O ministro das Minas e Energia, Eduardo Braga, afirmou, taxativo, ontem, no programa Roda Viva, da TV Cultura: teremos, até o final do ano, “uma Belo Monte” de energia eólica, mais uma de energia de biomassa com o início da colheita da cana. Ele referia-se certamente ao futuro rendimento médio da hidrelétrica paraense, em torno de 4,5 mil mw.
“E temos disponibilidade, no mercado internacional, de usinas térmicas a óleo e gás, de pronto emprego,” afirmou. Tudo para explicar que o Governo não está parado frente à ameaça do racionamento e à situação precária dos reservatórios do Sudeste/Centro Oeste. Foto Veja/Abril
O Ministro impressiona pela capacidade de articulação. Deu um espetáculo de informação, frente às perguntas de jornalistas e especialistas do setor. É o candidato que o PMDB anda buscando para uma candidatura própria à presidência em 2018.
Na semana passada, a Aneel aprovou a revisão extraordinária das tarifas para 58 das 63 distribuidoras de energia do país. O aumento, que começou a valer ontem (2), ficou em média em 28,7% para as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, e em 5,5% para as distribuidoras que atuam nas regiões Norte e Nordeste.
Além da revisão extraordinária, as distribuidoras passarão neste ano pelos reajustes anuais, que variam de acordo com a data de aniversário da concessão. Também começaram a valer nesta semana os novos valores para as bandeiras tarifárias: quando a bandeira estiver vermelha, que significa custo maior de geração, haverá acréscimo de R$ 5,50 para cada 100 quilowatts-hora consumidos e, quando a bandeira estiver amarela, a cobrança será R$ 2,50 para cada 100 kw/h. Em janeiro e fevereiro deste ano, a bandeira tarifária aplicada foi a vermelha, que também deve ser adotada em março.



