Oito anos após se instalar em Mato Grosso, o grupo argentino El Tejar se transformou no maior produtor de soja em terras brasileiras.
Na última safra, colheu 673 mil toneladas do grão em 220 mil hectares plantados no Brasil e passou o então “rei da soja” Eraí Maggi Scheffer, do grupo Bom Futuro.
O brasileiro colheu 577,5 mil toneladas, 14% a menos que os novos líderes.
Em dois anos, o El Tejar duplicou seu volume de produção em fazendas espalhadas pelo Estado de Mato Grosso, onde detém 150 mil hectares próprios e arrenda um volume equivalente.
Fundado em 1987 por produtores familiares do interior da Província de Buenos Aires, o grupo atua, além da Argentina, também no Uruguai e na Bolívia.
No Brasil, o grupo argentino chegou em 2003, quando montou a sede em Primavera do Leste (240 km de Cuiabá).
Foi atraído pelo “clima privilegiado” do Centro-Oeste.
O grupo opera com um modelo de arrendamento no qual os donos da terra compartilham riscos e lucros.
A expansão do grupo -que se transformou em sociedade anônima- é impulsionada por fundos de investimento estrangeiros, que detêm 53% da ações.
Os sócios fundadores continuam com pouco mais de 40%. Uma abertura do capital na Bolsa de Valores de Nova York ou de São Paulo é analisada. Texto da Folha de São Paulo, editado por este blog.
