de 0,1% para 0,09%, em 2012. Para 2013, a expectativa é de recuperação, com crescimento de 4,3%, ante 4,25% previstos anteriormente.
A expectativa para a cotação do dólar ao final do ano segue em R$ 1,95, em 2012, e foi ajustada de R$ 1,94 para R$ 1,95, no fim de 2013. A previsão para o superávit comercial (saldo positivo de exportações menos importações) passou de US$ 18,09 bilhões para US$ 18,04 bilhões, neste ano, e de US$ 14,78 bilhões para US$ 13,75 bilhões, em 2013.
Entre o empresariado, a cautela sobre o futuro próximo da economia é a marca principal. Segundo o International Business Report (IBR) 2012 da Grant Thornton International, 61% dos empresários brasileiros estão otimistas com relação à economia local nos próximos 12 meses, uma queda de 25 p.p em relação ao primeiro trimestre. Com a redução, o Brasil caiu da 2ª para a 8ª posição no ranking mundial de otimismo. O otimismo global foi de 23%, 4 p.p acima do trimestre anterior. O estudo é feito com 11.500 empresas em 40 economias.
Com informações da Agência Brasil e do IBR.

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