Agência financeira global diz que Bolsonaro coloca democracia brasileira em perigo.

Em artigo editorial publicado no último dia 20, a Bloomberg, uma das maiores agências de notícias para o mercado financeiro do mundo, afirmou que “Bolsonaro está colocando a democracia do Brasil em perigo”. De acordo com o texto, o maior país da América do Sul precisa de uma alternativa digna de confiança ao populismo.

Ao longo de seis parágrafos, o artigo editorial, que representa a opinião oficial da companhia, diz que Bolsonaro está querendo impor maior controle sob as forças militares brasileiras

O episódio que demonstra essas tentativas e que, segundo o artigo, é o mais alarmante, foi o afastamento do ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, que jurou manter militares fora da política. “O que não é coisa pequena em um país que foi dominado por uma ditadura militar de 1964 a 1985”, diz o texto.

“O sucessor dele, outro general, é ex-chefe de gabinete do presidente. A possibilidade de Bolsonaro tentar usar as Forças Armadas para intimidar seus oponentes fez com que os chefes do Exército, Marinha e Força Aérea do país renunciassem”, prossegue o editorial.

De acordo com a Bloomberg, essa perspectiva exige vigilância. “Os novos comandantes militares devem enfatizar a independência das Forças Armadas e exigir que os oficiais permaneçam apolíticos”, afirma.

Texto do DCM

 

 

Um tempo de tensão e problemas muito graves se avizinha

“Guernica”, painel de Pablo Picasso.

Diz a neurociência que a nossa capacidade de raciocinar em abstrato é uma análise combinatória das palavras que conhecemos.

Homens com vocabulário restrito tendem a chegar a soluções simplistas, um problema muito grave num país grande, com problemas complexos, como o Brasil.

Neste País, a economia está dando um salto para trás há quatro anos, a inovação se encontra arrasada por terra e o círculo de proteção social rompe-se, o que significa também o esgarçamento do tênue tecido social da Nação.

As elites não podem acreditar que eliminarão as camadas mais vulneráveis da Nação como num lance de vídeogame. Não! Apenas acumulam carga negativa nas baterias do equilíbrio sócio-econômico, adiando e tensionando, com banalidades, essa equalização, ao máximo.

A reforma da previdência, as privatizações desordenadas, o aumento da desigualdade, os privilégios exagerados das elites – no último semestre de 2018 – apenas cinco bancos confiscaram do mercado R$17 bilhões de lucros,  quando a base dos tomadores do crédito é cada vez menor e mais seletiva – são o prenúncio de mau agouro de uma turbação sem precedentes na frágil inalterabilidade do acordo social brasileiro.

Aqueles que acreditam em uma divindade que cuide dos destinos de uma nação devem, por temor ou virtude, rezar com contrição, de mãos postas, pelos tempos que se avizinham.

O espetáculo circense chega ao fim, cerram-se as cortinas e a prosaica bandinha toca um dobrado com desafino.

A notícia mais grave, no entanto, é que os palhaços desbocados estão perdendo o emprego, para enfado e desilusão daqueles cuja análise combinatória do vocabulário restrito apenas permite repetir: mito, mito, mito!

O Globo abre o jogo: quer o desmonte da Petrobras

Chega um dia que tudo fica claro como cristal. O editorial de O Globo deste domingo expõe finalmente, de maneira transparente, a sua principal posição em relação à Petrobras, que desconfio, tem gerado a imensa crise política que sobreveio à reeleição de Dilma Rousseff: os interesses contrariados das poderosas 7 irmãs do petróleo. O Globo pede, sem meias palavras, que o patrimônio da Petrobras seja castrado e que as reservas do pré-sal sejam entregues para a iniciativa privada. Veja o editorial:

“Deve-se libertar a Petrobras do monopólio no pré-sal”

“O desmonte da Petrobras não é resultado apenas de um esquema amplo de assalto aos cofres da empresa, com a finalidade de perpetuar o projeto de poder lulopetista. O escândalo do petrolão — eleito há pouco na internet como o segundo maior caso de corrupção do mundo, numa enquete da Transparência Internacional, superado apenas pelo do ex-presidente da Ucrânia Viktor Yanukovich — foi uma da duas dinamites que implodiram a maior empresa brasileira.

A outra, o delirante projeto estatista de se usar o petróleo do pré-sal para reinstituir o monopólio da empresa na exploração desta área. Estabeleceu-se que a Petrobras seria operadora única no pré-sal e teria, também de forma compulsória, de controlar no mínimo 30% de cada consórcio que assinasse contratos de partilha com o Estado.

A ideia, inspirada de maneira visível no programa de substituição de importações do governo Geisel, na ditadura, era usar o enorme poder de compra da Petrobras para estimular a ampliação de estaleiros (para a montagem de navios e plataformas) e a instalação de uma indústria de componentes usados nas atividades petrolíferas. Tudo protegido da competição externa por uma política de “reserva de mercado”, como naqueles tempos. Agora, sob o lulopetismo, também não deu certo.

A descoberta do escândalo, pela Operação Lava-Jato, apanhou a estatal já bastante endividada — hoje, é a maior dívida empresarial do mundo, cerca de meio trilhão de reais. O petróleo começou a cair de preço e, com isso, desabou uma tempestade perfeita sobre a empresa.

A Petrobras precisa diminuir de tamanho — pela venda de ativos, como tenta fazer, para acumular caixa —, mas tem também de se libertar das obrigações de empresa monopolista no pré-sal, as quais ela não tem sequer condições financeiras de arcar. Mas o PT é contra.

O senador José Serra (PSDB-SP) tem um projeto com este objetivo no Congresso. Na ida da presidente Dilma à Casa, na abertura do ano legislativo, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), discursou em defesa da tal “agenda Brasil”, de que consta este projeto.

A imperiosidade do fim desse monopólio anacrônico é de uma lógica solar. A Petrobras não tem caixa para bancar os investimentos, nem tampouco cadastro bancário para se endividar. Como também não faz sentido, em qualquer circunstância, a empresa ser obrigada, em nome de pura ideologia, a explorar áreas no pré-sal que seu corpo técnico não considere atraentes. Este projeto gastou tanto tempo para ser desenhado que o preço do petróleo caiu, e passou a haver suspeitas sobre a viabilidade de segmentos do pré-sal.

Sanear a Petrobras e desobrigá-la de estar à frente da exploração do pré-sal são movimentos evidentes para fazer a estatal sair da catalepsia empresarial. Outro passo é não forçá-la a arcar com o custo elevado de equipamentos protegidos por políticas de reserva de mercado, rota certeira para a ineficiência. O Congresso precisa agir.”

buriti janeiro 2016

Em nome da verdade

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É emblemática a sentença do ministro Celso de Mello, do STF, negando ao corrupto Joaquim Roriz indenização, por parte da revista Veja, por motivo de uma reportagem veiculada em dezembro de 2009, noticiada hoje nos jornais.

O ministro explicou que “não caracterizará hipótese de responsabilidade civil a publicação de matéria jornalística cujo conteúdo divulgar observações em caráter mordaz ou irônico ou, então, veicular opiniões em tom de crítica severa, dura ou, até, impiedosa, ainda mais se a pessoa a quem tais observações forem dirigidas ostentar a condição de figura pública”.

Regionalmente também observamos ação de políticos locais, que arrepiam os espinhos do dorso quando os blogs apontam suas incúrias e mazelas, sua ação política eleitoreira, seu corporativismo nefasto.

Não nos afastaremos do caminho da verdade e da defesa dos interesses públicos nem que seja por um décimo de milímetro. É nossa obrigação e parte da responsabilidade com nossos leitores. Não tememos ações reparatórias, nem moções disso ou daquilo, mesmo porque nada há a reparar e já antecipamos: seremos duros, sem prejuízo do fato de sermos justos, com aqueles que escolhem ser nossos adversários. 

Abril decide não fechar a Playboy

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Todos aqueles que ilustraram a sua adolescência (e até uma parte da maturidade) com as fotos ginecológicas da Playboy, comemoram hoje com as bandeiras do onanismo: a Playboy não vai fechar. Ninguém esquece as primeiras revistas furtadas do pai tarado ou do tio solteirão. Alguns até se ilustraram com as grandes matérias da revista e as entrevistas pra lá de iconoclastas. Nestes dias de internet disseminada por todos os gadgets possíveis e imagináveis, não deixa de ser uma boa notícia.

Seca no Sertão chega ao seu ponto mais crítico

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Enquanto o poder central pavoneia-se em Roma, portando monarquicamente seus cartões corporativos, a seca avança no Sertão do Nordeste. Só na Bahia já são 226 municípios em estado de calamidade. A FAEB – Federação da Agricultura do Estado da Bahia emitiu nota oficial capaz de constranger os corações mais empedernidos.

“A Federação da Agricultura e Pecuária da Bahia vai reunir produtores, autoridades e Sindicatos dos Produtores Rurais para discutir a gravidade da situação.

O sentimento dos produtores da região do semiárido da Bahia é de angústia, revolta e abandono. A sensação geral beira o desespero. A realidade é cada vez mais grave e impiedosa. A seca que atinge a Bahia, considerada a pior dos últimos 50 anos, chegou ao seu ponto mais devastador, levando o produtor rural baiano ao fundo do poço. De acordo com últimas informações divulgadas pela Defesa Civil, 226 municípios estão em situação de emergência na Bahia, o que corresponde a mais da metade das cidades baianas.

secaAs medidas dos Governos Estadual e Federal são insuficientes, e longe da realidade. Os escassos recursos emergenciais esgotaram-se rapidamente e os financiamentos foram marcados pelo excesso de burocracia e lentidão, excluindo o pequeno e o médio produtor. Assistimos a um imenso retrocesso. O médio produtor já virou pequeno e o pequeno produtor está em vias de desaparecer.

Em 2012, quando a situação já era bastante grave, foram anunciadas várias medidas emergenciais, com obras como Barragens Subterrâneas, Poços e Implantação de Reservas Estratégicas de Alimentos. Em nome dos produtores do semiárido baiano, questionamos: Onde estão esses poços? Quantas barragens foram construídas? Quantas pessoas foram beneficiadas? Onde estão essas obras emergenciais? O que está sendo feito de concreto?

O pequeno estoque de milho que deveria chegar aos produtores desapareceu. Um produto essencial que poderia ser usado como uma das poucas alternativas para salvar o que resta do rebanho. Lembramos que esse milho não seria dado, seria comprado pelos produtores. Os produtores querem e precisam comprar, com urgência, o milho. O programa Bolsa-Família, que tem ajudado muitas pessoas a sobreviver, não é a solução para o semiárido, pois isso não resolve o problema. O Bolsa-Família não alimenta e nem fornece água para o rebanho, nem garante a sustentabilidade da propriedade. Com ele a família consegue apenas, precariamente, sobreviver. E assim, acompanhar a perda de todo o seu patrimônio, conquistado com muita luta. Os rebanhos estão sendo dizimados, as propriedades arruinadas, o patrimônio dilacerado.

Os produtores estão, a cada dia, mais e mais descrentes e desassistidos. Tendo em vista a calamidade que se alastra impiedosamente em nosso Estado, e que está levando progressivamente o produtor rural ao extremo desespero, a FAEB – Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia, atendendo à solicitação dos Presidentes de Sindicatos dos produtores rurais da Bahia, vai reunir em sua sede, cooperativas, associações, produtores e autoridades, para uma reunião, de forma a que cada um expresse o seu sentimento e apresente em depoimento suas carências, dificuldades e os efeitos dessas medidas emergenciais nos seus municípios. E, a partir daí, apresentar aos órgãos de divulgação o verdadeiro quadro de desalento e o sofrimento que o campo vem atravessando, revelando, assim, a extensão da tragédia que estamos vivendo. O encontro será realizado na próxima terça-feira, 26, a partir das 9h, na Rua Pedro Rodrigues Bandeira, 143, Ed. das Seguradoras, 7o. andar, bairro do Comércio.

A situação esperada para 2013, caso não ocorra o milagre das chuvas até início de abril, é que a estiagem vai ser muitas vezes pior que a de 2012. Já não existem reservas estratégicas, nem qualquer poupança que permita comprar volumoso, sementes, contratar carros-pipa, entre outros.

Durante o encontro, também será realizado um movimento para solicitar aos Governos Estadual e Federal ações enérgicas, impactantes e imediatas, e protestar contra o descaso e a falta de apoio aos pequenos e médios produtores, que estão sendo dizimados. A gravidade da situação é de real calamidade, e é muitas vezes maior que o tamanho da ajuda que se teve até agora.

Nesse momento difícil, é necessário, mais do que nunca, que os produtores se organizem, se mobilizem, e pressionem para que seja apresentado um programa de medidas concretas, estruturantes, de médio e longo prazo, para, finalmente, serem criadas condições para sairmos dessa crise, com a recuperação da economia agropecuária, e preparando, enfim, o produtor do semiárido baiano para conviver dignamente com a realidade da seca.”

Todo brasileiro, com um diáfano sentimento de patriotismo e imbuído dos mais singelos preceitos democráticos aprova a Comissão da Verdade, que visa expor os nomes dos torturadores do golpe de 1964. 

Não podemos, no entanto, nos isentar das barbaridades que estão acontecendo na gestão pública brasileira, que criou um regime popularista sem ajudar o povo; um regime socialista que não se preocupa com o social; um regime que alcança uma moeda, mas veda, a cada brasileiro desassistido o acesso ao ensino e a chance de escalar a pirâmide social. 

Está explicado porque então o Governo do PT paga tanto pelo apoio da base política, prática iniciada nos primeiros meses do Governo Lula e que atingiu seu ápice em 2005, o ano que ainda não acabou.

Mau gestor, o Governo Petista dissemina práticas espúrias por estados e municípios, com base num assistencialismo orgulhoso e prevaricador, onde segurança, educação e saúde são operetas bufas, pura ficção da dramaturgia dos que conspiram, na luz tênue dos gabinetes, contra a Nação.

Que se escolha então, um Conselho de Notáveis, que governe a Nação, uma verdadeira comissão da verdade do cotidiano. E deixemos que Lula e seus seguidores façam política. Se é que nada fazem ou sabem fazer de melhor. 

Um grande exército que marcha ao lado dos seus algozes.

As perplexidades e contradições de nossos candidatos são as mesmas dos nossos eleitores. Sem o mínimo intuito de desqualificar o eleitorado eduardense, a grande verdade é que uma larga maioria é composta de migrantes que vieram ao Oeste em busca de oportunidades de trabalho, durante uma determinada época fartas e abundantes.

Eram os tempos da catação de raízes, da capina do algodão, da restolhagem do milho e do algodão, outros tempos. O agronegócio mecanizou-se rapidamente para fugir às exigências do Ministério do Trabalho e um grande número de pessoas não foi mais para as fazendas, ficou fazendo bicos na cidade.

A grande maioria analfabeta ou analfabeta funcional não tem capacidade de fazer um curso de especialização. Aqueles mais empreendedores se estabelecem com algum negócio não regular. Mas a grande maioria vive mesmo do programa Bolsa Família e do auxílio de alguma instituição de caridade. (Devem ser mais de 7.000 em Luís Eduardo, pois no início da gestão de Humberto Santa Cruz passavam dos 6.000, algo em torno de 10% da população).

Essa grande massa é o pasto fértil para o messianismo e as esmolas. Para as promessas vãs. Para a mentira. Para a enganação fácil. São muitos, um exército. E vão marchar ao lado daqueles que poderão ser os seus mais cruéis algozes.