Senhor feudal do castelo em Minas consegue um carguinho em estatal mineira.

O ex-deputado federal Edmar Moreira (PR-MG), que ficou conhecido por um castelo em estilo medieval avaliado em R$ 25 milhões, foi nomeado vice-presidente de uma estatal do governo mineiro.

Com salário de R$ 11 mil, Moreira ocupa o cargo desde o último dia 4 na MGI (Minas Gerais Participações), empresa de direito privado. Entre outras funções, a estatal participa de empresas consideradas promissoras para o desenvolvimento estadual e apoia a “política de privatização” mineira.

Moreira, que não foi encontrado pela reportagem, trabalha na Cidade Administrativa, complexo onde despacha o governador Antonio Anastasia (PSDB).

Segundo o governo, o ex-deputado foi para o cargo por indicação política do PR, partido que integra a base de apoio de Anastasia.

O nome de Moreira foi aprovado por unanimidade no fim de março pelo Conselho Administrativo da MGI, colegiado presidido pelo secretário de Fazenda de Minas, Leonardo Colombini.

Sem conseguir ser reeleito no ano passado, Moreira ficou como oitavo suplente. Após Anastasia nomear eleitos como secretários, o “deputado do Castelo” subiu para a quarta suplência.

Em 2009, após assumir a corregedoria da Câmara, Moreira justificou gastos da verba indenizatória com notas de suas próprias empresas. Da Folha.

O dono do castelo segue livre, leve e solto.

Edmar Moreira, sangue azul adquirido com as verbas indenizatórias.

Após ter se livrado de um processo por quebra de decoro parlamentar na Câmara dos Deputados, agora o parlamentar Edmar Moreira (PR-MG), que ficou conhecido nacionalmente por ter um castelo no interior de Minas Gerais, foi absolvido também pelo Tribunal de Contas da União (TCU). A pedido do procurador do Ministério Público junto ao tribunal, Marinus Marsico, Moreira foi alvo da Corte por cinco meses, pelo suposto uso irregular da verba indenizatória e pela apresentação de notas fiscais de suas empresas para justificar gastos com o benefício.

De acordo com o ministro Raimundo Carreiro, que relatou o processo contra o deputado, não há qualquer comprovação de que os serviços não tenham sido prestados ou que tenha havido dano ao erário. Já o procurador Marsico insiste que a representação formulada por ele foi motivada por uma “afronta explícita ao princípio constitucional da moralidade administrativa no uso de verba indenizatória”. Leia mais no site Contas Abertas.