Irmão de Eduardo Campos pede que PF investigue ‘sabotagem’ em avião que matou candidato do PSB

Os restos do pequeno avião. Foto de Michel Filho / Agência O Globo

O jornal O Globo publicou às 16:12 de hoje um relato relevante sobre o acidente que vitimou o então candidato à Presidência do Brasil em 2014:

O advogado Antônio Ricardo Campos, irmão do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, enviou um requerimento, nesta segunda-feira, para a Polícia Federal de Santos, em São Paulo, pedindo que seja investigada a possibilidade de “sabotagem” no avião que caiu em agosto de 2014, durante as eleições gerais, matando o então candidato do PSB à Presidência e outras seis pessoas.

De acordo com Antônio Campos, após estudos e pareceres de peritos particulares que acompanham o caso, um fato “grave e relevante na investigação da causa do acidente” pode mudar o “curso da investigação”.

“O Speed Sensor da aeronave à toda evidência foi desligado, intencional ou não intencionalmente, sendo essa última hipótese de não intencional improvável, o que caracteriza que o avião foi preparado para cair, o que caracteriza sabotagem e homicídio culposo ou doloso”, diz no requerimento.

Com base na hipótese de sabotagem na aeronave que levava Eduardo Campos e outras seis pessoas durante a campanha presidencial de 2014, o advogado pede uma “rigorosa apuração no presente inquérito, com a devida responsabilização”. O irmão do ex-governador diz que vai notificar o Ministério Público Federal em Santos, ao Ministro da Justiça e a Procuradora-Geral de Justiça sobre o requerimento.

A família de Eduardo Campos contesta a versão apresentada pelo laudo feito pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) sobre o acidente. De acordo com a mãe de Eduardo, Ana Lucia Arraes de Alencar e Antônio Campos, irmão do político, o laudo que aponta a culpa do acidente a uma falha humana, é inconsistente.

O Relatório de Investigação do Controle do Espaço Aéreo (Ricea) teria demonstrado, segundo os familiares, certos equívocos na conclusão do Cenipa.

Leia mais em O Globo.

Nota do Editor:

O que o Globo não fala, mas é interessante ressaltar:

  1. Jatos executivos como o acidentado, Cessna C560 XLS+, têm alta performance, mas pequena superfície alar, o que faz com que, voando perto da velocidade de stall se tornem instáveis. Se perder a velocidade mínima de sustentação, estola e cai como um tijolo, praticamente sem chance de recuperação. Foi o que aconteceu. O avião caiu em voo picado como se pode ver por vídeo da câmara de segurança da época.

2) Quando se aproxima da velocidade de stall, o jato, como qualquer avião desperta alarmes luminosos e sonoros impossíveis de não serem percebidos pelo piloto. A arremetida em alto grau de subida, provavelmente em curva, faz o avião perder velocidade. A perda de velocidade só poderia ser sentida na manobra crítica do pouso com mau tempo, pois a decolagem é feita a plena potência.

3) Um especialista desligaria o controle de velocidade com facilidade. Sem os alertas, o piloto teria que ter muita sensibilidade para outros indicadores, como leve tremor do manche, algo impossível numa aproximação e arremetida com turbulência.

4) Investigado pela Operação Turbulência, da Polícia Federal, o empresário Paulo César Morato, 49 anos, morreu, em 2016, vítima de envenenamento, em um motel do Recife, por uma substância mais conhecida como “chumbinho”, usada comumente como raticida. Segundo a PF, ele era testa de ferro de um esquema que usou empresas fantasmas para financiar as campanhas do ex-governador Eduardo Campos, em 2010 e 2014, com dinheiro de propina de obras da Petrobras e da transposição do Rio São Francisco.

5) O empresário foi identificado como dono da Câmara & Vasconcelos, uma empresa de fachada, que teria recebido R$ 18,8 milhões da OAS, como suposto pagamento por serviços nas obras da transposição. O dinheiro, suspeita a PF, pode ter sido usado para financiar a compra do avião em que estava Campos e que caiu em Santos, em agosto de 2014, matando sete pessoas.

6) Resta saber a quem interessava a morte de Eduardo Campos, que à época subia nas consultas populares sobre as eleições, ameaçando passar para o 2º turno das eleições.

Ainda tem muita história por detrás do avião de Eduardo Campos

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A Polícia Federal deflagrou hoje (31/1) a Operação Vórtex, desmembramento da Operação Turbulência, que investiga a propriedade do avião de prefixo PR-AFA, envolvido no acidente fatal do ex-governador e então candidato à Presidência Eduardo Campos.

Nesta fase da investigação, 30 policiais federais estão cumprindo 10 ordens judiciais, sendo 6 mandados de busca e apreensão (4 no bairro de Boa Viagem, 1 no Pina e 1 em Jaboatão dos Guararapes) e 4 mandados de condução coercitiva (todos no bairro de Boa Viagem).

Ao analisar as contas bancárias das pessoas físicas e jurídicas utilizadas para a compra do avião CESSNA CITATION, prefixo PR-AFA, envolvido no acidente fatal do ex-governador e então candidato à Presidência Eduardo Campos, observou-se que os valores transferidos por uma das empresas investigadas na Operação Turbulência haviam sido na verdade repassados, dois dias antes, por uma terceira empresa, que ainda não havia sido alvo da investigação original.

A exatidão do montante e o curto lapso temporal envolvido nas duas transações sugerem, assim, que a conta investigada na Operação Turbulência tenha sido mera conta de passagem.

As investigações apontaram que a empresa remetente dos recursos possui contratos milionários com o governo do Estado e que suas doações a campanhas políticas aumentaram de forma exponencial ao longo dos últimos anos, notadamente para o partido e candidatos apoiados pelo ex-governador do estado, Eduardo Campos.

Os envolvidos responderão pelos crimes de corrupção, direcionamento de licitação e lavagem de dinheiro.

No jargão aeronáutico, vórtex (ou vórtice) é o nome dado ao movimento de massas de ar em formato de redemoinho ou ciclone que geralmente precede a turbulência. Informações da assessoria de imprensa da PF.

A teoria que o PT adorou: o avião de Campos caiu para derrubar Dilma

Madsen, respeitado, principalmente pelo PT
Madsen, respeitado, principalmente pelo PT

O acidente do avião que matou o pré-candidato Eduardo Campos tem uma teoria completa de conspiração e crime, endossada em sua totalidade pelos chamados blogs progressistas, simpáticos ao PT. A teoria é baseada em um artigo escrito por Wayne Madsen, um blogueiro e jornalista investigativo, que se tornou um dos maiores especialistas em teorias de conspiração dos Estados Unidos. É respeitado por grupos de esquerda e direita. Dezenas de sites importantes publicam frequentemente seus artigos. É entrevistado constante em diversos canais de TV.

Pois então, segundo Madsen, a morte de Campos e a ascensão de Marina podem envolver um plano orquestrado por bilionários americanos, com objetivo de derrotar Dilma Rousseff, cuja defesa da soberania nacional é vista como um estorvo aos interesses imperiais dos EUA e especuladores internacionais.

Sob o título “Another Suspicious Plane Crash in Latin America Bolsters American and Globalist Interests” o artigo de Madsen culpa a CIA – Central de Inteligência Americana, os chamados fundos abutres e rentistas do capital internacional, que faturam grosso com a dívida pública brasileira.

A teoria não concatena bem seus argumentos, no entanto não deixa de ser um repto poderoso contra o sistema financeiro internacional.

Leia os artigos completos aqui e aqui.

Prospera teoria de choque com drone na tragédia de Santos

Drone da FAB
Drone da FAB

O advogado Antonio Campos, irmão de Eduardo Campos, desaparecido em trágico acidente, esteve no Ministério Público Federal (MPF) para ter acesso às investigações sobre o ocorrido. Segundo ele, a possibilidade de um drone meteorológico da Aeronáutica ter causado a queda da aeronave é “uma das linhas mais fortes da investigação”, já que um aparelho do gênero está desaparecido. Além disso, havia alerta para o uso de drones na região no dia do acidente e há imagens circulando na internet, que comprovariam que o equipamento esteve no ar naquele dia. “A possibilidade é real e não está descartada”, revelou.

Tragédia de Santos: o avião cujo dono não se conhece.

Foto de Rodrigo-Zanette-Aviacao-Paulista-Cessna-560XL-PR-AFA-: o avião em exposição na feira de aviação Labace, em São Paulo.
Foto de Rodrigo-Zanette-Aviacao-Paulista-Cessna-560XL-PR-AFA-: o avião em exposição na feira de aviação Labace, em São Paulo.

O avião Cessna Citation PR AFA, que acidentou-se em Santos, continua sem um dono oficial. O Cessna pertence oficialmente à Cessna Finance Corporation, que fez um leasing (arrendamento) à AF Andrade Empreendimentos e Participações. Um regulador de seguros agora avalia o acidente, porque a lei pode livrar a seguradora das indenizações, em caso de falha técnica ou humana.

O Cessna estava à venda até o dia 9, quatro dias antes da tragédia. O dono oficial do jatinho, “quebrado”, não teria como pagar indenizações.

Se não tiver cumprido exigências legais para alugar ou obter o jato, o PSB é passível de ação judicial. Mas o partido não quis se pronunciar.

Pelo Código Brasileiro de Aeronáutica, indenizações de acidente aéreo fatal são dever do dono, do transportador ou do explorador do avião.

A teoria da desorientação espacial dos pilotos, veiculada fortemente pela Rede Globo de Televisão, é precoce ante o início da perícia técnica que os restos do avião estão sofrendo. Existe a hipótese, de igual chance, de colapso nos sistemas hidráulicos, responsáveis pelo equipamentos direcionais de voo, como profundores, leme, flaps e ailerons.

Aeronáutica, fabricantes e técnicos norte-americanos periciam avião de Campos

A cabine do PR AFA
A cabine do PR AFA

Representantes do governo dos Estados Unidos e da fabricante norte-americana de aeronaves Cessna chegaram na tarde desta sexta-feira (15) a Santos, no litoral paulista, para atuar nas investigações sobre o acidente que matou o candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos.

Participarão do trabalho o investigador Tim Monville, do National Transportation Safety Board (NTBS), agência do governo dos EUA dedicada à investigação de acidentes com meios de transporte, e assistentes técnicos da Federal Aviation Administration (FAA), que, no Brasil, equivale à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

O comandante geral da Aeronáutica, Juniti Saito, disse à jornalista Eliane Catanhêde, da Folha, que o piloto do Citation Excel não reportou nenhum problema técnico à torre, tanto antes da aproximação como após arremeter. Ele apenas disse à Torre de Controle de São Paulo que aguardaria melhores condições de tempo para efetuar o pouso.

Saito garantiu à jornalista que o trem de pouso e os flaps estavam recolhidos, não havendo, portanto, entrave aerodinâmico para o voo da aeronave.

O lamento de Caetano sobre o trágico desaparecimento de Eduardo Campos

caetano e eduardo

Caetano Veloso escreve sobre Eduardo Campos:

“Parece incrível que eu tenha conhecido Eduardo Campos quando ele era criança. Olhando as responsabilidades que ele assumiu (e das quais deu conta com folga) , sinto-me um menino diante de um adulto. Mas percebi o peso dos anos ao ver na TV a notícia insuportável de sua morte: me vi de repente cansado demais das esperanças ligadas ao Brasil.

São muitas décadas de teimosa aposta no país em que nasci. Que tenha morrido aos 49 anos um líder como Eduardo parece sinal de negação de quaisquer possibilidades. Esboça-se o gesto de um político que prometia ver com coragem as complexidades de nossa vida, desafiando a polaridade empobrecedora dos grupos majoritários estabelecidos, e vem a foice do destino dizer que não. Sinto como se se evidenciasse a inviabilidade de superação dos nossos problemas.

A hora é de luto. Acompanhar Marina Silva em suas palavras de pesar; seguir leal ao tom de dignidade que ela, ao aproximar-se de Eduardo, adensou no nosso enfermo cenário político; chorar com a mãe, a mulher, os filhos, os parentes todos de Eduardo (essa família tão merecidamente amada do povo pernambucano e do meu coração); e tentar, com paciência, reaprender que se pode perder a fé e a esperança, mas que a caridade (o amor) não morre – e assim redime sempre as outras virtudes.”

Coligação tem 10 dias para substituir Eduardo Campos.

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O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) esclareceu que, em caso de morte de candidato, os partidos têm prazo de dez dias para fazer substituição. Com a morte do candidato à Presidência Eduardo Campos (PSB), em um acidente aéreo hoje (13), a coligação Unidos para o Brasil pode escolher a candidata a vice, Marina Silva, para substituí-lo.

Em caso de morte do candidato que for de coligação, a lei eleitoral dá preferência à substituição por outro do mesmo partido, neste caso, o PSB, e orienta para que a mudança seja definida por maioria absoluta dos partidos coligados. A legislação também diz que é obrigação do partido dar ampla divulgação à troca de nomes e esclarecer o eleitorado sobre as mudanças da coligação.

As regras para substituição de candidatos constam da Resolução 23.405, de fevereiro deste ano, e também permitem a troca de candidato caso o registro da candidatura tenha sido indeferido – inclusive por  ineligibilidade – cancelado ou cassado. Nesses casos, a coligação tem até 20 dias antes do pleito para indicar o nome do substituto na chapa concorrente.

Integram a coligação Unidos para o Brasil PSB, Rede Sustentabilidade, PPS, PPL, PRP e PHS.(Isabela Vieira/ABr)

Surge hipótese de colisão do avião de Eduardo Campos com helicóptero

O jato da campanha de Eduardo Campos, que arremeteu por causa do mal tempo, teria colidido com um helicóptero e explodiu no ar. O candidato estava acompanhado do assessor Carlos Percol e de equipes de filmagem. Sete pessoas morreram no acidente. As informações foram obtidas, com exclusividade, pela jornalista Ticiana Villas-Boas em conversa com um amigo da família, que está na casa de Campos.

Segundo a estimativa do piloto de helicóptero Paulo Ortega, o avião de Eduardo Campos pode ter batido a uma velocidade de 230 km/h. Várias pessoas descreveram em emissoras de TV que antes do avião bater já era uma bola de fogo, “como se fosse um meteoro”.

A queda do jato particular da campanha de Campos aconteceu na manhã desta quarta-feira em Santos, no litoral de São Paulo. O candidato estava a bordo da aeronave que partiu do Rio de Janeiro e tinha como destino a cidade paulista. A informação da morte foi confirmada pela assessoria do partido.

Pedro Simon, amigo de Arraes, lamenta morte de Eduardo Campos

A morte do ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, em acidente aéreo hoje em São Paulo, representa uma “tragédia muito triste para o país, Eduardo representava, antes de tudo, uma esperança para os brasileiros”.
Simon manifestou pelo twitter suas condolências aos familiares do candidato do PSB à presidência da República, que deixa a mulher Renata e cinco filhos, e às demais vítimas do acidente.

“Foi uma tragédia familiar tremenda, dolorosa demais”, disse.
O senador destaca a última frase de Campos, ontem, na entrevista no Jornal Nacional, da Rede Globo: “Ele pediu a todos que não desistam do Brasil”. Próximo de Eduardo Campos, e incentivador da aliança com Marina Silva, Pedro Simon também era amigo do avô do candidato, o líder histórico Miguel Arraes, companheiro do antigo MDB.

O governador Eduardo Campos morre em acidente aéreo

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O deputado federal Julio Delgado (PSB-MG) acabou de confirmar a morte do candidato à Presidência Eduardo Campos, aos 49 anos, vítima de acidente aeronáutico próximo à base aérea de Santos.

Delgado deixou o Conselho de Ética emocionado e disse que falou com o presidente do PSB de São Paulo, Marcio França, que confirmou que não houve sobreviventes na queda do avião, em Santos.

A aeronave caiu por volta das 10h. De acordo com o Comando da Aeronáutica, o Cessna 560XL, prefixo PR-AFA,  decolou do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, com destino ao Aeroporto de Guarujá (SP). Quando se preparava para pouso, o avião arremeteu devido ao mau tempo. Em seguida, o controle de tráfego aéreo perdeu contato com a aeronave.

Marina Silva, vice na chapa de Eduardo Campos, não estava no avião.

O candidato Aécio Neves suspendeu sua agenda na Paraíba e no Rio Grande do Norte. Dilma Rousseff prepara pronunciamento sobre a morte.

Em 2005, neste mesmo dia 13 de agosto, considerado aziago, morria Miguel Arraes, avô de Eduardo Campos, eleito em 2006 para governar os pernambucanos.

Biografia de Eduardo Campos

Local do acidente que aconteceu exatamente às 10 horas da manhã.
Local do acidente que aconteceu exatamente às 10 horas da manhã.

Natural do Recife, Eduardo Henrique Accioly Campos é filho da deputada Ana Arraes e do escritor Maximiano Campos e neto do ex-governador Miguel Arraes. Formou-se em Economia pela Universidade Federal de Pernambuco, onde começou a atuar na militância política, como presidente do Diretório Acadêmico em 1985.

No ano seguinte, participou da campanha de reeleição de Arraes ao governo de Pernambuco, se tornando o seu chefe de gabinete. Em 1990, filiou-se ao Partido Socialista Brasileiro (PSB), pelo qual foi eleito deputado estadual.

Chegou ao Congresso Nacional em 1994, eleito com 133 mil votos. No ano seguinte, foi secretário do governo e, em 1996, secretário da Fazenda. Foi reeleito em 1998 para a Câmara Federal, como deputado mais votado de Pernambuco, com 173.657 votos. Seu terceiro mandato como deputado federal veio em 2002, quando se tornou um dos principais articuladores do governo Lula.

No ano seguinte, tornou-se ministro da Ciência e Tecnologia e, em 2005, assumiu a presidência nacional de seu partido. No início de 2006, se licenciou do cargo para concorrer ao governo do Estado, pela Frente Popular de Pernambuco, sendo eleito. Ele foi reeleito com 82,84% dos votos nas eleições de 2010.

Eduardo Campos com seu filho, Miguel, nascido este ano.
Eduardo Campos com seu filho, Miguel, nascido este ano.

Eduardo Campos é casado com a economista e auditora do Tribunal de Contas do Estado Renata Campos, com quem tem quatro filhos – Maria Eduarda, João Henrique, Pedro Henrique e José Henrique, além de Miguel, nascido ainda este ano.

Morreram também 5 pessoas e dois tripulantes da aeronave acidentada. Pelos menos 5 pessoas que estavam em terra, no local do choque, estão feridas com alguma gravidade.

Aeronave do mesmo modelo da acidentada
Aeronave do mesmo modelo da acidentada

Datafolha: pesquisa diz que Dilma caiu 2 pontos em relação à consulta anterior

3-candidatosPesquisa do Instituto Datafolha divulgada nesta quinta-feira mostra que as intenções de voto na presidente Dilma Rousseff (PT) oscilaram de 38% no início de julho para 36% agora. O pré-candidato do PSDB à Presidência, senador Aécio Neves, manteve 20% das intenções de voto. O pré-candidato do PSB, Eduardo Campos, caiu de 9% para 8%. Brancos e nulos somam 13% e indecisos, 14%. Na pesquisa anterior, brancos e nulos eram 13% e indecisos, 11%.

A pesquisa inclui todas as candidaturas presidenciais registradas no Tribunal Superior Eleitoral. O pastor Everaldo (PSC) aparece com 3%, ante 4% no início de julho. José Maria (PSTU), Eduardo Jorge (PV), Luciana Genro, Rui Costa Pimenta (PCO) e Eymael (PSDC) têm 1% cada. Levy Fidelix (PRTB) e Mauro Iasi (PCB) não atingiram 1%.

pesquisa

Nos cenários para o segundo turno, Dilma está tecnicamente empatada com Aécio. A petista tem 44% das intenções ante 40% do tucano, dentro da margem de erro. No levantamento anterior, Dilma somava 46% e Aécio, 39%.

Se o adversário fosse o pessebista Eduardo Campos, Dilma venceria com 45% dos votos contra 38%. No início de julho, esse cenário apontava 48% para a atual presidente contra 39% do ex-governador de Pernambuco.

Se apenas 2% nas intenções de voto significam todo o prejuízo institucional com a derrota da Seleção Brasileira na Copa do Mundo, então praticamente não houve prejuízo. Apesar da rejeição pronunciada, do desgaste de imagem, dos problemas advindos de uma economia estagnada, Dilma Rousseff vai tranquila para o dia 5 de outubro, amparada pela ação social do Governo. Quem, dentre aqueles que recebem o bolsa família ou ganharam uma habitação do programa “Minha Casa, Minha Vida” teria coragem de votar contra o PT? Eu, particularmente, não votaria.

Rejeição de Aécio e Campos cai verticalmente na pesquisa DataFolha

Tabela Rejeição

A queda da rejeição de Aécio Neves e Eduardo Campos pode ter proporcionado o maior susto entre os chefes da campanha de Dona Dilma, Franklin Martins e João Santana. Eles temem também um prejuízo considerável por eventuais maus resultados na Copa. Pessoalmente, acredito que o “fator novidade” pode ajudar os desafiantes da Presidenta. Mas a eventual desclassificação da Seleção Brasileira não será fator preponderante. Os debates na TV, o horário gratuito no rádio e na televisão, sim, poderão decidir o jogo na reta final.

Eduardo Campos: 39 ministérios e nenhum funciona.

Aécio, Eduardo, Dilma. Em quem confiar para um governo de mudanças e correções de proa.
Aécio, Eduardo, Dilma. Em quem confiar para um governo de mudanças e correções de proa?

Eduardo Campos, pré-candidato do PSB, no Roda Viva, hoje à noite:

“Tem 39 ministérios e não está funcionando quase nenhum”. Em outra passagem: “A vida não está boa. O brasileiro olha para Brasília e não se vê representado. Claro que ele vai perder a fé nas instituições.”

Aqui em Luís Eduardo está a prova que os governos não funcionam. A obra da travessia da BR 242 pela cidade, parada. Os colégios prometidos pelo Governador, parados. A obra do Centro Integrado de Polícia, parada. A obra da Rodoagro nem foi começada. Outra parceria pública privada em estradas andou 3 quilômetros e parou. O assalto a fazendas, casas comerciais da cidade e residências comendo solto.

Espera-se que o Governador amanhã chegue na Feira e saia de lá direto para o Aeroporto. Se visitar a cidade, vai sofrer, no retorno ao avião, os 18 baques das ruas Enedino e JK. Pobre, Governador.

Eduardo Campos: como investir R$22 bi em subsídios à energia e só a metade em Educação?

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“A União está colocando R$ 22 bilhões para socorrer as empresas de energia e R$ 11 bilhões em Educação”, diz Eduardo Campos, pré-candidato à Presidência da República, no Canal Livre, da Band, veiculado nesta madrugada. E deu uma sincera chargeada nos colegas: “Nossas escolas integrais de Ensino Médio têm mais alunos que SP, RJ e MG juntos”

O ex-Governador de Pernambuco afirmou também que a solução para os crimes de menores não é a redução da idade penal, mas penas mais duras de internamento.

“Dizer que vai reduzir maioridade penal é um slogan para tempo de eleição, mas é algo que não resolve nada”, reforçou.

Pesquisa Sensus publicada nesta madrugada: disputa vai ao 2º turno.

Parece óbvio que Dilma não terá as benesses do primeiro turno. O nome do nova(a) presidente(a) do País sai só no final de Outubro
Parece óbvio que Dilma não terá as benesses do primeiro turno. O nome do nova(a) presidente(a) do País sai só no final de Outubro

Pesquisa realizada pelo instituto Sensus e divulgada na madrugada deste sábado no site da revista IstoÉ sinaliza que a disputa presidencial de 2014 deve ser decidida no segundo turno. Dilma Rousseff amealhou 35% das intenções de voto. Aécio Neves, 23,7%. E Eduardo Campos, 11%.

Somando-se os percentuais atribuídos a Aécio e Campos, chega-se a 34,7%, apenas 0,3% abaixo dos 35% de Dilma. Numa pesquisa em que a margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, essa diferença é estatiscamente negligenciável. Significa dizer que, se a eleição fosse hoje, a disputa escorregaria para o segundo turno.

Num cenário em que foram incluídos oito candidatos, inclusive os nanicos, Dilma obteve 34%. Aécio ficou com 19,9%. Campos cravou 8,3%. Somando-se Aécio e Campos aos outros seis nomes mencionados pelos pesquisadores, os antagonistas da presidente chegam a 32,4%. Uma diferença de 1,6%. Portanto, considerando-se a margem de erro, permanece a indicação de segundo turno.

Os dados vieram à luz poucas horas depois de o PT ter aclamado Dilma como sua pré-candidata num encontro nacional realizado em São Paulo. “Precisamos parar de imaginar que existe outro candidato que não seja a Dilma nesse partido”, discursou Lula, para uma plateia de 800 delegados estaduais do PT. “Quando a gente brinca com isso, nossos adversários tiram proveito.”

A nova sondagem eleitoral conspira contra o esforço de Lula para silenciar o coro entoado pelos petistas e aliados que pedem o seu retorno. O diretor do Sensus, Ricardo Guedes Ferreira Pinto, afirma que a leitura completa da pesquisa indica que Dilma “terá muita dificuldade para reverter o quadro atual.”

Perscrutaram-se também os cenários de um eventual segundo turno. Se tivesse que medir forças com o rival tucano, Dilma teria, hoje, 38,6% das intenções de voto, contra 31,9% de Aécio. A diferença entre os dois jamais foi tão estreita: 6,7 pontos. Numa disputa com Eduardo Campos, Dilma teria vantagem menos desconfortável: 39,1% a 24,8%.

“O que se percebe é que, no último mês, passou a ocorrer uma migração de votos da presidenta para candidatos da oposição. Antes, as pequenas quedas de Dilma aumentavam o índice de indecisos”, afirma Ricardo Guedes. A pesquisa traz outro dado preocupante para Dilma: a taxa de rejeição dele é maior do que a de seus principais antagonistas.

Hoje, 42% dos eleitores declaram que não votariam em Dilma de jeito nenhum. O índice de rejeição de Campos é de 35,1%. O de Aécio, 31,1%. Ouça-se o diretor do Sensus: “Como a presidenta é a mais conhecida dos eleitores, não é surpresa que tenha também um índice maior de rejeição, mas 42% é muita coisa.”

Ele acrescenta: “Não me recordo de nenhum caso de alguém que tenha conseguido se eleger chegando ao segundo turno com mais de 40% de rejeição. E o quadro atual não é favorável para a presidenta reverter esses números.”

O Sensus ouviu 2 mil eleitores entre os dias 22 e 25 de abril. A pesquisa foi reaizada em 136 municípios de 24 Estados. A exemplo que já foi apontado por outros institutos, constatou-se que a inflação intoxica o humor do eleitorado. A grossa maioria dos entrevistados (65,9%) disse que, hoje, tem um poder de compra menor do que há um ano. Quer dizer: ao anunciar a correção da tabela do Imposto de Renda e elevar o valor do Bolsa Família, Dilma corre atrás do prejuízo.

Perguntou-se sobre o desempenho de Dilma na Presidência. Verificou-se que o percentual dos que a desaprovam (49,1%) é maior do que a taxa dos que aprovam a atuação dela (40,2%). Quanto à avaliação do governo, apenas 29,6% disseram enxergar a administração federal de maneira positiva. Para 34,2%, o governo é apenas regular. Outros 31,9% vêem a atual gestão de forma negativa. Somando-se o índice regular com o negativo, percebe-se que 66,1% do eleitorado faz restrições ao governo Dilma. Isso a apenas seis meses da eleição.

A informação é do colunista Josias de Souza, da Folha e UOL, publicada nesta madrugada.

Nesta terça, o Dia “D” de Marina e Eduardo Campos.

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Pode ser até mais do já visto em campanhas anteriores. Marina Silva, a bordo de 20 milhões de votos nas últimas eleições presidenciais, anuncia, nesta terça, que será vice na chapa de Eduardo Campos, com objetivo de fazer a campanha decolar. O ato de lançamento, em Brasília, abrirá uma nova etapa na trajetória da dupla, que agora lutará para se aproximar de Aécio Neves (PSDB) na disputa pelo segundo lugar na corrida ao Palácio do Planalto.

A prioridade é deixar claro que Campos será o cabeça de chapa e sinalizar aos financiadores de campanha que ele tem chance de ultrapassar o tucano e chegar ao segundo turno contra a presidente Dilma Rousseff (PT). Se fosse candidata a presidente, Marina teria hoje quase o dobro dos votos do aliado. Ela chega a 27% no cenário com Dilma e Aécio. Quando Campos aparece como candidato, alcança apenas 10% no cenário com os nanicos, aponta o Datafolha.

Mudanças à vista

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O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, lançou, há poucos dias, uma página no microblog Twitter, chamada #mudandobrasil. Dona Dilma não deixou por menos e rebateu. Lançou, ontem, à meia-noite, o @mudamais. A briga nas mídias sociais nestas eleições será feroz, com os contendores marcando-se, mutuamente, passo a passo.

A esta altura da campanha, as menções a Aécio Neves e Eduardo Campos, somadas, não chegam a 11% daquelas de Dilma Rousseff. Claro que as menções negativas a Dilma são maiores, como aquelas que reportou o IBOPE na semana passada. Mas isso apenas é consequência de que sobre Ela, a Presidenta, repousa o ônus de seu partido estar há 11 anos no poder.

Entrevista de Eduardo Campos na Globo pode ser marco na campanha

eduardo campos

Quem assistiu a entrevista de Eduardo Campos, no programa Jô Soares, nesta madrugada, ficou com a sensação de que agora o Governador de Pernambuco começará a ser conhecido no País. É claro que operários e a base da pirâmide, aqueles que realmente elegem presidentes, não viram o programa. Precisam levantar cedo para trabalhar e levar o País nas costas. Eduardo Campos fez questão de se mostrar sereno e conciliador, sem falar mal do Governo do PT, do qual fez parte nos últimos anos. E deixou claro que Marina Silva ainda pode ser a cabeça de chapa na campanha.

Marina Silva seria vice de Eduardo Campos

A ex-senadora Marina Silva (Rede) e o governador Eduardo Campos (PSB), em conversa pela manhã registrada pelo senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) (Foto: Rodrigo Rollemberg/PSB)
A ex-senadora Marina Silva (Rede) e o governador Eduardo Campos (PSB), em conversa pela manhã registrada pelo senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) (Foto: Rodrigo Rollemberg/PSB)

O presidente nacional do PPS, deputado federal Roberto Freire (SP), avaliou neste sábado que a filiação de Marina Silva ao PSB é um equívoco neste momento. Para ele, a sociedade brasileira clama por alternativas ao atual governo e no primeiro turno das eleições é fundamental o lançamento de vários candidatos no campo das oposições. Freire se reuniu pela manhã com Marina Silva.

“Hoje, abdicar de uma candidatura no campo da oposição é um grande equívoco. No primeiro turno é importante que se ofereça pluralismo à sociedade”, disse.

Freire ponderou que tanto Marina como Eduardo Campos são dois grandes nomes para a disputa eleitoral. “Mas o PSB só pode ter um candidato e, com a filiação de Marina, perdemos um candidato no campo da oposição. O Eduardo é um grande nome, mas não se pode abrir mão de Marina”, afirmou.

Ele lembrou que o PPS fez o convite de filiação a Marina por entender que ela foi massacrada pelo governo do PT durante todo o processo em que tentava viabilizar a criação da Rede Sustentabilidade. “O convite feito não foi para atender os interesses do PPS ou de Marina. Foi pela sociedade brasileira e Marina é uma alternativa para a cidadania”, afirmou.

O presidente do PPS deixou claro também que respeita a decisão da ex-senadora, mas avaliou que do ponto de vista estratégico era melhor ter vários candidatos de oposição. Lembrou, inclusive, que foi por esse motivo que o partido tentou convencer o tucano José Serra a se lançar candidato. Freire adiantou que o PPS não irá fechar nenhuma aliança hoje em apoio ao projeto de Marina e Eduardo Campos.

“O PPS continua o seu projeto de buscar alternativas para a disputa de 2014. Não sou pessimista. Até porque esse governo (do PT) é tão incompetente que a sociedade dará uma resposta nas urnas. 2014 será o ano da mudança”, disse.

O jornalista Ricardo Noblat criticou Marina, hoje, em sua coluna:

“Marina ainda é um segredo de Estado. Poucos conhecem algo além de sua imagem pública. Os que a  conhecem bem não contam como Marina é – conservadora, preconceituosa, centralizadora.”

Não quero discordar frontalmente do Jornalista, nem conheço sua orientação política. Mas quem arrecadou 19 milhões de votos na última eleição presidencial não pode ser apenas um fantoche na mão de manipuladores mal intencionados. Depois, falar em conservadorismo, preconceito e centralização de poder num País que já teve Sarney, Collor, Itamar Franco e Lula, não deixa de ser uma temeridade.Quanto a Roberto Freire, acredito que seja água que já não move moinhos, mesmo os mais leves.

Marina fala à Rede de Sustentabilidade

Marina Silva na coletiva conjunta, onde comunica sua adesão

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Todos contra o PT no segundo turno.

E aí? Marina Silva vai ser a vice de Eduardo Campos no PSB ou vice-versa? Aquilo que hoje é considerado uma vitória pelo PT, sem analisar a decisão da Justiça, poderá vir a ser a antecipação da tragédia. Com Campos levantando o Nordeste e Marina, agora com uma imagem institucional reforçada – ela é a vítima do processo – vai ser difícil Dona Dilma enfrentar o segundo turno, porque a candidatura de Aécio também vai complicar. Ainda acredito que Dilma ganha, até porque quem está com a caneta na mão é ela.

Então teremos mesmo 3 forças diversas nas eleições de 2014 e duas delas estão contra o Império do PT, como é comum nas democracias.

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Um cheiro de campanha no ar.

Foto de Roberto Stuckert Filho, da PR
Foto de Roberto Stuckert Filho, da PR

“Água foi instrumento político para eleger muita gente atrasada”, diz Eduardo Campos em Serra Talhada (PE), ao lado de dona Dilma.

A presidenta da República, Dilma Rousseff, participa, agora pela manhã, da cerimônia de entrega da primeira etapa do Sistema Adutor Pajeú no município de Serra Talhada (PE). O trecho que vai de Floresta a Serra Talhada possui 118 km de extensão e teve investimento de R$ 198 milhões.

No evento, será também assinada ordem de serviço da Barragem Ingazeira e anunciada uma nova obra, o Ramal Entremontes. Além disso, durante a visita, a presidenta também realizará a entrega de máquinas retroescavadeiras e de ônibus escolares a municípios pernambucanos.

Buriti valeu esperar

E la nave va?

Luiz Marinho (PT), prefeito de São Bernardo do Campo, dando um recado de Lula, no Estadão:

“Ninguém vai ficar de joelhos para Eduardo Campos não ser candidato”

A verdade é que o neto de Arrais é temido pelas hostes petistas, principalmente se o PIB não crescer, o milagre do assistencialismo não vingar, a energia faltar e a economia estagnar – lançando à rua legiões de desempregados – e o fiasco da Copa se concretizar.

Como aquele navio que não sai do estaleiro de Pernambuco, a nave do PT corre muitos riscos de navegação até outubro de 2014.

Dona Dilma sacaneia, de leve, o Estado do Pernambuco.

Por coincidência ou estratégia política, a presidente Dilma Rousseff derrubou repasses federais para financiar projetos apresentados pelo governo de Pernambuco, liderado por Eduardo Campos (PSB), potencial adversário da petista na eleição presidencial de 2014.

Segundo dados do Tesouro Nacional, em 2012, o valor repassado voluntariamente pelo governo federal a Pernambuco foi de R$ 219 milhões, o menor desde 2006, último ano de gestão do então governador do estado, Jarbas Vasconcelos (PMDB), contrário ao PT.

As transferências voluntárias são aquelas em que não há obrigatoriedade prevista em lei, como nos repasses do Fundo de Participação dos Estados (FPE) ou do Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). Do Bahia Notícias.

Pode esperar: o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, também do PSB e aliado de Eduardo Campos dança logo, pelo que tem sido comentado nas colunas políticas da grande imprensa.

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Nos pesadelos de dona Dilma, o fantasma tem olhos verdes

Eduardo Campos em foto de Cemilson Campos, do Jornal do Commercio
Eduardo Campos em foto de Cemilson Campos, do Jornal do Commercio

Preste atenção neste texto do Jornal do Commércio, de Recife:

“O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB,) estuda reagir ao que considera ser um cerco do PT nacional ao seu projeto presidencial. As provocações públicas dirigidas pelo ex-ministro Ciro Gomes (PSB), seu adversário dentro do partido, somadas às visitas que o ex-presidente Lula (PT) e presidente Dilma Rousseff (PT) farão ao Ceará, Estado governado por Cid Gomes (PSB), irmão de Ciro, estão sendo encaradas como uma tentativa aberta de intimidação para que Eduardo declare, desde já, se é candidato ou não em 2014. Como resposta, não está descartada uma medida extrema por parte do PSB: a entrega imediata dos cargos que o partido possui nos ministérios.”

Isto quer dizer que a campanha de 2014 já começou e o boquirroto Ciro Gomes mais uma vez está sendo usado pelo PT para espalhar uma saia justa geral. Tendo em vista que o PSDB está em coma, na UTI do Serra e do Aécio, deve ser avisado aos navegantes que Eduardo Campos pode ser o próximo desafiante. Secundado por Marina Silva e sua Rede.

Nada impossível para quem já elegeu Fernando Collor, um desconhecido para o eleitor, menos na Republiqueta das Alagoas.

Pesquisa diz que tanto faz Lula como Dilma em 2014

Joaquim: aparecendo com bom índice pela primeira vez
Joaquim: aparecendo com bom índice pela primeira vez

A pesquisa sai neste domingo: se a eleição presidencial de 2014 ocorresse hoje, a presidente Dilma Rousseff estaria reeleita, com um percentual que variaria de 53% a 57% dos votos a depender de seus adversários. Já no único cenário projetado com Luiz Inácio Lula da Silva no lugar de Dilma, o ex-presidente venceria o pleito com 56% dos votos.

A pesquisa traz um dado curioso: o percentual de eleitores que diz não haver corrupção no governo caiu de 34% para 20%. Ou seja, a população está dando mais atenção ao tema, provavelmente provocada pela intensa cobertura da imprensa sobre o assunto, mas isso não é o bastante para prejudicar a força eleitoral de Dilma e de Lula, o que dá ao PT duas fortes opções em 2014.

O melhor cenário para Dilma é o projetado apenas com a ex-ministra Marina Silva, que deve criar um novo partido em 2013, e o senador Aércio Neves (PSDB-MG). Dilma teria 57% dos votos, contra 18% de Marina e 14% de Aécio. Quando o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), entra no páreo, a presidente fica com 54% dos votos, Marina mantém os 18%, Aécio cai para 12% e Campos aparece com 4%.

Joaquim Barbosa

A pesquisa traz, pela primeira vez, o nome do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, como pleiteante ao Palácio do Planalto. No cenário com Barbosa no lugar de Eduardo Campos, Dilma aparece com 53% do eleitorado, Marina tem 16%, Aécio tem 11% e Barbosa tem 9%.

Com Lula no lugar de Dilma, Barbosa ultrapassa Aécio, com 10%. Lula teria 56%, Marina teria 13% e Aécio ficaria com apenas 9%. Outra curiosidade: na pesquisa espontânea, Dilma aparece na frente de Lula, com 26% das intenções de voto. Lula tem apenas 12%, Aécio aparece na sequência, com 3%, antes do ex-governador José Serra (PSDB), com 2%, e de Marina Silva, com 1%. Do site 247.

Deixa o pibinho rolar mais 1,5 ano e as coisas podem ficar bem diferentes.

O modelo Pernambucano de gestão.

A ascensão política de Eduardo Campos parece estar longe do fim. Desta vez o Governador de Pernambuco ganhou destaque na principal revista do mundo: a The Economist. Para quem tem Ipad, já pode baixar hoje mesmo a matéria, com o título The Pernambuco Model.

Ao contrário do que podem pensar, a matéria não trata de suas articulações através do PSB, mas do seu modelo de gestão, citando o Porto de Suape e a parceria com o ICE – Instituto de Co-Responsabilidade pela Educação, de Marcos Magalhães.

Fala também de sua parceria com Lula, que fez com que o Estado recebesse uma série de investimentos, dentre os quais a Fiat e a Refinaria. Fala também de sua herança política, deixada pelo avô Miguel Arraes.

Esse foi o maior destaque já dado a um político do Nordeste no semanário inglês, que hoje é o principal formador de opinião do mundo.

Apesar de falar dos seus feitos como gestor, já o coloca como o mais observado político nacional. E o coloca como potencial Presidente da República.

Pelo menos até agora, Eduardo está ganhando muito, desgarrando o PSB do PT. Por outro lado, é preciso sempre lembrar que tudo isso foi possível graças ao apoio que recebeu de Lula, que o acolheu como Ministro, e depois apoiou seu Governo.

Deve ter gente estressada em Brasília. (Garimpado e comentado por João Paulo N. Sabino de Freitas.)

Como disse Ciro Gomes, Lula não é Deus. E Eduardo Campos é quem vai provar isso, em definitivo, em 2014, como também provou agora, em 2012, derrotando o candidato do Ex-presidente nas eleições municipais do Recife.

Sobre o Reich dos 1.000 anos.

O comandante Lula da Silva nunca escondeu seu desprazer em deixar a Presidência e a vontade em voltar a ser presidente. E para isso é até capaz de inventar um adversário forte, para aparecer como o salvador da pátria petista. Veja o que diz Dora Kramer em artigo, publicado hoje no Estadão:

“A primazia é a recandidatura de Dilma que Lula, no entanto, não teria dificuldade de afastar. Mas, ponderam os analistas palacianos, faria isso muito melhor se tivesse uma boa justificativa. É aí que entra em cena o fortalecimento da figura do governador Eduardo Campos. Quanto mais viável ele se apresentar como alternativa ao campo governista, mais argumentos Lula e o PT terão para alegar que só a volta do ex-presidente seria capaz de assegurar a vitória e a preservação do projeto de poder.”

O Reich dos 1.000 anos durou pouco mais de duas décadas. O PT pode ser apeado do poder antes disso.

Ministro da Integração sofre primeira derrota: o irmão foi demitido da CODEVASF

O ministro da Integração, Fernando Bezerra, conseguiu se manter no cargo – ao menos por enquanto – graças à atuação de seu padrinho político, o governador de Pernambuco Eduardo Campos. A blindagem do Planalto em torno do ministro, porém, não se estendeu ao restante da família. O irmão de Bezerra, Clementino Coelho, foi demitido, hoje pela manhã, da presidência da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). A exoneração, assinada por Dilma Rousseff, foi publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira.

Bezerra entrou na berlinda depois de uma série de denúncias envolvendo a pasta – entre elas, o favorecimento de parentes em cargos e a liberação suspeita de emendas parlamentares. Segundo o Diário Oficial, Coelho será substituído no cargo por Guilherme Almeida. Do portal da Veja.

Barreiras: doação do Parque é apenas um fio na meada de uma grande conspiração.


A Audiência Pública que será realizada nesta segunda-feira para discutir se o Parque de Exposições Engenheiro Geraldo Rocha deve ser doado ou não, é apenas mais um ato da peça de ficção teatral que se criou, com vários protagonistas: a prefeita Jusmari Oliveira, a Plus Engenharia, de Recife, (www.plusengenharia.com), o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, e o Partido Socialista Brasileiro(PSB).

Vamos primeiramente qualificar os atores: Jusmari Oliveira, a grande estrela da peça, quer alienar o Parque de Exposições e certamente vai levar grandes vantagens, de toda a ordem, nessa alienação e a primeira foi a tomada do PSB em Barreiras.

Oziel Oliveira é o dramaturgo, diretor de cena e o grande articulador do negócio.

A Plus Engenharia é a maior interessada na área do Parque e politicamente alinhada com o governador.

O Governador é o presidente nacional do PSB.

A Empresa e o Governador respondem por operação semelhante em Recife, onde tentam adentrar na área do Parque Caxangá, uma área central e valorizada do Recife, conforme pode se ler no link do Jornal do Commércio, daquele estado.

A similaridade da ação envolve todos os atores na mesma trama, com a participação dos respectivos legislativos. Em Barreiras, diz-se que já está acertado até o valor que os vereadores receberão para aprovar o projeto e entregar a área pública à empresa e ao Governador de Pernambuco. Não é pouco. Dá para fazer uma abastada campanha pela reeleição em 2012.

Outro detalhe importante: uma cláusula do contrato de doação garantiria à empresa usar o terreno como garantia para empréstimos. Ou seja: os interessados estão fritando o porco com a própria banha do animal sacrificado.

Então se conclui que a audiência pública é apenas uma cortina de fumaça, um entreato, no qual os atores trocam de roupa e aparecem em outros papéis, não menos relevantes, mas sempre com o tom conspiratório do primeiro ato, espinha dorsal da peça. Jusmari não releva o clamor público contra a alienação do parque e, experiente, sabe medir vantagens e desvantagens que terá com a operação.

Explica-se, também, porque, ao arrepio de qualquer pudor político, tomou-se a legenda do PSB, em Barreiras, de Regina Figueiredo, por uma decisão do presidente nacional do Partido. Regina já retomou, através de liminar, a presidência da Agremiação, mas a decisão pode ser revertida em instâncias superiores, principalmente com o uso da força de Eduardo Campos junto ao Governo Federal. 

Regina Figueiredo num beco sem saída.

Regina com o ministro da Integração Nacional, durante evento em Luís Eduardo Magalhães.

O jornalista Fernando Machado, do ZDA, descreve com precisão a ação hostil de Jusmari e Oziel Oliveira pela chefia do PSB em Barreiras:

O presidente nacional do PSB, o governador de Pernambuco Eduardo Campos, passou como um trator sobre a autoridade da senadora Lídice da Mata, presidente estadual da sigla na Bahia, e dissolveu o diretório municipal de Barreiras. Eduardo tirou, sem que Lídice soubesse, o controle da legenda das mãos da atual vice-prefeita Regina Figueiredo entregando-o para sua rival, a prefeita Jusmari Terezinha. Segundo Regina, Campos teria garantido a intervenção na municipal em troca do voto do deputado federal Oziel Oliveira (PDT) – marido de Jusmari – para sua mãe, a deputada Ana Arraes (PSB/PE), candidata eleita por 222 votos na câmara federal para o cargo de Ministra do Tribunal de Contas da União (TCU).

Mesmo diante da dissolução do diretório municipal do PSB, a vice-prefeita de Barreiras, Regina Figueiredo, preferiu continuar filiada ao partido e tentar internamente reverter à decisão. Por não haver mais tempo hábil para ingressar numa nova legenda, já que o último prazo para desfiliação se encerrou na sexta-feira, caso não consiga reaver o comando da sigla, entregue ao grupo político da prefeita Jusmari Terezinha, Regina estará automaticamente impedida de disputar as próximas eleições municipais.

Dois importantes atores da política local, o empresário Gil Areas e o advogado Wagner Pamplona, também continuam filiados ao PSB de Barreiras. Assim como a vice-prefeita Regina Figueiredo, Gil e Wagner decidiram permanecer no partido e alimentam a esperança de ter novamente o controle da legenda. Caso não consigam desfazer a decisão do diretório nacional do PSB, sobraria apenas para os dois uma única opção na legenda: dizer amém para Jusmari e contribuir com sua reeleição.

No Galo da Madrugada, em Recife, definições políticas.

Dilma e Ciro Foto de Antônio Cruz da ABr. Clique na foto para ampliá-la.

O deputado Ciro Gomes e a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, assistem ao desfile do Galo da Madrugada, tradicional bloco carnavalesco de Pernambuco, ao lado do governador Eduardo Campos. Se Dilma e Ciro formarem chapa, perdem o PMDB, ao menos até a próxima posse, quando o partido deve voltar-se às benesses do Poder. Abre-se aí uma chance para o bloco do governador do Paraná, Roberto Requião, lançar a sua chapa e tirar alguns votos de Serra.

Outro cenário rascunhado é de que Ciro Gomes permaneça candidato à Presidência, tirando votos do PSDB e não deixando as candidaturas Serra e Dilma polarizarem-se no primeiro turno, o que pode ser perigoso para o PT.