A delação do “fim do mundo” não foi aceita por Sérgio Moro

Moro ajeitou a vida da esposa de Eduardo Cunha, Cláudia Cruz, mas não deixou a Lava Jato avançar. A delação comprometeria o seu próprio futuro político.

O jornal Folha de S. Paulo e o site The Intercept Brasil desenterraram nesta quinta-feira (26) a delação do ex-presidente Câmara, Eduardo Cunha (MDB-RJ), que tira o sono do ex-juiz Sérgio Moro (atual ministro da Justiça) e do procurador Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa Lava Jato.

De acordo com a Vaza Jato, o empresário Joesley Batista queria emplacar –e emplacou– Henrique Meirelles como ministro da Fazenda de Michel Temer (MDB), caso a petista caísse. Em troca, Cunha teria financiamentos ilimitados para seu projeto político.

Por que a não-delação de Cunha ainda atormenta Moro, Dallagnol e demais integrantes da força-tarefa?

Simples. O Intercept tem os arquivos das conversas cujos conteúdos, aos poucos, estão sendo tornados públicos. Uma pista do que vem por aí foi publicada em julho, pela revista Veja. Na época, o veículo de comunicação mostrou um diálogo de Moro com Deltan acerca da delação de Cunha. O então juiz afirmou que esperava que não precedessem a notícia da delação. “Sou contra, como sabe”, disse o atual ministro da Justiça.

Glenn Greenwald, fundador do site The Intercept Brasil, sabe que Moro e Dallagnol fizeram no verão passado. É por isso que o espectro da delação de Eduardo Cunha tira o sono deles.

De acordo com mensagens de Moro a Deltan, o então magistrado se dizia contra a delação de Cunha mesmo antes de conhecer o conteúdo delas. A informação preliminar que se tinha era que o ex-presidente da Câmara estaria disposto a entregar um terço do Ministério Público estadual, 95% dos juízes do Tribunal da Justiça, 99% do Tribunal de Contas e 100% da Assembleia Legislativa.

Com redação do blog do Esmael.

Há muito tempo, uma tirada usada por operadores do direito, dizia: “Existe a Justiça boa, a Justiça má e a Justiça da Bahia”.

Hoje, o refrão pode ganhar uma nova versão: “Existe a Justiça boa, a Justiça má e a Justiça de Curitiba”.

Bolsonaro é o novo presidente do Brasil

Jair Bolsonaro (PSL) é o novo presidente do Brasil. Com 96,27% das urnas apuradas, Bolsonaro tem 55,49% dos votos válidos (56,1 milhões de votos absolutos) e não pode mais ser alcançado por Fernando Haddad (PT), que tem 44,51% (um total de 44,1 milhões de eleitores). Até o momento, há 10,7 milhões de votos nulos ou brancos (9,6% do eleitorado). Não compareceram à votação deste segundo turno 30,1 milhões de brasileiros (21,19% do eleitorado.)

A vitória de Bolsonaro não é apenas uma derrota do PT – partido vitorioso nas últimas quatro eleições presidenciais, desde 2002. Ele representa a chegada ao poder da “nova direita” brasileira (também chamada por muitos de extrema-direita): liberal na economia e conservadora nos costumes.

Trata-se da maior mudança de rumo na política brasileira desde o fim da ditadura e a redemocratização, em 1985. Essa percepção é reforçada pela volta dos militares ao centro da política. Bolsonaro, um admirador do regime militar (1964-1985), é capitão da reserva; seu vice é o general Hamilton Mourão; e o futuro governo possivelmente terá vários outros oficiais das Forças Armadas, entre eles quatro generais recém reformados, em seu primeiro escalão.

A frase do então presidente da Câmara dos Deputados, ao votar no impeachment de Dilma Rousseff, deputado Eduardo Cunha, preso em Curitiba, continua valendo, com igual sentido e sinal contrário:

-Que Deus tenha misericórdia desta Nação.

Cruzamento do listão de Furnas com Lava-Jato frita Aécio Neves e Bolsonaro

Aécio Neves, Eduardo Cunha, Jair Bolsonaro, José Serra e Geraldo Alckmin, entre outros, constam nas denúncias que constam em processo da Lista de Furnas reaberto no STF.

Reaberto no Supremo Tribunal Federal (STF) após o pedido de investigação da Procuradoria Geral da República (PGR), o julgamento do escândalo conhecido como ‘Lista de Furnas’ coloca entre os investigados os principais líderes tucanos.

Mas expõe, pela primeira vez no âmbito das denúncias de corrupção, o deputado Jair Messias Bolsonaro (PP-RJ). Ele e o presidiário Eduardo Cunha (PMDB-RJ) estão citados no documento. O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, também é citado no escândalo.

A ‘Lista de Furnas’ trata-se de uma prova, assim considerada segundo laudo do Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal, do esquema de propina montado junto às empresas do setor elétrico brasileiro.

Vazada para o jornalista mineiro Marco Aurélio Flores Carone, a matéria foi publicada no site de notícias novojornal.com, hoje reduzido a uma sombra do que era, no ano 2000.

Após a publicação da denúncia contra os políticos citados, Carone foi preso por nove meses, em Minas Gerais. Posteriormente, a Justiça o absolveu, após um calvário de sofrimento na prisão.

Ao sair do presídio mineiro, Carone decidiu contar à Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados quais eram as denúncias que ele pretendia fazer contra o senador Aécio Neves (PSDB).

Segundo Carone, o hoje presidente nacional do PSDB e senador da República liderava o esquema de corrupção no segmento que engloba as elétricas Cemig, de Minas Gerais, e Furnas, do sistema Eletrobras. O depoimento foi suspenso no último minuto.

Da redação do Correio do Brasil

Os corsários embusteiros deram o golpe quando lhes foi vedado roubar

Geddelzinho, com seu turbante de pedras preciosas, sentado à mão direita do Temeroso.

A pergunta entre os baianos é a seguinte: por que ainda não soltaram Geddel, se ele era um dos mais dedicados grumetes de Cunha e Temer. Lembram-se que ele cortou as compras para o Palácio do Alvorada, quando Dilma afastada aguardava a decisão do vil Congresso?

Geddel, Temer e Cunha decidiram pelo golpe quando Dilma descobriu o grande veio da corrupção na Odebrecht e cortou grandes contratos. A declaração é do próprio Marcelo Odebrecht, então presidente do grande grupo da construção pesada.

Os corsários abordaram a belonave Brasil e levaram tudo, até o timão de cedro do Líbano. O petróleo, a construção naval, as fábricas de equipamentos para a exploração do pré-sal. E deixaram quase 30 milhões sem ocupação para poder amealhar tesouros e guardar em bunkers no Brasil e no Exterior.

Enquanto esses embusteiros não repousarem na ponta de uma corda, amarrados pelos pés, como seu ídolo Mussolini, o Brasil não terá paz.

Reina absoluta respeitabilidade no cabaré da República

Você, meu caro e douto leitor, seria capaz de ligar esses três fatos? Vamos lá.

Primeiro fato: na calada da noite, fora da agenda, Temer recebe a próxima procuradora-geral da República, Raquel Dodge, no Palácio Jaburu, lá mesmo onde recebeu o bandidão Joesley Batista. Isso depois de entrar com pedido de suspeição sobre a atuação do atual procurador, Rodrigo Janot.

Segundo fato: o  ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Sergio Etchegoyen, voltou a negar hoje (10) que tenha promovido “ação de qualquer natureza contra o ministro [do Supremo Tribunal Federal] Edson Fachin”.

Terceiro fato: o ministro Edson Fachin separa os inquéritos de Temer e Rodrigo Rocha Loures, o homem da corridinha com a mala, manda o estafeta para a Justiça Federal do DF e declara que suspende a tramitação da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o presidente Michel Temer.

Se você concluir que afinal a sangria foi estancada, estará entendendo quase tudo. Então, reveja o diálogo entre o senador Romero Jucá, o tricoteiro de quatro agulhas, e o presidente da Transpetro, Sérgio Machado, nos dias que antecederam o impeachment de Dilma e previa essa desejada tranquilidade no respeitável cabaré da República.

 

Janot pede para ouvir Aécio, Loures e Cunha em juízo

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou que o presidente Michel Temer fez uma “confissão espontânea” sobre a existência do encontro não registrado oficialmente com o dono da JBS, Joesley Batista, e pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para tomar o depoimento do peemedebista.

“Verifica-se que houve confissão espontânea quanto à existência do encontro não registrado no Palácio do Jaburu e do diálogo entre Michel Temer e Joesley Batista. Por outro lado, também há confissão espontânea nos pronunciamentos do presidente da República, dentre eles podemos citar o diálogo sobre possível corrupção de juízes; o diálogo sobre a relação de Joesley com Eduardo Cunha; o diálogo em que Michel Temer indica Rodrigo Loures para tratar com o colaborador Joesley Batista”, diz a petição.

Na manifestação, Janot defendeu a validade das gravações entregues pelo dono da JBS
Na manifestação, Janot defendeu a validade das gravações entregues pelo dono da JBS

No pedido, a PGR também solicita autorização para ouvir o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) e o deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), também afastado do mandato. As diligências foram solicitadas nos inquéritos a que os acusados respondem na Corte, a partir das delações da empresa JBS.

Na manifestação, enviada ao ministro Edson Fachin, relator do processo, o procurador também defendeu a validade das gravações entregues pelo empresário Joesley Batista, dono da JBS, que gravou conversas com Temer, Aécio e Loures.

No caso do presidente, cuja defesa contestou a validade dos áudios, a PGR sustenta que Temer não negou o encontro com o empresário, no Palácio do Jaburu. Janot citou os pronunciamentos feitos por Temer, na semana passada. Da Agência Brasil, editado pelo JB e O Expresso.

Cunha condenado a 15 anos pode voltar pra casa em 2,5 anos

O juiz federal Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, condenou ,ontem (30), o ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha a 15 anos e quatro meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Além da reclusão, foi fixada uma multa de mais de R$ 250 mil a ser paga pelo ex-deputado.

A sentença foi publicada no final da manhã, no sistema eletrônico da Justiça Federal do Paraná (JFPR). Por ser uma condenação de primeira instância, Cunha poderá recorrer a um tribunal superior. No entanto, Moro determinou no despacho que, mesmo em uma eventual fase recursal, o ex-deputado responda sob regime de prisão cautelar.

Os 15 anos e 4 meses a que o ex-presidente da Câmara foi condenado correspondem a 6 anos por corrupção passiva, 5 anos e 10 meses por lavagem de dinheiro e 3 anos e 6 meses por evasão de divisas.

Além disso, o magistrado estipulou uma multa para cada um dos crimes que chega a 384 dias/multa, sendo que cada dia/multa é equivalente a um salário mínimo na época em que os crimes foram cometidos.

Moro também determinou que Cunha seja impedido de assumir função pública e cargo de diretor, membro de conselho ou de gerência das pessoas jurídicas pelo dobro do tempo da pena de reclusão, ou seja, por 30 anos e 8 meses. Eduardo Cunha está preso em Curitiba desde outubro de 2016. Da Agência Brasil.

Com mais dois anos de cadeia, Eduardo Cunha pede progressão da pena e volta pra casa, para os braços da mulher do olho grande e para os milhões de dólares que os dois têm espalhado em contas numeradas pelo mundo. No Brasil, o crime compensa.

Eduardo Cunha estaria com um pé na rua.

cunha

Alexandre Morais, o copiador de livros e próximo ministro da Suprema Corte do País: “As prisões não podem durar para sempre”. 

É a preparação para a soltura de Eduardo Cunha, amigo do seu chefe e preceptor, Michel Temer, também conhecido como MT ou Tango.

Libertar Cunha não deixa de ser um escárnio. A pressão deve ter aumentado com seu último depoimento a Moro.

Se o rei do embuste e da corrupção vai para a rua, quem poderia estar preso? Como diziam as faixas nas apresentações dos paneleiros canarinhos, “somos todo Cunha”.

O apocalipse previsto para um dia depois de amanhã

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Segundo a Folha, o ex-deputado Eduardo Cunha quer duas testemunhas de defesa importantes dentro do processo que sofre na Justiça Federal: Luís Inácio Lula da Silva e Michel Temer. É um presepeiro!

Além do ex-Presidente e do atual Presidente da República, Cunha cita como depoentes o ex-senador Delcídio do Amaral, Nestor Cerveró (ex-diretor da Petrobras) e outros 17 nomes destacados da República, entre eles Henrique Alves (PMDB-RN), ex-ministro do Turismo.

Depois da delação dos diretores da Odebrecht, só mesmo uma eventual delação de Cunha para abalar a República. Já nós apostamos que em dois anos está todo mundo na rua, cumprindo pena em casa, se chegarem ao julgamento. E com uma boa poupança lá fora.

Aqui em Banânia esquecemos com facilidade os grandes ladrões, perdoamos os médios e mandamos apenas os três “Ps” para a prisão: pretos, pobres e putos.

Então estava tudo acertado? Moro devolve passaporte da mulher de Eduardo Cunha

cláudiaClaudia Cruz, mulher do ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha, durante cerimônia no congresso em novembro de 2015. Agora pronta para gastar no Exterior. (Foto: Evaristo Sá/AFP/Arquivo)

O juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância, aceitou o pedido da defesa da mulher do deputado federal e ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Cláudia Cruz, para que fosse devolvido passaporte dela que estava com a Justiça.

A decisão do juiz contraria uma petição do Ministério Público Federal (MPF), que alertou sobre a possibilidade de risco de fuga da investigada, que é ré na Operação Lava Jato.

“Existe real possibilidade de Cláudia Cordeiro Cruz e/ou seus familiares manterem outras contas bancárias no exterior, havendo risco concreto de eventual fuga e utilização de ativos secretos ainda não bloqueados caso o passaporte seja devolvido”, disseram os procuradores do MPF.

De acordo com as investigações, Cláudia Cruz foi favorecida, por meio de contas na Suíça, de parte de valores de uma propina de cerca de US$ 1,5 milhão recebida pelo marido. Ela  responde pelos crimes de lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

Confirma-se pelo somatório de indícios que a Operação Lava-Jato tinha mesmo objetivos políticos, abortar o Governo do PT. Hoje, Dia do Soldado, iniciou-se no Senado Federal uma pantomima de proporções, que vai julgar a Presidente Dilma e cassar (no caso, caçar) os seus direitos políticos por 8 anos.

 

Eduardo Cunha, megalomaníaco, diz que vai derrubar dois presidentes.

Caricatura de Queiroz Carvalho, em pintura digital.
Caricatura de Queiroz Carvalho, em pintura digital.

“Ficarei conhecido por derrubar dois presidentes do Brasil”.

A frase teria sido proferida pelo deputado e ex-presidente da Câmara Federal, ao afirmar que tem provas de corrupção do presidente interino Michel Temer. 

Ele, na verdade, foi o principal artífice do golpe parlamentar que afastou Dilma Rousseff da presidência da República, manipulando deputados aos quais financiou com dinheiro subtraído de estatais brasileiras.

Na cadeia ou como portador de uma tornozeleira eletrônica, Cunha certamente terá muito tempo para escrever sua biografia, na qual a queda dos dois presidentes terá um capítulo especial. 

Eduardo Cunha renuncia. E chora frente às câmeras!

Brasília - Presidente da Câmara, Eduardo Cunha, põe em votação MP sobre renegociação de dívidas de produtores rurais e de caminhoneiros (Wilson Dias/Agência Brasil)
Eduardo Cunha renunciou ao cargo de presidente da Câmara dos Deputados. Foto Wilson Dias/Agência Brasil

O presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), renunciou há pouco à presidência da Casa.

“Resolvi ceder ao apelos generalizados dos meus apoiadores […] Somente a minha renúncia poderá pôr fim a esta instabilidade sem prazo. A Câmara não suportará indefinidamente”, disse, ao ler sua carta de renúncia em entrevista à imprensa no Salão Nobre da Câmara.

Ele informou ter encaminhado a carta ao primeiro-vice-presidente da Casa.

Ao ler a carta, Cunha disse que é alvo de perseguição por ter aceito a denúncia que deu início ao processo de impeachment de Dilma Rousseff.

“Sofri e sofro muitas perseguições em função das pautas. Estou pagando alto preço por dar início ao impeachment”, disse, ao emocionar-se em alguns momentos

Eduardo Cunha chegou no início da tarde pela chapelaria da Câmara, passou na Secretaria-Geral da Mesa e marcou a entrevista à imprensa no Salão Nobre da Casa, apesar de ter sido autorizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a circular na Câmara apenas para se defender do processo de cassação no Conselho de Ética ou na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

Em ocasiões anteriores, por várias vezes, Cunha negou que iria renunciar.

Com a decisão de Cunha de deixar a vaga, a Câmara terá que convocar novas eleições no prazo de até cinco sessões plenárias – deliberativas ou de debates com o mínimo de 51 deputados presentes – para uma espécie de mandato-tampão, ou seja, para um nome que comandará a Casa até fevereiro do próximo ano quando um novo presidente será eleito.

Com a renúncia, pode se encerrar o impasse sobre a permanência de Waldir Maranhão (PP-MA) no comando da Câmara. Maranhão assumiu o cargo desde que Cunha foi afastado da presidência da Câmara pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

O descontentamento dos deputados com a condução de Maranhão provocou, inclusive, um acordo informal para que ele não presida as sessões de votações. Todas as vezes em que Waldir Maranhão tentou quebrar este acerto, os parlamentares se recusaram a discutir e votar matérias importantes até que ele deixasse a Mesa do Plenário, que estava sendo revezada com o primeiro-secretário, Beto Mansur (PRB-SP) e o segundo vice-presidente da Mesa Diretora da Câmara, deputado Fernando Giacobo (PR-PR) – possíveis candidatos à vaga provisória da presidência.

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Fatos e fotos do Brasil e do Mundo, hoje. Clique nos links.

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“Cale a boca imbecil!”. Deputados discutem em depoimento de Cunha no Conselho de Ética

Brasília - O presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha, faz sua defesa no Conselho de Ética da Casa (Antonio Cruz/Agência Brasil)
Brasília – O presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha, faz sua defesa no Conselho de Ética da CasaAntonio Cruz/ Agência Brasil

A reunião do Conselho de Ética voltada para colher o depoimento do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) foi marcada por tumulto e gritaria envolvendo aliados de Cunha. Em determinado momento, a reunião chegou a ser interrompida, após um bate-boca iniciado pelo deputado Wladimir Costa (SD-PA), aliado de Cunha, ter atacado o deputado Julio Delgado (PSB-MG).

Costa, que é do mesmo partido do deputado Paulo da Força (SD-SP), defendeu Cunha, afirmando que não estava provado que o presidente afastado da Câmara mentiu na CPI da Petrobras sobre ter contas na Suíça, e que se o conselho tivesse que cassar Cunha também teria que cassar o mandato de Delgado (PSB-MG).

“Se for tratar de mentira, o nobre e atuante parlamentar, falando que não recebeu dinheiro da UTC, que não recebeu dinheiro da Lava Jato”, disse Costa, que acusou Delgado de ter recebido R$ 100 mil reais, com base na delação do dono da empresa, Ricardo Pessoa. “”Se for realmente ter que cassar o Eduardo Cunha por mentir em CPI, vamos ter que cassar uma pessoa que eu não quero, eu antecipo”, emendou.

Houve tumulto, e o presidente do colegiado, José Carlos Araújo, pediu ordem e disse que o representado no colegiado é Cunha, e não Delgado. “Que moral o senhor vai ter para cobrar de alguém? Se eu fosse o senhor, alegava a sua suspeição, saía logo daqui para contratar um advogado”, continuou Costa. ”Olhe a sua trajetória aqui, quem é vossa excelência, é um absurdo ter que ouvir isso”, rebateu Delgado.

Após outros deputados terem questionado Cunha, Delgado tomou a palavra e se defendeu. “Eu não recebi dinheiro da UTC, reafirmo isso aqui. Não recebi dinheiro na minha conta”, disse, mostrando as prestação de contas de sua campanha.

O deputado lembrou que a denúncia foi alvo de investigação da Polícia Federal e do Ministério Público, que pediu o arquivamento da investigação na última semana. “Fui alvo de uma investigação em que o titular foi o Ministério Público e pelo procurador, que acabaram pedindo o seu arquivamento”, disse. “É totalmente infundada essa tentativa de nos constranger a respeito de nossa conduta”, concluiu.

Antes, outro aliado de Cunha, o deputado Carlos Marun (PMDB-MS) também causou tumulto, após ter criticado os questionamentos do deputado Betinho Gomes (PSDB-PE). O deputado questionou Cunha sobre o fato de o Ministério Público da Suíça ter aberto investigação contra Cunha. “Diante do que informou o MP da Suíça, de que Cunha e sua mulher são donos de quatro contas no banco Julius Baer, não resta dúvida de que elas deveriam ser declaradas [no Imposto de Renda]”, disse.

O deputado Marun também disse que Cunha mentiu na CPI ao afirmar não conhecer o empresário, Fernando Soares, o baiano. Em depoimento no Conselho de Ética, Baiano disse ter entregue R$ 4 milhões no escritório de Cunha, fruto de propina envolvendo o esquema investigado na operação Lava Jato. “Ele [Baiano] fala claramente que entregou recursos de operação feitas na Petrobras, e que estão sendo investigados na Lava Jato”, disse Gomes. “Para mim, isso deixa claro que fica passível a conduta de falta de decoro parlamentar”, acrescentou.

A reunião foi interrompida por Marun, que contestou a fala de Gomes. “Eu não tenho a obrigação de escutar algo que eu não considero verdade”, disse. “Tem sim, deputado, o senhor tem que escutar com respeito o que os outros deputados falam”, rebateu Gomes.

Logo no começo da sessão, que começou às 9h37, o deputado Laerte Bessa (PR-DF) e Ivan Valente (PSOL-SP) trocaram ofensas. Apesar do incidente, a sessão continuou. Posteriormente, a assessoria de Ivan Valente disse que o deputado pediu ao relator esclarecimentos técnicos sobre truste quando foi xingado pelo deputado Laerte Bessa. Em resposta, Ivan Valente se dirigiu ao deputado com um “cala a boca, imbecil”. O depoimento de Cunha segue no Conselho de Ética.

Por Luciano Nascimento e Pedro Peduzzi – Repórter da Agência Brasil. Edição: Maria Claudia, da Agência Brasil
De onde se concluiu que só faltam as bençãos do Papa e da torcida organizada do Flamengo para Eduardo Cunha ser beatificado.

STF não afasta Cunha para não ter que afastar também Renan Calheiros

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Segundo a colunista Mônica Bergamo, Renan Calheiros (PMDB-AL) é uma das pedras no caminho do STF (Supremo Tribunal Federal), que reluta em afastar Eduardo Cunha (PMDB-RJ) do comando da Câmara dos Deputados:

“O presidente do Senado já responde a nove inquéritos na corte. Caso vire réu, estará equiparado a Cunha. Ou seja, se os magistrados decidirem que o deputado não pode seguir no cargo por esse motivo, Calheiros deverá sofrer a mesma punição”.

Ela afirma ainda que Calheiros é hoje considerado peça importante no tabuleiro político, já que consegue manter diálogo tanto com a equipe de Temer quanto com o PT, além de ter bom relacionamento com diversas outras legendas. “Ele dá certa racionalidade ao parlamento”, afirma um magistrado. Sua queda é considerada mais traumática até que a de Eduardo Cunha.

“Assessores diretos do próprio Cunha, no entanto, já computam o voto de pelo menos cinco ministros do STF que tenderiam a decidir contra ele, se o caso entrasse em pauta hoje: Luís Roberto Barroso, Celso de Mello, Rosa Weber, Cármen Lúcia e Ricardo Lewandowski”, conclui. Texto do portal 247.

Não seria o caso de replicarmos: “Não nos venha, por obséquio, de borzeguins enlameados ao leito, Suprema Corte”. Então os chefões se locupletam e a arraia miúda é que sofre a punição?

Você compraria um CD desta dupla? E um carro usado?

cd

Na denúncia apresentada em agosto de 2015 ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, acusa o deputado de ter praticado o crime de corrupção passiva em duas ocasiões separadas, além do crime de lavagem de dinheiro em 60 episódios diferentes.

O pedido de Janot prevê 184 anos de prisão. Em março deste ano, a denúncia contra Cunha foi aceita pelo pleno do STF com 10 votos contra zero. Desde então, Cunha é réu em processo da Suprema Corte.

Eduardo Cunha recebe, enfim, a notificação da Comissão de Ética

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) - 15/12/2015
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ)(Valter Campanato/Agência Brasil)

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), recebeu na manhã desta quinta-feira a notificação da abertura de processo contra ele no Conselho de Ética. Após uma sequência de manobras de aliados do peemedebista, o colegiado aprovou, na terça, o início das investigações contra Cunha pelas suspeitas de envolvimento no escândalo de corrupção da Petrobras.

Para a contagem de prazos, no entanto, era necessária a formalização do processo, que acontece justamente com o recebimento da notificação. A secretaria do conselho tentou, por duas vezes, acionar Cunha ontem. Nos dois momentos, no entanto, ele se recusou a assinar a documentação alegando ter outros compromissos.

Após ser alvo de pedido de afastamento da Procuradoria-Geral da República por, entre outros motivos, obstruir as investigações de seu processo por quebra de decoro, o peemedebista se comprometeu a receber a notificação. Agora, abre-se prazo de dez dias para ele apresentar a defesa. Como o Congresso entra em recesso na próxima semana, a contagem do prazo ficará congelada durante este período. (Marcela Mattos, repórter da Veja em Brasília)

E agora, Eduardo Cunha, quem será por ti?

O jornalista Ricardo Boechat, da rede Band, ligou pela manhã para o telefone do presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha. A ligação caiu na caixa de recados. Só por um motivo: o telefone já estava de posse da Polícia Federal.

Então, se o caro leitor tinha o número de Cunha e ia ligar, para lamentar o seu “waterloo”, esqueça. O nome de Eduardo Cunha passou hoje para o rol da infâmia da pátria brasileira, assim como Joaquim Silvério dos Reis e Calabar. O seu aparelho celular passará no mínimo uns 8 anos “fora da área” ou “temporariamente desligado”.

Que sirva de exemplo a esta grande legião de homens públicos e empresários desonestos que povoam a banda podre deste País.

O fim de Cunha: Conselho de Ética da Câmara aprova continuidade do processo

Conselho de Ética
Conselho de Ética vota a favor da admissibilidade do relatório preliminar do deputado Marcos Rogério (PDT-RO)Antonio Cruz/ Agência Brasil

Por 11 votos a 9, o Conselho de Ética da Câmara votou a favor do parecer preliminar do deputado Marcos Rogério (PDT-RO), que mantém representação contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A decisão dá continuidade à ação. Cunha é acusado dos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro e por ter prestado falso testemunho quando depôs na CPI da Petrobras negando ter contas secretas no exterior. Não houve abstenção.

Cunha será notificado e terá 10 dias para apresentar defesa por escrito no processo disciplinar.

Minutos antes da votação, os deputados chegaram a tentar acordos para adiar a sessão pela oitava vez. Os parlamentares queriam evitar novas estratégias para atrasar o andamento da representação protocolada há mais de 60 dias e também evitar a judicialização do processo.

Pedido de vista

Antes, o Conselho de Ética decidiu, por 11 votos a 9, rejeitar pedidos de vista ao parecer apresentado pelo novo relator do caso, Marcos Rogério (PDT-RO). Segundo alguns deputados do conselho, “a ordem veio de lá” da defesa de Cunha que agora quer concentrar esforços para responder as acusações na Justiça.

Em uma sessão um pouco mais tranquila do que a da última semana, deputados do Conselho de Ética decidiram, sob divergências, não aceitar o pedido de vista que tinha sido apresentado pelo deputado Genecias Noronha (SD-CE) que poderia adiar, pela oitava vez, a votação do relatório favorável ao seguimento das investigações sobre Eduardo Cunha no colegiado. A decisão foi questionada por aliados do peemedebista.

O deputado Carlos Marun (PMDB-MS) disse que, como o Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu acatar a decisão de afastar o relator anterior do processo, Fausto Pinato (PRB-SP), sobre alegação de que o parlamentar é de partido da base de Cunha, o que regimentalmente é proibido, a sessão de hoje pode ser anulada. Aliados de Cunha sinalizaram que vão recorrer à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara para anular a decisão do conselho sobre o pedido de vista. Continue Lendo “O fim de Cunha: Conselho de Ética da Câmara aprova continuidade do processo”

Cai sobre Eduardo Cunha e aliados a mão pesada da Justiça

A residência oficial de Brasília e a casa no Rio de Janeiro do presidente da Câmara dos Deputados – acusado de receber propinas do esquema na Petrobras – amanheceu cercada por agentes da PF, que realizam nesta terça-feira (15) 53 mandados de busca e apreensão, por ordem do STF, em mais uma fase da operação Lava-Jato.
Aliados do senador Renan Calheiros, presidente do Senado, também são objeto de busca e apreensão. PMDB é a bola da vez na Operação da PF que parou o País. Dois ministros do Governo também são alvo da ação policial, pedida pelo procurador Geral da República e autorizada pelo ministro do STF, Teori Zavascki.
Brasília - A Polícia Federal está na residência oficial do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, no Lago Sul em Brasília, para cumprir mandados de busca e apreensão (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Polícia Federal faz operação de busca e apreensão na residência oficial do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, no Lago Sul, em Brasília. Foto de Marcelo Camargo/Agência Brasil

A Polícia Federal (PF) está na residência oficial do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), no Lago Sul em Brasília. Três viaturas da PF, com aproximadamente 12 agentes, isolam o local e cumprem mandados de busca e apreensão, no âmbito da Operação Lava Jato. Os mandados estão sendo cumpridos também na residência de Cunha no Rio de Janeiro.

O Comando de Operações Táticas da PF chegou à Península dos Ministros, onde fica a residência oficial do presidente da Câmara, às 5h50, e a operação começou às 6h. A Polícia Legislativa acompanha os trabalhos da Polícia Federal.

Informações preliminares indicam que novos mandados estariam sendo cumpridos em outros locais de Brasília e em alguns estados.

Hoje, o Conselho de Ética da Câmara pode votar o parecer sobre a representação contra Eduardo Cunha por suposta quebra de decoro parlamentar. O novo relator da representação movida pelo PSOL e pela Rede, o deputado Marcos Rogério (PDT-RO), apresenta o parecer favorável ao prosseguimento das investigações.

Operação Catilinária

A Polícia Federal publicou a nota a seguir em seu site oficial:

A Polícia Federal, em conjunto com o Ministério Público Federal, deflagrou hoje, 15, a Operação Catilinárias que tem como objetivo o cumprimento de 53 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Supremo Tribunal Federal, referentes a sete processos instaurados a partir de provas obtidas na Operação Lava Jato.

Os mandados, expedidos pelo ministro Teori Zawascki, estão sendo cumpridos no Distrito Federal (9), bem como nos estados de São Paulo (15), Rio de Janeiro (14), Pará (6), Pernambuco (4), Alagoas (2), Ceará (2) e Rio Grande do Norte (1).

As buscas ocorrem na residência de investigados, em seus endereços funcionais, sedes de empresas, em escritórios de advocacia e órgãos públicos.

As medidas decorrem de representações da Polícia Federal e do Ministério Público Federal nas investigações que tramitam no Supremo. Elas têm como objetivo principal evitar que provas importantes sejam destruídas pelos investigados.

Foram autorizadas apreensões de bens que possivelmente foram adquiridos pela prática criminosa.

Os investigados, na medida de suas participações, respondem a crimes de corrupção, lavagem de dinheiro,  organização criminosa, entre outros.

O Senado Romano e o discurso de Cícero

As Catilinárias são uma série de quatro discursos célebres do cônsul romano Cícero contra o senador Catilina. “Quo usque tandem abutere, Catilina, patientia nostra?”, dizia Cícero sobre Lúcio Sergio Catilina.

Até quando, Catilina, abusarás
da nossa paciência?
Por quanto tempo a tua loucura há de zombar de nós?
A que extremos se há de precipitar a tua desenfreada audácia?
Nem a guarda do Palatino,
nem a ronda noturna da cidade,
nem o temor do povo,
nem a afluência de todos os homens de bem,
nem este local tão bem protegido para a reunião do Senado,
nem a expressão do voto destas pessoas, nada disto conseguiu perturbar-te?
Não te dás conta que os teus planos foram descobertos?
Não vês que a tua conspiração a têm já dominada todos estes que a conhecem?
Quem, dentre nós, pensas tu que ignora o que fizeste na noite passada e na precedente, onde estiveste, com quem te encontraste, que decisão tomaste?
Oh tempos, oh costumes!

 

Não acredito!
Não acredito!

Depois do fiasco, enfim uma decisão lúcida e equilibrada no STF

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O ministro Luiz Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu na noite desta terça-feira (8) suspender a formação e a instalação da comissão especial que irá analisar o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados. Fachin determinou que os trabalhos sejam interrompidos até que o plenário do Supremo analise o caso, votação que está marcada para a próxima quarta (16).

O objetivo, segundo o magistrado, é evitar a realização de atos que, posteriormente, possam ser invalidados pela Suprema Corte.

A decisão liminar (provisória) de Fachin foi tomada no mesmo dia em que a Câmara elegeu, por 272 votos a 199, a chapa alternativa de deputados de oposição e dissidentes da base aliada para a comissão especial que vai analisar o prosseguimento do processo de afastamento da chefe do Executivo federal. A notícia foi veiculada pelos veículos da Globo próximo às 23 horas de Brasília.

Pelo que se denota que Dilma Rousseff só será eleita mesmo, para o terceiro mandato, no próximo ano, depois do recesso parlamentar. Agora, os golpistas saem de férias, porque, afinal, ninguém é de ferro.

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Procuradoria da República pede 184 anos de prisão para Eduardo Cunha.

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Para chegar ao cálculo, procurador-geral da República, Rodrigo Janot, cita casos de corrupção supostamente praticados pelo presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), em ao menos dois episódios e mais de 60 manobras diferentes de lavagem de dinheiro.

Levando em conta a soma mínima de cada um dos crimes, a conta chegaria a 184 anos. No entanto, na prática, ele ficaria 30 anos em regime fechado, o máximo permitido pela legislação.

Janot pede ainda ‘restituição do produto e proveito dos crimes no valor de US$ 40 milhões e a reparação dos danos causados à Petrobras e à Administração Pública também no valor de US$ 40 milhões’

Vereadores querem TV e Rádio FM. Viu só: o Tito deu o exemplo.

O presidente da Câmara de Vereadores de Luís Eduardo Magalhães, Elton Almeida, solicitou ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, a implantação da Rede Legislativa de TV Digital e radiodifusão sonora em frequência modulada (FM).

É como diz o adágio popular: “Deus cria, o diabo os separa e eles por si só se encontram.” Eles não tem outro jeito de justificar o gasto com as verbas recebidas do contribuinte, então inventam uma TV e uma rádio.

O Golpe em marcha!

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Ciro Gomes: Eduardo Cunha roubou R$500 milhões e distribuiu no mínimo R$350 milhões entre 150 picaretas da Câmara Federal, que o obedecem cegamente. Esse é o homem que aceitou na tarde de hoje um pedido de impeachment contra a presidente da Nação, Dilma Rousseff.

Eu prevejo um futuro incerto para esses picaretas. Eles ainda serão caçados como animais, sacados de dentro de suas suítes luxuosas e conduzidos ao patíbulo infame.

Diz a Agência Publica:

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), anunciou nesta quarta-feira (2) que aceitou o pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff que teve, entre os seus autores, o advogado Hélio Bicudo e o jurista Miguel Reale Júnior. Isso significa que ele considerou a denúncia admissível.

O próximo passo será a leitura no plenário e a formação de uma comissão especial, com representantes de todos os partidos, para decidir se ela procede ou deve ser arquivada. A presidente terá dez sessões para se manifestar. Se a denúncia for aceita pela comissão, haverá uma votação no plenário. O processo será aberto se tiver o apoio de pelo menos 342 parlamentares (dois terços da Câmara). Se isso não ocorrer, a denúncia será arquivada.

Todos esses passos ainda devem levar várias semanas e a decisão na Câmara pode se arrastar até o ano que vem.

Veja mais no site da Agência Publica.

As vacas de Renan sumiram no açougue do Cunha

cms-image-000425419No País da Piada Pronta acontece de tudo:

Sabe aquelas vacas com as quais o senador Renan Calheiros justificou umas entradas substanciais em sua conta corrente, no ano de 2007? Pois é: o deputado Eduardo Cunha as matou, enlatou e vendeu no Exterior, o que justifica aquele montão de dinheiro em suas contas na Suíça.

Agora o caro leitor entendeu tudo, não é? E vai dormir satisfeito com as explicações desses homens públicos probos e simpáticos.

Segundo o Congresso em Foco, essa é a explicação que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), vai apresentar aos seus pares para justificar os milhões que movimentou em moeda estrangeira sem declaração à Receita Federal, segundo denúncia já formalizada ao Supremo Tribunal Federal (STF) pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Venda de carne em lata. Na defesa que apresentará ao Conselho de Ética da Casa, onde enfrenta processo por quebra de decoro parlamentar, Cunha dirá que desconhecia a origem do depósito de 1,3 milhão de francos suíços mantidos em nome do deputado em um fundo na Suíça. Para evitar a cassação de seu mandato, o peemedebista tentará convencer os pares que o montante é relativo à venda de carne enlatada para a África e a operação no mercado financeiro.

Mulheres tiram a roupa no Rio contra projeto de lei de Eduardo Cunha

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Cerca de 5 mil mulheres, de acordo com a organização do ato – mil, segundo a Polícia Militar – saíram pelas ruas do Rio de Janeiro para reivindicar direitos e autonomia de seus próprios corpos. Com faixas, cartazes e corpos pintados, as mulheres pediam o afastamento do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), se posicionando contra um projeto de lei de sua autoria, em tramitação na Casa, que restringe o atendimento a vítimas de violência sexual e dificulta o aborto legal.

“Este ato é contra o PL 5.069, que burocratiza o processo, pois, em vez da pessoa ir receber tratamento médico, ela primeiro tem que fazer um boletim de ocorrência. Isso é uma crueldade com a vítima, que está fragilizada e precisa de amparo. A maioria das pessoas não concorda com o tipo de postura que ele [Cunha] tem, não só em relação aos desvios [de dinheiro] e à conta na Suíça, mas quanto à atitude dele, que é muito retrógrada”, disse a estudante de História e militante feminista Luisa Lima de Moraes ao portal EBC.

Não querendo ser machista e já sendo, tendo em vista a seriedade do tema, mas, num eventual documentário, o ato poderia ser denominado “Canhões de Outubro”? 

Fortuna no Exterior e oito carros de luxo. A casinha de Cunha começa a cair.

Eduardo-cunha-com-a-filha-Barbara-e-a-mulher-Claudia-Cruz-CunhaDeputado tem até uma empresa que se chama Jesus.com, num claro deboche aos evangélicos que o sustentam na política.

Após a comprovação de que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) mantinha contas na Suíça, informações da Procuradoria-Geral da República (PGR) encaminhadas ao Supremo Tribunal Federal (STF) apontam que o parlamentar e sua mulher, Cláudia Cruz, movimentaram milhões no exterior e ainda têm uma frota de carros à disposição no Rio de Janeiro, incluindo um veículo de luxo, no valor de R$ 1 milhão.

Segundo o jornal Folha de S. Paulo, o Ministério Público Federal (MPF) informou que o peemedebista abriu a conta nos anos 1990, após análise de risco que apontava patrimônio de US$ 16 milhões (R$ 62 milhões) na época. As empresas do casal (Jesus.com e C3 Produções) têm oito carros registrados no valor de R$ 18 mil a R$ 430 mil (um Porsche Cayenne 2013).

Para abrir conta na Suíça, Cláudia informou que era dona de casa. A evolução do patrimônio do deputado e da esposa é um dos indícios que justificam a investigação por corrupção e lavagem do dinheiro originário de recursos desviados da Petrobras.

O STF autorizou a abertura de inquérito, que inclui também uma das filhas do deputado, que é dependente de uma das contas da Suíça.

“Há indícios suficientes de que as contas do exterior mencionadas, ao menos em relação a Eduardo Cunha, e de que são produto de crime”.

É o que disse o procurador-geral interino, Eugênio Aragão, em parecer para justificar a abertura do inquérito. De acordo com Aragão, a análise de risco e perfil no banco Merril Lynch, nos EUA, indicam que Cunha tem perfil agressivo há mais de 20 anos.

“Sua fortuna seria oriunda de aplicações no mercado financeiro local e do investimento no mercado imobiliário carioca. Há também referências à sua antiga função de presidente da Telerj. Seu patrimônio estimado à época da abertura da conta, era de aproximadamente US$ 16 milhões”, diz o documento. 

Oposição quer um novo presidente da Câmara que não tenha ficha suja. E que não impeça o processo de impeachment

Foto de Dida Sampaio, da Agência Estado
Foto de Dida Sampaio, da Agência Estado

É quase uma utopia. Mas é o próximo e mais difícil lance da Oposição. Os deputados do bloco contrário ao Governo querem substituir Eduardo Cunha  por um deputado que saiba equilibrar-se em cima do muro e tenha apoio do “baixo clero”, minoria silenciosa do Legislativo que elegeu o atual presidente.

Oposição e governo já discutem em reservado os nomes que poderiam assumir o seu lugar caso ele seja afastado. Segundo informações do jornal Folha de S. Paulo, os deputados da oposição, que estão alinhados a Cunha na tentativa de organizar o impeachment da presidente Dilma Rousseff, sabem que não devem conseguir emplacar algum representante para o posto.

Os critérios, diz Folha, é um candidato que possa ser um novo “Cunha”, mas sem o aspecto negativo de estar envolvido no esquema de corrupção da Petrobras. Para se encaixar neste perfil, os parlamentares acreditam que o postulante deverá ser de partido da base governista, mas disposto a ajudar ou não atrapalhar um eventual processo de impeachment.

O Planalto, por sua vez, também aposta ter mínimas chances de que alguém do PT possa suceder o atual presidente. Como alternativa, o governo considera como opção o líder do PMDB na Casa, Leonardo Picciani (RJ), que foi um dos principais interlocutores da bancada durante a última reforma ministerial.

Apesar de ser alinhado ao Planalto e contra o impeachment, Picciani foi derrotado na última semana nas tentativas de votação dos vetos às chamadas “pautas-bomba”, que caíram por falta de quórum.

“Quem dentre vós jogará a primeira pedra”, é o que devem pensar hoje oposicionistas e bancada situacionista.

Quem está a fim de me causar um enorme prejuízo moral?

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Eduardo e Cláudia Cruz

O presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha, justificando depósitos em conta na Suíça em nome de sua linda mulher:

-Isso é coisa de gente que quer me prejudicar.

Aviso aos leitores: para quem estiver a fim de me causar problemas com a Receita Federal e com meus adversários, darei a minha conta pelo whatsapp. Não precisa nem ser na Suíça, pode ser aqui na Caixa de Luís Eduardo

Cunha, prensado no cantinho, nega três pedidos de impeachment de Dilma

Charge do Aroeira
Charge do Aroeira

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, indeferiu, no dia de ontem, três pedidos de impeachment da presidente da República, Dilma Rousseff. Outros 10 ainda aguardam análise jurídica da Casa.

As primeiras decisões do presidente da Câmara foram publicadas na edição desta quarta-feira do Diário da Câmara dos Deputados.

Das decisões de Cunha que indeferem pedidos de impeachment, cabe recurso ao Plenário da Câmara, que pode ser apresentado por qualquer deputado, no prazo de cinco sessões.

Ciro Gomes: Eduardo Cunha é o maior vagabundo de todos

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Após  filiar-se ao PDT, o ex-ministro e ex-governador do Ceará Ciro Gomes, em entrevista, criticou o movimento pró-impeachment e chamou o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de “maior vagabundo de todos”.

A declaração aconteceu horas após Cid Gomes (irmão de Ciro) ser condenado pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal a pagar R$ 50 mil de indenização a Cunha, por chamá-lo de achacador.

Começa o calvário de Eduardo Cunha, o deputado que desafiou todo mundo

Para o chargista Aroeira, Cunha enfiou a mão na cumbuca.
Para o chargista Aroeira, Cunha enfiou a mão na cumbuca.

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foi notificado ontem (26) pelo Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a denúncia apresentada contra ele pela Procuradoria-Geral da República. Com a notificação, os advogados de Cunha terão 15 dias para apresentar defesa ao STF.

Na semana passada, Cunha foi denunciado pelo crime de corrupção. Segundo o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, Eduardo Cunha recebeu US$ 5 milhões para viabilizar a contratação de dois navios-sonda pela Petrobras, junto ao estaleiro Samsung Heavy Industries em 2006 e 2007. O negócio foi formalizado sem licitação e ocorreu com intermediação do empresário Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, que está preso há nove meses em Curitiba, e do ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró. Todos são investigados pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal.

O caso foi descoberto após depoimento de Júlio Camargo, que fez acordo de delação premiada. Camargo também participou do negócio e recebeu US$ 40,3 milhões da Samsung Heavy para concretizar a contratação, segundo a denúncia.

A denúncia foi rebatida com “veemência” por Cunha, que chamou de “ilações” os argumentos apresentados por Janot. Na época, o deputado se disse inocente e aliviado, “já que agora o assunto passa para o Poder Judiciário”.

Depois de receber a manifestação da defesa de Cunha, o ministro Teori Zavascki vai elaborar seu voto e levá-lo a julgamento no plenário do STF. Se a maioria dos ministros entender que existem provas para abertura da ação penal, Cunha passará à condição de réu.

Depois de 10 horas de crivo dos senadores, o plenário do Senado aprovou ontem (26) a recondução do procurador-geral da República Rodrigo Janot ao cargo, por 59 votos contra 12 e 1 abstenção. Momentos antes, Janot tinha sido aprovado também pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado, com 26 votos favoráveis e 1 contrário. A indicação de Janot para continuar comandando a Procuradoria-Geral da República foi feita pela presidenta Dilma Rousseff.

Eduardo Cunha adquiriu casa de bicheiro famoso do Rio de Janeiro

Luizinho: sempre envolvido com a Polícia. Foto de Thiago Lontra, do jornal Extra
Luizinho: sempre envolvido com a Polícia. Foto de Thiago Lontra, do jornal Extra

Avaliada em R$ 4 milhões, a casa em que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), mora no Rio de Janeiro, foi comprada de Luizinho Drummond, um dos maiores bicheiros do estado fluminense, de acordo com a coluna Radar On-Line, do jornalista Lauro Jardim.

A mansão foi comprada em 1991 por Cristina Dytz, primeira mulher do parlamentar e na ocasião ainda casada com o deputado, quando o poder do bicheiro estava em seu auge.

Segundo a publicação, o imóvel está registrado no nome de uma das empresas de Cunha – a C3 Produções Artísticas e Jornalísticas. Matéria editada na redação do Bocão News.

Como a gente aqui em O Expresso também trabalha com produção jornalística, podemos dizer que Eduardo Cunha é nosso coleguinha?

Eduardo descobre que o Cunha é mais embaixo.

cunhaPresidente da Câmara será denunciado por lavagem de dinheiro e corrupção passiva. Deputados preparam pedido de investigação que pode resultar em cassação

Os deputados mais críticos ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), estão na expectativa da denúncia que deverá ser oferecida ainda nesta quarta-feira (19), pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. A reunião, chamada pelo PSOL, deverá ocorrer assim que o procurador divulgar a denúncia.

O objetivo da reunião é já preparar um pedido de afastamento de Cunha do cargo, além de uma representação ao Conselho de Ética da Câmara, solicitando investigação por quebra de decoro parlamentar. Caso a investigação ocorra e Cunha seja considerado culpado pelo colegiado, terá seu mandato julgado, podendo chegar à cassação.

“Estamos só esperando a denúncia para que possamos embasar este pedido e já protocolar nesta quinta-feira. Na medida em que a PGR oferece a denúncia, ele passa de uma condição de indiciado para uma condição de denunciado e isto é muito mais concreto”, disse o deputado Ivan Valente (PSOL-SP).

“Além disso, já temos notícias de contas do presidente da Suíça, que também deverão constar em nosso pedido de investigação”, disse Valente, ao iG. “Nós, do PSOL, entraremos como partido, mas vários deputados, de outras legendas, se juntarão a nós. Só estamos aguardando o procurador”, ponderou.

Cunha deverá ser denunciado ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, com base nas acusações feitas pelo empresário Júlio Almeida Camargo, da empreiteira Camargo Correa. Em delação premiada, Camargo confessou ter pago US$ 5 milhões em propina para o deputado.

No depoimento à força-tarefa da Lava Jato, Júlio Camargo revelou que o dinheiro referia-se a propina para facilitar a assinatura de contratos de afretamento de navios-sonda entre a Samsung Heavy Industries e a diretoria de Internacional da Petrobras, em um contrato de US$ 1,2 bilhão. Foto de Gustavo Lima das Câmara dos Deputados. Informe do IG, editado por este jornal.

MPF tem conjunto de provas suficiente para indiciar Eduardo Cunha

Foto:Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Foto:Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Investigadores da Lava Jato afirmam ter encontrado a “bala de prata” – apelido dado ao conjunto de provas – capaz de sustentar a denúncia contra o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Segundo a coluna Expresso, da revista Época, a prova principal é o depoimento do ex-diretor de informática da Câmara, Luís Eira. Ele foi ao Ministério Público informar que requerimentos supostamente usados para pressionar uma empresa a manter o pagamento de propina ao PMDB saíram do computador de Cunha.

A versão de Eira corrobora informações do doleiro Alberto Youssef. No Senado, a “bala de prata” de Renan Calheiros ainda não foi encontrada, mas ele será denunciado de qualquer jeito, segundo a coluna. Com texto de Roberto Sena.

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Eduardo Cunha cortou salsinha na tábua dos 10 mandamentos?

Foto de Sergio Augusto Oliveira Siqueira.

Por Sérgio Augusto Siqueira

No meu tempo todo mundo diria que esse Eduardo Cunha “é de má cabeça”. Quer dizer, ele tem maus bofes. É do que não há. E agora que foi denunciado pelo delator como propineiro, ele está botando fogo pelas ventas.

Evangélico de carteirinha e até programa no rádio, acho que ele cortou salsinha na tábua dos dez mandamentos, ou – sei lá – jogou truco na mesa da Santa Ceia.

Vou dizer uma coisinha pra vocês: se eu fosse a Dilma pedia pra sair antes que Eduardo Cunha seja preso pela Lava Jato.

Presidente da Câmara cai na malha fina dos delatores

A deputada Luíza Erundina e parlamentares do PSOL protestam no Salão Verde da Câmara contra o presidente da Casa, Eduardo Cunha (José Cruz/Agência Brasil)
A deputada Luíza Erundina e parlamentares do PSOL protestam, no Salão Verde da Câmara, contra o presidente da Casa, Eduardo Cunha (José Cruz/Agência Brasil)

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), voltou a negar hoje (17) que tenha recebido propina do empresário da Toyo Setal Júlio Camargo, um dos delatores da Operação Lava Jato. Nesta quinta-feira, em depoimento ao juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, que julga as causas ligadas à operação, Camargo disse que Cunha pediu US$ 5 milhões de propina para que um contrato de navios-sonda da Petrobras fosse viabilizado.

“Qualquer coisa que seja a versão que está sendo atribuída é mentira. É mais um fato falso, até porque esse delator [Camargo], se ele está mentindo, desmentindo o que ele delatou, ele por si só já perde o direito à delação”, disse Cunha, ao falar com os jornalistas.

O presidente da Câmara também acusou o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de ter “obrigado” Camargo a mentir. “É muito estranho, às vésperas da eleição do procurador-geral da República e às vésperas de pronunciamento meu em rede nacional, que as ameaças ao delator tenham conseguido o efeito desejado pelo procurador-geral da República, ou seja, obrigar o delator a mentir”, disse Cunha, ao ler trecho de uma nota que divulgou à imprensa. O mandato de Janot na Procuradoria-Geral da República (PGR) acaba no dia 17 de setembro e ele pode ser reconduzido ao cargo pela presidenta por mais dois anos.

Eduardo Cunha disse ver no depoimento uma ação da PGR em articulação com o Planalto para constranger o Congresso Nacional sobre um eventual pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. “Há um objetivo claro de constranger o Poder Legislativo, que pode ter o Poder Executivo por trás, em articulação com o procurador-geral da República”, afirmou.